domingo, 8 de setembro de 2013

Crédito para agricultores do NE sobe para R$ 3,45 bilhões



O Conselho Deliberativo da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) aprovou nesta semana reforço de R$ 300 milhões na linha de crédito criada em maio do ano passado para atender produtores rurais afetados pela seca no Nordeste. A informação é do secretário de Fundos Regionais e Incentivos Fiscais do Ministério da Integração Nacional, Jenner Guimarães Rego.
Ele disse que foi o sétimo aporte à linha de crédito operada pelo Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), o que eleva para R$ 3,45 bilhões o total de recursos disponibilizados em 14 meses para socorrer a produção dos municípios nordestinos em situação de emergência reconhecida pela Secretaria Nacional de Defesa Civil.
O secretário disse que, do total, já foram feitas mais de 414 mil contratações, com liberação de R$ 2,85 bilhões. Desse dinheiro, R$ 2,11 bilhões (74%) foram destinados a produtores enquadrados no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). O FNE dispõe ainda de R$ 600 milhões para dar continuidade ao socorro assistencial aos produtores prejudicados pela seca.
Prejuízos
“Os produtores agrícolas, a agroindústria e o comércio tiveram grandes prejuízos, em decorrência do longo período de estiagem. Razão porque o comércio e a indústria também foram beneficiados com a linha de crédito no início, porque a ideia era fazer algum tipo de investimento para melhorar a estrutura de convivência com a seca e evitar fortes fluxos migratórios como em estiagens passadas”, explicou Jenner Guimarães.
O objetivo maior, segundo ele, era evitar que o comprometimento, em caráter irreversível, dos meios de produção regional, uma vez que os agentes econômicos afetados pela seca se viram de repente sem perspectivas de receitas e também sem condições financeiras para obtenção de novo crédito. Por isso, o FNE/Seca estabeleceu taxas de juros acessíveis, entre 1% e 3,5%, dependendo da finalidade do recurso e porte do tomador, com prazo de até oito anos para pagamento, sendo três de carência, mais descontos para pagamento em dia, acrescentou o secretário.
O maior volume de recursos contratados até o momento foi para operações de investimento, que absorveram R$ 2,04 bilhões, 72% do total. O custeio e o capital de giro respondem pelo restante dos recursos contratados. A Bahia é o estado com maior número de contratações (90.876, com R$ 581,66 milhões liberados), seguido pelo Ceará (69.354 contratações e R$ 537 milhões) e por Pernambuco (65.618 contratações e R$ 486 milhões). Os demais estados, em ordem de utilização de recursos, são o Piauí, a Paraíba, o Rio Grande do Norte, o Maranhão, Alagoas, Sergipe, Minas Gerais e o Espírito Santo.
Créditos: Paraíba Total

Grito dos Excluídos reúne 8 mil e pede fim da violência na periferia

Manifestantes criticam extermínio dos jovens negros nas regiões mais pobres de São Paulo, em ato na Avenida Paulista; 'Juventude' foi tema central do protesto deste ano.


 Entoando gritos de “a juventude que ousa lutar constrói o projeto popular”, 8 mil pessoas marcharam ontem (7) da Praça Oswaldo Cruz à Assembleia Legislativa de São Paulo, no Grito dos Excluídos, que há 19 anos reúne trabalhadores e movimentos sociais em um ato alternativo aos desfiles oficiais de 7 de setembro. Em um protesto pacífico, os manifestantes pediam o fim da violência na periferia, em especial dos assassinatos de jovens negros cometidos pela polícia.

“O Mapa da Violência de 2012 mostra que os jovens negros são as principais vítimas dos homicídios nos centros urbanos, 53% do total”, diz a carta do Grito dos Excluídos 2013, que teve como tema central a Juventude. “Responsável por parte significativa dessas mortes, a polícia paulista mata mais que toda a polícia dos Estados Unidos”, continua o texto.

“O extermínio da juventude negra mata mais do que muitas guerras por aí”, afirmou o coordenador da Central dos Movimentos Populares, Raimundo Bonfim. “A juventude é a maior vítima do capital. Os jovens são os que ficam com os piores empregos, piores salários e piores serviços de educação e saúde.”
Ele lembrou que o Grito dos Excluídos começou em 1995, em protesto ao projeto econômico neoliberal, que ganhava força na época, com o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).  “Queríamos mostrar que havia uma força grande contrária a isso no país. Escolhemos 7 de setembro para lembrar que a independência substancial ainda não aconteceu, e só acontecerá quando todos tiverem acesso a saúde, educação e ao poder público.
Paralelo ao ato da Avenida Paulista, outro protesto do Grito dos Excluídos reuniu manifestantes na Praça da Sé, encabeçado pelas Pastorais Sociais. Segundo Bonfim, é positivo que aconteçam atos diferentes na cidade em prol dos mais pobres. “Queremos a inclusão, mas não pelo consumo e sim pela cidadania”, bradou.

Protesto em paz

Os manifestantes se concentraram desde às 8h30 e ocuparam a Avenida Paulista, que foi fechada, por volta das 10h. Eles seguiram pela Avenida Brigadeiro Luís Antônio, com acompanhamento da Polícia Militar e da Companhia de Engenharia de Tráfego, até o Parque do Ibirapuera.
Participaram representantes da Central dos Movimentos Populares, da Marcha Mundial de Mulheres, do Movimento dos Sem-Teto do Centro, do Movimento de Moradia do Centro, do Levante Popular da Juventude e da União dos Movimentos de Moradia.
“A pauta da classe trabalhadora é extensa e queremos mostrar que há uma juventude que luta por ela”, disse a estudante de Direito, Beatriz Loureiro, de 24 anos, que participava do ato na Paulista. “Essa é uma alternativa ao 7 de setembro militarizado. Não faz sentido comemorá-lo assim quando temos uma polícia militar que mata a juventude negra.”
A secretária de comunicação da Central Única dos Trabalhadores em São Paulo, Adriana Magalhães, lembrou que os jovens são os que mais sofrem com a perda de direitos trabalhistas. “Eles são a maioria dos terceirizados e dos desempregados”, disse. “Por isso estamos aqui pedindo o fim do Projeto de Lei das terceirizações (4330).”
O estudante de Economia Matias Domingo, de 20 anos, que participou do ato neste ano pela primeira vez, lembrou que o tema central da marcha é relevante por trazer à tona outros problemas sociais. “A questão dos jovens é transversal. Quando se fala neles falamos de acesso a educação, saúde e cultura”, disse. “Queremos lembrar a direita que o povo não acordou agora. Os trabalhadores e os movimentos sociais estão nas ruas há anos, lutando por direitos.”
A estudante de Direito Yasmin Casconi, de 24 anos, concordou. “Os movimentos sociais nunca dormiram. Há toda uma história de conquistas sociais.” Para o coordenador do Levante Popular da Juventude, Pedro Freitas, a onda de manifestações foi um incentivo para que a juventude participe mais da política do país. “Nossos grupos de discussão tem aumentado”, disse. “Hoje estamos aqui contra o extermínio da juventude negra e pobre e pelas cotas sociais e raciais nas universidades públicas do estado de São Paulo.”
O ato terminou com a ocupação pacífica do Monumento às Bandeiras, em frente ao Parque do Ibirapuera, uma obra que representa os bandeirantes no Brasil colonial. Ele foi tomado por faixas pedindo o fim da violência nas periferias, habitação digna e apoiando o programa Mais Médicos, do governo federal, que prevê levar profissionais para regiões pobres e isoladas onde não há médicos.
Foto: cabrestoblogspot

sábado, 7 de setembro de 2013

Os quem apostaram contra falharam, diz Dilma em pronunciamento

Presidenta

Presidenta responde “aos que apostaram” no aumento do desemprego, na inflação e em crescimento negativo, afirma que o pior do cenário econômico já passou e vê pactos pós-manifestações avançando.

A presidenta Dilma Rousseff comemorou resultados econômicos alcançados nas últimas semana e afirmou que o governo precisa ter humildade para entender o direito da população de reclamar e de se manifestar, autocrítica para reconhecer que o país que ainda precisa melhorar muito seus serviços públicos. Mas assinalou que há muitos avanços a serem observados.
Em dez minutos do tradicional pronunciamento, além do breve balanço geral apresentado, Dilma endereçou alguns recados específicos. Ao colunismo econômico, reafirmou que a economia está firme e, apesar do cenário internacional adverso, cresceu no primeiro semestre mais que os ricos EUA, Alemanha e que os concorrentes emergentes, como México e Coreia do Sul. “Nosso tripé de sustentação continua sendo a garantia do emprego, a inflação contida e a retomada gradual do crescimento”, disse, acentuando que “falhou” quem apostou o contrario.
A presidenta também alinhou-se ao clima de manifestações instalado para o 7 de setembro, ao falar em humildade e autocrítica do governo para reconhecer a precariedade dos serviços públicos e o direito das pessoas de protestar. As palavras escolhidas dão entender que vai também um recado aos órgãos de imprensa que carregam nas notícias negativas na tentativa de minar a aprovação do governo. “Não podemos aceitar que uma capa de pessimismo cubra tudo e ofusque o mais importante: o Brasil avançou como nunca nos últimos anos”.
Mesmo lembrando mais o tom confiante de pronunciamentos feitos antes de junho, Dilma incorporou o ambiente pós-onda de protestos. “Estamos aprofundando os cinco pactos para acelerar melhorias na saúde, na educação e no transporte, e para aperfeiçoar a nossa política e a nossa economia”, listou. Mas foi direta, logo na abertura da fala, aos que tentam se apropriar do clima com vistas a influenciar as eleições de 2014: “Hoje, nosso Grito do Ipiranga é o grito para acelerar o ciclo de mudanças que, nos últimos anos, tem feito o Brasil avançar. O povo quer, o Brasil pode e o governo está preparado para avançar nesta marcha”a
Houve ainda um recado para o Congresso Nacional, no que diz respeito às preferências da presidente em torno do balaio de propostas e torno de um reforma política. Dilma foi categórica em defender o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) elaborado por parlamentares do PT, PCdoB, PSB, e PDT e que obteve mais de 180 assinaturas, o bastante para ser entregue na Diretora da Câmara na semana passada para poder tramitar. O projeto prevê plebiscito em torno de temas caros aos movimentos sociais, como o fim do financiamento privado de campanhas.
 Créditos Rede Brasil Atual

Sonho de jogar futebol na Europa pode se tornar pesadelo

Jogadores brasileiros estão sujeitos a exploração no futebol português 
Com o inverno mais ameno da Europa e o mesmo idioma, Portugal é visto pelo senso comum como a melhor porta de entrada para jogadores brasileiros no futebol do continente. Mas o sonho de participar das principais competições internacionais pode se tornar um pesadelo. Jogadores e outros profissionais do ramo alertam para diferentes riscos de exploração, desde a captação irregular de talentos na origem até o atraso recorrente de salários no futebol português - onde os brasileiros são os estrangeiros mais constantes nos gramados. 
No recrutamento de novos atletas no Brasil, alguns agentes (empresários) se aproveitam do alto interesse dos jogadores, convencem os pais, e se apropriam do dinheiro da família creditado antecipadamente para tentar uma suposta oportunidade em Portugal. Como na maioria dos casos a vinda dos jogadores sai a custo zero para os clubes portugueses, são os próprios atletas e pais que pagam passagens, bancam a alimentação e hospedagem e taxa de inscrição, além da remunerar o agente.
Ao chegarem em Portugal, geralmente meses antes das janelas de transferência (janeiro, julho e agosto, habitualmente), os atletas são instalados em casas e dormitórios dos clubes (geralmente pequenos, de base) onde se apresentarão. Esses jogadores, segundo relatos “trazidos em dezenas”, treinam nos clubes com a expectativa de serem aproveitados ali ou convidados por times adversários.
“Os meninos põem em causa a sua vida e a dos seus pais para vir para Europa. [Aqui] são colocados em condições sub-humanas com 20 a 30 [pessoas hospedadas] numa casa. [Nos clubes] fazem jogos de treino com equipes portuguesas para ver se algum jogador interessa”, denuncia o presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol de Portugal (SJPF), Joaquim Evangelista.
Passado algum tempo, e sem conseguir contatar mais o empresário, muitos jogadores descobrem que não serão aproveitados e que o dinheiro da transferência, alimentação, hospedagem e remuneração foi desviado pelo agente, e que o clube (que não irá contratá-lo) precisará da sua vaga no dormitório ou na casa para abrigar outro atleta.
Sem dinheiro, sem perspectiva de contratação e sem destino, o atleta deverá sair brevemente. “Se tiver uma oportunidade tudo bem, mas se não tiver, depois fica aí abandonado”, descreve Evangelista ao acrescentar que já denunciou “o tráfico de jovens” iniciado no Brasil. Segundo ele, “quando o jogador deixa de ser opção, retiram da casa e proíbem que os jogadores comam nos restaurantes que são do clube”
. De acordo com o agente brasileiro registrado na FPF, Marcelo Silva, há em Portugal (como em outros em outros países) um “mercado paralelo” de empresários que não são cadastrados oficialmente e por isso há mais dificuldade para serem punidos. Também são mais difíceis de localizar para apurar o desvio de dinheiro ou quebra de acordo. “É um mercado onde há muito agente não licenciado e não está apto a exercer a profissão” alerta Silva.

Leia mais em; Portal EBC

Preocupação com manifestações reduz público na Esplanada


 Mesmo com grande público, ainda há lugares nas arquibancadas da Esplanada dos Ministérios, montadas para o desfile do Dia da Independência. Se no ano passado havia fila para ter acesso aos lugares, neste ano é possível assistir ao desfile sentado. Quem foi para a Esplanada dos Ministérios acredita que as notícias das manifestações assustaram a população, já que são esperadas 150 mil pessoas nos protestos durante todo o sábado. O Exército, responsável pela área do desfile, e a Polícia Militar do Distrito Federal ainda não têm uma estimativa de quantas pessoas estão no local.
Liney Ney Oliveira, de 81 anos, não deixou de ir. Na semana, fez uma cirurgia nos olhos, a médica recomendou cuidado, mas ela, que veio para Brasília acompanhando o marido, que integrou o Regime de Cavalaria de Guarda na fundação da cidade, não poderia perder o desfile. "É sempre bom. Eu filmo e depois revejo em casa com as minhas amigas", diz.
O marido de Liney, Edson Oliveira, de 82 anos, acordou cedo para ver o desfile. O filho do casal, Sérgio Ney, de 53 anos, tomou algumas precauções, estacionou o carro o mais próximo possível, para proteger os pais em caso de tumulto.
Bárbara tem 7 anos e foi ver a parada pela primeira vez com os pais. Ela mora em Planaltina. Acordou cedo e se dirigiu à Esplanada, atraída por uma aula que teve na escola. "Eu ainda não conhecia", diz com um sorriso.
Apesar de estar ventando e de não fazer muito calor, o Exército recomenda que as pessoas bebam água e se alimentem, por causa da seca. Em toda a extensão do desfile foram montados 14 postos de atendimento básico. O Exército está preparado para medir a pressão e a glicose. Há também camas para repouso. Ambulâncias estão a postos para problemas mais graves.
  Agência Brasil

Manifestações devem reunir 50 mil pessoas no 7 de Setembro em Brasília


 Os eventos programados para o 7 de Setembro, em Brasília, deverão reunir cerca de 150 mil pessoas em um raio de 5 quilômetros (km) na área central da cidade, onde fica a Esplanada dos Ministérios. Pela manhã, estão sendo organizadas por meio das redes sociais diversas manifestações, com concentrações marcadas principalmente para ocorrer na praça do Museu Nacional da República, na Esplanada, próximo à catedral.
A expectativa é que entre 40 mil e 50 mil pessoas compareçam, aumentando o fluxo de pessoas que assistirão ao desfile – previsto para começar às 9h10, na Esplanada, em frente ao Palácio do Planalto; e terminar às 10h, próximo ao Teatro Nacional e a Rodoviária do Plano Piloto.
A estimativa foi divulgada pela Secretaria de Segurança do Distrito Federal, que deslocará um contingente de 4 mil policiais militares (PMs), 320 bombeiros, 150 policiais civis e 110 agentes do Departamento de Trânsito (Detran) para atender ao fluxo de pessoas esperadas na capital e cuidar das alterações no tráfego de veículos. No total, 6.250 policiais militares estarão nas ruas no sábado em todo o Distrito Federal.
Na manhã do feriado nacional, são esperadas 30 mil pessoas no desfile cívico, que terá a presença da presidenta Dilma Rousseff e de outras autoridades. A segurança no local também será feita pelas Forças Armadas. Segundo o Ministério da Defesa, há uma tropa destinada para atuar em caso de reforço. De acordo com a Defesa, baseada em eventos anteriores, como a Copa das Confederações e outras manifestações que já ocorreram na cidade, espera-se que não haja a necessidade de mobilização das Forças Armas.
A Secretaria de Segurança do DF terá em funcionamento, a partir das 5h, um centro integrado de controle, com a participação de todos os comandos de segurança. Na área da Esplanada, haverá três delegacias em funcionamento e um comando móvel da PM e dos bombeiros sediados próximos à catedral.
Às 16h, a Seleção Brasileira de Futebol joga um amistoso contra a Austrália no Estadio Nacional Mané Garrincha. A estimativa é que 68 mil torcedores compareçam. Na área do estádio, haverá um adicional de aproximadamente 2 mil policiais militares. No interior do Mané Garrincha, ainda haverá a atuação de seguranças privados e de uma delegacia da Polícia Civil.
O secretário extraordinário da Copa, Cláudio Monteiro, orienta que bolsas, mochilas, bandeiras com mastros e objetos semelhantes não sejam levados ao estádio, para facilitar a revista das pessoas e evitar filas. Para estacionar, os torcedores deverão parar os carros no Parque da Cidade, nos estacionamentos 1, 2, 11 e 12. Haverá ônibus disponíveis para fazer o transporte até o estádio, a R$ 1,50, a partir da 13h – quando os portões serão abertos.
"Há expectativa de muitas movimentações sociais em razão do 7 de Setembro e do jogo do Brasil. Estamos procurando, com o serviço de inteligência, nos antecipar a eventuais manifestações que usem de maior agressividade e violência, para tentar impedir isso", informou o secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar.
Segundo ele, apesar de as manifestações serem legítimas, a secretaria entende que os protestos não podem impedir a circulação pacífica e segura das demais pessoas. "Faço um apelo aos manifestantes, que não se juntem e não apoiem atos de vandalismo que tentarão ser promovidos por grupos menores. Temos informações, inclusive, de pessoas de outros estados, que vêm a Brasília fazer isso", disse o secretário.
Além do desfile, do jogo e das manifestações, estão agendados para a área central da cidade um festival cultural na praça do Museu da República, o Celebra Brasília, a partir das 18h30; e o Congresso Nacional dos Médicos, no Centro de Convenções. No festival, são esperadas 15 mil pessoas, no congresso, 4 mil.
Em relação ao trânsito, as vias N1 e S1 estarão fechadas a partir das 5h devido ao desfile na Esplanada. Nessa área, as vias serão abertas após o término do evento. Próximo ao estádio, as ruas só abrirão com o término do jogo e o deslocamento dos torcedores, por volta das 19h30. Para circular pelo local, serão reforçadas as linhas de ônibus circular no trajeto da Rodoviária do Plano Piloto à rodoferroviária (até as 12h30) e da rodoviária à Funarte, próximo ao estádio (das 13h às 20h). O metrô estará funcionará das 7h às 20h. No Parque da Cidade e no Centro de Convenções haverá também reforço nos pontos de táxi.
Créditos: Agência Brasil

Dilma: Mais Médicos não é decisão contra profissionais brasileiros


A presidenta da República, Dilma Roussseff, reforçou ontem (6) a importância da vinda de médicos estrangeiros ao Brasil. Durante pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV, Dilma disse que trazer médicos de outros países para atender em locais onde há carências na saúde é uma medida “a favor da saúde”. “A vinda de médicos estrangeiros, que estão ocupando apenas as vagas que não interessam e não são preenchidas por brasileiros, não é uma decisão contra os médicos nacionais”, defendeu. A presidenta declarou que o país tem feito investimentos na estrutura da saúde e que pretende liberar mais recursos para hospitais e equipamentos. “A falta de médicos é a queixa mais forte da população pobre. Muita morte pode ser evitada, muita dor, diminuída, e muita fila reduzida nos hospitais apenas com a presença atenta e dedicada de um médico em um posto de saúde”, disse.
De acordo com Dilma, o “Pacto da Saúde vai produzir resultados rápidos e efetivos”. A presidenta frisou que o Programa Mais Médicos “está se tornando realidade” e disse que os brasileiros vão sentir, a cada dia, “os benefícios e entender melhor o grande significado deste programa”. A presidenta disse que o Brasil “ainda tem uma grande dívida com a saúde pública e essa dívida tem que ser resgatada o mais rápido possível”.
Além de defender o crescimento da economia brasileira, o pronunciamento também relembrou os cinco pactos nacionais anunciados por Dilma anteriormente. “Estamos aprofundando os cinco pactos para acelerar melhorias na saúde, na educação e no transporte e para aperfeiçoar a nossa política e a nossa economia”, explicou. Os pactos para melhorias no transporte público, na estabilidade fiscal e na educação foram lembrados pela presidenta. Sobre a reforma política, a presidenta celebrou a “proposta de decreto legislativo para o plebiscito”.
Quanto à educação, reforçou a importância da destinação de 75% dos royalties do petróleo e de 50% do Fundo Social. “Esse será um dos maiores legados do nosso governo às gerações presentes e futuras e vai trazer benefícios permanentes à população brasileira por um período mínimo de 50 anos”.
O discurso, veiculado na véspera de 7 de Setembro, começou às 20h30 de hoje (6) e durou cerca de dez minutos. No mês de junho, em meio às manifestações populares que levaram milhares de brasileiros às ruas de centenas de cidades, a presidenta fez um pronunciamento em que prometia “trazer de imediato milhares de médicos do exterior para ampliar o atendimento do SUS”. Aprimorar a saúde pública foi um dos pontos do pacto firmado por Dilma em prol da melhoria dos serviços públicos, uma das principais reivindicações dos protestos. Três semanas depois, o governo lançava, por meio de medida provisória, o Mais Médicos.
A Medida Provisória (MP) 621, que cria o Programa Mais Médicos, é debatida pelos deputados. Na última quarta-feira (4), foi instalada a comissão geral na Câmara dos Deputados para apreciar o tema. Na sessão de instalação, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lembrou que os médicos estão mal distribuídos no território nacional, faltam especialistas e há poucas vagas nas escolas de medicina. “O jovem que entra na faculdade de medicina hoje é filho da realidade urbana que estudou em escola particular. Ou trazemos ao jovem do interior, ao jovem indígena, a oportunidade de ser médico ou não vamos resolver o problema”, disse.
A prática de celebrar o Dia da Independência com um pronunciamento à nação é comum entre os presidentes brasileiros. No ano passado, Dilma anunciou a redução dos preços da energia elétrica para residências e indústrias.
Crédito: Agência Brasil