domingo, 26 de janeiro de 2014

Papa apela para o fim da violência na Ucrânia

Papa pede diálogo construtivo para a crise na UcrâniaO papa Francisco apelou hoje (26) para o fim da violência na Ucrânia e para o diálogo entre governo e opositores, que protestam há dois meses. “Espero que haja um diálogo construtivo entre as instituições e a sociedade civil e que, sem uso da força, o espírito da paz e a procura do bem comum prevaleçam nos corações de todos”, declarou o papa perante a multidão reunida na praça de São Pedro para a oração do Angelus. “Nas minhas orações estou próximo da Ucrânia, em particular daqueles que perderam a vida e das suas famílias”, adiantou.
Pelo menos três pessoas – seis segundo a oposição, foram mortas em confrontos entre manifestantes e forças de segurança do regime do presidente Viktor Ianukovitch durante a última semana em que a tensão se agravou em Kiev, palco de grandes manifestações há dois meses. A oposição inciou os protestos depois do presidente Ianukovicht ter recusado, no final de novembro, assinar um acordo com a União Europeia, preferindo uma aproximação com a Rússia.
Ianukovitch ofereceu ontem (25) o cargo de primeiro-ministro ao opositor Arseni Iatseniuk e prometeu analisar alterações à Constituição, mas a oposição recusou as propostas e os dirigentes disseram aos manifestantes para continuarem os protestos até que todas as exigências sejam satisfeitas, a começar pela convocação de eleições presidenciais ainda neste ano.
Créditos: Agencia Brasil

Mudança de clima custará trilhões de dólares à economia mundial

A mudança de clima na Terra influi cada vez mais na economia mundial. Não é só a agricultura, mas também o setor energético, os transportes, a esfera dos serviços municipais que dependem das mudanças climáticas. As perdas econômicas provocadas pelas secas, inundações, tufões e tempestades são avaliadas em trilhões de dólares. 
Cataclismos naturais, mudança de clima, crise da alimentação e da água potável... Os peritos do Fórum Econômico Mundial revelaram os principais riscos globais que ameaçam o mundo em 2014. Segundo os cientistas, anualmente, a economia mundial perde 1,5% do PIB ou 1,2 trilhões de dólares devido à redução do crescimento provocada pela influência da mudança global do clima na Terra. Estes indicadores duplicarão até 2030. Mas, para os Estados mais pobres do mundo, as perdas econômicas poderão atingir os 11% do PIB.
Por exemplo, o aumento da temperatura em 1,5 graus nos países da Ásia Central ameaça reduzir as colheitas e provocar sérios prejuízos na agricultura. O rendimento do ramo pode cair para metade, destruindo a já fraca economia da região. Os ecologistas assinalam que a zona de risco engloba uma ampla faixa de países: desde Portugal até à China Oriental, bem como territórios muito amplos da África, da Ásia e da América Latina.
Ainda se deve ter em conta que a alteração do clima provoca não só secas, mas as chuvas torrenciais, inundações, tempestades, tornados, surtos de epidemias, recorda o economista Alexei Gromov:
“Pode-se considerar consequências negativas o fato de o desequilíbrio dos parâmetros climatéricos de muitos anos influir no aumento do número de catástrofes, calamidades naturais, o que, por sua vez, influi no aumento do pagamento de prêmios de seguro quando da liquidação das consequências e do restabelecimento da economia. Nos últimos anos, estes indicadores aumentam em progressão geométrica e exercem também uma determinada influência negativa no desenvolvimento econômico.”
Além disso, os cientistas consideram que alguns países, principalmente do norte, poderão tirar vantagens das mudanças do clima. Nomeadamente, a economia da Rússia poderá ganhar um pequeno aumento da temperatura anual média, considera o empresário Serguei Khestanov:
“A economia russa pode tirar potenciais vantagens de dois fatores. Primeiro, o aumento da área agrícola devido ao aquecimento. Segundo, e isto é mais importante, a deslocação das fronteiras dos gelos seculares. Nos últimos anos, a Via Marítima do Norte tornou-se mais acessível à passagem de navios normais. Por conseguinte, aumenta o interesse por essa via enquanto artéria de transporte e, graças ao aquecimento, por esse itinerário poderão navegar navios comuns de carga. Tendo em conta que a distância entre o Sudeste Asiático e a Europa é claramente mais curta do que através do canal do Suez e a via passa por uma zona livre de pirataria, a Rússia poderá tirar disso vantagem econômica considerável.”
Os climatologistas apelam aos dirigentes dos Estados do mundo para começarem já agora a preparar-se para viver nas novas condições climatéricas. É preciso prestar grande atenção ao desenvolvimento da infraestrutura dos territórios ribeirinhos: construção de diques, barreiras para defender a zona litoral das inundações e da erosão das costas. As medidas de adaptação poderão não só diminuir as consequências negativas da mudança do clima, mas também trazer vantagens suplementares à economia. Svetlana Kalmykova
Créditos: Voz da Russia

Propina de cartel pode ter sido ‘lavada’ em postos

Fotos: Edson Lopes Jr./GESP | Divulgação: A Corregedoria-Geral do governado de São Paulo apura se funcionários do Metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) lavaram dinheiro recebido como propina no esquema de cartel durante governos do PSDB no estado em postos de gasolina. A informação é do jornal Folha de S.Paulo.

Um dos negócios sob suspeita é o do ex-diretor da CPTM João Roberto Zaniboni, que segundo o órgão, pode ter usado a filha, a economista Milena Zaniboni, como "laranja" em um posto de gasolina em Vinhedo, no interior paulista.
Denúncia do Ministério Público da Suíça revelam que ele recebeu cerca de R$ 2 milhões em contas no país europeu entre 1999 e 2002. O ex-diretor da CPTM e a filha foram indiciados pela Polícia Federal por suspeita de lavagem de dinheiro de propina recebida pela multinacional Alstom, envolvida no cartel. Os dois negam.
Outros dois suspeitos são os funcionários do Metrô Nelson Scaglione e Ivan Generoso, sócios em um posto que conta também com lavanderia e loja de conveniência. Entre 2008 e 2010, os dois já haviam participado de sociedade com a Façon, empresa subcontratada pela Alstom. Scaglione, que ocupava o cargo de gerente de manutenção, foi exonerado do cargo por esse motivo.
A Corregedoria recomendou às empresas estatais que abram processo sobre os servidores públicos que estão sob investigação do órgão. Assim, os funcionários podem ser expulsos caso sejam considerados culpados ao fim da apuração.Leia mais no portal Brasil 247.
Créditos: Brasil 247

Pâncreas artificial promete acabar com injeções de insulina

Cientistas britânicos da Universidade de Montfort, em Leicester, desenvolveram um aparelho que promete revolucionar o tratamento do diabetes. O dispositivo funciona como um pâncreas artificial, liberando insulina na corrente sanguínea. A informação é do site Daily Mail desta sexta-feira (24).
De acordo com a publicação, o equipamento é implantado no abdômen e, por meio de um cateter [tubo fino], administra a insulina de forma contínua.
 O refil de insulina do dispositivo deve ser recarregado a cada duas semanas.

 Segundo o professor de farmácia da Universidade de Montfort Joan Taylor, o  aparelho garante que as doses sejam cada vez mais precisas e deve ser inserido cirurgicamente.  Este dispositivo é barato e simples de usar. Ele tem o potencial de trazer um fim às injeções diárias para diabéticos. Testes em humanos devem começar em 2016 e os pesquisadores esperam que os primeiros implantes entrem no SNS (Sistema Nacional de Saúde) dentro de uma década.
Do R7
 Foto: Getty Images
Créditos:Portal R7

População paulistana chegará a 12,2 milhões em 2030

A população paulistana chegará a mais de 12 milhões de pessoas no ano de 2030, segundo estimativa da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade). As projeções apontam um incremento anual de 45.571 pessoas, um crescimento médio de 0,38%. A maior cidade brasileira em termos populacionais tem, atualmente, 11.513.836 habitantes, o que corresponde a 6% da população do país. Ontem (25), São Paulo comemorou 460 anos de fundação.
O processo de envelhecimento é nítido em todas as áreas do município, aponta o Seade. A idade média da população deve aumentar 4,37 anos até 2030, passando de 34,71 para 39,08 anos. Os maiores incrementos devem ser registrados nos distritos de Vila Andrade (6,03 anos), na zona sul, e Anhanguera (5,91 anos), na zona norte. Os menores, por sua vez, ocorrerão no Pari (2,38 anos), na região central, e Belém (2,42 anos), na zona leste.
Atualmente, cerca de 20% da população é formada por jovens, mas, em 2030, esse percentual corresponderá àqueles com mais de 60 anos. O distrito mais envelhecido, hoje, é Alto de Pinheiros, na zona oeste, com 25% de sua população com mais de 60 anos. Aproximadamente 8% dos moradores deste bairro já tem mais de 75 anos. Anhanguera, por outro lado, tem a menor participação do segmento de pessoas com mais de 60 anos, com apenas 6%. Menos de 1% dos paulistanos residentes neste bairro tem de 75 anos a mais.
A densidade demográfica em São Paulo crescerá 6,33% nos próximos 16 anos, passando de 7.569,41 para 8.048,78 habitantes por quilômetro quadrado (hab/km²). Em números absolutos, a maior redução no período projetado deverá ocorrer no distrito de Artur Alvim, na zona leste, que passará de aproximadamente 15,8 hab/km² para 14,8 hab/km². O maior aumento deverá acontecer na Vila Andrade, que passará de 13,8 hab/km² para 18,1 hab/km².
A Fundação Seade indica também que haverá pequeno aumento na razão entre o número homens e de mulheres residentes no município. Hoje, existem 90,3 homens para cada 100 mulheres e, daqui a 16 anos, deverão ser 91,6. De acordo com o órgão, este crescimento é resultado, em parte, do aumento da esperança de vida masculina, que deverá reduzir a diferença em relação à feminina.
Foto: Zito Bezerra
Créditos: Agencia Brasil

Brasil lançará nanosatélite

Brasil lançará nanosatélite este anoEquipamento é o segundo construído no país - o primeiro, criado há dez anos, não chegou a entrar em órbita. Projeto vai monitorar a intensidade do campo magnético sobre o Brasil e de partículas que possam interferir nas comunicações, como transmissões de satélites e aeronaves.
O lançamento está previsto para este ano.
Créditos: EBC

Médicos divergem sobre participação étnica entre doadores de medula óssea

O banco nacional de medula óssea precisa aumentar o número de doadores das etnias negra, indígena e asiática, dos quais atualmente é carente, disse à Agência Brasil a hematologista Aline Guilherme, especialista em transplante de medula óssea da Rede de Hospitais São Camilo, de São Paulo. Segundo a médica, dados estatísticos do Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) mostram que a mairoria dos doadores é da raça branca, que "não é a mais frequente no Brasil.

Ela explicou que, quando a pessoa se cadastra em um banco de doares, uma das informações pedidas é sobre a raça. "Existe uma  discrepância muito grande em relação ao percentual  de pessoas no Brasil das diferentes etnias e  doadores. A grande maioria dos doadores é da raça branca, que não é a mais frequente”, destacou. Aline informou que o registro tem atualmente de 70% a 80% de doadores da raça branca, o que “destoa dos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a distribuição de raças no Brasil”.
O diretor do Centro de Transplante de Medula Óssea (Cemo) do Instituto Nacional de Câncer (Inca), órgão do Ministério da Saúde, Luís Fernando Bouzas, porém, questiona a informação da hematologista que, para ele, é mais baseada mais em feeling (sentimento, percepção). “A pessoa acha que é isso”.  Bouzas, que e também coordenador do  Redome e do Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea,   disse que “a médica não tem como afirmar isso”. Ele explicou que a informação sobre raça é uma informação livre “dada pelo próprio doador” no momento da inscrição no Redome.
Essa informação, entretanto, vem se modificando. Hoje, mais de 40% ou 50% da população se dizem brancos, enquanto os que se declaram negros ou pardos são 35% dos registrados. A situação dos indígenas é diferente, ressaltou Bouzas. "No Brasil, o índio verdadeiro não tem autonomia para ser doador voluntário, porque, na legislação, ele é considerado assemelhado a um menor. Ele é tutorado pela Fundação Nacional do Índio [Funai] e não pode se candidatar à doação de medula óssea”.
Quanto aos asiáticos, o médico admitiu que o percentual de doadores é pequeno. O Inca tem feito campanhas para captação de doadores nessa parcela da população, que está mais concentrada em São Paulo e no Paraná. Ele ressaltou, no entanto, que a participação dessa etnia no Redome “vem aumentando também”.
Bouzas chamou a atenção para o fato de que, quando se busca o dado genético, verifica-se que muitos dos que se dizem brancos não o são, ou que os que se declaram índios nem sempre são indígenas puros, por causa da miscigenação da população brasileira. Por isso, o Inca está analisando a ancestralidade dos doadores para tentar identificar qual é a característica que predomina naquela pessoa. As  informações mais técnicas, que são atualizadas anualmente, podem ser obtidas na página na internet da Rede Brasil de Imunogenética. “Temos técnicos hoje trabalhando nessa análise mais apurada, mas não é fácil fazer isso, ainda mais em uma população miscigenada como a nossa”.
O registro nacional conta atualmente com 3,240 milhões de doadores, com forte participação de pessoas miscigenadas. “Talvez o Brasil seja hoje o país que registre a maior participação desse tipo. [É] muito mais que o registro alemão ou o norte-americano, que têm participação maior de caucasianos do que de doadores miscigenados”. De acordo com o médico, esse dado é analisado a cada ano, com a entrada de novos doadores. Nos últimos dois anos, entraram de 270 mil a 300 mil novos doadores no Redome, a cada ano. “Sempre tem uma renovação e um acréscimo de características novas no registro”.
Para Aline, a autodeclaração da raça pelos doadores, ao fazerem o registro, “é um critério subjetivo”. Ela observou que, quando os hospitais fazem pesquisa de busca de doadores para pacientes, percebem que a compatibilidade é muito relacionada à questão da raça. “É  muito difícil conseguir um doador compatível de raças diferentes, porque tem um impacto grande. Para brancos, é muito mais fácil encontrar doador, tanto entre os brasileiros quanto entre os doadores de outros países com predominância de brancos na população. "Isso é bem perceptível”, disse Aline.
Segundo a médica, é mais difícil conseguir doadores para pacientes descendentes de negros ou de outras raças. Embora não haja estatística definida, o problema se agrava em relação a pacientes indígenas ou descendentes de índios. Não se consegue encontrar doadores compatíveis também em outras partes do mundo”, destacou Aline, mesmo em países que têm um significativo percentual de negros na população, como os Estados Unidos. “O cadastro deles é um pouco deficiente de doadores dessa raça. E de indígenas é mais difícil ainda".
Bouzas ressaltou, porém, que o número de doadores no Brasil não é pequeno perto da real necessidade do país, quando se trata de doadores das etnias negra, indígena e asiática, como indicou a hematologista. “Isso não é verdade”. A possibilidade de encontrar um doador  para um brasileiro já ultrapassa 70% hoje. “Isso sem contar  com a possibilidade dos bancos de sangue de cordão (umbilical) e de buscar um doador no exterior”.
A rede mundial tem em torno de 24 milhões de doadores. Bouzas informou que a chance dos brasileiros de encontrar um doador subiu de 10% a 12%, em 2003, para 76%, na última avaliação, feita nos dois últimos anos.
Ele é contra a divulgação de  informações de maneira aleatória, como considerou ter sido feito por  Aline Guilherme e disse que o correto é procurar analisar os registros com os dados genéticos, de naturalidade, ou seja, da origem dos doadores,  e estimular campanhas localizadas. No ano passado, por exemplo, Bouzas disse que portaria do Ministério da Saúde elevou o  teto para cadastramento  na Bahia de  5 mil para 20 mil doadores. O estado tem forte participação de representantes da raça negra. “Então, é um estímulo a campanha naquela região”.
O Centro de Transplante de Medula Óssea  está preparando campanhas para atrair doadores em nichos da população que precisam ser melhor representados no Redome.
Créditos: Agencia Brasil