quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Vaticano vai criar comissão contra abuso sexual infantil

O Vaticano deve criar um comitê especial para aprimorar medidas de proteção contra abuso sexual infantil na Igreja, disse na quinta-feira o arcebispo de Boston, cardeal Sean Patrick O'Malley.
"Até agora houve muito foco nas áreas judiciais, mas a parte pastoral é muito, muito importante. O Santo Padre está preocupado com isso", disse O'Malley a jornalistas, referindo-se ao papa Francisco.
A comissão de especialistas deve "estudar essas questões e trazer recomendações concretas" para o papa e o Vaticano, disse. O'Malley fez as declarações no terceiro e último dia de uma série de reuniões a portas fechadas entre o papa Francisco e uma comissão especial de oito cardeais que discutem a administração problemática do Vaticano.
A comissão, indicada um mês depois da eleição do papa, ressaltou sua determinação em levar adiante reformas na administração do Vaticano e formas de tratar dos escândalos como a questão do abuso sexual de crianças por padres. (Reportagem de Naomi O'Leary) Leia mais na Agencia Reuters.
Créditos; Reuters


Lobista ensina a obter verba para obra

Cópia de e-mail em posse da Polícia Federal mostra que Jorge Fagali Neto, apontado como lobista da multinacional francesa Alstom e intermediador de propinas do cartel de trens, fez sugestões, no fim de 2006, sobre como o governo estadual deveria agir no setor metroferroviário ao tucano Aloysio Nunes Ferreira, então coordenador da campanha de José Serra (PSDB) ao comando do Estado. Uma dessas sugestões - a busca de dinheiro externo para obras de uma linha do Metrô - acabou concretizada depois de Serra ser eleito e Aloysio assumir a Casa Civil do Estado. A obra foi tocada por um consórcio que tinha a Alstom como sócia.
Anexada nos autos da investigação sobre o cartel suspeitos de atuar nas gestões do PSDB entre 1998 e 2008, a correspondência é de 26 de setembro daquele ano eleitoral. Faltavam cinco dias para a votação e as pesquisas demonstravam que Serra venceria no 1º primeiro turno, o que de fato ocorreu.
Na ocasião, além de coordenar a campanha de Serra, o hoje senador Aloysio era secretário de Governo de Gilberto Kassab (PSD) na prefeitura paulistana.
Fagali é um dos 11 indiciados pela Polícia Federal por suspeita de ilegalidades envolvendo contratos de energia da Alstom com o governo estadual. Os investigadores afirmam que ele cometeu os crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Fagali nega.
Antes de se transformar em consultor do setor metroferroviário, no qual a Alstom também atua e é suspeita de formar cartel, ele havia sido secretário de Transportes do governo Luiz Antonio Fleury Filho por um ano: em 1994. Fagali sucedeu no cargo justamente Aloysio, que foi secretário de Transportes de Fleury entre 1991 e 1993. Ou seja, Fagali e Aloysio se conhecem "há muitos anos", nas palavras do próprio senador tucano, segundo quem o e-mail de 2006 foi apenas um "alerta de um amigo" sobre a situação do setor metroferroviário naquele momento.
O irmão do consultor, José Jorge Fagali, foi escolhido por Serra para presidir o Metrô, estatal do governo, cargo que ocuparia entre os anos de 2007 e 2010.
Fagali, o consultor que mandou o e-mail com as sugestões para Aloysio, está hoje com os ativos bloqueados na Suíça. São US$ 6,5 milhões travados pela Justiça do país europeu por suspeita de lavagem de dinheiro.
Mensagem. No e-mail, Fagali sugeriu, entre outras coisas, que Aloysio acionasse o Banco Mundial para angariar recursos para a Linha 4-Amarela do Metrô. "Para a linha 4, acredito ser possível um aditamento ao contrato do Banco Mundial", escreveu o consultor no e-mail.
Em abril de 2008, no segundo ano da gestão Serra, o governo assinaria com o Banco Mundial, conforme sugerido pelo consultor, um aditamento de R$ 95 milhões ao contrato de R$ 209 milhões de 2002 para a construção da linha 4-Amarela do Metrô.
O dinheiro extra foi usado para obras de ampliação da linha e aquisição de equipamentos, como trens e trilhos. Responsável pela construção da Linha 4, o consórcio Via Amarela tinha entre seus sócios a Alstom. A multinacional francesa forneceu toda a infraestrutura dessa linha do Metrô, como sistema de alimentação de energia e sistemas de controle e de comunicação.
Denunciante. O e-mail de Fagali ao tucano chegou às mãos da Polícia Federal por meio de uma ex-funcionária do consultor chamada Edna da Silva Flores. Ela foi secretária pessoal de Fagali entre 2006 e 2009 e prestou depoimento aos federais no dia 9 de outubro passado.
Edna declarou que "Fagali trocava e-mails com Aloysio Nunes acerca de licitações de metrô em SP". Ainda em seu depoimento, a ex-funcionária de Fagali fala da amizade do consultor com outros políticos, como Serra. Segundo relatou Edna, Fagali era "muito amigo" do tucano. "Jorge Fagali Neto (...) viajou com Serra para o Japão com a finalidade de tratar de assuntos financeiros do metrô de São Paulo", disse no depoimento anexado aos autos da polícia.
Edna também relatou ao delegado a relação de Fagali com os irmãos Arthur e Sérgio Teixeira, também consultores apontados como intermediadores de propinas do cartel de trens. Sérgio já morreu e Arthur está indiciado sob suspeita de atuar ilegalmente para as multinacionais do setor metroferroviário.
"Fagali tinha contato quase diário com Sergio Teixeira e Arthur Teixeira", afirmou Edna.
Em outra parte do inquérito, há um relatório não assinado, mas escrito em abril deste ano pelo ex-diretor da Siemens Everton Rheinheimer, em que Aloysio é citado como sendo próximo de Teixeira. No mesmo relatório, o ex-diretor da empresa alemã sugere que o chefe da Casa Civil do governo Geraldo Alckmin, Edson Aparecido, foi destinatário de propina. Aparecido chama a acusação de "absurda". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Da redação do Diário do Grande ABC

Causas da hipertensão e as doenças associadas a ela

Silenciosa, a hipertensão vai chegando aos poucos, sem que a pessoa perceba. Suas consequências, no entanto, são alarmantes. Segundo a Organização
Mundial da Saúde (OMS), a pressão alta é responsável por 45% dos ataques cardíacos e 51% dos acidentes vasculares cerebrais. E o número de hipertensos não para de crescer. Hoje, no Brasil, um em cada três brasileiros em idade adulta sofre com a pressão arterial elevada.
De acordo com pesquisa do Ministério da Saúde, o índice de pacientes com idade entre 18 e 24 anos é de 8% contra 50% para a faixa etária acima de 55 anos. O diagnóstico de hipertensão é maior em mulheres (25,5%), do que em homens (20,7%). Entre os principais causadores da doença estão o cigarro, o sedentarismo, a obesidade e o álcool. Leia mais em IG Saúde.
Créditos:Portal IG

Emprego e renda garantem aquecimento no comércio

Os brasileiros estão comprando mais do que no ano passado, segundo o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio. O movimento foi 1,1% maior, em novembro, sobre outubro último, e 6,7% superior a igual mês do ano passado. De janeiro a novembro, houve alta de 5,2% em comparação ao mesmo período de 2012.
Para os economistas da Serasa Experian, “a boa configuração do mercado de trabalho [desemprego baixo e estável com ganhos reais de rendimento], a atual trajetória de redução dos níveis de inadimplência do consumidor, os estímulos provindos do programa Minha Casa Melhor e a entrada da primeira parcela do 13º salário impulsionaram a atividade varejista em novembro”.
A maior procura no mês passado foi verificada no segmento de móveis, eletroeletrônicos e equipamentos de informática, com elevação de 1%. Nos supermercados, hipermercados e demais estabelecimentos de venda de alimentos e bebidas, a evolução foi pequena: 0,2%.E essa mesma taxa foi registrada nas lojas de tecidos, vestuário, calçados e acessórios.
Mas nem todos os setores apresentaram boa demanda. O desempenho foi negativo no movimento de interessados em veículos, motos e peças com recuo de 5,2%. Também caiu 1% a procura por combustíveis e lubrificantes e 0,9% no caso de material de construção.
Quando se avalia o acumulado do ano, o segmento de supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas lidera o ranking do comércio varejista com expansão de 6,4% no movimento de clientes. Em seguida, aparecem na lista combustíveis e lubrificantes com alta de 5,1%; lojas de veículos, motos e peças com avanço de 3,8%; móveis, eletroeletrônicos e informática com alta de 3,3% e um aumento igual a este foi observado no setor de material de construção. Nos pontos de venda de tecidos, vestuário, calçados e acessórios, o movimento de consumidores cresceu 3,2%.
Créditos: Agencia Brasil

Conferência em João Pessoa discute mídias digitais e seus impactos sociais

 Começa hoje (5) na Paraíba a Conferência Brasil-Canadá 3.0, edição 2013, que vai discutir as mídias digitais e seus impactos na sociedade. De acordo com os organizadores do evento, o objetivo central do encontro é definir desafios do futuro digital no Brasil com o engajamento e a participação de vários setores.
O tema central é Processos Criativos na Indústria da Convergência: Oportunidades e Desafios para Produção de Conteúdo Digital. O encontro reúne pesquisadores, representantes do governo e da indústria de tecnologia da informação e comunicação (TIC) para debater temas relacionados ao desenvolvimento e à novação. Na primeira edição da conferência, no ano passado, o principal objetivo foi sensibilizar os três segmentos para uma atuação articulada, integrada e em total cooperação com as demandas reais da sociedade brasileira, com ênfase na aplicação das TIC. Na atual, a prioridade é mapear os principais desafios e as oportunidades que estimulam a economia digital no Brasil.
Para os organizadores do encontro, a importância dos processos criativos é que eles atuam na indústria de convergência digital (integração de  mídias para um ambiente único), diferenciando e potencializando seu uso por meio dos processos de inovação. Assim, a produção de conteúdo digital impulsiona novas oportunidades de negócio que surgem da intersecção das áreas de comunicação, computação e artes. A parceria com o Canadá vem sendo desenvolvida no âmbito do Plano de Ação Conjunta Brasil−Canadá na Área de TIC”.
Hoje, além de palestras sobre a economia digital criativa, as parcerias entre indústria e academia, a preservação da privacidade de dados, os conteúdos educativos digitais, as novas empresas brasileiras, ainda em fase embrionária, com ideias inovadoras (startups), empresas canadenses estarão expondo seus produtos e serviços no Centro de Convenções Ronaldo Cunha Lima, procurando fechar negócios e expandir os investimentos na Paraíba.
A conferência Brasil-Canadá 3.0 é organizada pelo governo da Paraíba e pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) e tem como patrocinadores a Associação Nacional para Inclusão Digital (Anid), Câmara de Comércio Brasil-Canadá (CCBC), o Governo do Canadá e a Empresa Paraibana de Turismo (PBTUR).
O repórter viajou a convite da Associação Nacional para Inclusão Digital (Anid)
Foto:issoepb
créditos:Agencia Brasil

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Siemens confirma à PF que pagou propina

Edição247-Divulgação / Wilson Dias-Agência Brasil: Em audiência pública no Senado Federal, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, garantiu aos parlamentares que o convidaram a prestar esclarecimentos, incluindo nomes da oposição atingidos pela suspeita de envolvimento com o cartel dos trens, como o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), que a Polícia Federal terá total autonomia para investigar o chamado propinoduto tucano (leia mais aqui). Motivos para isso não faltam. Reportagem desta quarta-feira dos jornalistas Fernando Gallo, Ricardo Chapola e Fausto Macedo, do Estado de S. Paulo (leiaaqui), confirma que a Siemens distribuiu propinas no Brasil. A revelação foi feita por ninguém menos que Mark Willian Gough, executivo australiano que reside em Munique e foi vice-chefe do setor de compliance, que disciplina regras internas de conduta, da multinacional alemã.

A conta usada para pagar propinas era administrada pelo ex-presidente da multinacional no Brasil, Adilson Primo, que movimentou cerca de US$ 7 milhões no paraíso fiscal de Luxemburgo. Em seguida, os recursos passaram pela conta de um funcionário de reserva da Marinha e pelas mãos de doleiros presos na investigação do caso Banestado – esquema de lavagem de dinheiro que movimentou mais de US$ 30 bilhões.

O executivo disse à Polícia Federal que "pode esclarecer que, no seu entender, todo o esquema foi dirigido por Primo em nível intelectual". Afirmou ainda que as transferências foram "feitas sob as instruções e a mando de Primo". Isso transforma o ex-presidente da multinacional no Brasil, que hoje vive na cidade mineira de Itajubá, em peça central da investigação sobre o pagamento de propinas em São Paulo e ele será convidado pela Polícia Federal a indicar os destinatários das comissões ilegais.

Créditos: Brasil 247

Governo de São Paulo vai incluir empresas em ação de indenização por fraudes

O governo de São Paulo vai incluir as empresas citadas pela Siemens na ação judicial que pede indenização por formação de cartel nas licitações do transporte público no estado. Segundo a Procuradoria-Geral do Estado (PGE), a inclusão atende a determinação da 11ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo. As empresas são suspeitas de fazer combinação para elevar os preços nas licitações do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) desde 1998.
Antes, o pedido de indenização era somente contra a Siemens. A empresa alemã firmou um acordo de leniência com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão vinculado ao Ministério da Justiça. Pelo termo, ao denunciar o esquema de fraudes, a companhia pode ter a punição atenuada. “A decisão de processar inicialmente a Siemens decorre do fato de ser ela ré confessa – e o acréscimo das demais empresas não altera o firme propósito do governo do estado de exigir o pleno ressarcimento dos cofres públicos”, justificou, por nota, a promotoria.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, defendeu, na Câmara dos Deputados, a sua conduta e a atuação da Polícia Federal no caso. No final de novembro, a divulgação de um dossiê gerou polêmica por envolver nomes de políticos do PSDB nas fraudes. O vazamento levou à troca de acusações entre tucanos e petistas.
O ministro informou ter recebido uma pasta de documentos em maio deste ano com indícios de irregularidades nas licitações. O material foi entregue por Pedro Simão, secretário de Serviços da prefeitura de São Paulo, na residência do ministro.
Foto: Metrô 
Créditos: Agencia Brasil