quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Vinho tinto faz bem à saúde?

Vinhos | Foto: AP

Há alguns anos se divulga que uma dose moderada de vinho tinto todos os dias faz bem à saúde. Não só para combater o câncer, mas também para reduzir o colesterol e evitar coágulos nos vasos sanguíneos.
Mas estudos recentes questionam as evidências destes benefícios e apontam que eles podem estar restritos a vinhos caseiros ou fabricados seguindo um modo de produção tradicional. Embora os cientistas concordem que o consumo moderado de vinho tinto possa ajudar a proteger o coração, reduzir o colesterol "ruim" e prevenir o entupimento das veias e artérias, há divergências sobre o que está por trás desses benefícios.
Recentemente, um grupo de cientistas tentou descobrir por que o vinho tinto caseiro feito no Uruguai é tão saudável e chegou a sequenciar o código genético da uva Tannat, usado na produção do vinho.
Os especialistas identificaram uma alta quantidade de procianidina, uma classe de flavonoide, compostos químicos encontrados em frutas, vegetais, chás, cereais, cacau e soja com benefícios antioxidantes e para prevenção ao câncer que vêm sendo estudados há anos.
Roger Corder, professor de terapias experimentais da Universidade Queen Mary, de Londres, é autor do livro The Red Wine Diet (A Dieta do Vinho Tinto, em tradução livre) e esteve por trás do estudo que pesquisou o vinho tinto uruguaio.
Ele confirma que a uva Tannat contém um nível três ou quatro vezes maior de procianidinas do que a uva Cabernet Sauvignon.
O pesquisador diz que estes compostos, aliados aos taninos (que combatem o envelhecimento das células e também são encontrados no vinho) seriam os grandes responsáveis pelos efeitos positivos do vinho tinto sobre a saúde.

Resveratrol

Outros cientistas apontam para o papel do resveratrol, um composto encontrado na casca das uvas vermelhas.
Saudado durante muitos anos como uma espécie de substância milagrosa, o resveratrol é um composto que, segundo os cientistas, poderia retardar o envelhecimento e combater o câncer e a obesidade.
Até o momento, estudos feitos em laboratório revelaram resultados animadores em testes com camundongos, mas ainda não foram encontradas evidências sobre a eficiência do composto em humanos.
Na Universidade de Leicester, na Inglaterra, testes com ratos indicaram que dois copos de vinho por dia podem reduzir a incidência de tumores nos intestinos - e o cientistas estudam maneiras de desenvolver o resveratrol como um composto isolado, para ser ingerido individualmente como uma droga para prevenir o câncer.
Entretanto, para Roger Corder, da Universidade Queen Mary, de Londres, há pouca evidência sobre a importância do resveratrol.
"É um mito que o resveratrol tenha qualquer coisa a ver com os benefícios do vinho tinto à saúde. A maioria dos vinhos tintos contém quantidades insignificantes de resveratrol e aqueles que possuem um pouco não contêm o suficiente para fazer qualquer efeito", diz.
Ele diz que são as sementes, e não a casca da uva, que contêm o segredo do vinho tinto.
Quando as uvas são fermentadas por diversas semanas ou mais, as sementes podem liberar flavonoides que evoluem como moléculas mais complexas.
Mas a má notícia é que isso não acontece com todos os vinhos, diz o cientista, sugerindo que os grandes benefícios da bebida podem ser restritos a um modo de produção mais tradicional – semelhante ao vinho tinto caseiro uruguaio.
"A maior parte dos vinhos modernos não usa esta técnica durante a fabricação", afirma o cientista, reforçando a necessidade do consumo moderado.
"É muito difícil dizer que o vinho é uma bebida saudável quando as pessoas consomem muito álcool, na hora errado do dia e sem comer".

Câncer

Para Emma Smith, do Cancer Research UK, centro britânico de pesquisas para o câncer, é um erro tomar vinho tinto achando que isto fará bem à saúde.
"O vinho tinto contém uma quantidade muito pequena de resveratrol e as pessoas não deveriam beber vinho com a intenção de obter benefícios para a saúde", diz.
Ela ressalta que tradicionalmente o álcool tem uma ligação negativa com o câncer.
"É importante relembrar que, mesmo em quantias moderadas, o álcool aumenta o risco de vários tipos de câncer e estima-se que seja a causa de cerca de 12.500 casos de câncer na Grã-Bretanha todos os anos".
Créditos:BBC Brasil

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

STF: Celso de Mello vota a favor de reabertura de julgamento da Ação Penal 470

O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal  (STF), votou a favor do recurso que permite a reabertura do julgamento de 12 réus condenados na Ação Penal 470, o processo do mensalão. A votação sobre a validade dos embargos infringentes estava empatada em 5 a 5 e foi definida com voto de Mello, favorável ao recurso. Mesmo com a votação em 6 a 5, o resultado do julgamento não foi anunciado para que outras questões sejam decididas, após o intervalo da sessão.
Celso de Mello iniciou o voto afirmando que os julgamentos no Supremo devem ocorrer de forma imparcial, sem pressões externas, como da imprensa e da sociedade. Para o ministro, qualquer decisão tomada de acordo com clamor público é inválida. “Devem ser assegurados todos os meios e recursos da defesa, sob pena de nulidade de persecução penal”, explicou. Segundo Mello, o cidadão tem assegurado direito constitucional de se manifestar, porém, o julgamento de qualquer réu não pode ser influenciado. “Todo cidadão tem direito à livre expressão. Sem  prejuízo da ampla liberdade de crítica, os julgamentos do Poder Judiciário, proferidos em ambiente de serenidade, não podem se deixar contaminar por juízos paralelos, resultantes de manifestações da opinião pública”, argumentou.

Sobre os embargos infringentes, Celso de Mello entendeu que os recursos são válidos, porque estão previstos no Regimento Interno do Supremo. De acordo com o ministro, a Lei 8.038/1990, que trata dos recursos em tribunais superiores, não excluiu a utilização do recurso. Para o ministro, nas ações penais que começam no STF, réus têm direito a novo julgamento, pois não há instância superior ao Supremo para que os réus possam recorrer das condenações.
Nas sessões anteriores, os ministros Luís Roberto Barroso, Teori Zavascki, Rosa Weber, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski votaram a favor da validade do recursos. Joaquim Barbosa, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e Marco Aurélio foram contra.
A questão gerou impasse porque os embargos infringentes estão previstos no Artigo 333 do Regimento Interno do STF, porém, a Lei 8.038/1990, que trata do funcionamento de tribunais superiores, não faz menção ao uso do recurso na área penal.
Foto:Jose Cruz-ABR
Créditos:Agencia Brasil

Comunicado



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Agora com 2 "T".


Síria: Rússia diz ter provas de que oposição síria usou armas químicas


A Síria entregou à Rússia novas "provas materiais" de que rebeldes opositores no conflito sírio usaram armas químicas, segundo o vice-ministro russo das Relações Exteriores.
O vice-ministro, Sergei Ryabkov, afirmou ainda que o relatório dos inspetores da ONU sobre o suposto uso de armas químicas, divulgado na terça-feira, foi "politizado, tendencioso e unilateral".
Ele disse que os inspetores tinham analisado somente as evidências do suposto ataque ocorrido em 21 de agosto, e não as de outros três incidentes prévios.
A equipe de inspetores da ONU afirmou que o gás sarin, um agente químico que ataca o sistema nervoso, foi usado no ataque do dia 21 de agosto, que matou centenas de pessoas.
O relatório não indicou os responsáveis pelo ataque, mas governos ocidentais acusam as forças ligadas ao governo do presidente sírio, Bashar al-Assad.
O governo sírio — apoiado pela Rússia — responsabilizou as forças de oposição.
O chefe da equipe de inspeção da ONU, Ake Sellstrom, disse à BBC que será difícil encontrar e destruir todas as armas químicas da Síria, mas que isso seria "factível".
Sellstrom disse que a situação depende muito de que o governo sírio e a oposição se disponham a negociar.
Para ele, o relatório da ONU pode ter colaborado para o anúncio da Síria de que está preparada para entregar suas armas químicas.
Na terça-feira, os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU — França, Grã-Bretanha, Estados Unidos, Rússia e China — se reuniram em Nova York para discutir uma resolução sobre as armas químicas sírias.
Eles discutem uma proposta de resolução sugerida por Grã-Bretanha, França e Estados Unidos.
A resolução seria um passo-chave no plano acertado pelos Estados Unidos e pela Rússia, segundo o qual a Síria revelaria seu arsenal em uma semana e teria um prazo até meados de 2014 para eliminá-lo.
Porém já há desavenças importantes sobre os termos usados na resolução.
França, Grã-Bretanha e Estados Unidos querem uma resolução que contenha a ameaça de uma ação militar caso a Síria não cumpra o acordo, mas a Rússia se opõe a isso.
Rússia e China já bloquearam anteriormente três resoluções contra a Síria propostas por países ocidentais.
Mais de 100 mil pessoas já morreram desde o início do levante contra o presidente Assad, em 2011.
Milhões de sírios já fugiram do país, principalmente para países vizinhos. Outros milhões se deslocaram internamente na Síria para fugir do conflito.
Créditos: BBC Brasil

Cientista sugere que vida começou em Marte

Planeta Marte, na cratera Gustav Holst. Foto: JPL/Nasa

Um estudo apresentado em uma conferência científica sugere que a vida pode ter começado em Marte antes de chegar à Terra.
A teoria foi apresentada pelo químico Steven Benner, do Instituto de Ciência e Tecnologia de Westheimer (EUA), em na Conferência de Goldschmidt, em Florença, na Itália.
A forma como átomos se juntaram pela primeira vez para formar os três componentes moleculares dos seres vivos – RNA, DNA e proteínas – sempre foi alvo de especulação acadêmica.
As moléculas não são as mais complexas que aparecem na natureza, ainda assim não se sabe como elas surgiram. Acredita-se que o RNA (ácido ribonucleico) foi o primeiro a surgir na Terra, há mais de três bilhões de anos.
Para criação do RNA, os átomos precisam ser alinhados de forma especial em superfícies cristalinas de minerais. Mas esses minerais teriam se dissolvido nos oceanos da Terra naquela época.Uma possibilidade para a formação do RNA a partir de átomos, como carbono, seria o uso de energia (calor ou luz). No entanto, isso produz apenas alcatrão.
Benner diz que esses minerais eram abundantes em Marte. Ele sugere que a vida teria surgido primeiro em Marte, seguindo para a Terra em meteoritos.
Na conferência em Florença, o cientista apresentou resultados sugerindo que minerais que contém elementos como boro e molibdênio são fundamentais na formação da vida a partir dos átomos.
Ele diz que os minerais de boro ajudam na criação de aros de carboidrato, gerando químicos que são posteriormente realinhados pelo molibdênio. Assim surge o RNA.
O ambiente da Terra, nos primeiros anos do planeta, seria hostil aos minerais de boro e ao molibdênio.
"É apenas quando o molibdênio se torna altamente oxidado que ele é capaz de influenciar na formação da vida", diz Benner.
"Esta forma de molibdênio não existira na Terra quando a vida surgiu, porque há três bilhões de anos a Terra tinha muito pouco oxigênio. Mas Marte tinha bastante."
Segundo ele, isso é "outro sinal que torna mais provável que a vida na Terra tenha chegado por um meteorito que veio de Marte, em vez de surgido no nosso planeta".
Outro fator que reforçaria a tese é o clima seco de Marte, mais propício para o surgimento de vida.
"As evidências parecem estar indicando que somos todos marcianos, na verdade, e que a vida veio de Marte à Terra em uma rocha", disse Benner à BBC.
"Por sorte, acabamos aqui – já que a Terra certamente é o melhor entre os dois planetas para sustentar vida. Se nossos hipotéticos ancestrais marcianos tivessem ficado no seu planeta, talvez nós não tivéssemos uma história para contar hoje."

João Pessoa recebe o VI Salão de Imóveis da Paraíba



Será realizado nos dias 18, 19 e 20 de outubro, na Domus Hall, em João Pessoa, a sexta edição do Salão de Imóveis da Paraíba (SIM Paraíba). A construtora Eurobrasil já está acertando os últimos preparativos e garante ofertar 400 imóveis residenciais e comerciais de dois empreendimentos de alto padrão que já estão em andamento, o D’Ouro Tambaú Club Residence, em Tambaú, e o Jardins de Maio Club Residence, no bairro 13 de maio.
Segundo o diretor geral da Eurobrasil, Ricardo Capelo, eventos como o SIM Paraíba fazem a diferença para a empresa, não só pelas negociações realizadas na feira como também pelas vendas que podem ser feitas depois. “Sempre conseguimos uma boa captação de clientes, concretizando negócios na feira e nos dias após o evento. Esperamos conseguir isso mais uma vez e vender o máximo possível dessas unidades”, declarou.
O D’Ouro Tambaú Club Residence é composto por duas torres, com unidades de três a quatro suítes de 117 m² e 141 m². Com uma área de 3.600 m², o prédio possui ainda espaço para 24 lojas comerciais, com valor mínimo de R$ 198 mil. Já os apartamentos saem por a partir de R$ 584 mil. Por sua vez, o Jardins de Maio Club Residence, que também segue a linha de alto padrão da construtora, possui apartamentos de 56 m² e 67 m² de área e área de lazer completa.
Quem adquirir um imóvel da construtora durante o evento, poderá ainda desfrutar de uma viagem imperdível. “Os clientes que comprarem durante a feira irão participar do sorteio de uma viagem para a Europa, como fizemos no ano passado”, acrescentou Ricardo.
Durante os três dias do evento, construtoras e agentes financeiros atenderão o público nos 72 estandes instalados no local. Para o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de João Pessoa (Sinduscon-JP), Fábio Sinval, o SIM Paraíba deste ano deve movimentar um volume total de R$ 10 milhões.
Edificar com Redação Paraíba Total

STF define hoje se réus do mensalão terão novo julgamento


 O Supremo Tribunal Federal (STF) decide hoje (18) se 12 réus condenados na Ação Penal 470, o processo do mensalão, terão novo julgamento. A votação sobre a validade dos embargos infringentes está empatada em 5 a 5 e será retomada com o voto do ministro Celso de Mello, último a votar.
Em entrevista na última quinta-feira (12), o ministro disse que sua decisão não será pautada por algum tipo de pressão ou pela opinião pública. Na ocasião, Mello sinalizou que poderá votar a favor dos recursos, mas não declarou seu voto.  Ele citou uma decisão na qual se manifestou sobre a questão, no dia 2 de agosto de 2012, quando o STF começou a julgar a ação penal.
Até agora, os ministros Luís Roberto Barroso, Teori Zavascki, Rosa Weber, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski votaram a favor dos recursos. Joaquim Barbosa, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e Marco Aurélio foram contra.
Os ministros estão analisando se cabem os embargos infringentes. Embora esse tipo de recurso esteja previsto no Artigo 333 do Regimento Interno do STF, uma lei editada em 1990 que trata do funcionamento de tribunais superiores não faz menção ao uso do recurso na área penal. Caso seja aceito, o embargo infringente pode permitir novo julgamento quando há pelo menos quatro votos pela absolvição.
Dos 25 condenados, 12 
tiveram pelo menos quatro votos pela absolvição: João Paulo Cunha, João Cláudio Genu e Breno Fischberg (no crime de lavagem de dinheiro); José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares, Marcos Valério, Kátia Rabello, Ramon Hollerbach, Cristiano Paz e José Salgado (no de formação de quadrilha); e Simone Vasconcelos (na revisão das penas de lavagem de dinheiro e evasão de divisas). No caso de Simone, a defesa pede que os embargos sejam válidos também para revisar o cálculo das penas, não só as condenações.
Pelo Regimento Interno do STF, se a Corte acatar os recursos, outro ministro será escolhido para relatar a nova fase do julgamento. Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski, relator e revisor da ação penal, respectivamente, não poderão relatar os recursos de dois réus que pediram os embargos infringentes, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e ex-deputado federal (PP-PE) Pedro Corrêa.
Os demais réus só poderão entrar com novo recurso caso seja aprovado, após a publicação do acórdão, o texto final do julgamento. A previsão é que o documento seja publicado 60 dias após o fim do julgamento. Com isso, o documento deverá ser publicado no mês de novembro.
A partir daí, os advogados terão 15 dias para entrar com os embargos infringentes. Ainda existe a possibilidade de o prazo passar para 30 dias, conforme pedido das defesas. Nesse caso, o plenário terá até a segunda quinzena de dezembro para analisar a questão. Após esse período, começa o recesso de fim de ano do STF, e as atividades serão retomadas em fevereiro de 2014.