terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Terroristas na Síria recrutam mulheres

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 O grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante, vinculado à Al-Qaeda, formou, em Raqqa, no norte da Síria, dois batalhões femininos.
O objetivo principal das divisões é a revelação dos homens que vestem roupas pretas femininas, escondendo seu rosto e corpo, e evitam assim as inspeções em postos de controle. O grupo recruta as mulheres solteiras com idade entre 18 e 25 anos, prometendo-lhas a pagar cerca de $200 mensais. Um relatório do secretário-geral da ONU, divulgado no final de dezembro, afirma que os grupos armados na Síria recrutam como soldados menores de idade.
 Créditos: Voz da Russia 

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

STF decide esta semana sobre investigação do metrô de SP

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello deve decidir esta semana se autoriza o compartilhamento das informações do inquérito sobre o suposto esquema de fraudes em licitações no sistema de trens e metrô de São Paulo. O acesso à investigação foi pedido pela comissão de sindicância do Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo, que verifica a conduta do procurador da República Rodrigo de Grandis, responsável pelo caso
. Em outubro do ano passado, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, determinou que o MPF esclareça a suposta falha do procurador que impediu a tomada de depoimento de três supeitos. A falha fez com que o Ministério Público suíço arquivasse o processo contra os investigados pelo fato de o MPF em São Paulo não ter atendido ao pedido, feito em 2011
. O ministro Marco Aurélio, que é relator do processo que investiga o suposto cartel do metrô de São Paulo, deverá autorizar a quebra de parte do sigilo da investigação, além de determinar o desmembramento do processo. Com a decisão, apenas parlamentares citados no processo devem responder às acusações no STF.
“O sigilo eu vou preservar no que a lei impõe, agora, no mais, não. Vamos abrir inclusive os nomes dos envolvidos. E o desmembramento para mim é algo claro, devemos evitar o que houve na AP 470 [o processo do mensalão]”, disse o ministro.
Foto: EBC
Créditos: Agencia Brasil

Alstom admite ter pago propina em usina

 Em uma auditoria interna feita na França, que recebeu a classificação de "estritamente confidencial", a Alstom reconhece ter pago uma comissão de 4,85 milhões de francos, em janeiro de 1999, para vender equipamentos para a hidrelétrica de Itá, em Santa Catarina, segundo documentos da investigação francesa obtidos pela Folha.
É o primeiro documento oficial da Alstom a vir a público que admite o pagamento de suborno no Brasil – outros papéis, a maioria manuscrita, não tinham caráter de auditoria. Em 1999, o valor correspondia a R$ 1,6 milhão (em valores de hoje, R$ 6 milhões). Desde que a Alstom começou a ser investigada no Brasil, em 2008, havia rumores de que houve suborno durante a construção da hidrelétrica, mas é a primeira vez que aparece o valor pago.
O documento da Alstom, de 2008, foi escrito pelo diretor de auditoria interna, Romain Marie, e enviado ao presidente da companhia, Patrick Kron. A empresa não quis comentá-lo.
Além de Itá, o documento cita nove pagamentos de suborno em hidrelétricas na Venezuela, em Cingapura e no Qatar. As propinas somam cerca de € 5 milhões, segundo os auditores.
O pagamento da comissão em Itá, segundo o memorando, foi feito pela Janus, offshore das Bahamas utilizada para pagar propina em contrato de subestações de energia em São Paulo.
PRIVATIZAÇÃO DE FHC
A hidrelétrica de Itá foi um dos projetos do programa de privatização no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Em 1995, a Eletrobras assinou a concessão para o consórcio AAI (Associação de Autoprodutores Independente), formado pela CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), OPP Petroquímica e OPP Polietilenos (empresas do grupo Odebrechet) e a Companhia de Cimento Itambé. O consórcio se comprometeu a gastar R$ 658 milhões numa obra orçada em R$ 1,06 bilhão em valores de 1995 (R$ 5 bilhões hoje). A diferença (R$ 402 milhões) foi bancada pela Eletrosul, estatal que foi parceira do consórcio até 1998. Os recursos privados foram emprestados pelo BNDES.
Créditos: WSCOM/Folha Online

Fortuna protegida em paraísos fiscais erradicaria duas vezes a pobreza no mundo

A riqueza financeira líquida global, tirando os imóveis, é calculada hoje em US$ 94,7 trilhões, dos quais US$ 18,5 trilhões se encontram estocados em paraísos fiscais. “Se essa fortuna avarenta pagasse impostos, os cofres públicos recolheriam cerca US$ 156 bilhões, quantia suficiente para erradicar duas vezes a pobreza extrema no mundo.” A observação é de Frei Betto, em seu comentário na Rádio Brasil Atual.
O teólogo destaca estudo divulgado pela organização Oxford durante o Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, em que associa sonegação fiscal e injustiça tributária como fatores determinantes da concentração de renda no mundo e da miséria no mundo. Frei Betto compara o evento de Davos a um “verdadeiro retiro pecuniário”, lembrando que 85 das personalidades ali presentes acumulam fortuna de US$ 1,7 trilhão – renda equivalente a de metade da população do planeta. “A acumulação privada de riqueza significa que as bases da democracia estão sendo minadas. A renda média dos cidadãos dos Estados Unidos é hoje inferior à de 40 anos atrás. Ao contrario do esperado, nos últimos anos, as políticas impostas pelo donos do poder só aumentaram a desigualdade social.Desde o início da década de 1980, de 30 países pesquisados pela Oxford, em 29 os ricos pagam cada vez menos impostos.”
Créditos: Rede brasil Atual

Analistas preveem recuo de inflação para 6% em 2014

 Os investidores e analistas do mercado financeiro refizeram as estimativas para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e já admitem um recuo de 6,02% para 6% em 2014. As expectativas do setor estão no boletimFocus , divulgado semanalmente pelo Banco Central (BC). Por outro lado, a estimativa para o câmbio piorou: a relação entre a moeda norte-americana e o real passou de R$2,45 para R$ 2,47 no fim do ano.
A taxa básica de juros (Selic) , na percepção do mercado financeiro, deverá fechar 2014 em 11% ao ano, com a Dívida Líquida do Setor Público passando de 34,8%  para 34,9% em proporção ao Produto Interno Bruto (PIB), que foi mantido em 1,91%. A produção industrial, por sua vez, deverá cair mais do que o previsto no último boletim, divulgado na semana passada, descendo de 2,2% para 2%.
Nas contas externas, o déficit em conta corrente permanece em US$ 73 bilhões, com o saldo da balança comercial sendo projetado em US$ 8,25 bilhões ante os US$ 8 bilhões da estimativa anterior. Os investimentos estrangeiros diretos passam também de US$ 57,5 bilhões para US$ 58 bilhões.
Da Agencia Brasil.

Colírio pode combater miopia, mostra estudo

 O uso de equipamentos com telas cada vez menores nos escritórios, escolas e laser fez a miopia, dificuldade de enxergar à distância, crescer no mundo todo, inclusive no Brasil, principalmente entre crianças.
 De acordo com o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, hoje 1 em cada 2 crianças chegam ao consultório com os sintomas da CVS (Síndrome da Visão no Computador) – visão embaçada, olho seco, dor de cabeça, nas costas e pescoço. É quase o dobro dos 30% que apresentavam estes sintomas que têm uma estreita relação com a miopia durante a infância. Esta é uma das conclusões de um estudo realizado pelo médico em 2008 com 360 crianças que diariamente usavam o computador por, no mínimo, seis horas.
Na época, comenta, poucas crianças usavam o smartphone que acabava de entrar no mercado nacional. Ainda assim, a porcentagem de crianças míopes foi de 21% contra 12% no país. ”Significa que a miopia pode ter causa genética ou ser causada por nossos hábitos”, afirma. Segundo Queiroz Neto, a progressão da miopia geralmente é mais intensa na infância. Acima de 6 graus, destaca, é uma das principais causas de deficiência visual e cegueira porque aumenta o risco de glaucoma e rompimento da retina. Por ser um engano acreditar que a miopia é genética e intratável, pesquisadores de diversos países estão buscando uma medicação que controle a evolução em crianças. Por enquanto todos os estudos estão sendo feitos com drogas off-label, ou seja, que não foram desenvolvidos para miopia, mas estão sendo testadas no combate ao problema, principalmente nos países asiáticos onde a prevalência chega a 80%.

O médico diz que as 3 principais drogas utilizadas em pesquisas clínicas para controlar miopia são: atropina, pirenzepina e 7-metilxantina. Embora o FDA, agência americana similar à Anvisa não aprove nenhuma das 3 drogas para tratar miopia, o colírio de atropina, indicado para dilatar a pupila e paralisar os músculos ciliares durante exame oftalmológico, continua sendo usado no controle da miopia nos países asiáticos. Isso porque, depois de várias pesquisas frustradas pelos efeitos colaterais de fotofobia, ardência nos olhos e comprometimento da visão de perto, uma pesquisa realizada em Singapura diminuiu a progressão da miopia em 50%, além de tornar os efeitos colaterais mais brandos. Queiroz Neto conta que o segredo do estudo foi reduzir a concentração de 1% para 0,01% de atropina. A pesquisa foi conduzida durante 5 anos por Donald Tan com 800 crianças no National Eye Centre. Apesar de positivo, o resultado não é conclusivo. Isso porque, dois estudos anteriores apontaram efeito rebote, ou seja, aumento da miopia após cessar a medicação com 1% de concentração de atropina.
Créditos: WSCOM

Falta de chuvas pressiona fundo que financia redução das tarifas de energia

Os R$ 9 bilhões reservados no Orçamento Geral da União para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) em 2014 podem ser insuficientes para cobrir as despesas do fundo, que financia a redução da conta de luz. Segundo especialistas, a falta de chuvas, que aumenta o preço da energia de curto prazo, e o novo modelo do setor elétrico, que privilegia o subsídio às tarifas, pressionam as contas da CDE.
Até 2012, os imprevistos no setor elétrico eram bancados pelos próprios consumidores, que pagavam três encargos embutidos na conta de luz que financiavam o acionamento de termelétricas e a compra de energia no curto prazo pelas distribuidoras. Com o novo modelo do setor elétrico, dois encargos foram extintos. Apenas a CDE foi preservada, com a necessidade de ser complementada com recursos do Tesouro Nacional.
No ano passado, o Tesouro aportou R$ 7,9 bilhões na CDE por meio da emissão de títulos públicos, além de uma quantia não divulgada de antecipação de recebíveis (direito de receber) da usina de Itaipu. Neste ano, o governo mudou o procedimento e passará a fazer os aportes com recursos do próprio Orçamento. No entanto, o governo pode se ver obrigado a editar créditos extraordinários caso a verba para a CDE seja insuficiente.
O especialista em infraestrutura e projetos de investimento da Fundação Getulio Vargas (FGV) Rogério Sobreira elogia a iniciativa do governo de usar recursos orçamentários para socorrer a CDE. “Isso traz mais transparência para as contas públicas e para o setor elétrico do que fazer operações indiretas com títulos públicos. Dentro do
espaço fiscal disponível, o governo quer criar um efeito positivo, mesmo que temporário”, disse.
O problema, segundo o professor, consiste em tornar permanente uma ajuda que deveria ser eventual. “O grande risco é as ações deixarem de ser pontuais e se tornarem constantes. Caso o setor elétrico precise de aportes do governo o tempo todo, o ideal seria ir direto nas causas, não nos efeitos”, acrescentou.
O presidente do Instituto Acende Brasil (centro de estudos voltado ao desenvolvimento de ações e projetos para aumentar o grau de transparência e sustentabilidade do setor elétrico brasileiro), Claudio Sales, não acredita que as ações do governo sejam apenas temporárias. Para ele, a possibilidade de que os repasses do governo para a CDE não diminuam nos próximos anos é grande. “O grande problema é que o novo modelo do setor elétrico deixou de ser sustentável. As tarifas deixaram de cobrir os custos, e as empresas atualmente só conseguem pagar as contas se o governo subsidiar”, disse.
De acordo com Sales, a não realização, em 2012, do leilão de compra de energia para o ano seguinte deixou as distribuidoras com uma carência de 6 mil megawatts de energia. Para suprir a oferta necessária, as companhias têm de comprar energia nos leilões de curto prazo, cujos preços são voláteis e disparam em tempos de escassez de chuva. “No último leilão, o preço do megawatt-hora ficou em torno de R$ 400. No próximo, deverá chegar a R$ 800”, explicou.
Com as empresas cada vez mais pressionadas por custos elevados, Sales acredita ser bem provável que o governo precise transferir mais recursos à CDE que o planejado. “Sem a CDE, as empresas não conseguem nem fechar a conta porque as tarifas estão artificialmente baixas”, disse. Para os próximos anos, ele sugere que o governo eleve o teto dos preços dos leilões de médio e de longo prazo para atrair interessados em vender a energia e reduzir a dependência em relação aos subsídios ao setor elétrico.
Foto: Géssica Alencar
Da Agencia brasil