terça-feira, 22 de outubro de 2013

Arrecadação federal chega a R$ 84 bilhões em setembro e bate recorde


 O governo federal arrecadou R$ 84,212 bilhões em impostos e contribuições em setembro, resultado recorde para o período. Na comparação com igual mês do ano passado, houve crescimento real (descontada a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA) de 1,71%. Os dados foram divulgados hoje (22) pela Receita Federal.
No acumulado do ano até setembro, a arrecadação federal somou R$ 806,446 bilhões, alta de 0,89% na comparação com o mesmo período do ano passado, também descontado o IPCA.
Segundo a Receita, entre os fatores que contribuíram para o resultado da arrecadação, de janeiro a setembro, está a redução de 41,04% no pagamento de ajuste anual do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
A Receita também cita a arrecadação extraordinária, em maio desde ano, de R$ 4 bilhões referente ao PIS, à Cofins, ao IRPJ e à CSLL, devido a depósito judicial e à venda de participação societária. A Receita destaca ainda as desonerações tributárias e o desempenho de indicadores macroeconômicos que influenciaram a arrecadação.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Consórcio único vence Libra; Petrobras fica com 40% do campo

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Grupo tem ainda duas companhias chinesas e duas europeias; pela proposta apresentada, elas irão reverter 41,65% dos lucros obtidos com óleo bruto para o Estado brasileiro.
Um único consórcio, formado pela Petrobras, duas empresas chinesas e duas europeias, se apresentou e venceu na tarde de hoje (21) o leilão do campo de Libra, primeiro realizado pelo Brasil na área do pré-sal.
Com o resultado, a Petrobras fica com 40% do que for produzido na reserva. O restante será divido entre a francesa Total (20%), a anglo-holandesa Shell (20%) e as chinesas CNPC e CNOOC (10% cada). Pela proposta apresentada, o consórcio pagará 41,65% do excedente de óleo bruto ao Estado brasileiro. Além disso, para participar da rodada de hoje as empresas tiveram de depositar o chamado “bônus de assinatura”, estipulado em R$ 15 bilhões.
Nas contas da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o Estado ficará com 73% dos lucros do megacampo, localizado a 170 quilômetros do estado do Rio de Janeiro, na Bacia de Santos. A área, de 1,5 mil quilômetros quadrados, é a maior já ofertada em um leilão de petróleo no mundo inteiro
A presidenta Dilma Rousseff informou em sua conta no Twitter que gravou pronunciamento sobre o resultado do leilão. A fala irá ao ar à noite, em rede nacional de rádio e TV.
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou em entrevista coletiva dada logo em seguida ao leilão, no Hotel Windsor Barra, na zona oeste do Rio, que o resultado foi positivo. "Estamos satisfeitos, muito satisfeitos com o resultado. Trata-se de uma das maiores empresas do mundo, estamos muito orgulhosos", disse, respondendo em seguida à possibilidade de mudança em um próximo edital para tentar atrair mais empresas: "Cada leilão que se faz há um ajuste, mas nesse momento não consideramos isso."
O governo indicou hoje que não deve promover novo leilão do pré-sal no próximo ano por entender que o montante e a capacidade operacional que demandam uma operação do gênero são muito grandes para que se tenha empresas em condições de apresentar ofertas.

A diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, comemorou o percentual de participação governamental nas operações. "O que aconteceu foi um sucesso absoluto onde libra terá como resultado R$ 1 trilhão ao longo de 30 anos de produção. Estamos orgulhosos por participar disso."
Ficaram de fora do leilão, por não concordar com as regras, quatro gigantes do setor: as norte-americanas Exxon Mobil e Chevron e as britânicas British Petroleum (BP) e British Gas (BG). Outras seis companhias se inscreveram mas não participaram: Mitsui (Japão), Ecopetrol (Colômbia), ONGC (Índia), Petrogal (sino-portuguesa), Petronas (Malásia) e Repsol (sino-espanhola).
Esse foi o primeiro leilão de petróleo pelo regime de partilha, criado após a descoberta do pré-sal no segundo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Por esse regime, a Petrobras é controladora do campo, tem direito a no mínimo 30% das reservas e pode repartir a extração e a produção dos outros 70% com outras empresas, como ocorreu hoje.
Libra tem reservas estimadas entre 8 bilhões e 12 bilhões de barris de petróleo. Caso o potencial se confirme, será o maior campo de petróleo do país. A ANP estima que, em seu pico de produção, sejam extraídos diariamente 1,4 milhão de barris de óleo, cerca de dois terços do total da produção atual de todos os campos do país (2 milhões de barris por dia). A arrecadação total do Estado, ao longo de 30 anos de exploração, é estimada em R$ 1 trilhão.
O secretário de Petróleo e Gás Natural do Ministério de Minas e Energia, Marco Antônio Martins Almeida, disse em entrevista publicada no Blog do Planalto que o Brasil firmou um marco com o leilão. “Nós poderemos falar que o Brasil é um antes do novo modelo de partilha, e será outro depois do novo modelo de partilha [...] O Brasil dá um grande passo para o seu desenvolvimento, para o desenvolvimento da sua sociedade, e para a melhoria da condição de vida de toda a população”, afirmou.

Interesses nacionais

A exploração do petróleo brasileiro pelo sistema de partilha garante o atendimento dos interesses nacionais, afirmam especialistas no setor.
Apesar dos diversos protestos contra o leilão de Libra, os especialistas consideram o regime de partilha mais vantajoso para o país do que o de concessão, que era adotado anteriormente.
Para o secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio de Janeiro, Júlio Bueno, o leilão dará início a uma nova fase de progresso para o país, e especialmente para os estados da Região Sudeste. “O Campo de Libra está em frente ao Rio [de Janeiro] e há perspectiva de as participações governamentais entrarem na receita do estado", disse ele.
Mas, acrescentou o secretário, é mais do que isso: "há um ciclo de investimentos em torno do novo campo, incluindo todos os equipamentos e as plataformas. São de 10 [bilhões] a 12 bilhões de barris recuperáveis, e isso impacta a economia em qualquer lugar do mundo. Eu acho que os interesses brasileiros estão assegurados.”
O presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), João Carlos de Luca, também destacou a garantia dos interesses brasileiros com o novo sistema. "Garante, até porque ela tem um government take [partilha do governo] maior do que o da concessão. E o governo entende que, tendo a propriedade do petróleo, tem acesso à própria riqueza. É uma questão de discutir se a partilha é melhor ou se a concessão é melhor. Mas os royalties são 15%, um valor maior do que o da concessão, e o governo fica com uma parte doprofit oil[lucro do petróleo]. Então os interesses do país seguramente estão garantidos”, reforçou de Luca.
Do lado de fora do hotel, porém, manifestantes se posicionaram contra a operação, que consideram prejudicial aos interesses da população. Alguns chegaram a romper o cordão da Força Nacional de Segurança e se aproximam do Windsor Barra, mas acabaram contidos por uma barreira da Polícia do Exército, que reprimiu as pessoas com de gás lacrimogêneo e de efeito moral. O gás chegou a entrar na recepção do hotel e pôde ser sentido por pessoas que estavam do lado de dentro.
Além das manifestações, uma greve dos petroleiros paralisa as atividades em plataformas, refinarias e unidades de tratamento de combustível da Petrobras em 12 estados do país.
Cerca de 1.100 integrantes das Forças Armadas, da Polícia Federal e da Força Nacional de Segurança isolaram um grande perímetro em torno do hotel, em um operativo elogiado pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. “Foi um trabalho que deu excelentes resultados. Existiu uma ação dissuasória, praticada pela Força Nacional, por meio de expedientes normais em situações dessa natureza. Foi um planejamento muito benfeito, sob o comando do Ministério da Defesa e com a integração das forças do Ministério da Justiça. Acho que mostrou um padrão de excelência na segurança deste evento, que é tão importante para o país.”

Perguntado se o uso de armamento como bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo, além de balas de borracha, foi realmente necessário, o ministro respondeu que as forças as utilizaram apenas dentro da necessidade do momento. “Elas só devem ser utilizadas quando estritamente necessário. E as informações que nós temos é que se buscou evitar um confronto maior e, para isso, quando foi necessário, houve essa intervenção. Não temos nenhuma informação de situação que tenha passado das regras e dos padrões de procedimento.”
Créditos: Rede Brasil Atual

Investimentos na economia devem crescer 26%


“Estamos vendo um desempenho muito bom nesses nove meses do ano - 18,9% [do investimento]. Neste ano, já teremos um crescimento duas a três vezes maior que o do PIB”, comentou, ao defender que o cenário internacional será mais benigno e o crédito privado será retomado nos próximos anos. Os investimentos na economia brasileira devem crescer cerca de 26% entre 2014 e 2017, na comparação com os quatro anos imediatamente anteriores. Os dados fazem parte da pesquisa Perspectivas de Investimento no Brasil 2014-2017, divulgada hoje (21) pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). As empresas que atuam no país devem investir R$ 3,98 trilhões a partir do ano que vem até 2017. Os investimentos na economia de 2009 a 2012 foram aproximadamente R$ 3,15 trilhões.De acordo com o economista-chefe do BNDES, Fernando Pimentel Puga, após queda na participação do Produto Interno Bruto (PIB) de 19,1% para 18,1% entre 2011 e 2012, influenciada pela crise financeira mundial, a trajetória de alta da taxa de investimento está sendo retomada.
Puga ressaltou os investimentos na indústria, que devem superar R$ 1,1 trilhão, com aumento de 24,3% em relação às aplicações dos quatro anos anteriores. O economista adiantou que o setor de petróleo e gás vai liderar os investimentos na indústria, com previsão de R$ 458 bilhões para o quadriênio 2014-2017, contra R$ 311 bilhões no quadriênio anterior.
“Esse setor está sendo o grande investidor da indústria, com perspectiva de crescimento robusto de 8% ao ano. A depender do resultado do leilão do Campo de Libra - marcado para hoje (21) no Rio de Janeiro -, é possível que o investimento seja ainda maior”, comentou Puga, acrescentando que a pesquisa utilizou dados de planos estratégicos da Petrobras e das empresas do setor de petróleo e gás.
Ele também chamou a atenção para o setor automobilístico, com a sinalização de maior dinamismo do consumo de bens duráveis. Os investimentos no setor automotivo (montadoras e peças) são estimados em R$ 74 bilhões.
Ainda na indústria, os setores de extração mineral e siderurgia foram os únicos com previsões de queda para os próximos quatros anos. Em comparação com 2009-2012, os investimentos no setor de minério no período devem cair 31,9% (R$ 47,7 bilhões ante R$ 70 bilhões) e no setor de siderurgia, 68,2% (investimentos de R$ 10,4 bilhões ante R$ 32,6). O estudo sugere que a queda dos investimentos no setor extrativista mineral deve-se ao arrefecimento da demanda, ao excesso de capacidade da indústria de mineração e ao aumento dos custos operacionais em quase todos os países produtores.
Os maiores investimentos estão previstos em agricultura e serviços: R$ 1,5 trilhão em 2014-2017, um aumento de 30,9% na comparação com o quadriênio anterior. Os investimentos em residências devem passar de R$ 867 bilhões (22% de aumento) e em infraestrutura, de R$ 509,7 bilhões (24,8% de aumento).
Este é o oitavo ano da pesquisa, que mapeia 17 setores da economia responsáveis por 58% dos investimentos, e faz projeções para as demais áreas, que respondem por 48% do total da formação bruta de capital fixo.
Créditos: Agencia Brasil

Bolsa Família completa dez anos beneficiando 50 milhões de pessoas


Lançado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 20 de outubro de 2003, o Bolsa Família – que beneficia famílias com renda mensal de até R$ 140 por pessoa - completa dez anos como o principal programa de seguridade social do país. De acordo com os dados do governo federal, o Bolsa Família contempla 13,8 milhões de famílias, beneficiando cerca de 50 milhões de pessoas, e já tirou 36 milhões de brasileiros da pobreza extrema. No dia 15 de outubro, o governo brasileiro recebeu o Award for Outstanding Achievement in Social Security, prêmio da Associação Internacional de Seguridade Social (Issa, na sigla internacional em inglês), em reconhecimento ao sucesso do Bolsa Família no combate à pobreza e na promoção dos direitos sociais da população mais vulnerável do país.
Segundo a ISSA, o programa é o maior do mundo em transferência de renda, com um custo relativo baixo, equivalente a 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. O orçamento do Bolsa Família em 2013 é aproximadamente R$ 24 bilhões. A organização, fundada em 1927 na Suíça e que tem 330 entidades filiadas em 157 países, anunciou que a cerimônia oficial de premiação será em novembro, no Catar.
“O programa visa a quebrar o ciclo da pobreza entre gerações, que pode resultar em dependência social, e vincula as transferências de renda à frequência escolar, alcançando melhoria nos resultados. O programa ajudou a aumentar a igualdade no Brasil”, informou a ISSA, se referindo ao fato de as crianças do Bolsa Família terem que ter pelo menos 85% de presença em sala de aula.
Segundo o governo, a frequência escolar de mais de 16 milhões de alunos é acompanhada a cada dois meses. O presidente da associação, Errol Frank Stoove, disse na ocasião do anúncio do prêmio que espera que o prêmio incentive outros governos a tomar nota da experiência brasileira e considerar a adoção de programas semelhantes.
Para a presidenta Dilma Rousseff, o Bolsa Família superou, ao longo de seus dez anos, muitos obstáculos para a implantação, mas se transformou em uma importante tecnologia social desenvolvida pelo país. “É o maior programa de transferência de renda do mundo. O Bolsa Família está baseado em uma moderna tecnologia social: cadastro das pessoas, primeiro; pagamento por cartão; recebimento direto sem intermediários. Isso evita clientelismo”, disse Dilma, no programa de rádio Café com a Presidenta veiculado em setembro.
No mesmo dia em que recebeu o prêmio internacional, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou estudo mostrando que, além de garantir renda às famílias pobres, o Bolsa Família também estimula a economia do país, por meio do consumo gerado por essa camada da população. Segundo o estudo, cada R$ 1 investido no programa de transferência de renda provoca aumento de R$ 1,78 no Produto Interno Bruto (PIB).
Com seu porte, no entanto, o Bolsa Família se torna mais difícil de ser fiscalizado e recebe denúncias frequentes. Muitas pessoas já foram descredenciadas do cadastro de beneficiários por simular condições para ter direito ao benefício.
Outros problemas também aumentam a necessidade de atenção. Em maio deste ano, um boato de que os benefícios do Bolsa Família seriam suspensos levou milhares de pessoas às agências bancárias de vários estados, para sacar o que tinham direito. A Polícia Federal chegou a investigar o episódio, mas não chegou a culpado. Nos casos de fraude, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome pede que a população denuncie à sua ouvidoria, pelo telefone 0800-707-2003.
Créditos: Agencia Brasil

Fim dos lixões até 2014 é tema da Conferência Nacional do Meio Ambiente


O Brasil tem 2.906 lixões em atividade e das 189 mil toneladas de resíduos sólidos produzidas por dia apenas 1,4% é reciclado. Mudar esse quadro –  acabando com os lixões até 2014 e aumentando o percentual de reciclagem – é uma das principais metas da 4ª Conferência Nacional de Meio Ambiente, que este ano vai discutir a geração e o tratamento dos resíduos sólidos. O evento ocorre em Brasília, de 24 a 27 de outubro.
O tema ganhou relevância após a publicação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída pela Lei 12.305, de 2010, que determina que todos os municípios tenham um plano de gestão de resíduos sólidos para ter acesso a recursos financeiros do governo federal e investimento no setor.
Os 1.352 delegados debaterão a PNRS com base nas propostas apresentadas nas 26 etapas estaduais e na etapa distrital e nas 643 conferências municipais e 179 regionais que mobilizaram 3.602 cidades e 200 mil pessoas. A conferência terá quatro eixos temáticos: produção e consumo sustentáveis, redução dos impactos ambientais, geração de emprego e renda e educação ambiental.
Na etapa nacional, será produzido um documento com 60 ações prioritárias, sendo 15 por eixo. “O governo vai deter sua atenção nessas ações demandadas pela conferência para implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos,” disse o diretor de Cidadania e Responsabilidade Socioambiental do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Geraldo Abreu. Esses resultados constarão na carta de responsabilidade compartilhada da 4ª CNMA.
Pela Lei 12.305, após 2014 o Brasil não poderá mais ter lixões, que serão substituídos pelos aterros sanitários. Além disso, os resíduos recicláveis não poderão ser enviados para os aterros sanitários e os municípios que desrespeitarem a norma podem ser multados.
O desafio é grande: existem quase 3 mil lixões no Brasil para serem fechados no prazo fixado na PNRS, apenas 27% das cidades brasileiras têm aterros sanitários e somente 14% dos municípios brasileiros fazem coleta seletiva do lixo. “Precisamos transformar os resíduos em matéria-prima para que o meio ambiente não seja tão pressionado. Perdemos potencial econômico com a não reutilização dos produtos”, explicou Abreu. Segundo o MMA, se os resíduos forem reaproveitados podem valer cerca de R$ 8 bilhões por ano.
“A gestão de resíduos sólidos, até a publicação da lei, se deu de forma muito desordenada, trazendo uma série de prejuízos à população. Vimos proliferar lixões por todo o Brasil, com desperdício de recursos naturais que, pela ausência de um processo de reciclagem, acabam indo para esses locais inadequados”, disse Abreu.
A conferência vai discutir, entre outras medidas, o fortalecimento da organização dos catadores de material reciclável por meio de incentivos à criação de cooperativas, da ampliação da coleta seletiva, do fomento ao consumo consciente e da intensificação da logística reversa, que obriga as empresas a fazer a coleta e dar uma destinação final ambientalmente adequada dos produtos.
Créditos: Agencia Brasil

Trabalhar de pé ajuda a queimar calorias, indica estudo

Getty Images

Estudos sugerem que há grandes benefícios para a saúde quando uma pessoa passa a maior parte do dia de pé ao invés de permanecer sentada. O médico e jornalista britânico Michael Mosley explica as diferenças.
Adivinhe quantas horas por dia você passa sentado? Uma pesquisa recente descobriu que muitos passam até 12 horas por dia sentados, em frente ao computador ou à televisão. Se calcularmos também as sete horas de sono, o total de horas de sedentarismo por dia chega a 19.
Todas estas horas sentados claramente fazem mal para a saúde e alguns estudos sugerem que aqueles que passam o dia todo sentados vivem cerca de dois anos a menos do que os mais ativos. E a maioria de nós faz isso: sentamos no trabalho, no carro e em casa, nos movendo apenas para trocar de um assento para outro.
Mesmo os que se exercitam regularmente podem não estar fazendo o bastante. Existem provas de que o exercício não vai desfazer o dano das longas horas sentados. Nossa tecnologia nos transformou nos humanos mais sedentários em toda a história.
Por que permanecer sentado é tão prejudicial? Primeiro: muda a forma com que nossos corpos lidam com o açúcar. Quando você come, seu corpo quebra a comida, transformando-a em glicose, que então é transportada no sangue para outras células.
A glicose é um combustível essencial, mas altos níveis dela durante longos períodos podem aumentar o risco de diabetes e problemas de coração. Seu pâncreas produz o hormônio insulina para ajudar a manter os níveis de glicose normais, mas a eficiência desta operação depende do seu nível de atividade física.

Voluntários de escritório

Queríamos verificar o que aconteceria se pegássemos um grupo de pessoas, que normalmente passam o dia sentadas em um escritório, e pedíssemos a elas para passar algumas horas do dia em pé.
Ficar em pé enquanto trabalha pode parecer estranho, mas não é novo. Winston Churchill, Ernest Hemingway e Benjamin Franklin cultivavam o hábito.
Com a ajuda do médico John Buckley e uma equipe de pesquisadores da Universidade de Chester, realizamos uma experiência simples. Pedimos a dez pessoas que trabalham em uma imobiliária a passar pelo menos três horas por dia em pé, durante uma semana.
Os voluntários tiveram reações diferentes à proposta.
"Será diferente, mas estou ansiosa...", disse uma delas.
"Acho que meus pés vão doer, tenho que usar sapatos confortáveis", afirmou outra.
Pedimos aos voluntários que usassem um acelerômetro, um monitor de movimentos. Eles também usaram monitores de batimentos cardíacos e de níveis de glicose, dia e noite.
A prova de que ficar de pé é bom para a saúde nos leva de volta a década de 1950, quando um estudo foi feito com cobradores de ônibus que ficavam de pé e motoristas de ônibus, que permaneciam sentados.
O estudo, publicado na revista especializada Lancet, mostrou que os cobradores tinham metade do risco de de desenvolver doenças do coração em comparação aos motoristas de ônibus.
Desde então, permanecer sentado não foi ligado apenas a problemas para controlar os níveis de glicose no sangue, mas também a uma grande redução da atividade de uma enzima chamada lipoproteína lipase, que quebra gordura e a deixa disponível par ser um combustível para os músculos. Esta redução na atividade da enzima leva a uma elevação dos níveis de triglicérides e gorduras no sangue, aumentando o risco de doenças do coração.
Tínhamos boas razões para acreditar que ficar de pé faria diferença para nossos voluntários, mas também ficamos um pouco ansiosos sobre como eles conseguiriam cumprir a meta. Esta era a primeira vez que uma experiência como esta era feita na Grã-Bretanha e nos perguntávamos se os voluntários iriam conseguir.
Eles conseguiram. Uma mulher com artrite até descobriu que ficar em pé melhorava os sintomas.
Os pesquisadores da Universidade de Chester coletaram dados nos dias em que os voluntários ficaram de pé e quando eles se sentaram durante o trabalho. Quando eles analisaram estes dados, perceberam as diferenças.
Como esperado, os níveis de glicose no sangue voltaram ao normal depois de uma refeição bem mais rapidamente nos dias em que os voluntários ficaram em pé.
A partir dos dados dos monitores de batimentos cardíacos, os pesquisadores também perceberam que ao ficar de pé eles também queimaram mais calorias.
"Se analisarmos os batimentos cardíacos, podemos ver que eles estão bem mais altos, em média dez batimentos mais altos por minuto, e isso faz uma diferença de cerca de 0,7 caloria por minuto", afirmou John Buckley.
Não parece muito, mas a soma é de cerca de 50 calorias por hora. Se você ficar em pé três horas por dia durante cinco dias o total chega a 750 calorias. Durante um ano, seria um total de 30 mil calorias ou mais de três quilos e meio de gordura.
"Se você quiser converter isto em níveis de atividades, então este seria o equivalente a correr dez maratonas por ano. Apenas ficando de pé durante três ou quatro horas em um dia de trabalho", acrescentou.
Buckley afirmou que, apesar de os exercícios oferecerem muitas vantagens, nossos corpos também precisam do aumento constante, quase imperceptível, na atividade muscular. E ficar de pé fornece isto.
Não podemos todos ficar de pé no trabalho, mas os pesquisadores acreditam que até mesmo pequenos ajustes, como ficar de pé enquanto falamos ao telefone, levantar da mesa e falar com um colega ao invés de enviar um email, ou simplesmente subir pelas escadas, pode ajudar.
Créditos: BBC Brasil

domingo, 20 de outubro de 2013

Alerta sobre golpe no “Minha Casa, Minha Vida”

Secretaria alerta sobre golpe sobre o “Minha Casa, Minha Vida”

A Secretaria de Planejamento da Prefeitura Municipal de Campina Grande (Seplan) vem a público alertar sobre um golpe envolvendo as inscrições para os apartamentos do residencial “Major Veneziano”, referentes ao programa “Minha Casa, Minha Vida”.
Segundo uma pessoa abordada, a tentativa de golpe acontece da seguinte forma: o golpista liga para os inscritos para os apartamentos dizendo que, mediante um depósito de R$ 15, em uma conta da Caixa Econômica Federal, vai viabilizar um suposto processo de aquisição do imóvel.
Após um tempo, a ligação volta a acontecer, desta vez, com o golpista informando que a pessoa foi contemplada, e solicitando um outro depósito de R$ 590 como sinal para que o processo seja levado à frente, quando na verdade nada disso vai acontecer.

Diante de tais fatos, a Secretaria de Planejamento reforça que a Caixa ainda está analisando a documentação dos inscritos e não existe a necessidade de depósito de dinheiro para a viabilização dos processos relativos aos apartamentos.
E mais: a secretaria pede que caso alguém receba alguma ligação do tipo, informe o mais rápido possível para que as providências sejam tomadas. Caso o número de inscritos, que atendam aos critérios do programa, seja maior do que o número de apartamentos disponíveis (1984), haverá um sorteio garantindo a isonomia entre todos os concorrentes.
O secretário de Planejamento do Município, Márcio Caniello, junto com a assessoria jurídica da pasta, vai avaliar a possibilidade de prestar queixa na polícia para que uma investigação sobre o caso seja iniciada.

Créditos: PBAgora/Ascom