quarta-feira, 11 de setembro de 2013



Crédito para agricultores afetados pela seca no Nordeste sobe para R$ 3,45 bilhões


O Conselho Deliberativo da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) aprovou reforço de R$ 300 milhões na linha de crédito criada em maio do ano passado para atender produtores rurais afetados pela seca no Nordeste. A informação é do secretário de Fundos Regionais e Incentivos Fiscais do Ministério da Integração Nacional, Jenner Guimarães Rego.
Ele disse que foi o sétimo aporte à linha de crédito operada pelo Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), o que eleva para R$ 3,45 bilhões o total de recursos disponibilizados em 14 meses para socorrer a produção dos municípios nordestinos em situação de emergência reconhecida pela Secretaria Nacional de Defesa Civil.
O secretário disse que, do total já foram feitas mais de 414 mil contratações, com liberação de R$ 2,85 bilhões. Desse dinheiro, R$ 2,11 bilhões (74%) foram destinados a produtores enquadrados no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). O FNE dispõe ainda de R$ 600 milhões para dar continuidade ao socorro assistencial aos produtores prejudicados pela seca.
“Os produtores agrícolas, a agroindústria e o comércio tiveram grandes prejuízos, em decorrência do longo período de estiagem. Razão porque o comércio e a indústria também foram beneficiados com a linha de crédito no início, porque a ideia era fazer algum tipo de investimento para melhorar a estrutura de convivência com a seca e evitar fortes fluxos migratórios como em estiagens passadas”, explicou Jenner Guimarães.
O objetivo maior, segundo ele, era evitar que o comprometimento, em caráter irreversível, dos meios de produção regional, uma vez que os agentes econômicos afetados pela seca se viram de repente sem perspectivas de receitas e também sem condições financeiras para obtenção de novo crédito. Por isso, o FNE/Seca estabeleceu taxas de juros acessíveis, entre 1% e 3,5%, dependendo da finalidade do recurso e porte do tomador, com prazo de até oito anos para pagamento, sendo três de carência, mais descontos para pagamento em dia, acrescentou o secretário.
O maior volume de recursos contratados até o momento foi para operações de investimento, que absorveram R$ 2,04 bilhões, 72% do total. O custeio e o capital de giro respondem pelo restante dos recursos contratados. A Bahia é o estado com maior número de contratações (90.876, com R$ 581,66 milhões liberados), seguido pelo Ceará (69.354 contratações e R$ 537 milhões) e por Pernambuco (65.618 contratações e R$ 486 milhões). Os demais estados, em ordem de utilização de recursos, são o Piauí, a Paraíba, o Rio Grande do Norte, o Maranhão, Alagoas, Sergipe, Minas Gerais e o Espírito Santo.
Foto: Mery Dega
Créditos: Agência Brasil

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Dilma vai a 58% de aprovação e lidera com folga corrida para 2014

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Levantamento feito entre final de agosto e começo de setembro mostra também que 73,9% dos brasileiros apoiam a vinda de médicos estrangeiros.

Passada a turbulência provocada pelas manifestações de junho, o governo da presidenta Dilma Rousseff (PT) começa a recuperar rapidamente seus índices de aprovação e popularidade, segundo pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) divulgada hoje (10).Realizada em parceria com o instituto MDA, entre os dias 31 de agosto e 4 de setembro, a pesquisa mostra que a popularidade da presidenta deu um salto de quase dez pontos percentuais, subindo de 49,3% em julho 58% agora. Já a aprovação do governo (ótimo/bom) subiu de 31,3% para 38,1%.
Apesar da melhora, os índices ainda estão aquém dos alcançados por Dilma antes dos eventos de junho, quando ela desfrutava de 73,7% de aprovação pessoal e de 54,2% de aprovação de governo.
De acordo com a pesquisa, 7,2% dos entrevistados disseram considerar o governo da presidente Dilma “ótimo”, enquanto 30,9% o avaliam como “bom”. Avaliam o governo como “regular” 39,7%.
O percentual dos que acham a gestão “ruim” é de 10,1%. Consideram o governo “péssimo” 11,8% dos entrevistados.

Eleições 2014

Os números da CNT/MDA mostram que Dilma continua liderando a corrida presidencial para 2014 e que seria eleita num eventual segundo turno contra qualquer dos demais candidatos apresentados aos entrevistados: Marina Silva (Rede), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).
Ela tem 36,4% das intenções de voto, três pontos percentuais a mais que na pesquisa anterior.
A ex-senadora Marina Silva, cujo partido ainda não conseguiu registro na Justiça Eleitoral, tinha 20,7% em julho e aparece agora com 22,4%.
O senador Aécio Neves manteve o percentual de julho e estagnou em 15,2%. Já o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, caiu de 7,4% para 5,2%.
Foram entrevistadas 2.002 pessoas, em 135 municípios de 21 estados, das cinco regiões. A margem de erro de 2,2 pontos percentuais.

Espontânea, segundo turno e preferência partidária

Na pesquisa espontânea, Dilma é o nome mais lembrado, com 16% das citações. Depois vem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com 9,7%. Na sequência aparecem Marina (5,8%), Aécio (4,7%), Campos (1,6%) e José Serra (1%). Geraldo Alckmin, também do PSDB, e o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, tem meio por cento (0,5%) cada.
Num eventual segundo turno, Dilma vence Marina por 40,7% a 31,9%; Aécio por 44% a 24,5%; e Campos por 46,7% a 16,8%.
Os entrevistados também foram questionados sobre qual partido gostariam de ver na Presidência da República a partir de 2015.
O PT foi o mais citado, com 21,9%. Bem atrás vêm PSDB (4,5%) e PMDB (3,1%). Nesta questão, 39,1% disseram não saber ou não responderam; enquanto 26,5% disseram “nenhum”.

Mais Médicos

Um dos principais programas apresentados por Dilma ao país depois das manifestações de junho, o Mais Médicos tem amplo apoio da população, segundo a pesquisa.
Quase metade (49,6%) acredita que o programa vai solucionar problemas graves de saúde e 73,9% apoiam a vinda de médicos estrangeiros.
Ainda de acordo com a pesquisa, 62,4% da população usa o serviço público de saúde, 20,8% o serviço privado e 16,5% usam ambos.
A pesquisa aponta também a avaliação dos usuários dos dois sistemas. Sobre o sistema público, 2,7% consideram ótimo, 18% bom, 37,4% regular, 18,6% ruim e 22,9% péssimo.
A avaliação do sistema privado tem índices melhores: 13% consideram ótimo, 45% bom, 34,5% regular, 4% ruim e 2,5% péssimo.
Créditos: Rede Brasil Atual

A democratização da Síria como método para impor uma ditadura sangrenta

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Em caso de derrubada de Bashar Assad, a Síria irá viver décadas de anarquia e de caos. Os peritos falam de uma fatídica ilusão que vivem os EUA, convencidos que a sua experiência na construção de estados tem uma aplicação universal.

Os norte-americanos se preparam para realizar ataques maciços com mísseis contra alvos na Síria pertencentes ao regime de Bahar Assad. Entretanto, eles concordam que a operação não irá influenciar a atual situação militar na Síria e que a guerra travada pelos sírios poderá durar por mais uns dois anos.
É pouco provável, porém, que a Síria consiga regressar à situação que vivia antes da guerra. Mesmo que Assad conserve as suas posições, o país irá mergulhar no caos e na anarquia. Os Tomahawks norte-americanos irão queimar o panorama sociopolítico da Síria e esse incêndio irá acabar com toda a região. Este é o comentário do perito do Instituto do Oriente Médio Serguei Sereguichev.
"Quanto ao panorama, ele parece o de uma povoação semidestruída. Nós temos neste momento um Egito à beira da guerra civil. A Síria está praticamente destruída. Ambas as partes lutam por ruínas. Os americanos são reféns da sua ideologia baseada no princípio da universalidade do valor da democracia. Os norte-americanos pensam que a sua experiência democrática não é particular e que ela pode ser difundida com sucesso por todas as regiões do mundo, incluindo o Oriente Médio. Se os americanos continuarem a agir como têm feito até agora, nós teremos em vez de um Oriente Médio uma zona de guerra contínua. Também teremos um buraco negro no orçamento da ONU: os refugiados e o terrorismo são apenas a ponta do iceberg."
Em resumo, na opinião dos peritos, a tentativa de impor a democracia, nas atuais condições reais no mundo islâmico, tal elas como se apresentam, irá abrir os caminho do poder a "Hitleres muçulmanos". Isto é o que diz o diretor do Centro de Estudos do Oriente Médio Moderno Gumer Isaev.
"Estamos perante uma reconfiguração do Oriente Médio e as mudanças são inevitáveis. Mas uma intervenção externa origina muitos problemas adicionais. O panorama está realmente se alterando. Eu não falaria de "novos Hitleres". Provavelmente, o maior perigo virá do caos e da instabilidade criados pela alteração de paradigma, porque os regimes que estão no poder há décadas já não conseguem responder aos desafios modernos. Esses regimes têm de ser reformulados e não derrubados porque em condições de caos não se conseguirá obter nada de positivo. Nós não vemos novos líderes, nós não vemos as forças que poderiam tomar o poder com confiança e se tornarem na garantia de uma nova estabilidade."
O conhecido político alemão Joschka Fischer, que foi ministro das Relações Exteriores e vice-chanceler da Alemanha de 1998 a 2005, chegou a referir que o regime de Assad não seria substituído por uma democracia com primazia do direito. Pelo contrário, a nova era será ainda mais desordenada e cruel. Diz Serguei Sereguichev:
"Não interessa se o regime é novo ou velho, o Oriente Médio entrou por muito tempo na zona de transformação. O mais provável será, se não houver uma mudança radical da cultura e da mentalidade da maioria da sua população, daqui a 20 ou 30 anos vermos por lá novas famílias no poder, que irão transmitir o poder por herança de pais para filhos e de tios para sobrinhos, com democracias de fachada, com ruas limpas, mas com horrores nas masmorras dos serviços de segurança locais. E toda a gente ficará satisfeita porque isso é melhor do que uma situação em que todos os dias não sabes se chegarás ou não a casa. A democracia por lá só será possível no caso de as pessoas o quererem."
A comunidade internacional acabou por não receber uma resposta legível à questão sobre o resultado que Obama quer obter com a sua intervenção na Síria. Fica a sensação que ele apenas quer conservar a face, apesar de o bom senso sugerir que a forma mais fiável de reforçar a reputação de um "presidente que acaba com as guerras" seria uma recusa firme em começar uma nova.
Créditos: VOZ DA RÚSSIA

Rebeldes sírios pretendem provocar Israel com ataque químico

Síria, Israel, ataque

Os insurgentes que lutam contra as forças governamentais sírias estão se preparando para atacar, a partir do território controlado pelas autoridades sírias, Israel com armas químicas a fim de criar uma provocação em grande escala, relata o Russia Today, citando fontes.

Esta segunda-feira, o chanceler russo, Serguei Lavrov, propôs a Damasco a transferência de armas químicas sob controle internacional. O ministro das Relações Exteriores sírio, Walid Muallem, declarou que Damasco saúda a proposta russa.
Créditos: VOZ DA RÚSSIA

Clima ficará mais quente no Brasil neste século, dizem cientistas


 O Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, organismo científico criado pelo governo federal em 2009, publicou ontem (9) o primeiro de três estudos sobre os impactos do aquecimento global no Brasil. As projeções, de forma geral, mostram que haverá alta nas temperaturas do país no decorrer do século, diminuição das chuvas no Norte e Nordeste e aumento de chuva no Sul e Sudeste. As mud
anças no volume de chuva podem oscilar entre 5% e 20% e na temperatura de 1 grau Celsius (°C) a 5°C na temperatura até o final do século dependendo do aquecimento global e da emissão de gases de efeito estufa.
As projeções indicam mais secas prolongadas, principalmente nos biomas da Amazônia, Cerrado e Caatinga. “Levando em conta só o Brasil, todas as projeções indicam que o Norte e Nordeste são as regiões que devem ter uma condição de menos chuva e mais temperatura. No entorno do Semiárido [clima que predomina no interior dos estados nordestinos], onde já chove pouco, isso torna a situação preocupante. Inclusive com a possibilidade de uma transformação da área para desértica”, destaca um dos coordenadores do painel, Tércio Ambrizzi, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP).
Na Amazônia, segundo o estudo, haverá redução em 10% no volume de chuvas e aumento de temperatura de 1 ºC a 1,5°C até 2040. Haverá diminuição de 25% a 30% nas chuvas e alta de temperatura entre 3°C e 3,5°C no período de 2041 a 2070; e redução nas chuvas de 40% a 45% e aumento de 5°C a 6°C na temperatura no final do século (de 2071 a 2100).
O estudo mostra que o desmatamento pode agravar a situação. A derrubada das matas elevará ainda mais a temperatura e diminuirá a umidade. “Constitui-se condições propícias à savanização da Amazônia, um problema mais crítico na região oriental [da floresta]”, destaca o texto do estudo.
Na Caatinga, deverá haver aumento de 0,5°C a 1°C de temperatura e decréscimo entre 10% a 20% de chuva durante as próximas três décadas (até 2040). A região terá crescimento gradual de temperatura de 1°C a 2,5°C e diminuição entre 25% e 35% nos padrões de chuva de 2041 a 2070. No final do século (2070 a 2100), o bioma estará significativamente mais quente (aumento de 3,5°C a 4,5°C) e com agravamento do déficit hídrico, com diminuição de quase metade, 40% a 50%, das chuvas. “Essas mudanças podem desencadear o processo de desertificação da Caatinga”, ressalta o documento.
No Cerrado, haverá aumento de 1°C na temperatura e diminuição entre 10% a 20% das chuvas nas próximas três décadas. Em meados do século (2041 a 2070), estima-se alta de temperatura de 3°C a 3,5° e queda de 20% a 35% de chuva. No fim do século, o aumento de temperatura atinge valores de 5°C e 5,5°C e a redução de chuva será mais crítica (entre 35% e 45%).
Em 30 anos, o Pantanal deverá ter acréscimo médio de 1°C na temperatura e diminuição entre 5% e 15% nos padrões de chuva. A tendência de queda das chuvas continua no meio do século, entre 10% e 25%, e aumento de 2,5°C a 3°C. Após 2070, predominarão condições de aquecimento intenso (elevação de 3,4°C a 4,5°C) com diminuição acentuada nos padrões de chuva (35% a 45%).
O nordeste da Mata Atlântica terá alta de aquecimento (entre 2°C e 3°C) e baixa pluviométrica (entre 20% e 25%) maior em meados do século. Para o final do século, as condições estimadas são semelhantes. Na porção sul e sudeste da Mata Atlântica, a temperatura deverá subir entre 2,5°C e 3°C no final do século. 
Na região dos Pampas, as projeções são as seguintes: 5% a 10% mais chuvoso e 1°C mais quente até 2040; aquecimento entre 1°C e 1,5°C e intensificação das precipitações de 15% a 20% no meio do século; e no final, alta de 2,5°C a 3°C e aumento de 35% a 40%.
"Em função do tipo de economia brasileira, que é uma economia agrícola, é preocupante esse cenário. Nós vamos ter o impacto muito grande em termos de nossas plantações. Soja, café, milho, vão ter de se deslocar, de onde são plantados hoje, para outras regiões mais adaptadas, com temperatura mais amena e umidade de solo e de precipitação diferentes", destaca Ambrizzi.
As projeções do painel demandaram três anos de estudos e envolveram mais de 300 cientistas brasileiros.

Créditos: Agência Brasil

Espionagem não é terrorismo, mas interesses econômicos e estratégicos, afirma Dilma


A presidenta Dilma Rousseff divulgou uma nota oficial ontem (9) dizendo que, se forem confirmados os fatos veiculados pela imprensa, fica evidenciado que o motivo das tentativas de violação e de espionagem de dados do Brasil, que agora têm como alvo a Petrobras, não é a segurança ou o combate ao terrorismo, mas interesses econômicos e estratégicos. “Sem dúvida, a Petrobras não representa ameaça à segurança de qualquer país. Representa, sim, um dos maiores ativos de petróleo do mundo e um patrimônio do povo brasileiro”, disse. Reportagem veiculada pelo programa Fantástico, da TV Globo, mostrou que documentos vazados pelo ex-consultor de informática Edward Snowden indicam que a rede privada de computadores da Petrobras foi monitorada pela Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA).
“Por isso, o governo brasileiro está empenhado em obter esclarecimentos do governo norte-americano sobre todas as violações eventualmente praticadas, bem como exigir medidas concretas que afastem em definitivo a possibilidades de espionagem ofensiva aos direitos humanos, à nossa soberania e aos nossos interesses econômicos”, diz a nota.
Segundo Dilma, as tentativas de violação e espionagem de dados e informações são incompatíveis com a convivência democrática entre países amigos, sendo manifestamente ilegítimas. “Da nossa parte, tomaremos todas as medidas para proteger o país, o governo e suas empresas”, diz o comunicado.
Créditos: Agência Brasil