quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Poupança tem saldo recorde de R$ 71 bilhões em 2013

 No ano passado, os depósitos em poupança superaram os saques, gerando captação líquida de R$ 71,047 bilhões, resultado recorde em toda a série histórica iniciada em 1995. O dado foi divulgado ontem (7) pelo Banco Central (BC). Em 2012, a captação líquida ficou em R$ 49,719 bilhões.
Em dezembro de 2013, a captação de R$ 11,201 bilhões também é recorde para todos os meses da série histórica do BC. No período, os depósitos chegaram a R$ 148,506 bilhões e as retiradas totalizaram R$ 137,304 bilhões. Foram creditados rendimentos no total de R$ 3,012 bilhões. No último mês de 2012, a captação ficou em R$ 9,205 bilhões. Ao final do ano passado, o saldo da poupança ficou em R$ 597,943 bilhões. Desse estoque total, R$ 466,788 bilhões são do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e R$ 131,154 bilhões da poupança rural.
A poupança tem rendimento de 0,5% ao mês (6,17% ao ano) mais Taxa Referencial (TR). Esse é o rendimento definido pelo governo sempre que a taxa básica de juros, a Selic, estiver acima de 8,5% ao ano. Atualmente, a taxa está em 10% ao ano e deve continuar a subir. A previsão de instituições financeiras é que a Selic feche 2014 em 10,5% ao ano.
Essa forma de cálculo do rendimento da poupança foi definida pelo governo em 2012. Por essa regra, sempre que a taxa básica for igual ou inferior a 8,5% ao ano, a caderneta rende 70% da Selic mais a TR.
Créditos: Rede Brasil Atual

Calor aumenta problema de falta de água no Rio

Forte calor aumenta problema de falta de água em diversos locais do RioO forte calor que atinge todo o território fluminense tem contribuído para o problema de falta d'água em vários pontos do Rio. Na capital do estado, a zona oeste é a que mais tem registrado casos de reclamações, informa a Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae). Segundo a Cedae, os problemas são pontuais e englobam também municípios da Baixada Fluminense, onde há ocorrências isoladas de ruas e casas sem água. Municípios da Região dos Lagos também têm sofrido com a situação e, em alguns bairros dessas cidades, caminhões-pipa têm feito abastecimento de água.
De acordo com a Cedae, os problemas ocorrem nesta época do ano pelo aumento do consumo de água, que, em alguns pontos, varia de 30% a 200%. A assessoria da companhia disse que a situação é agravada devido a vazamentos, ligações clandestinas, entupimentos de tubulações e até mesmo por muitos moradores não terem reserva de água. A Cedae informou ainda que os reparos são feitos à medida que a população entra em contato com a empresa e comunica o problema.
O presidente da Cedae, Wagner Victer, reiterou que a falta d'água não é em grande escala e não atinge bairros inteiros. "Estamos com problemas pontuais. O volume de ocorrências que estamos registrando neste ano é bem inferior ao do ano passado", disse.
Para solucionar os problemas de abastecimento na zona oeste do Rio, a empresa está investindo cerca de R$  200 milhões para a construção de quatro reservatórios com capacidade para 30 milhões de litros, que devem ser entregues em agosto de 2015. A obra beneficiará mais de 600 mil habitantes, principalmente dos bairros de Guaratiba, Pedra de Guaratiba, Barra de Guaratiba, Santíssimo, Campo Grande e Bangu.
Em nota, a Cedae informou que “o projeto também inclui a construção dos reservatórios do Outeiro e Jacarepaguá, com capacidade para 20 milhões de litros cada, e a reforma do Reservatório de Reunião”.
Já na Região dos Lagos, a falta d'água afeta alguns bairros dos municípios de Cabo Frio, São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande e Búzios, que estão sendo atendidos por caminhões-pipa até todo o serviço ser normalizado. A Prolagos, concessionária responsável pelo abastecimento na região, informou, em nota, que aumentou o fornecimento de água em 20% por causa do ao verão, mas que "o rompimento de uma de suas principais tubulações, no dia 31 de dezembro, prejudicou a regularidade do fornecimento de água, que está sendo retomado gradativamente". Ainda de acordo com a concessionária, a região recebeu mais de 2 milhões de pessoas neste final de ano, o que comprometeu o fornecimento de água. 
Em Araruama e Saquarema, também na Região dos Lagos, a situação não é diferente. A concessionária Águas de Juturnaíba, que atende aos dois municípios, informou que algumas partes altas e pontas de rede estão com o abastecimento prejudicado, devido à "temperatura elevada e à alta demanda". Segundo a empresa, o fornecimento de água está sendo regularizado.
Créditos: Agência Brasil

Trabalho escravo aumentou em áreas urbanas

trabalho escravo As campanhas e os programas de combate ao trabalho escravo no Brasil trouxeram à tona uma realidade pouco conhecida até recentemente - a de que a prática ocorre também nas áreas urbanas do país, e não apenas nos rincões das zonas rurais. A última atualização da lista suja do trabalho escravo, divulgada no fim de 2013 pelo Ministério do Trabalho, mostra 29 empresas localizadas em cidades nessa condição. Na lista anterior, de julho, apenas 14 apareciam na relação. Foram flagradas usando mão de obra em condições análogas à escravidão confecções, empreiteiras, locadoras de máquinas, uma boate e um hotel.
O número, embora pequeno em comparação com o total de empresas da lista, chama a atenção pelo fato de representar um aumento significativo do perfil dos empregadores que submetem seus empregados a este tipo de situação. Se há dez anos o mapa era observado em fazendas e carvoarias situadas em municípios do interior das regiões Norte e Nordeste, hoje a situação nos centros urbanos tem despertado a preocupação de técnicos, procuradores, fiscais e o Ministério Público do Trabalho.
Para o procurador-geral do Trabalho, Luís Camargo, o avanço para as áreas urbanas pode estar ligado diretamente ao tráfico de pessoas, uma vez que tem sido cada vez mais comum a exploração de imigrantes ilegais de outros países em empresas localizadas em grandes cidades nas capitais brasileiras.
Segundo ele, apesar da Convenção 29 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) estabelecer que a expressão “trabalho forçado ou obrigatório” compreende todo trabalho ou serviço exigido de uma pessoa sob a ameaça de sanção e para o qual não se tenha oferecido espontaneamente – além de excluir a possibilidade de o trabalhador ter sido enganado – muitos trabalhadores caem nesse tipo de situação estimulados por falsas promessas. “Nem sempre a pessoa vai obrigada, ela vai para esses falsos empregos por conta de falta de alternativas ou porque é analfabeta funcional, não tem formação e acaba envolvida nessa rede”, afirmou, durante simpósio sobre o tema realizado em Campinas, em junho passado.
Luís Camargo enfatizou que pessoas que se deslocam de um município a outro atrás de emprego, muitas vezes, recebem uma determinada quantia em dinheiro ou costumam deixar uma cesta básica para a família. E, nesse processo, iniciam dívidas que nunca conseguem pagar. “Assim, começa o trabalho escravo. Muitos estrangeiros, como os bolivianos, estão chegando ao Brasil atraídos pelo chamado pleno emprego. Como isso não cessará por conta da queda nos índices econômicos, então temos muito o que fazer pela frente”, acentuou, numa referência à fiscalização e monitoramento destas empresas.
O procurador-geral do Trabalho costuma chamar a atenção, sempre que aborda o tema, para dispositivos constitucionais que permitem a expropriação de bens para as empresas que cometerem tais práticas e pediu empenho no sentido de serem realizadas ações articuladas entre Executivo, Legislativo e Judiciário.
110 empresas
Na prática, a chamada Lista suja do MTE apresentou na última semana 125 nomes a mais que no balanço passado, divulgado em julho. Foram incluídos 108 novos empregadores no grupo dos flagrados cometendo trabalho escravo, mas o Ministério do Trabalho incluiu outros dois – de empresas que tinham sido retiradas e agora entraram novamente no rol, por conta de decisão judicial. O referido cadastro, por outro lado, também excluiu 17 empresas, pelo fato dos responsáveis terem cumprido todos os requisitos administrativos exigidos.
Os estados onde mais foram observadas empresas denunciadas, pela ordem, são: Pará (onde estão concentrados 26,08% do total de empregadores mencionados), Mato Grosso (11,23%), Goiás (8,46%) e Minas Gerais (8,12%). O balanço é resultado da quantidade de autos lavrados ao longo do último semestre pelas fiscalizações do MTE – em conjunto ou a partir de denúncias do Ministério Público (número, este, que ainda será divulgado até o final de janeiro, mas que, de acordo com informações do ministério, deve se aproximar do observado em 2012, que chegou a 3.753 autos para um total de 255 estabelecimentos fiscalizados).
Quem figura na “lista suja” passa a enfrentar restrições de crédito nos bancos públicos e corre o risco de perder negócios com aproximadamente 180 empresas signatárias do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo (responsáveis por um quinto do PIB nacional). De acordo com informações do MTE, a inclusão dos nomes dos empregadores infratores no cadastro só ocorre após decisão administrativa final relativa ao auto de infração, lavrado em decorrência de ação fiscal, em que tenha havido a identificação de pessoas submetidas ao “trabalho análogo ao de escravo”.
Estes empregadores, por sua vez, quando incluídos são submetidos ao pagamento de multas e infrações diversas e têm suas atividades monitoradas pelo governo por um período de dois anos para que possam vir a ter seus nomes retirados.  Além disso, ficam impedidos de firmar contratos com o poder público e têm crédito restringido por várias instituições bancárias, em especial, o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Também ficam proibidos de vender sua produção para instituições governamentais.
Destaques da lista
Um dos destaques da última lista, divulgada pelo Ministério do Trabalho, foi o nome do pecuarista João Bertin Filho, do Mato Grosso, incluído na relação em dezembro, devido à descoberta de sete pessoas flagradas  trabalhando em suas fazendas no trato de 18 mil cabeças de gado e 35 mil hectares para extração de madeira.
O resultado da fiscalização realizada no local mostrou, a partir de fotos, vídeos e depoimentos diversos, que estes trabalhadores atuaram durante meses na extração de madeira para expansão de pastos isolados na mata, no interior da fazenda de Bertin, sem receber salários. Eles foram submetidos a condições degradantes (vivendo em barracos de lona dentro da mata, sem direito a água potável) e sem terem como deixar o local.
Outro caso observado, no mesmo estado (e apontado pelo MTE) tem como responsável a empresa Parecis Energia S/A , onde a fiscalização encontrou 80 trabalhadores em alojamentos precários, bebendo água do rio em que usavam também para banho, além de serem proibidos de deixar o local.  Os trabalhadores tinham um caderno de dívidas onde eram anotados seus nomes e a alimentação oferecida e não tinham direito a carteira assinada.
Em São Paulo, destacam-se na lista, nos últimos três anos, as empresas de confecção Sete Sete Cinco e Talita Kume. A Sete Sete Cinco foi encontrada por fiscais explorando duas trabalhadoras bolivianas mantidas em condições degradantes e submetidas a jornadas exaustivas sob ameaças e assédio no município de Carapicuíba. Já a Talita Kume foi flagrada mantendo nove bolivianos entre seus empregados em junho de 2012 recebendo R$ 1 por peça produzida e pagando, com o dinheiro recebido, os custos da viagem ao Brasil.
Em relação à área urbana, uma das novas empresas incluída na lista foi a Mod Griff, do município de Toritama, em Pernambuco. A empresa foi encontrada em março com sete trabalhadores também em condições análogas à de escravidão numa oficina de costura.
Na área de construção civil, figura a Construtora Croma, enquadrada, em 2012, por manter 46 trabalhadores nas obras de um conjunto habitacional no interior paulista sem receber salários durante dois meses, alojados em casas superlotadas e se submetendo a jornadas exaustivas de trabalho.
Estes estabelecimentos foram procurados pela reportagem, a partir dos contatos obtidos no Ministério do Trabalho e no MPT, mas alguns não foram encontrados nos endereços mencionados no cadastro. Em dois casos (a confecção de Toritama e a fazenda de Bertin Filho), seus representantes afirmaram que não pretendem se manifestar sobre o caso.
Conforme explicou um dos responsáveis pelas fiscalizações, o técnico Amarildo Borges, só são incluídas na relação a as empresas ou pessoas físicas que têm julgados recursos administrativos em última instância em Brasília. “As empresas não perdem apenas investimentos e o direito a financiamentos públicos, mas ficam expostas a uma repercussão social negativa dos seus atos”, enfatizou a procuradora Débora Tito. Leia mais em RBA.
Créditos: Rede Brasil Atual

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Câncer no pâncreas pode ser eliminado em seis dias com novo tratamento

Pancreatic CancerPesquisadores da Universidade de Cambridge, na Grã-Bretanha, após identificarem como funciona a barreira protetora que circunda tumores, acreditam ter desenvolvido um tratamento que poderia eliminar o câncer de pâncreas em cerca de uma semana. Testes iniciais do tratamento - que consiste em doses do medicamento combinadas com uma substância que potencializa a ação das células de defesa do organismo - resultaram na eliminação quase total do câncer em camundongos em seis dias.
Segundo informações da Universidade de Cambridge, é a primeira vez que esse resultado é alcançado em pesquisas sobre o câncer de pâncreas. Ainda segunda informações da Universidade, o tratamento poderia ser usado também em câncer de pulmão e câncer de ovário, caso seja bem sucedido. Um dos mais letais, o câncer de pâncreas é a oitava causa mais comum de mortes por câncer no mundo, afetando homens e mulheres igualmente. Esse tipo é ainda mais comum em pessoas com idade acima de 60 anos.
Recentemente, o Ministério da Saúde, divulgou um levantamento onde mostra que a doença matou mais de 7.700 pessoas no Brasil em 2011. Pesquisadores da Universidade de Cambridge, na Grã-Bretanha, após identificarem como funciona a barreira protetora que circunda tumores, acreditam ter desenvolvido um tratamento que poderia eliminar o câncer de pâncreas em cerca de uma semana. Testes iniciais do tratamento - que consiste em doses do medicamento combinadas com uma substância que potencializa a ação das células de defesa do organismo - resultaram na eliminação quase total do câncer em camundongos em seis dias.
Segundo informações da Universidade de Cambridge, é a primeira vez que esse resultado é alcançado em pesquisas sobre o câncer de pâncreas. Ainda segunda informações da Universidade, o tratamento poderia ser usado também em câncer de pulmão e câncer de ovário, caso seja bem sucedido. Um dos mais letais, o câncer de pâncreas é a oitava causa mais comum de mortes por câncer no mundo, afetando homens e mulheres igualmente. Esse tipo é ainda mais comum em pessoas com idade acima de 60 anos. Recentemente, o Ministério da Saúde, divulgou um levantamento onde mostra que a doença matou mais de 7.700 pessoas no Brasil em 2011.
Créditos: SRZD

Leis de combate à discriminação podem ir a voto em fevereiro

O Congresso Nacional retoma os trabalhos após o recesso, em 14 de fevereiro, com um pacote de projetos de cidadania que estão prontos, ou quase, para serem votados em plenário. O primeiro deles, o Projeto de Lei 6738/13, que reserva 20% das vagas em concursos públicos federais para negros, trancou a pauta da Câmara em 23 de dezembro e deve ir a voto após passar pela Comissão de Constituição e Justiça.

“Os novos integrantes da CCJ serão eleitos no retorno do recesso, e então precisaremos escolher o relator para o projeto, mas acredito que seja aprovado logo, inclusive pelo prazo, já que o governo federal encaminhou o texto com urgência. É claro que os projetos que lidam com direitos dos trabalhadores sempre encontram a oposição de determinados setores, mas não vejo ampla articulação contra essa lei”, afirma o deputado federal Vicentinho (PT-SP), relator do projeto de cotas nos concursos públicos na Comissão de Trabalho e líder da bancada petista na Câmara.
Já as matérias prontas para o plenário são a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 590/06, de autoria da deputada Luiza Erundina (PSB-SP), que prevê a obrigatoriedade de parlamentares mulheres nas mesas diretoras da Câmara e do Senado, bem como nas comissões; e o texto substitutivo de um projeto de autoria do deputado Paulo Paim (PT-RS), que torna crime a discriminação nas relações de trabalho.
“A PEC está pronta há sete anos, mas até agora o Colégio de Líderes não a colocou em pauta. Essa será uma das prioridades da bancada feminista na Casa este ano”, destaca a deputada Jô Moraes (PCdoB-MG). O Colégio de Líderes tem apenas uma mulher, a deputada Manuela D'Ávila (PCdoB-RS). Na atual Legislatura, as mulheres correspondem a apenas 9% do total de parlamentares, com 45 deputadas, embora sejam 51% da população brasileira. Se aprovada, a PEC 590/06 garantiria a presença de no mínimo uma mulher na mesa diretora e em cada uma das comissões permanentes da Câmara e do Senado.
O projeto de combate à discriminação nas relações de trabalho, há oito anos em tramitação na Câmara, passou pela última revisão da Comissão de Direitos Humanos em dezembro e tem condições de ir a votação já em fevereiro. O texto prevê prisão de dois a cinco anos e multa a quem deixar de contratar, dificultar a contratação ou barrar uma promoção funcional por questão de raça, cor, sexo, religião, aparência, condição social, descendência, origem nacional ou étnica, idade ou pessoa com deficiência. Caso seja aprovado na Câmara, o texto ainda depende de avaliação do Senado.
Créditos: Rede Brasil Atual

Nordeste terá chuvas abaixo da média em 2014

Atingido por uma estiagem severa nos últimos dois anos, o Nordeste pode voltar a ter chuvas abaixo da média em 2014. A previsão é do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). De acordo com o meteorologista Mozart de Araújo Salvador, a temperatura do Atlântico Norte, cuja alta causou a diminuição das chuvas em 2012 e 2013, continua elevada, embora em patamar menor que o do ano passado.
Segundo Salvador, caso a situação se mantenha,  há chance de menos chuva do que tradicionalmente. No entanto, não é possível prever a intensidade de um eventual novo período de seca. “A possibilidade [de estiagem] não está afastada”, disse ele.
O meteorologista explicou que, em dezembro, quando o Inmet levantou os dados para seu prognóstico mais recente sobre o Nordeste, a temperatura do Atlântico Norte estava de 0,5°C a 1°C acima da média. “Espera-se que [a alta de temperatura] não se intensifique, ou o risco de prejuízos para as chuvas é grande”, acrescentou.
Salvador esclareceu que, no ano passado, a temperatura do oceano chegava a 1,5°C acima da média. Para normalização das chuvas no Nordeste, o ideal é que ela recue nos próximos meses. Uma nova medição será feita na segunda quinzena de janeiro.
Para o primeiro trimestre deste ano, o Inmet vê 40% de possibilidade de chuvas dentro da média e 35% de probabilidade de ficarem abaixo da média para o semiárido do Ceará, do Piauí, da Paraíba, do Rio Grande do Norte e do norte da Bahia. Existem ainda 25% de chance de precipitações acima da média.
Em 2012 e 2013, produtores rurais desses e de outros estados perderam gado e lavoura com a estiagem e tiveram de ser socorridos pelo governo, que disponibilizou linhas de crédito emergenciais e permitiu a renegociação de dívidas a agricultores que não puderam honrar os pagamentos em função das perdas com a estiagem.
Para 2014, o Ministério da Integração Nacional informou que ainda aguarda dados mais concretos com relação ao panorama relacionado à seca para definir ações. O órgão informou ainda que, até o momento, não há decisão sobre renovação das linhas de crédito, mas que é possível aderir à renegociação de débitos até 30 de dezembro deste ano.
Foto: EBC
Créditos:Agencia Brasil

Conferência de Paz sobre a Síria deve discutir futuro sem Assad

Conferência de paz sobre a Síria deve discutir futuro sem AssadA Conferência de Paz sobre a Síria, que será promovida este mês na Suíça pela Organização das Nações Unidas (ONU), deverá servir para retirar do poder o presidente Bashar Al Assad devido à sua responsabilidade em milhares de mortes, disse hoje (7) em Tóquio o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, durante visita oficial ao Japão.
"Foram mortas 130 mil pessoas. Quem permitiu que isso ocorresse não pode continuar à frente de um país, isso não pode ser aceito", acrescentou o primeiro-ministro, durante conferência organizada pelo diário econômicoNikkei.
A Conferência Genebra 2 deverá começar em Montreux (Suíça) em 22 de janeiro, sob a presidência do secretário-geral das Naçções Unidas, Ban Ki-moon, e contar com a participação de representantes de mais de 20 países, continuando em 24 de janeiro entre as delegações sírias, com a presença do mediador internacional Lakhdar Brahimi.
Ban Ki-moon enviou nessa segunda-feira os primeiros convites, mas o Irã não figura na primeira lista de convidados que, segundo a ONU, foi definida em 20 de dezembro durante reunião em Genebra entre Brahimi e representantes da Rússia e dos Estados Unidos. A lista inclui 26 países, entre eles as principais potências internacionais e regionais, como a Arábia Saudita, que apoia a oposição síria.
O chefe da diplomacia japonesa Fumio Kishida, que esteve em novembro no Irã, país que tem boa relação com o Japão, também deverá estar presente. Na sexta-feira (3), o Conselho Nacional Sírio, o grupo mais importante da oposição, reafirmou que não iria participar da conferência de 22 de janeiro.
A Coligação Nacional Síria, que reelegeu no domingo o líder Ahmed Jarba, ainda vai decidir sua participação durante reunião em Istambul.
*Com informações da Agência Lusa
Créditos: agencia Brasil