sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Mais de 600 mortos e 159 mil deslocados na República Centro-Africana

Ministro francês da Defesa diz que o país está “à deriva” e alertou para “risco de anarquia” 
A violência na República Centro-Africana já deixou mais de 600 mortos, a maioria – 450 – na capital. Fugindo da violência, há mais de 159 mil deslocados, segundo o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados. Muitos dos que fugiram estão em condições absolutamente precárias, como as quase 110 mil pessoas em campos sem condições na capital Bangui, incluindo 38 mil pessoas no aeroporto da cidade onde não têm nem casas de banho nem abrigo. Mas o aeroporto representa segurança: é a base das forças militares francesas deslocadas no país e assim quem lá está sente-se a salvo das milícias cristãs ou muçulmanas. 
Há ainda uma grande concentração de deslocados em Bossangoa, onde também está destacado o exército francês. “Espontaneamente e por vagas, 40 mil cristãos de Bossangoa e das aldeias em redor foram-se juntando à volta do arcebispado da cidade, em apenas quatro hectares”, conta a ONG Acção contra a Fome. “Noutro lado da cidade, as famílias muçulmanas estão a ir, desde há seis dias, para a escola Liberdade.” 
Os Médicos Sem Fronteiras também falam das condições na missão católica de Bossangoa: 300 pessoas refugiadas, com dezenas de feridos na violência recente.
Em visita à capital na manhã desta sexta-feira, o ministro francês da Defesa, Jean-Yves Le Drian, fez ligação entre a crise de segurança na capital com o “início de uma crise humanitária”. Os Médicos Sem Fronteiras dizem que esta crise exige uma mudança “radical e urgente” na resposta humanitária da ONU, pedindo mais meios e recursos e lamentando que só agora as Nações Unidas tenham decidido esta mobilização quando a crise começou já há muito mais tempo. “Já deveria ter sido feito muito nos últimos meses.”
O ministro francês diz que o país está “à deriva” e alertou para “risco de anarquia”. Esta situação pode “desestabilizar toda a região e atrair grupos criminosos e terroristas”. Depois da morte de dois soldados que tentavam desarmar milicianos, a França diz que a maioria das armas dos grupos da capital já foi retirada e começa a levar a cabo uma operação semelhante em Bossangoa. 
“Não podemos voltar a casa”, disse Alacide Bienvenu, um dos refugiados do aeroporto, à Reuters. Sentado num checkpoint junto a um rapaz com um machete nas mãos, concluiu: “Só saímos quando os franceses tiverem acabado o seu trabalho. Até lá, continuaremos aqui.”
Foto: Reuters
Créditos: PUBLICO.PT

Atividade econômica cresce 0,77% em outubro

A atividade econômica iniciou o quarto trimestre crescendo. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) dessazonalizado (ajustado para o período) apresentou crescimento de 0,77%, em outubro, comparado com setembro. 
Esse foi o maior crescimento desde abril deste ano, quando a expansão, na comparação com março, ficou em 1,38%, de acordo com os dados revisados. Em setembro, comparado com o mês anterior, havia ficado praticamente estável. O crescimento ficou em 0,01%. Em relação a outubro do ano passado, houve crescimento de 3,82% (sem ajustes). No ano, o IBC-Br apresentou expansão de 2,81% e, em 12 meses encerrados em outubro, de 2,44%.
O IBC-Br é uma forma de avaliar como está a evolução da atividade econômica brasileira. O índice incorpora informações sobre o nível da atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária.
O acompanhamento do indicador é considerado importante pelo BC para que haja maior compreensão da atividade econômica.
Créditos; Agencia Brasil

Mortes por câncer chegam a 8,2 milhões

No mundo, os cânceres mais comuns são os de pulmão, mama e colorretal. Apenas no Brasil, devem ser diagnosticados 576.580 novos casos de câncer no próximo ano.

O número global de mortes por câncer subiu para 8,2 milhões em 2012, refletindo principalmente a expansão da doença nos países em desenvolvimento. Os casos de câncer de mama foram os que mais cresceram. A mortalidade por câncer subiu 8% em relação aos 7,6 milhões da pesquisa anterior, em 2008, segundo dados da Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer (Iarc, na sigla em inglês), da Organização Mundial da Saúde (OMS). O câncer de mama matou 522 mil mulheres no ano passado, alta de 14% no mesmo período.
"O câncer de mama também é uma importante causa de morte nos países menos desenvolvidos do mundo", disse David Forman, diretor do Departamento de Informação sobre o Câncer da Iarc. Segundo ele, tal expansão "se deve em parte a uma mudança no estilo de vida, e em parte porque os avanços clínicos para o combate à doença não estão chegando às mulheres que vivem nessas regiões".
Estima-se que 14,1 milhões de pessoas tenham desenvolvido câncer em 2012, o que é cerca de 1,4 milhão a mais do que em 2008. Houve 1,7 milhão de diagnósticos de câncer de mama no ano passado, ou 20% a mais do que em 2008. O relatório da Iarc, chamado Globocan 2012, oferece a mais atualizada estimativa a respeito de 28 tipos de câncer em 184 países. No conjunto da população, os cânceres mais comuns são os de pulmão, mama e colorretal. Os mais letais são os de pulmão, fígado e estômago.A Iarc ainda prevê um "aumento substancial" nos casos mundiais de câncer, podem chegar a 19,3 milhões em 2025, acompanhando a expansão e envelhecimento da população.
No Brasil, a previsão é de que, em 2014, surjam 576.580 novos casos de câncer no Brasil. A previsão é que o tumor de pele não melanoma, o mais frequente na população feminina e masculina, atinja 182 mil pessoas no próximo ano, equivalente a 31,5% do total. Depois deste, o que mais acomete homens é o câncer de próstata (68,8 mil), que responde por 33,7% da incidência nesse público quando se exclui o de pele. Em relação às mulheres, o segundo de maior ocorrência é o de mama (57,1 mil), responsável por 30% dos casos em relação aos demais tipos. O câncer atualmente é a segunda causa de morte no Brasil e no mundo, atrás apenas das doenças cardiovasculares. Em 2011, 184.384 pessoas morreram por conta da doença no País.
O maior número de casos da doença no Brasil e no mundo está relacionado ao envelhecimento da população, às mudanças na alimentação, à pouca prática de exercícios físicos e ao hábito de fumar, entre outros fatores de risco. "Uma necessidade urgente para o controle do câncer hoje é desenvolver abordagens eficazes e acessíveis para a detecção precoce, diagnóstico e tratamento do câncer de mama entre mulheres que vivem em países menos desenvolvidos", disse Christopher Wild, diretor do Iarc.
Créditos; WSCOM/IG

Chuvas: alerta máximo continua em cinco municípios do Rio

 Cinco municípios do norte fluminense permanecem em alerta máximo devido ao nível dos rios Muriaé, Carangola e Itabapoana. Segundo o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que monitora os rios do estado, o alerta máximo é o mais grave de uma escala de quatro níveis e significa que a chuva continua e os rios atingem 80% de transbordamento.
O alerta máximo vale para os municípios de Laje do Muriaé, Itaperuna, Italva, Cardoso Moreira, Porciúncula e Bom Jesus do Itabapoana.
Os rios da Baixada Fluminense, que estavam em alerta máximo ontem (12), retornaram ao estágio de atenção (o terceiro da escala), segundo o qual há apenas previsão de chuva moderada a forte.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Inquérito que investiga cartel em licitações do Metrô de SP chega ao Supremo

 O inquérito da Justiça Federal que investiga o suposto esquema de fraudes em licitações no sistema de trens e metrô de São Paulo chegou hoje (12) ao Supremo Tribunal Federal e será relatado pela ministra Rosa Weber. A investigação foi remetida ao Supremo devido à inclusão do nome do deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP) no inquérito. Como o parlamentar tem foro privilegiado, as acusações só podem ser analisadas pelo STF. Além de Jardim, pelo menos nove envolvidos são investigados, entre eles três secretários do estado de São Paulo. A ministra Rosa Weber terá que decidir se há indícios para abertura da investigação no Supremo.
Constam também no inquérito os nomes de José Anibal (secretário de Energia de São Paulo); Edson Aparecido dos Santos (secretário da Casa Civil do governo de São Paulo) e Rodrigo Garcia (secretário de Desenvolvimento Social de São Paulo). Todos são deputados federais licenciados.
Os nomes de três ex-diretores da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) também aparecem na investigação: João Roberto Zaniboni, Ademir Venâncio de Araújo e Oliver Hossepian Salles de Lima. Duas pessoas ligadas a Zaniboni também tiveram os nomes incluídos, assim como Arthur Gomes Teixeira.
No processo, são apurados os crimes de corrupção, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. As investigações apontam que as empresas que concorriam nas licitações do transporte público paulista combinavam os preços, formando um cartel para elevar os valores cobrados, com a anuência de agentes públicos.
Em novembro, atendendo a uma solicitação da Polícia Federal (PF), a Justiça Federal determinou o bloqueio de cerca de R$ 60 milhões em bens de suspeitos de participar do esquema, como forma de garantir o ressarcimento dos valores desviados. Foram afetadas pela decisão três pessoas jurídicas e cinco pessoas físicas, incluindo três ex-diretores da CPTM. A solicitação foi feita após a PF após tomar conhecimento de que autoridades suíças, que também investigam as suspeitas de corrupção, encaminharam um pedido de cooperação internacional ao Brasil.
A combinação de preços entre as empresas que participaram de licitações para obras, fornecimento de carros e manutenção de trens e do metrô também é alvo de investigação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), do Ministério Público Federal e do Ministério Público Estadual.
O cartel é investigado pela Operação Linha Cruzada, feita pelo Cade em conjunto com a Polícia Federal. A investigação teve início a partir de um acordo de leniência da empresa Siemens com o conselho, que permitiu que a empresa denunciasse as ilegalidades. Documentos e cópias de e-mails trocados entre funcionários da Siemens estão sendo analisados pelo Cade e pela Justiça.
Foto: EBC
Crédito: Agencia Brasil

Ciro Gomes será o novo ministro da saúde

: O ex-ministro Ciro Gomes será em breve anunciado como novo ministro da Saúde. Petistas defendiam que a pasta comandada por Alexandre Padilha, que sai para disputar o governo de São Paulo, fosse dada ao secretário-executivo Mozart Sales. No entanto, o colunista Ilimar Franco diz que Ciro venceu a concorrência por estar mais preparado para enfrentar o debate político com a oposição em ano eleitoral.
Antes de assumir o posto de secretário de saúde do Ceará, em setembro, Ciro Gomes fazia parte do time dos críticos do programa cenrtal da pasta, o Mais Médicos. “No que pese, o Mais Médicos tem sido mal anunciado e mal empacotado. Mas isso era uma opinião antiga. Agora eu acho um excelente programa e necessário para socorrer a todos os brasileiros”, disse.
O ex-ministro, que enfrentou uma grave crise de médicos quando era governador do Ceará – chegando a declarar que “médico era igual a sal: branco, barato e tinha em todo lugar”, chegou até a se desculpar pelo boicote do Ceará à contratação de médicos cubanos. “Desde já peço desculpas pelo povo cearense ao que meia dúzia da elite fez com eles [os cubanos], vaiando e hostilizando”. Representantes do Sindicato dos Médicos receberam os estrangeiros no desembarque com gritos de “escravos” e “voltem para a senzala”.
Créditos: Brasil 247 

Brasil produzirá mais 19 itens considerados estratégicos pelo SUS

O Brasil vai produzir mais 19 itens considerados estratégicos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sendo 15 equipamentos e quatro medicamentos, usados principalmente em tratamentos cardíacos e renais. O anúncio foi feito ontem (11) pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha. A expectativa da pasta é que, em cinco anos, a produção nacional desses itens, que também atendem às áreas oftalmológica, oncológica, de transplante e diagnóstico e monitoração, gere aos cofres públicos economia de R$ 5,5 bilhões.
De acordo com Padilha, a redução dos gastos com a importação varia entre 14% e 25%, dependendo do produto. As 15 novas parcerias para desenvolvimento produtivo (PDPs) envolvem sete laboratórios públicos e oito privados e ajudam a consolidar a "segurança sanitária" no país, ao garantir o acesso de pacientes que precisam de tais medicamentos.
"Essas parcerias permitem, de um lado, construir uma indústria inovadora, com grande produtividade e incorporação tecnológica, e, ao mesmo tempo, o que é o nosso diferencial, ampliar o acesso da população aos produtos. Modelos de países com inovação tecnológica onde só 10% têm acesso aos equipamentos e medicamentos não nos interessam ", disse o ministro, ao participar do 6º. Encontro do Grupo Executivo do Complexo Industrial da Saúde (Gecis).
Padilha ressaltou que, entre os equipamentos que fazem parte das parcerias firmadas, estão dois para hemodiálise – filtro dialisador e máquina – que, sozinhos, vão permitir uma redução de R$ 108 milhões por ano em gastos do SUS. As parcerias na área de cardiologia incluem a fabricação de marcapassos, eletrodos, stentscoronários e arteriais, desfibriladores e cateteres.
Dados do Ministério da Saúde indicam que as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil. Somente em 2011, foram notificadas mais de 335 mil mortes por esse motivo. Entre os produtos que passarão a ser produzidos nacionalmente também estão a vacina HPV, que garantirá a oferta do produto a meninas de 11 a 13 anos nas escolas da rede pública, a partir do início do ano letivo de 2014, e a dTpa (difteria, tétano e coqueluche).
Com as novas parcerias, chega a 104 o número de acordos feitos pelo Ministério da Saúde para a fabricação nacional de 97 produtos em saúde, envolvendo 19 laboratórios públicos e 60 privados. Ao todo, os produtos fabricados no Brasil geram economia de R$ 4,1 bilhões por ano ao governo. Segundo a pasta, os primeiros itens produzidos por meio dessas parcerias – aparelhos auditivos e DIU – já estão prontos e começarão a ser distribuídos ao SUS no ano que vem.
O Ministério da Saúde também informou que a economia decorrente da produção nacional permitiu ampliar, em três anos, de 118 para 303 o número de produtos, entre medicamentos equipamentos considerados estratégicos para o SUS, entre eles vacinas, antirretrovirais e medicamentos oncológicos.
A lista atualizada dos itens produzidos em território nacional por meio dessas parcerias, com o rol de produtos considerados estratégicos, será disponibilizada no site do Ministério da Saúde.
Créditos: Agencia Brasil