sábado, 9 de novembro de 2013

Poliomielite na Síria: nova ameaça ao mundo

vacinação obrigatória contra a poliomieliteO surto de poliomielite recentemente registrado na Síria pode representar uma ameaça real para os países europeus, consideram cientistas alemães. Em sua opinião, esta doença perigosa pode ser transportada por numerosos refugiados sírios. A pandemia de poliomielite é um resultado da catástrofe humanitária à beira da qual a Síria hoje se encontra. Médicos russos propõem alterar urgentemente a esquema de vacinação de crianças.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) advertia há muito que na Síria pudesse deflagrar um surto de poliomielite, tendo confirmado no fim de outubro do ano em curso dez casos desta doença perigosa, que pode provocar paralisia parcial ou total e até a morte de pessoas infetadas, a maioria das quais são crianças com idades até aos dois anos de idade. Testes de laboratório adicionais estão sendo efetuados em relação a mais 12 crianças. A atual epidemia, a primeira nos últimos 14 anos, é um resultado direto da complexa situação política no país e na região, afirma o diretor do Instituto Internacional de Novos Estados, Alexei Martynov.
Não há nada de surpreendente que as mais diversas epidemias surjam na situação de catástrofe humanitária em que hoje se encontra a Síria. O país, provavelmente, pode se vir a deparar com outras doenças e não apenas com a poliomielite. O país está sendo assolado pela violência, não tendo condições higiénicas elementares para os habitantes e refugiados. Sem dúvida, o fluxo de refugiados provenientes da Síria, que não cessa há mais de dois anos, a acumulação de pessoas na fronteira com países vizinhos, os campos de refugiados repletos e muitos outros fatores não contribuem para melhorar a situação epidemiológica na região. As péssimas condições sanitárias e o clima quente são um solo perfeito para a propagação de infeções.
Segundo os dados da ONU, cerca de 500 mil crianças sírias não foram vacinadas. Com tal envergadura, o vírus pode propagar-se não apenas na região do Oriente Médio, mas também em todo o planeta. Por isso, a tarefa principal da comunidade médica mundial consiste em não admitir que a doença perigosa se difunda. Tal ameaça é bastante grande visto que todos os dias, cerca de seis mil refugiados abandonam a Síria. Muitos deles vão para a Turquia e o Egito, principais centros turísticos frequentados por europeus. Nos últimos anos, em resultado da diminuição de casos de poliomielite em muitos países europeus, o esquema de vacinação e os tipos de vacinas foram alterados, de forma que, no caso de uma epidemia, não poderão proteger o organismo humano, diz Nelli Sossedova, médica especializada em Biofísica.
Há algum tempo, a OMS colocou uma tarefa global perante todos os países: a humanidade deve entrar sem poliomielite no terceiro milênio. Apesar de em 2006 ainda ter havido países em que foi fixado o vírus da chamada poliomielite selvagem, uma infeção aguda de segundo tipo não se registava desde 1999. Ao mesmo tempo, a partir de 2005, o poliovírus de terceiro tipo circulava apenas em quatro países do mundo. Por isso, os países que se proclamam periodicamente como livres de poliomielite deixaram de utilizar a vacina viva, que produz a mais segura imunidade contra o vírus selvagem, passando a administrar a vacina inativada, que é mais fraca.
Muitos países europeus e os Estados Unidos utilizam hoje a vacina enfraquecida, isto é “morta”. A vacinação não é controlada em alguns países onde muitos pais renunciam a vacinar crianças, considerando que a poliomielite é uma doença do passado. Assim acontece, por exemplo, na Bósnia e Herzegovina, na Ucrânia e na Áustria. Para proteger já hoje tanto as crianças, como os adultos contra a ameaça pandémica de poliomielite, todos os países do mundo devem voltar à vacinação obrigatória, utilizando a vacina “viva”, afirma Nelli Sossedova.
É necessário efetuar uma vacinação maciça e não se pode renunciar hoje a ela. Esta produz uma imunidade estável para toda a vida. Muitos cientistas na Rússia e no estrangeiro lutaram contra esta infeção e, finalmente, encontraram métodos de localizá-la e, posteriormente, de a controlar. Se a vacina fosse administrada sem exceção a todas as pessoas, a todas as crianças recém-nascidas, poderíamos retirar o vírus de circulação, deixando-o apenas em estirpes de laboratório para o desenvolvimento de vacinas para casos extraordinários. Hoje, a vacinação maciça sem exceções é o único método de luta contra a poliomielite.
Na Rússia, todas as crianças são vacinadas obrigatoriamente contra a poliomielite. E não é em vão. O último caso de doença foi registrado no território do país no ano passado. Naquela altura, o vírus fora proveniente do Tajiquistão.

Créditos: Voz da Rússia

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Papa afrma que corrupto peca gravemente e perde a dignidade



O Papa Francisco explicou hoje que quem leva “pão sujo” para casa, no sentido de melhorar de vida com dinheiro sujo, fruto de corrupção, suborno ou gratificação ilícita, perde a dignidade e comete pecado grave.
Francisco refletiu sobre a passagem evangélica do administrador desonesto, em sua missa matutina na Casa Santa Marta.

Segundo o Papa, o administrador desonesto é um exemplo de mundanidade. A corrupção, o suborno, as gratificações ilícitas não podem ser aceitas, mesmo que muitas pessoas façam isso.
“É um pouco aquela atitude do caminho mais breve, mais cômodo para ganhar-se a vida”, disse Francisco.

“É um louvor às ‘luvas’ (no sentido de gratificação ilícita ou suborno). E o hábito das ‘luvas’ é um hábito mundano e fortemente pecador. É um hábito que não vem de Deus.”
Segundo o Papa, Deus “ensinou-nos a levar o pão de cada dia para casa com trabalho honesto.”


E como o administrador desonesto ganhava o seu pão de cada dia? Ele “dava de comer aos seus filhos ‘pão sujo’! E os seus filhos se calhar educados em colégios caros, talvez criados em ambientes cultos, tinham recebido do seu pai ‘comida suja’, porque o seu pai, levando ‘pão sujo’ para casa, tinha perdido a dignidade! E este é um pecado grave!”
De acordo com Francisco, o hábito dos favorecimentos e gratificações por fora torna-se uma dependência.
Contudo, “se existe uma esperteza mundana, também existe a esperteza cristã vivendo honestamente”.
“Tal como nos convida Jesus quando nos diz para sermos astutos como as serpentes mas simples como as pombas. E este é um dom que devemos pedir ao Senhor.”

“Talvez hoje nos faça bem a todos rezar por tantas crianças que recebem dos seus pais “pão sujo”: também estes são esfomeados, são esfomeados de dignidade!”, encerrou o Papa.


Créditos: Fanpage/Facebook-Papa Francisco

(Com informações da Rádio Vaticano)

Quem estaria interessado na morte de Arafat


“Este foi um assassínio político”, foi assim que comentou a notícia sobre as causas da morte do marido, por envenenamento com o polônio, a viúva de Yasser Arafat. A versão sobre a intoxicação do ex-líder da Autoridade Palestina foi confirmada pelos resultados da perícia, efetuada pelo Instituto de Rádiofísica em Lausanne (Suíça).

Os restos mortais de Arafat foram exgumados em no
vembro do ano passado e, por iniciativa do canal Al-Jazeera, submetidos ao exame naquela instituição. A viúva de Arafat realçou:
“A investigação veio comprovar os nossos receios. Foi revelado um elevado teor de polônio – mais de 83%, o que supera a norma em 18 vezes. O polônio foi encontrado no corpo do defunto: nos pulmões e no crânio. Pelo visto, trata-se de um crime político cometido por profissionais. Foi por isso que o delito acabou por ser esclarecido ao cabo de nove anos.”
Lembre-se que Yasser Arafat morreu em 2004 e os boatos sobre seu eventual envenenamento tinham começado a circular antes da morte, quando o idoso político, em estado grave, foi hospitalizado em Paris. Os palestinos alegavam à “pista israelita”. Em 2009, um dos líderes do Movimento de Libertação Nacional da Palestina (Fatah), Faruk Kadumi, acusou da morte de Arafat o atual líder da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, e o chefe do serviço de segurança, Mohammed Dahlan. No mesmo ano, o Fatah atirou a culpa pela morte de Arafat a Israel. A perícia mais recente demonstrou que o antigo líder palestino teria sido envenenado.
Os principais suspeitos são os serviços especiais israelenses e os membros mais próximos da comitiva de Arafat. Mas o envolvimento de Israel parece pouco provável, sustenta Tatiana Nosenko, do Instituto de Orientalismo da Academia de Ciências:
“Tais medidas extremas teriam sido desnecessárias. Era evidente que Arafat estaria perdendo a influência, apesar de continuar desempenhando um papel de símbolo do movimento de libertação nacional. Mas como dirigente ia perdendo as suas posições, tornando-se uma figura política menos importante. Por isso, tal hipótese me parece pouco provável.”
Se Arafat não tivesse sido uma figura política de peso, teria morrido calmamente mais tarde, depois de viver mais alguns anos, conjetura, por seu turno, o perito do Instituto de Oriente Médio, Serguei Serguitchev. Ele também não acredita em participação de Israel nesse crime. Arafat foi um político complicado, mas sujeito a soluções de compromisso. A sua morte chegou a semear a discórdia no processo de regularização no Oriente Médio, frisou Serguei Seregichev:
“Apesar de seu impacto político, nos últimos anos, ter sido diminuto, a sua presença continha, contudo, as ações radicais. Se calhar Arafat foi assassinado por ter optado pelo acordo com israelenses em vez de lutar contra eles. A nova geração de políticos considerava que, contando com o dinheiro iraniano e usando os foguetes modernos Qassam, seria possível obter certas vantagens.”
Os peritos têm certeza de que a notícia sobre a morte forçada de Arafat poderá provocar o agudizar das controvérsias tanto dentro do Fatah, como em escala da Autoridade Palestina.
Créditos: Voz da Rússia

Magro também corre risco de ter doenças cardíacas


 Nutricionista afirma que, mesmo com a silhueta de quem está em forma, magros com excesso de gordura podem sofrer de doenças relacionadas com a obesidade e o sobrepeso.
Um corpo magro não necessariamente é sinal de saúde. Pode parecer contraditório, mas algumas pessoas, embora sejam magras, possuem um alto índice de gordura no corpo. São os magros-gordos. Nesses casos, embora a pessoa conviva muito bem com o espelho, corre o risco de adquirir doenças comuns a indivíduos obesos, como os problemas cardiovasculares, diabetes ou pressão alta. O excesso de gordura nestas pessoas, normalmente, é provocado pela má alimentação ou falta de atividade física. Há um desequilíbrio entre as massas corporais: muita gordura e pouco músculo. Mesmo aparentemente magros, o índice de gordura corporal é acima de 28% - a taxa de gordura normal é de 18 a 28% para mulheres e de 10 a 20% para homens.
“A atividade física faz os músculos trabalharem e se desenvolverem, se o indivíduo não se exercita, não há como ganhar músculo. A má alimentação pode acarretar estoques de gordura e ganho de peso”, disse ao iG a nutricionista do HCor Gabriela Nunes.
Gabriela afirma ainda que buscar um peso específico pode ser prejudicial à saúde. Isto porque ele vai variar de pessoa para pessoa, dependendo da idade, sexo, altura, atividade física e história do peso habitual da pessoa. Gabriela diz que para calcular o peso ideal é preciso considerar também a composição corporal, quanto há de massa magra e quanto há de massa de gordura.
Desta maneira, o índice de massa corporal (IMC), fórmula que divide o peso (em quilogramas) pela altura (em metros) ao quadrado e é usada para verificar se o peso é proporcional à sua altura da pessoa não deve ser seguida à risca.
“Pessoas que apresentam a mesma altura não precisam necessariamente ter o mesmo peso, vai depender muito da composição corporal de cada um”, disse.
Ela dá como exemplo o caso de dois homens de 1,80 metros e 100 quilos. “Se levarmos em conta o IMC (índice de massa corporal) que é 30,8, eles estariam no grau I de obesidade. Porém, se um for lutador de boxe profissional e o outro for sedentário, a composição corporal dos dois é diferente, então isso deve ser considerado no momento da definição do peso ideal”, disse.
Créditos:IG/Saúde

SP: Acusado de chefiar fraude diz que ex-prefeitto tinha ciência do esquema de corrupção


O subsecretário da Receita na gestão Gilberto Kassab (PSD), Ronilson Bezerra Rodrigues, disse em telefonema gravado que o ex-prefeito e seu secretário de Finanças, Mauro Ricardo Costa (no cargo desde o governo José Serra, do PSDB), “tinham ciência” do esquema de corrupção que pode ter desviado até R$ 500 milhões dos cofres públicos, e que foi descoberto agora, na administração Fernando Haddad (PT). Os áudios foram divulgados ontem (7) pelo Jornal Nacional, da TV Globo.
O telefonema foi gravado em 18 de setembro, com autorização da Justiça. Nele, Rodrigues reclama com a então chefe de gabinete da secretaria, Paula Nagamati, de estar sendo investigado. Naquele dia, a notícia da investigação havia sido publicada no Diário Oficial do Município.
“É um absurdo. Paula, tinha que chamar o secretário e o prefeito também, você não acha? Chama o secretário e o prefeito que eu trabalhei. Eles tinham ciência de tudo”, afirma.
Rodrigues é um dos quatro servidores da Secretaria Municipal de Finanças presos na quarta-feira passada (30) em uma operação do Ministério Público Estadual e da Corregedoria Geral do Município (CGM), que constatou um esquema milionário de desvios de recursos do Imposto sobre Serviços (ISS).
Com dinheiro da propina, Rodrigues teria comprado pelo menos 11 apartamentos e escritórios em São Paulo, Minas e Rio, além de cabeças de gado para uma fazenda em Minas.
Em nota, o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab repudiou o que chamou de "tentativas sórdidas" de envolver seu nome em suspeitas de irregularidades contra funcionários públicos municipais admitidos, há anos, por concurso. Ele ainda declarou que essa atitude tem o objetivo exclusivo de atingir a imagem e a honra dele.
O ex-secretário de Finanças Mauro Ricardo Costa afirmou que as acusações são infundadas.
Créditos: Rede Brasil Atual

Dilma inaugura plataforma da Petrobras nesta sexta



A presidenta Dilma Rousseff participa, na manhã desta sexta-feira (8), de cerimônia de conclusão da Plataforma P-58 no Estaleiro Honório Bicalho, na cidade de Rio Grande (RS), a 316 km da capital gaúcha. O evento, a partir das 10h, será transmitido pela TV NBR e reproduzido pelo Portal EBC. Além de marcar a entrega da plataforma do tipo FPSO (que produz, armazena e transfere petróleo na sigla em inglês), a presidenta visita obras de construção de oito cascos para plataformas para o pré-sal. A presidenta da Petrobras, Maria das Graças Silva Foster, também participa das atividades.
Rio Grande abriga um polo naval. A plataforma P-58 usou como base um navio convertido, trazido ao Brasil de Cingapura em outubro de 2011para adequação do casco. Segundo a Petrobras, foram criados 4,5 mil empregos diretos em função da iniciativa. A plataforma será posicionada ao norte do Parque das Baleias, na Bacia de Campos, litoral do Espírito Santo para extrair petróleo tanto da camada pré-sal, quanto da camada pós-sal. A capacidade do equipamento é de produção de 180 mil barris de óleo por dia e de compressão de 6 milhões de m³ de gás por dia.
Créditos:  EBC

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

SP: Justiça bloqueia bens de envolvidos no escândalo do Metrô


A Justiça Federal de São Paulo determinou nesta quinta-feira (7) o bloqueio de bens decinco pessoas e três empresas investigadas nos inquéritos que apuram pagamentos de propina durante licitações do metrô de São Paulo e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). As investigações envolvem as empresas Alstom e Siemens e governos estaduais geridos pelos PSDB, entre 1995 e 2008. O inquérito apura crimes de corrupção, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Foram bloqueados pela Justiça, a pedido da Polícia Federal, cerca de R$ 60 milhões disponíveis em contas bancárias, títulos de investimento e ações.
Entre as cinco pessoas com bens bloqueados, três são ex-diretores da CPTM. Das três empresas, duas são suspeitas de terem sido utilizadas para a prática dos crimes. Os nomes não foram divulgados. A PF fez o pedido de bloqueio após tomar conhecimento do pedido de cooperação internacional encaminhado pelas autoridades suíças. Os documentos chegaram ao Brasil em fevereiro de 2011, mas nenhuma providência foi tomada pelo Ministério Público Federal. O procurador da República, Rodrigo de Grandis, então responsável pelo caso, está sob investigação do Conselho Nacional do Ministério Público, e poderá responder pelo crime de prevaricação.
Uma das investigações feita pelo Ministério Público Federal envolve a Siemens e seria sobre a formação de um cartel para combinar preços de concorrências públicas e dividir as obras entre as empresas. A outra é relativa à empresa francesa Alstom, que, para ganhar contratos, teria pago propina a funcionários públicos.
O Ministério Público Federal investiga negociações suspeitas ocorridas entre a Alstom e o governo paulista, sobretudo a partir de 1998, quando o estado era governado por Mário Covas, do PSDB. O primeiro resultado das investigações foi o indiciamento de 11 pessoas investigadas, inclusive secretários de estado à época.
O pagamento de propina teria ocorrido para viabilizar um contrato entre a empresa francesa e a então estatal de energia do estado, a EPTE. De acordo com o inquérito da Polícia Federal, a irregularidade ocorreu porque a companhia de energia obteve um crédito no exterior, junto ao banco francês Société Générale, de R$ 72,7 milhões, para adquirir equipamentos do grupo Alstom. A Polícia Federal ressalta que a contratação do crédito milionário foi feita sem licitação. E só foi possível porque a Alstom idealizou um esquema de pagamento de suborno para funcionários públicos paulistas, para recompensá-los pela aprovação do contrato.
De acordo com a PF, o esquema de pagamento usava pessoas com empresas no exterior que recebiam recursos do grupo Alstom "para depois repassá-los aos beneficiários finais, servidores públicos do governo do Estado de São Paulo, no primeiro semestre de 1998".
Créditos: Portal Brasil 247