quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Paracetamol pode ter causado a morte de 1.500 pessoas no Brasil

Venda do medicamento cresceu 80%

Medicamento estaria sido consumido em uma dosagem além do permitido. Suas substâncias causam insuficiência hepática fulminante, onde fígado para de funcionar, necessitando um transplante.
Um dos remédios mais populares no Brasil, o paracetamol, pode ser a causa da morte de mais de 1.500 pessoas no país. De acordo com uma pesquisa realizada pela ONG de jornalistas, “Pro Publica”, o medicamento seria a causa de vários problemas de fígado. Em si, suas substâncias não causariam nenhum mal, mas, com a superdosagem, ele afeta gravemente o fígado, nos últimos dez anos.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), entretanto, a recomendação é que o analgésico não seja ingerido mais que 4g por dia, o equivalente a uma média de seis comprimentos. Na bula, a recomendação está inscrita, porém as consequências da superdosagem não são reveladas.
Para a agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos, a Administração de Comidas e Remédios dos Estados Unidos (FDA), a prescrição de 4g está acima do ideal, que deveria ser de até 325 miligramas (mg). A nova idicação deverá entrar em vigor já no próximo ano, em 2014.
 Créditos: Portal Correio

Dilma venceria em qualquer cenário em 2014, segundo Vox Populi

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 Pesquisa realizada pelo Instituto Vox Populi mostra que Dilma Rousseff venceria em qualquer cenário nas eleições de 2014. Os números, divulgados pela Rede Record, dão vantagem à presidenta na disputa, com o dobro da segunda colocada, Marina Silva (PSB).Em um dos cenários, a petista chega a 41%, contra 21% da ex-senadora e 19% do ex-governador de São Paulo, José Serra.

Sem Marina, Dilma tem 43%, frente a 20% do senador mineiro Aécio Neves (PSDB) e 10% do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).Quando o candidato tucano é Serra, Dilma fica com 42%, frente a 21% do postulante derrotado em 2010 e 12% de Campos.Com Marina e Aécio na disputa, Dilma tem 41%, contra 23% da ex-ministra do Meio Ambiente e 17% do senador.Nas simulações de segundo turno, Dilma faz 47% a 27% sobre Aécio e tem o mesmo resultado contra Serra. Frente a Marina, a petista fica com 46% a 31%, e atinge maior vantagem contra Eduardo Campos, com 48% a 23%.
O Vox Populiu ouviu 2.500 pessoas entre os dias 11 e 13 de outubro em 179 cidades. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.Os dados do Vox Populi divergem dos apresentados pelo Datafolha no último fim de semana. A pesquisa do instituto do jornal Folha de S. Paulo indicou vitória no primeiro turno para Dilma apenas no cenário contra Aécio Neves e Eduardo Campos, com 42% da petista, 21% do senador e 15% do governador.Com Marina Silva pelo PSB e José Serra pelo PSDB, Dilma fica com 37%, contra 28% da ex-ministra do Meio Ambiente e 20% do tucano. Quando Serra dá lugar a Aécio, a petista sobe a 39%, Marina chega a 29% e o senador tem 17%. No último cenário testado pelo Datafolha, a presidenta tem 40%, contra 25% de Serra e 15% de Campos.
Créditos; Rede Brasil Atual

Cada real investido no Bolsa Família vira R$ 1,78 no PIB

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O Programa Bolsa Família (PBF) contribuiu para a melhoria na distribuição de renda no Brasil nos últimos anos, mas o que explica a redução das desigualdades por conta dos benefícios do programa é o fato de que, atualmente, o número de pessoas que vivem com renda mensal menor que R$ 70 (as que são consideradas em situação de miséria ou extrema pobreza) é de 3,6% do total da população. Esse dado, divulgado ontem (15) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostra que houve uma redução de 28% do número de pessoas miseráveis nos estados brasileiros desde a implementação do programa até hoje.   
Em 2001, essas pessoas correspondiam a 8,8% da população. “Caso não existisse o programa, o percentual hoje seria de 4,9%, e não 3,6%”, afirmou o presidente do Ipea, Marcelo Neri, ao divulgar resultados de estudo que faz avaliações macroeconômicas sobre o Bolsa Família a partir de indicadores observados ao longo dos seus dez anos de existência.
De acordo com Neri, os impactos de demais programas de benefícios à população brasileira costumam ser de, em média, 0,8% – percentual bem menor que o do impacto provocado pelo Bolsa Família.  Além disso, segundo Marcelo Neri, cada real adicional gasto no programa tem impacto na desigualdade 369% maior que a previdência social em geral e 86% mais que os chamados Benefícios de Prestação Continuada (BPC) – benefícios concedidos para idosos e deficientes que não tenham condições de se manter e não possam ser mantidos pela família.
O Bolsa Família também garante, em curto prazo, maior expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do país do que qualquer outra transferência social de renda, a um custo fiscal baixo para os padrões internacionais – sempre, com benefícios de longo prazo sobre a capacidade das pessoas de gerar renda.
Efeitos sobre o PIB
Quando comparados os efeitos multiplicadores de sete transferências sociais no país, a constatação a que se chega é de que o programa, por larga margem, corresponde à transferência de renda com maiores efeitos sobre o PIB. Isso porque para cada R$ 1 adicionado ao programa se aumenta R$ 1,78 ao PIB – uma vez que o valor do Bolsa Família gera um aumento de 1,78% na atividade econômica das famílias beneficiadas e aumento de 2,40% sobre o consumo destas pessoas.
O percentual é bem maior, por exemplo, que o de transferências previdenciárias e trabalhistas, que crescem de acordo com o trabalho dos beneficiados. No seguro-desemprego, por exemplo, para cada R$ 1 investido, o aumento é de 1,06%. Em relação ao Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), o aumento percentual é de 0,53%. E em relação ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS), é de 0,52%. No tocante ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), é de 0,39%.
Além disso, o Brasil gasta com o programa e outros programas de benefícios continuados, cerca de 1% do PIB. “O Bolsa Família permanece pequeno em termos percentuais em relação ao PIB, o que é um dos seus méritos: conseguir muito, gastando-se pouco”, enfatizou Marcelo Neri.
Em comparação com outros países, a diferença é gritante. O governo dos Estados Unidos, em 2012, desembolsou US$ 315 milhões – aproximadamente 2% do PIB norte-americano – em programas de transferência de renda. E na Europa, a maior parte dos países gasta bem mais que esse percentual, com destaques para a Alemanha, que gasta 3%, enquanto nos PIBs da França, Reino Unido e Holanda o percentual com esse tipo de gasto é de 4%.
Atualmente, o Bolsa Família atende a 13,8 milhões de famílias – quase 50 milhões de pessoas. O valor médio do benefício passou de R$ 73,70, em outubro de 2003, para R$ 152,35 em setembro de 2013. O investimento pelo governo federal no Bolsa Família em 2013 é de R$ 24 bilhões, o que representa apenas 0,46% do PIB. “Trata-se de um programa que consegue gerar grandes efeitos custando apenas 0,5% do PIB”, acentuou o presidente do Ipea.
Os dados macroeconômicos sobre o programa fazem parte de um trabalho realizado pelo Ipea em conjunto com o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome que estão sendo compilados num livro, com lançamento programado para o próximo dia 30 – durante solenidade em que serão comemorados os dez anos do Bolsa Família.
Créditos: Rede Brasil Atual

Paraíba: 600 mil pessoas passam fome em toda a

Estiagem agrava situação

Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), em torno de 600 mil paraibanos ainda vivem em situação de insegurança alimentar, deixando a Paraíba em terceiro lugar no ranking entre os Estados com maior número de pessoas que passam fome.
Por causa da estiagem, o problema se agravou. Porém as famílias que não têm o que comer todos os dias estão espalhadas por todo Estado: nas periferias das grandes cidades e nos municípios com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), segundo informou o presidente do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), Arimatéia França. Para debater soluções para o problema, começa hoje a Semana Nacional de Alimentação, com palestras e seminários. A ação faz parte da comemoração do Dia Mundial de Alimentação, que é celebrado no dia 16 de outubro.
Segundo Arimatéia, o Consea, em parceria com órgãos públicos, está elaborando as diretrizes do Plano e do Sistema Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional, que deve ser apresentado à sociedade até março do próximo ano.
O plano constitui uma buscativa que vai detectar as famílias que estão em situação de insegurança alimentar e, a partir da situação delas, apresentar uma solução concreta para erradicar a fome. “Primeiro vamos colocar todas essas famílias nos programas do MDS, como o Bolsa Família e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Depois vamos traçar outras diretrizes para acabar de vez o problema da fome na Paraíba. O Consea existe para garantir que os programas e ações se efetivem e cheguem para todos os paraibanos”, afirmou.
Créditos: Portal Correio

ONU alerta sobre desperdícios no Dia Mundial da Alimentação

As Nações Unidas alertaram hoje (16), no Dia Mundial da Alimentação, para o desperdício alimentar, uma das principais razões para que 842 milhões de pessoas continuem privadas de quantidades suficientes de alimentos. No mesmo comunicado, a ONU destacou a importância de uma dieta equilibr
ada para combater o aumento da obesidade e garantir a saúde das populações.
Para marcar a data, na sede da FAO, em Roma, será oferecido hoje um almoço totalmente feito com produtos destinados ao lixo.
Cerca de um terço dos alimentos produzidos em todo o mundo - ou 1,3 bilhão de toneladas e mais de US$ 750 bilhões - por ano são atualmente desperdiçados, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
"Com um quarto desses números, é possível alimentar 842 milhões de pessoas famintas em todo o mundo", garantiu Robert van Otterdijk, especialista em indústrias agrícolas e responsável pela infraestrutura rural na FAO.
Segundo ele, ao "reduzir à metade esse desperdício, bastaria aumentar a produção alimentar mundial em 32% para conseguir dar comida a 9 bilhões de pessoas, a população mundial prevista em 2050", de acordo com projeções demográficas.
Atualmente, os peritos estimam ser necessário um aumento de 60% da produção para responder às necessidades futuras da humanidade, um patamar insustentável para o planeta, cujos recursos em terra e água não são infinitos.
Para Mathilde Iweins, coordenadora de um relatório sobre os custos ambientais do desperdício, "as superfícies agrícolas utilizadas para a produção de alimentos que não serão utilizados equivalem às do Canadá e da Índia, em conjunto".
Se avaliarmos o desperdício alimentar como um país, seria "o terceiro emissor de gás de efeito estufa, depois da China e dos Estados Unidos", com um consumo de água equivalente a três vezes o Lago Léman (entre a Suíça e França), disse Iweins.
Nos países em desenvolvimento, as reduzidas capacidades de armazenamento e de acesso ao mercado são as principais causas do desperdício. Nas sociedades industrializadas, a responsabilidade é do excesso de normas e regras, devido a preocupações sanitárias ou estéticas.
Em sua mensagem pelo Dia Mundial da Alimentação, a ONU insistiu também na importância de sistemas de produção duráveis. "Modelos não viáveis de desenvolvimento degradam o ambiente natural, ameaçam os ecossistemas e a biodiversidade, indispensáveis para o futuro abastecimento de alimentos", acrescentou.
Se os esforços combinados dos Estados e das agências da ONU permitiram reduzir, de forma espetacular, o número de pessoas com fome (mais de 1 bilhão em 2009), o número de subnutridos é ainda de 2 bilhões, que sofrem uma ou várias carências em micronutrientes, como vitaminas e minerais.
A FAO mostrou que a subnutrição abrange 26% das crianças que apresentam atraso no crescimento, e 1,4 bilhão de pessoas com excesso de peso, incluindo 500 milhões de obesos.
Em relatório publicado em junho, a organização avaliou que o custo econômico da subnutrição e das carências em micronutrientes representam de 2% a 3% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, ou seja, entre US$ 1,4 bilhão e US$ 2,1 bilhões.
De acordo com o Programa Alimentar Mundial (PAM), que fornece ajuda de emergência a 80 países, é urgente reforçar o número de mães e crianças que recebem produtos nutricionais especializados e focar essa atenção nos primeiros mil dias de vida.
"Se a comunidade internacional investisse US$ 1,2 bilhão por ano, durante cinco anos, na redução das carências em micronutrientes, a quebra da taxa de mortalidade infantil e o impacto positivo nos rendimentos futuros podiam atingir os US$ 15,3 bilhões", indicou o PAM, citando especialistas do Consenso de Copenhague, um projeto voltado ao bem-estar da humanidade.
"Conseguir o maior número possível de alimentos de cada gota de água, porção de terreno, partícula de fertilizantes e minuto de trabalho poupa recursos para o futuro e torna os sistemas mais sustentáveis", lembrou a organização.
Créditos: Agência Brasil*

Síria: perigo afasta jornalistas da cobertura do conflito

Síria: perigo afasta jornalistas da cobertura do conflito

A organização Repórteres sem Fronteiras informou hoje (16) que há cada vez menos jornalistas cobrindo o conflito na Síria devido ao perigo de serem mortos, acusados de espionagem ou sequestrados.
Há também restrições à emissão de vistos pelo regime de Damasco, além da propaganda feita pelas duas partes em conflito, que torna ainda mais difícil o trabalho dos jornalistas. “A maioria dos jornalistas diz que é muito arriscado ir para a Síria neste momento, mesmo que muitos profissionais tenham vontade disso”, disse Soazig Dollet, da Repórteres sem Fronteiras.
Segundo a organização, pelo menos 25 profissionais estrangeiros e sírios e 70 civis que se encarregavam de recolher informações para jornalistas foram mortos desde o início da guerra civil, em março de 2011.
Há ainda grande risco de sequestro e pelo menos 16 jornalistas estrangeiros foram dados como desaparecidos, podendo haver mais, cujas famílias optam por não revelar, de acordo com a entidade.
Entre os desaparecidos está James Foley, um jornalista freelancer norte-americano que fez reportagens para a agência francesa France Presse e que foi capturado no Noroeste da Síria, a 22 de novembro de 2012.
Para contornar as restrições do regime na emissão de vistos e de autorização para circular no país, vários jornalistas entram na Síria em locais sem controle nas fronteiras com a Jordânia, Iraque, Líbano ou Turquia.
De acordo com o Comitê para a Proteção de Jornalistas, a maioria das mortes e dos raptos de jornalistas ocorreu nas zonas controladas pelos rebeldes, um fenômeno que tem aumentado.
“As razões por detrás desses raptos não são apenas políticas, mas também financeiras, e há grupos que têm como alvo especificamente os jornalistas, acusando-os de serem espiões”, afirmou Shérif Mansur, do comitê.
De acordo com ele, o fato de cada vez menos jornalistas arriscarem entrar na Síria “é um presente para aqueles que violam os direitos humanos”.
O conflito na Síria já provocou mais de 110 mil mortos desde março de 2011, de acordo com as Nações Unidas.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Metrô-SP: Testemunha revela propina em cartel



Pela primeira vez, ex-executivo da Siemens aponta, em depoimento, que houve corrupção no caso envolvendo o setor metroferroviário.

Um ex-executivo da Siemens afirmou em depoimento ao Ministério Público que houve pagamento de propina para beneficiar a empresa alemã e outras suspeitas de formação de cartel em licitações do sistema metroferroviário paulista.
Até então, havia só a admissão de um esquema de cartel para obter contratos durante os anos de 1998 e 2008, sem a participação de agentes públicos dos governos tucanos que se sucederam no comando do Estado.
O depoimento foi prestado na quinta-feira passada por um dos seis executivos que subscrevem o acordo firmado em maio com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) na qual a Siemens admitiu o cartel.
A testemunha citou dados que podem mudar o cenário da apuração, inicialmente restrita aos acertos prévios entre as multinacionais. Segundo um dos integrantes da força-tarefa montada pelos Ministérios Públicos Estaduai e Federal, o depoimento "indicou coisas importantes".
O conteúdo das declarações está em análise pelas autoridades. As informações obtidas começaram a ser cruzadas com um inquérito policial que contém dados de quebra de sigilo bancário de suspeitos.
Os promotores têm ressaltado que não pretendem conduzir a investigação exclusivamente direcionada para a composição de empresas e preços ajustados à margem da Lei de Licitações. Eles suspeitam que o cartel não teria obtido contratos vantajosos sem pagamento de propinas. Por isso, insistem junto a testemunhas para que revelem pistas sobre a corrupção. O depoimento da semana passada animou os investigadores.
Revelação. O acordo de leniência, firmado em 22 de maio, prevê a revelação de detalhes do cartel. Seis ex-executivos da Siemens se dispuseram a contar o que sabem: Daniel Mischa Leibold, Everton Rheinheimer, Jan-Malte Hans Jochen Orthmann, Nelson Branco Marchetti, Newton José Leme Duarte e Peter Andreas Gölitz. A própria Siemens no Brasil e a matriz na Alemanha subscrevem o acordo de leniência com o Cade.
No âmbito do Ministério Público foram instaurados 45 inquéritos, relativos a contratos da Siemens e outras 18 empresas que integrariam o cartel.
A Polícia Federal também abriu inquérito criminal, mas estava encontrando dificuldades para obter informações porque os lenientes queriam restringir a colaboração à ação do cartel - nos termos do acordo firmado com o Cade. A pedido da PF, a Justiça Federal autorizou o questionamento dos lenientes sobre c orrupção. A Justiça decidiu pela inexistência de sigilo para fins de apuração de crimes. Na prática, os lenientes são obrigados a falar o que sabem, não podem alegar sigilo.

Créditos: MSN/ ESTADÃO