quinta-feira, 17 de outubro de 2013

A cada três assassinados dois são negros

No lançamento nesta quita-feira (17) da 4ª edição do Boletim de Análise Político-Institucional (Bapi), dados mostram que, no Brasil, a probabilidade do negro ser vítima de homicídio é oito pontos percentuais maior, mesmo quando se compara indivíduos com escolaridade e características socioeconômicas semelhantes.
Para Almir de Oliveira Júnior e Verônica Couto de Araújo Lima, respectivamente pesquisador do Ipea e acadêmica da área de Direitos Humanos da UnB, se no Brasil a exposição da população como um todo à possibilidade de morte violenta já é grande, ser negro corresponde a pertencer a um grupo de risco, pois a cada três assassinatos, dois são de negros. Somando-se a população residente nos 226 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes, calcula-se que a possibilidade de um adolescente negro ser vítima de homicídio é 3,7 vezes maior em comparação com os brancos.
Os dados são do artigo que escrevem em parceria, Segurança Pública e Racismo Institucional, que compõe a quarta edição do Bapi, lançada nesta quinta-feira, 17, simultaneamente no Rio de Janeiro e em Brasília. Analisando o racismo institucional dentro das polícias, os autores conceituam o termo como sendo o fracasso coletivo das instituições em promover um serviço profissional e adequado às pessoas por causa da sua cor.
A pesquisa aponta que negros são maiores vítimas de agressão por parte de policiais que brancos. A Pesquisa Nacional de Vitimização mostra que 6,5% dos negros que sofreram uma agressão no ano anterior à coleta dos dados pelo IBGE, em 2010, tiveram como agressores policiais ou seguranças privados (que muitas vezes são policiais trabalhando nos horários de folga), contra 3,7% dos brancos.
Lançamento
A coordenadora da publicação, Joana Alencar, e o diretor da Diest abriram a coletiva de lançamento do Boletim, na sede do Instituto, em Brasília. Logo em seguida, Roberto Messenberg, que também coordena a publicação, comentou o conteúdo geral dos sete artigos da publicação. A apresentação contou ainda com a participação da pesquisadora do Instituto Maria Bernadete Sarmiento Gutierrez, que demostrou dados de seu artigo, Desenvolvimento Sustentável: a necessidade de um marco de governança adequado.
Os outros textos que compõem o Bapi são: As manifestações de junho e os desafios à participação, de Wagner Romão; A pacificação das favelas do Rio de Janeiro e as organizações da sociedade civil, de Rute Imanishi e Eugênia Motta; Participação e desenvolvimento regional: uma conexão ainda frágil, de Clóvis Henrique de Souza, Paula Fiuza Lima e Joana Alencar; Audiências públicas: fatores que influenciam seu potencial de efetividade, de Igor Fonseca, Raimer Rezende, Marília de Oliveira e Ana Karine Pereira; e, por fim, Pronatec: múltiplos arranjos e ações para ampliar o acesso à educação profissional, de Maria Martha Cassiolato e Ronaldo Garcia.
Este volume da publicação tem como foco aspectos estruturais de algumas das instituições políticas brasileiras e a relação entre o desenvolvimento e os mecanismos de democracia representativa e participativa.
Créditos: WSCOM

O triste fim das manifestações



As manifestações que desde o mês junho deste ano se espalharam pelo o país nos mostrou que não à um objetivo claro das pessoas que delas participam, a maioria nem sabe porque está lá.
      Nestas manifestações a falta de organização e os  atos de violência afastaram o povo  reduzindo-as  à pequenos grupos.
 Democracia  nenhuma permite que o cidadão saia cometendo atos de vandalismo ou destruindo patrimônio publico ou privado. Democracia é respeitar o direito do outro, a liberdade do outro.  A serviço de quem estão estas pessoas que vão pra rua para fazer desordem? Quando realmente tiver motivo para manifestações será que o povo vai pra rua? Ou será este o triste fim das manifestações?
ZITTONEWS

Escravidão atinge 29,8 milhões de pessoas no mundo



Existem atualmente no mundo 29,8 milhões de pessoas em situação análoga à escravidão. A estimativa consta do relatório Índice de Escravidão Global 2013, da Fundação Walk Free, divulgado hoje (17). A África e a Ásia, d acordo com o documento, são os continentes com a maior incidência e prevalência de pessoas nessa condição. Somadas, a Índia, China, o Paquistão, a Nigéria, Etiópia,  Rússia, Tailândia, o Congo, Myanmar e Bangladesh têm 76% do total mundial, cerca de 22,6 milhões de pessoas.
Nos parâmetros do índice, escravidão é a condição de uma pessoa sobre a qual é exercido qualquer poder de propriedade. Entre essas condições estão a servidão por dívida, casamento forçado ou servil e a venda ou a exploração de crianças – inclusive em conflito armado. Por incidência, entende-se a proporção ou a quantidade de novos casos. Por prevalência, o total de casos em um determinado momento. Assim, a incidência reflete as condições de vida nos países em questão – que propiciam, ou não, o aparecimento de casos e a manutenção dos índices.
"[Os parâmetros] não são baseados em legislação, mas, na realidade, as pessoas exploradas de alguma forma, especialmente a econômica”, disse à Agência Brasil o autor do relatório, Kevin Bales.
De acordo com o índice, os países com o maior número de trabalho escravo são a Índia, China e o Paquistão. Na Índia, existem de 13,3 milhões e 14,7 milhões de pessoas escravizadas – quantidade mais de duas vezes superior à população do Paraguai, com cerca de 6 milhões de habitantes. Segundo o levantamento da Walk Free, a maioria dos casos é a escravização de indianos pelos próprios indianos, por meio da manutenção de dívidas e de trabalho forçado.
A China, o segundo país com a maior quantidade absoluta de pessoas em condição análoga à escravidão, estima-se que haja de 2,8 milhões e 3,1 milhões de casos, entre os quais o uso de mão de obra forçada de homens, mulheres e crianças, servidão doméstica e exploração sexual.
Proporcionalmente, a Mauritânia, na Costa Oeste da África, é o país que lidera o ranking dos de maior incidência de trabalho escravo – de 140 mil e 160 mil pessoas estão em situação análoga à escravidão, o dado representa que, pelo menos, 3,6% da população, de 3,8 milhões de pessoas, são atingidas pelo problema. De acordo com a Walk Free, a situação se deve à tradição de escravidão no país, refletida pelos altos índices de casamento infantil forçado.
No Haiti, o segundo país no ranking, os conflitos, a ocorrência de terremotos e a tradição de escravidão infantil são os fatores que influenciam a alta incidência de situações análogas à escravidão. No país, há de 200 mil a 220 mil pessoas escravizadas – 1,9% da população de 10,2 milhões de pessoas. No Afeganistão, o país com a terceira pior colocação,  existem mais de 2 milhões de pessoas (1,1% da população de 179 milhões) nessas condições. Segundo o índice, devido ao grande contingente de refugiados e à frágil legislação vigente.
“Na maioria dos casos, a situação é a insuficiência legislativa e a falta de recursos. Os países não têm as leis específicas, o entendimento público do que significa situação análoga à escravidão e não investem para solucionar o problema”, disse Bales.
Em contrapartida, a Islândia, a Irlanda e o Reino Unido são os países com a mais baixa incidência de escravização, empatados 160º lugar no ranking – com 100, 340 e 4,6 mil pessoas em situação análoga à escravidão, respectivamente. Para o autor do índice, a situação desses países com as menores incidência e prevalência é tão crítica quanto – se não mais que - a dos países com os maiores indicativos. 
“Eu diria que esses são igualmente críticos aos que têm mais, pois eles não têm desculpa. Não são pobres, não têm corrupção. Então o que está errado é que ainda não eliminaram a escravidão”, declarou Bales.
No levantamento, além da medição quantitativa dos casos, são identificados fatores de risco relevantes e a comparação dessas vulnerabilidades entre os países. Entre os fatores de risco, estão a extensão das políticas adotadas nos países; a extensão das garantias aos direitos humanos; a estabilidade do Estado, que mede fatores como corrupção; e o nível de discriminação sofrida pelas mulheres.
O índice da Walk Free é a primeira edição do trabalho da fundação em que há um ranking do uso de mão de obra escrava em 162 países. O ranking foi elaborado de acordo com a avaliação e a mensuração de três critérios considerados determinantes para a incidência de condições análogas à escravidão: a prevalência do trabalho escravo, os casos de casamento infantil e o tráfico de pessoas.
"Esse índice tem o objetivo de medir onde estamos e para onde temos de ir. Os países têm de definir até quando esse tipo de situação será aceita", ressaltou Bales, enfatizando a necessidade de o aumento da participação de organizações da sociedade civil e da ampliação do acesso a serviços públicos.
Foto: EBC
Créditos: Agencia Brasil

Paraíba: Nos últimos dois anos, a seca matou 28% do rebanho bovino


Seca na Paraíba

Em decorrência da seca, a Paraíba perdeu 387.201 bovinos em 2012. Nos dois últimos anos, o rebanho caiu de 1.354.268 para 967.067 animais – redução de 28,59%, segundo a pesquisa Produção da Pecuária Municipal, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Outros tipos de rebanhos também registraram prejuízos: equino (7,30%), suíno (11,75%), caprino (18,54%) e ovino (16,39%).
De acordo com o supervisor de Agropecuária do IBGE, José Rinaldo de Souza, o prejuízo é um dos mais significativos nos últimos 20 anos, período em que três grandes secas dizimaram a produção agropecuária no Nordeste. Entre 1992 e 1993, a redução do rebanho bovino paraibano foi de 34%; em 1997, o prejuízo chegou a 28%, o mesmo índice dos últimos dois anos.
Somando o prejuízo dessas três grandes secas, foram dizimados 1,2 milhão de bovinos – número superior ao rebanho atual, que é de 967 mil animais. Segundo José Rinaldo, será necessário um período de oito anos para que as perdas sejam compensadas. “Essa é a previsão, levando em conta uma taxa de crescimento de 3% a 5% ao ano. Mas essa é só uma estimativa e os imprevistos podem ocorrer, elevando esse período de recuperação. Os números se repetem a cada seca, mas nenhuma medida concreta é adotada”, destacou.
O supervisor do IBGE indica a falta de planejamento como um dos principais fatores que causam a repetição do problema a cada seca registrada no Nordeste. “Falta aplicação de técnicas e tecnologias para conviver com a seca. Muitos agricultores também não investem em reserva de pastagem, possuem mais animais do que a propriedade suporta. Então quando a seca chega, eles ficam desprevenidos”, observou José Rinaldo.
Aviários
Enquanto a maior parte dos rebanhos foi afetada pela seca, a pesquisa do IBGE apontou que o segmento de galos, frangos e pintos saltou de 8,2 milhões para 9,1 milhões (crescimento de 10,7%). Segundo José Rinaldo, a explicação é que esse tipo de rebanho é mais comum no Agreste, onde a seca não é tão grave, e são animais que demandam menos estrutura para a criação. Esse tipo de rebanho ajudou a Paraíba a fechar o ano de 2012 com um crescimento de 1,5%, englobando a criação de todos os animais.
Nordeste perde 4 milhões
O Nordeste perdeu 4 milhões de animais no ano passado. Em 2012, mais de 1.200 municípios decretaram emergência pela estiagem e precisaram ser abastecidas por carros-pipa. “A seca prolongada resultou na redução de muitos plantéis, sobretudo o de bovinos, causando impactos sobre a produção e produtividade de leite”, diz a pesquisa do IBGE. A região contabilizou 1,3 milhão de bovinos a menos no ano passado --queda de 4,5% em comparação a 2011.
Créditos:Portal Correio

Poluição do ar é cancerígena


A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a poluição do ar como cancerígena para os seres humanos, anunciou hoje (17) o Centro Internacional para Pesquisa do Câncer (Iarc, da sigla em inglês), uma agência especializada da organização.
“O ar que respiramos se tornou poluído com uma mistura de substâncias causadoras de câncer. Sabemos hoje que a poluição é, não só um risco importante para a saúde em geral, como também uma das principais causas das mortes por câncer”, afirmou Kurt Straif, da Iarc, em uma conferência de imprensa em Genebra. Os pesquisadores da Iarc concluíram que “há provas suficientes” de que “a exposição à poluição do ar provoca câncer de pulmão” e aumenta “o risco de câncer da bexiga”, depois de analisarem estudos envolvendo milhares de pessoas acompanhadas durante várias décadas.
Embora a composição da poluição e os níveis de exposição variem acentuadamente entre diferentes locais, a agência afirma que esta classificação se aplica “a todas as regiões do mundo”. A poluição do ar já era cientificamente considerada como causa de doenças respiratórias e cardiovasculares.
Em comunicado, a agência afirma que os níveis de exposição à poluição aumentaram significativamente em algumas zonas do mundo, principalmente aquelas que se estão se industrializando rapidamente e são muito populosas.
Segundo a Iarc, dados de 2010 indicam que 223.000 mortes por câncer de pulmão foram causadas pela poluição do ar. A agência mediu a presença de poluentes específicos e misturas de químicos no ar e as conclusões apresentadas hoje se baseiam na qualidade do ar em geral.
“A nossa tarefa era avaliar o ar que todas as pessoas respiram e não focarmos em poluentes específicos”, explicou Dana Loomis, da agência. “Os resultados dos estudos apontam na mesma direção: o risco de desenvolver câncer de pulmão aumenta significativamente para as pessoas expostas à poluição do ar”, acrescentou.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Paracetamol pode ter causado a morte de 1.500 pessoas no Brasil

Venda do medicamento cresceu 80%

Medicamento estaria sido consumido em uma dosagem além do permitido. Suas substâncias causam insuficiência hepática fulminante, onde fígado para de funcionar, necessitando um transplante.
Um dos remédios mais populares no Brasil, o paracetamol, pode ser a causa da morte de mais de 1.500 pessoas no país. De acordo com uma pesquisa realizada pela ONG de jornalistas, “Pro Publica”, o medicamento seria a causa de vários problemas de fígado. Em si, suas substâncias não causariam nenhum mal, mas, com a superdosagem, ele afeta gravemente o fígado, nos últimos dez anos.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), entretanto, a recomendação é que o analgésico não seja ingerido mais que 4g por dia, o equivalente a uma média de seis comprimentos. Na bula, a recomendação está inscrita, porém as consequências da superdosagem não são reveladas.
Para a agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos, a Administração de Comidas e Remédios dos Estados Unidos (FDA), a prescrição de 4g está acima do ideal, que deveria ser de até 325 miligramas (mg). A nova idicação deverá entrar em vigor já no próximo ano, em 2014.
 Créditos: Portal Correio

Dilma venceria em qualquer cenário em 2014, segundo Vox Populi

dilma_stuckert.jpg

 Pesquisa realizada pelo Instituto Vox Populi mostra que Dilma Rousseff venceria em qualquer cenário nas eleições de 2014. Os números, divulgados pela Rede Record, dão vantagem à presidenta na disputa, com o dobro da segunda colocada, Marina Silva (PSB).Em um dos cenários, a petista chega a 41%, contra 21% da ex-senadora e 19% do ex-governador de São Paulo, José Serra.

Sem Marina, Dilma tem 43%, frente a 20% do senador mineiro Aécio Neves (PSDB) e 10% do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).Quando o candidato tucano é Serra, Dilma fica com 42%, frente a 21% do postulante derrotado em 2010 e 12% de Campos.Com Marina e Aécio na disputa, Dilma tem 41%, contra 23% da ex-ministra do Meio Ambiente e 17% do senador.Nas simulações de segundo turno, Dilma faz 47% a 27% sobre Aécio e tem o mesmo resultado contra Serra. Frente a Marina, a petista fica com 46% a 31%, e atinge maior vantagem contra Eduardo Campos, com 48% a 23%.
O Vox Populiu ouviu 2.500 pessoas entre os dias 11 e 13 de outubro em 179 cidades. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.Os dados do Vox Populi divergem dos apresentados pelo Datafolha no último fim de semana. A pesquisa do instituto do jornal Folha de S. Paulo indicou vitória no primeiro turno para Dilma apenas no cenário contra Aécio Neves e Eduardo Campos, com 42% da petista, 21% do senador e 15% do governador.Com Marina Silva pelo PSB e José Serra pelo PSDB, Dilma fica com 37%, contra 28% da ex-ministra do Meio Ambiente e 20% do tucano. Quando Serra dá lugar a Aécio, a petista sobe a 39%, Marina chega a 29% e o senador tem 17%. No último cenário testado pelo Datafolha, a presidenta tem 40%, contra 25% de Serra e 15% de Campos.
Créditos; Rede Brasil Atual