Um estudo apontou que os bebês nascidos com peso abaixo do normal têm maior chance de desenvolver hiperatividade e depressão na infância. Para chegar à conclusão, a pesquisa feita pela Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto comparou a saúde mental de 665 crianças, com idade entre 10 e 11 anos.
Segundo a pesquisadora responsável, Claudia Mazzer Rodrigues, o estudo dividiu as crianças em cinco grupos de peso: muito baixo (abaixo de 1,5 quilos), baixo (1,5 kg a 2,5 kg), insuficiente (2,5 kg a 3 kg), normal (3 kg a 4,25 kg) e muito alto (acima de 4,25 kg). Esses valores são usados como referência pela Organização Mundial da Saúde. No estudo, constatou-se que as crianças com peso muito baixo representam a maioria das que têm quadros de problemas mentais. Entre as 665 crianças avaliadas, 6,9% apresentavam indicadores de depressão. Os cientistas usaram questionários respondidos pelos pais e pelas próprias crianças.
No Brasil, de 0,4% a 3% das crianças sofrem de depressão. Entre os adolescentes, esse número varia de 3,3% a 12,4%. Quem tem a doença na infância e na adolescência apresenta mais chances de desenvolver depressão em idade adulta. Especialistas definem como causas da depressão em crianças, como perda de vínculos afetivos, divórcio dos pais, falta de apoio familiar e violência física ou psicológica. Os pais devem ficar atentos aos primeiros sinais de alerta, que são queda do rendimento escolar, mudanças repentinas do estado de ânimo, isolamento e tristeza.
Créditos:Agencia Brasil
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
domingo, 23 de fevereiro de 2014
CPI do Metrô pode sair em São Paulo
Considerada impossível até recentemente, devido à ampla maioria da base de Geraldo Alckmin no Legislativo, comissão pedida pela oposição já tem 29 adesões. Faltam três.
As eleições para deputados estaduais em São Paulo este ano podem pressionar parlamentares da base de sustentação do governador Geraldo Alckmin a rever sua fidelidade intocável ao Palácio dos Bandeirantes. E afrouxar a resistência contrária à Comissão Parlamentar de Inquérito que a bancada do PT tenta viabilizar na Assembleia Legislativa, para apurar a formação de cartel e denúncias de corrupção e pagamentos de propina nos contratos e licitações do Metrô e da CPTM.
Considerado de trânsito quase impossível até recentemente, o requerimento já conta com 29 das 32 assinaturas necessárias. PMDB e PSD, com cinco deputados cada um, são partidos dos quais a oposição espera conseguir os três votos que faltam.
Os deputados Jooji Hato (PMDB) e Osvaldo Vergínio (PSD), por exemplo, já sinalizam que se depender deles a comissão será instalada. “Eu assinaria essa CPI”, diz Hato. “Fiz e aceitei várias CPIs na Câmara Municipal de São Paulo, onde fui vereador por 28 anos. Todas as investigações são importantes”, justifica. “Tudo o que é irregular tem de ter CPI, concordo plenamente”, admite Vergínio.
Os dois parlamentares têm respostas semelhantes também sobre o porquê de ainda não terem aderido à instalação. “Sou de um partido, o PMDB. O mandato pertence ao partido. Tenho um líder, o deputado Itamar Borges. Já conversamos sobre isso. Não se decidiu. Se o partido decidir, eu votaria, sim, pela investigação”, explica Hato. “Tenho de esperar minha bancada. O que ela decidir, eu vou junto”, diz Vergínio. “A assinatura na CPI depende da minha líder, a Rita Passos.”
Para Hato, a demora na instalação da comissão pode fazê-la perder seu objetivo. “Se fosse antes, podia ter um papel mais importante. Não digo que é desnecessária, mas as investigações dos órgãos competentes, Ministério Público e Justiça, estão bem avançadas. Já estão indiciando vereador, secretários.”
A reportagem procurou os líderes do PMDB, Itamar Borges, e do PSD, Rita Passos, mas não obteve retorno.
Para Jooji Hato, nem a resistência, nem a adesão a uma investigação prejudicariam a campanha de Paulo Skaf ao governo de São Paulo pelo PMDB, caso a candidatura seja oficializada. “Nós do PMDB não temos nada a ver com essa falcatrua, então não vai prejudicar”, acredita.
O líder do PT na Assembleia, o petista Luiz Cláudio Marcolino, acredita que a pressão política será decisiva para as assinaturas chegarem a 32. “Cada dia que passa, com indiciamento de pessoas ligadas diretamente à cúpula do PSDB e agentes públicos sendo questionados pelo Ministério Público, vai ficando muito difícil os deputados da base do governador não assinarem a CPI”, diz.
Dissidência
O PMDB já tem um voto na lista de assinaturas, o da deputada Vanessa Damo. Mas a dissidência da peemedebista tem uma justificativa: no segundo semestre de 2013, após obter a aprovação de sua proposta de CPI para apurar irregularidades nos serviços de fornecimento de energia prestados pela AES Eletropaulo, ela não conseguiu efetivar a comissão após 13 tentativas. Sua assinatura na CPI do metrô foi uma resposta. “Fiz o que achei certo. Existe a prerrogativa de apurar os fatos e a CPI é importante”, justificou.
Dos 94 parlamentares da Assembleia paulista, apenas 25 são, em tese, de oposição: 22 do PT, dois do PCdoB e um do PSOL Eventualmente o apoio sobe a 26, já que Major Olímpio (PDT), costuma divergir de projetos do Palácio dos Bandeirantes. Olímpio, seu colega de bancada Rafael Silva, Milton Leite Filho (DEM), além de Vanessa, são os quatro votos que têm somado aos 25 da oposição no pedido de CPI do Metrô.
Créditos: Rede Brasil Atual
Datafolha aponta vitória de Dilma no 1º turno com 47% dos votos
Pesquisa Datafolha divulgada ontem (22) pelo jornal Folha de S.Paulo mostra que a presidenta Dilma Rousseff venceria as eleições presidenciais caso o pleito fosse realizado hoje. Ela venceria no primeiro turno com 47% das intenções de voto contra 17% de Aécio Neves, pré-candidato do PSDB, e 12% de Eduardo Campos, do PSB. Quando a ex-ministra Marina Silva (PSB) entra no lugar de Campos, angaria 23%. Nesse caso, Dilma venceria com 43% contra 15% de Aécio.
A pesquisa mostra que Dilma mantém sua popularidade e a aprovação do seu governo continua em 41%, índice já apontado pela última pesquisa, realizada em novembro. A gestão é considerada ruim ou péssima por 21%. Para 37% a gestão é regular. Foram entrevistas 2.614 pessoas em 161 cidades entre quarta e quinta-feiras (19 e 20).
Créditos: Rede Brasil Atual
Apesar da seca, perímetro irrigado no Sertão produz 400 mil cocos por mês e emprega 11 mil
No alto sertão da Paraíba, no município de Sousa, a água de coco é destaque nacional como uma das melhores do Brasil. Parte do cultivo é feito em Várzea de Sousa. O perímetro tem área irrigável de 4.391 hectares, com produção média de 400 mil cocos por mês. A atividade gera cerca de onze mil empregos diretos e indiretos, com distribuição local e para Brasília, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo.
Mesmo no período de estiagem, a produção de coco em Várzea de Sousa ocorre normalmente em virtude do uso do sistema de irrigação localizada, que diminui o consumo de água. O solo fértil e o sol mais forte do sertão também contribuem para a qualidade do fruto e deixam a água mais doce.
O agricultor José Carlos Casimiro, que sempre trabalhou com plantio para manter a renda familiar e produz em Várzea há mais de 14 anos, diz que a irrigação localizada diminuiu o desperdício de água e melhorou a produção. “Estou plantando e colhendo normalmente nos meus cinco hectares. Com a irrigação localizada, eu só consumo a água necessária, sem desperdício. Com isso, de 35 a 40 dias eu posso dar um corte no coco”, conta Casimiro.
O perímetro, situado entre os municípios de Sousa e Aparecida, é fruto da parceria do Ministério da Integração Nacional, por meio da Secretaria Nacional de Irrigação (Senir), com o Estado da Paraíba.
Para o secretário nacional de Irrigação, Miguel Ivan, o apoio aos pequenos agricultores e modernização das técnicas de irrigação trazem resultados satisfatórios. “Sabemos que esse período de estiagem é difícil produzir no sertão, mas com as novas tecnologias de irrigação é possível o cultivo. É importante manter a renda e a produção dessas famílias”, conclui o secretário.
Créditos: Portal Correio
Mesmo no período de estiagem, a produção de coco em Várzea de Sousa ocorre normalmente em virtude do uso do sistema de irrigação localizada, que diminui o consumo de água. O solo fértil e o sol mais forte do sertão também contribuem para a qualidade do fruto e deixam a água mais doce.
O agricultor José Carlos Casimiro, que sempre trabalhou com plantio para manter a renda familiar e produz em Várzea há mais de 14 anos, diz que a irrigação localizada diminuiu o desperdício de água e melhorou a produção. “Estou plantando e colhendo normalmente nos meus cinco hectares. Com a irrigação localizada, eu só consumo a água necessária, sem desperdício. Com isso, de 35 a 40 dias eu posso dar um corte no coco”, conta Casimiro.
O perímetro, situado entre os municípios de Sousa e Aparecida, é fruto da parceria do Ministério da Integração Nacional, por meio da Secretaria Nacional de Irrigação (Senir), com o Estado da Paraíba.
Para o secretário nacional de Irrigação, Miguel Ivan, o apoio aos pequenos agricultores e modernização das técnicas de irrigação trazem resultados satisfatórios. “Sabemos que esse período de estiagem é difícil produzir no sertão, mas com as novas tecnologias de irrigação é possível o cultivo. É importante manter a renda e a produção dessas famílias”, conclui o secretário.
Créditos: Portal Correio
ONU aprova resolução para ajuda humanitária à Síria
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) adotou hoje, por unanimidade, resolução não vinculativa solicitando o levantamento do cerco de várias cidades sírias e facilidades de circulação para grupos de ajuda humanitária no país.
Depois de ter ameaçado com um veto, a Rússia acabou subscrevendo texto apresentado pela Austrália, por Luxemburgo e pela Jordânia, e apoiado pelo Reino Unido, pelos Estados Unidos e pela França. No entanto, alguns diplomatas duvidam da eficácia da Resolução 2.139, sem que haja sanções automáticas para forçar o regime sírio a deixar passar os veículos de ajuda humanitária.
Desde o início da crise na Síria, em março de 2011, a Rússia bloqueou por três vezes a aprovação de uma resolução destinada a pressionar o regime de Bashar al Assad e contou com o apoio da China, que se associou à posição russa.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas já tinha adotado, em outubro do ano passado, declaração na qual reclamava melhor acesso à ajuda humanitária na Síria, mas esta acabou por não ter qualquer efeito.
Créditos: Agência Brasil
Depois de ter ameaçado com um veto, a Rússia acabou subscrevendo texto apresentado pela Austrália, por Luxemburgo e pela Jordânia, e apoiado pelo Reino Unido, pelos Estados Unidos e pela França. No entanto, alguns diplomatas duvidam da eficácia da Resolução 2.139, sem que haja sanções automáticas para forçar o regime sírio a deixar passar os veículos de ajuda humanitária.
Desde o início da crise na Síria, em março de 2011, a Rússia bloqueou por três vezes a aprovação de uma resolução destinada a pressionar o regime de Bashar al Assad e contou com o apoio da China, que se associou à posição russa.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas já tinha adotado, em outubro do ano passado, declaração na qual reclamava melhor acesso à ajuda humanitária na Síria, mas esta acabou por não ter qualquer efeito.
Créditos: Agência Brasil
Ucrânia: Parlamento destitui presidente e marca eleições para maio
O Parlamento ucraniano decidiu ontem (22) destituir o presidente do país Viktor Ianukóvitch e marcar eleições para o dia 25 de maio. A justificativa para a destituição foi a de que Ianukóvitch "abandonou suas funções constitucionais".
Pouco antes do anúncio de sua destituição, o presidente tinha dito, em rede nacional de televisão, que não abandonaria o cargo e que o governo estava sendo vítima de um golpe de Estado. Antes de tomar essa decisão, o Parlamento votou pela libertação da ex-primeira ministra Iulia Timoshenko, uma das principais figuras da oposição.
Na sexta-feira (21) o presidente Viktor Ianukóvitch e a oposição assinaram um acordo para pôr fim à crise que durava três meses e se agravou nos últimos dias. O acordo previa a antecipação das eleições presidenciais, a formação de um governo de coligação e uma reforma constitucional. Pouco depois da assinatura do acordo, o Parlamento aprovou, por ampla maioria, a reposição da Constituição de 2004, que limita os poderes do presidente – uma das principais exigências da oposição.
Pouco antes do anúncio de sua destituição, o presidente tinha dito, em rede nacional de televisão, que não abandonaria o cargo e que o governo estava sendo vítima de um golpe de Estado. Antes de tomar essa decisão, o Parlamento votou pela libertação da ex-primeira ministra Iulia Timoshenko, uma das principais figuras da oposição.
Na sexta-feira (21) o presidente Viktor Ianukóvitch e a oposição assinaram um acordo para pôr fim à crise que durava três meses e se agravou nos últimos dias. O acordo previa a antecipação das eleições presidenciais, a formação de um governo de coligação e uma reforma constitucional. Pouco depois da assinatura do acordo, o Parlamento aprovou, por ampla maioria, a reposição da Constituição de 2004, que limita os poderes do presidente – uma das principais exigências da oposição.
A crise política na Ucrânia teve início depois de Ianukóvitch suspender os preparativos para um acordo de associação com a União Europeia e agravou-se no fim de janeiro, quando se registaram as primeiras mortes, depois da aprovação de leis limitando a liberdade de manifestação.
*Com informações da Telam e da Agência Lusa
Créditos: Agencia Brasil
sábado, 22 de fevereiro de 2014
"Biópsia líquida" identifica câncer no sangue
Dois estudos publicados nos Estados Unidos comprovam a eficácia de uma técnica que, num futuro próximo, poderá permitir o monitoramento do câncer por meio de exames de sangue e, talvez, num futuro um pouco mais distante, a detecção superprecoce de tumores pequenos demais para serem percebidos pelos métodos de diagnóstico convencionais.
Apelidada de ""biópsia líquida"", a estratégia é baseada na análise de pedaços de DNA que vazam dos tumores para a corrente sanguínea, chamados de DNA tumoral circulante (ou ctDNA, na sigla em inglês). Eles funcionam como impressões digitais da doença, que os cientistas podem "ler" para extrair informações genéticas essenciais para a caracterização do tumor e a seleção do melhor tratamento.
A ideia não é nova; já vem sendo testada há alguns anos por vários laboratórios ao redor do mundo. O que os novos trabalhos trazem é uma "prova de conceito" contundente do seu potencial para aplicações práticas na medicina. A principal vantagem seria a possibilidade de monitorar continuamente a doença por meio de um método relativamente simples, rápido e não invasivo - muito mais prático do que a realização de biópsias "sólidas" de tumores (que muitas vezes estão em locais de difícil acesso no corpo) e muito mais informativo do que o monitoramento de outros marcadores moleculares - como o PSA, relacionado ao câncer de próstata.
""É uma estratégia que, provavelmente, vai ter uma utilidade clínica muito grande"", prevê a pesquisadora Suely Marie, do Departamento de Neurologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Ela e a colega Sueli Shinjo são coautoras em um dos trabalhos, que testou o uso do ctDNA na detecção e caracterização de tumores de 640 pacientes com vários tipos de câncer. A eficácia da técnica variou entre 50% e 75%, dependendo do tipo de tumor e do estágio da doença. A eficiência mais alta foi na detecção de tumores avançados do pâncreas, ovários, intestino, bexiga, esôfago, mama e pele. A mais baixa foi para tumores primários nos rins, próstata, tireoide e no cérebro - órgão no qual o trabalho das pesquisadoras brasileiras está mais focado.
Foto: interne.com.br
Créditos: Primeira Edição
Assinar:
Postagens (Atom)