segunda-feira, 17 de março de 2014

Controle do sarampo é reforçado no Nordeste

Portaria do Ministério da Saúde publicada hoje (17) no Diário Oficial da União autoriza repasse financeiro contingencial para 67 municípios nordestinos considerados de maior risco para a disseminação do sarampo. Os municípios que receberão a verba extra ficam nos estados de Alagoas, da Bahia, do Maranhão, do Piauí, da Paraíba, do Rio Grande do Norte e de Sergipe.
Serão disponibilizados R$ 3,7 milhões com o objetivo de intensificar as ações de controle da doença. De acordo com a portaria, o Fundo Nacional de Saúde vai adotar as medidas necessárias para a transferência automática dos valores para os fundos municipais de saúde, em parcela única.
Na semana passada, o governo federal liberou R$ 100 mil para intensificar as ações de controle da doença no Recife (PE). Pernambuco e Ceará enfrentam surto da doença.
Em 2013, o Ministério da Saúde registrou 190 casos confirmados de sarampo, sendo 180 em Pernambuco e um no Ceará. Já em 2014, até o dia 13 de fevereiro, 61 casos foram registrados no Ceará e quatro, em Pernambuco. Foto: EBC
Créditos: Agencia Brasil

Prestação de imóvel pode sair mais barato do que aluguel

João PessoaCom o aumento da renda da população e a queda nos juros, comprar um imóvel pode sair mais barato do que pagar um aluguel. Na Paraíba, o setor imobiliário continua em ascensão, impulsionado pelo programa do Governo Federal Minha Casa, Minha Vida, que desburocratizou o processo de compra do imóvel. Até autônomos podem comprar pelo programa, que oferece abatimento de até R$ 17.900 no imóvel.

De acordo com a gerente comercial de vendas da Teixeira de Carvalho, Fabiana Lemos, a primeira grande vantagem são os subsídios, principalmente o de taxa de juros, que é menor para o cliente com renda familiar até R$ 5 mil, que deseja comprar um imóvel de até R$ 170 mil. “Quem está nesse perfil, está apto a participar do Minha Casa, Minha Vida automaticamente. Com isso, o cliente vai ter um desconto de praticamente metade do valor de juros e também vai receber subsídios no valor do imóvel, que vai de R$ 2.113 ate R$ 17.980. Além disso, o comprador ainda tem direito a descontos na taxa de cartório e no Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI)”, explicou.
Podem se candidatar a uma casa famílias de três faixas de renda: até R$ 1.600; de R$ 1.601 a R$ 3.275; e de R$ 3.276 a R$ 5.000. A faixa 1 recebe o maior subsídio do governo e pode chegar até 95% do valor de imóveis. O preço máximo da casa tem ser de até R$ 76 mil. É a chamada habitação de interesse social. Essa parte da população não teria acesso à casa própria sem o auxílio governamental. Foto: Reprodução/Secom--JP
Créditos; Portal Cooreio

Ucrânia: 96,6% votaram a favor da reunificação da Crimeia com a Rússia

Crimeia, referendoUm total de 96,6% dos eleitores da Crimeia votou a favor da reunificação com a Rússia no referendo desse domingo (16), informou hoje (17) o presidente da Comissão Eleitoral da Crimeia, Mikhailo Malychev. "Esses dados já não variam", disse Mikhailo Malychev, que estimou em 82,71% a participação na consulta feita na península banhada pelo Mar Negro. "Resultados definitivos do referendo em 96,6 a favor!”, escreveu, por sua vez, o primeiro-ministro pró-Rússia da Crimeia, Serguii Axionov, em sua conta no Twitter. Em sessão extraordinária, o Parlamento da Crimeia vai aprovar hoje os resultados do referendo e, em seguida, pedir ao presidente russo, Vladimir Putin, que aceite a República Ucraniana na Federação Russa.
O referendo, que incluiu duas perguntas - “Aprova a reunificação da Crimeia com a Rússia como membro da Federação Russa?” e “Aprova a restauração da Constituição da Crimeia de 1992 e o Estatuto da Crimeia como parte da Ucrânia?” - é considerado ilegal pelas novas autoridades de Kiev e pela maioria da comunidade internacional. Só Moscou defende que se trata de uma consulta “legítima”.

As autoridades autônomas da Crimeia convocaram o referendo de domingo na sequência da deposição do presidente ucraniano pró-Rússia, Viktor Ianukóvitch, em fevereiro, após três meses de violentos protestos em Kiev, liderados pelas forças da oposição. Depois da queda de Ianukóvitch, forças apoiadas pela Rússia assumiram o controle da península do Sul da Ucrânia, transformada no foco do mais grave conflito entre Leste e Ocidente desde o fim da Guerra Fria.

Seis décadas após a decisão unilateral do então dirigente soviético Nikita Khrushchev, de anexar essa região tradicionalmente russa à Ucrânia, as respostas às duas questões colocadas aos eleitores da Crimeia no referendo poderão definir por muito tempo as relações entre a Rússia e o Ocidente. Em um território habitado majoritariamente por 58,32% de russos, 24,32% de ucranianos (ambos de religião ortodoxa) e 12,1% de tártaros da Crimeia (muçulmanos), previa-se que o desfecho da consulta não fosse surpreendente, depois de uma sondagem recente ter previsto um “sim” esmagador à união com a Rússia.
*Com informações da Agência Lusa. Foto: RIA Novosti
Créditos: Agencia Brasil

Prejuízo com as cheias em Rondônia deve passar de R$ 1 bilhão

Rio MadeiraO estado de Rondônia calcula prejuízos público e privado da ordem de R$ 1 bilhão por causa da cheia do Rio Madeira. No final de fevereiro, a Prefeitura de Porto Velho (RO) decretou estado de calamidade pública no município e, durante reuniões em Brasília, o governador Confúcio Moura reforçou pedido para que o Ministério da Integração Nacional também reconheça estado de calamidade na capital rondoniense.
Com esse reconhecimento, é possível agilizar o pedido e liberação de recursos da União para reconstrução e assistência às vítimas.

Segundo Confúcio, o governo federal já liberou cerca de R$ 7 milhões para socorro imediato às vítimas das cheias. “Para os investimentos estruturantes, precisamos esperara a água baixar pra ver o que fica. Ninguém sabe como vamos encontrar as rodovias e pontes que estão submersas”.
O governador explicou que os três municípios mais afetados - Porto Velho, Guajará-Mirim e Nova Mamoré - já estão fazendo uma mesa de reconstrução para elaborar propostas e submeter aos ministérios tão logo o nível do rio baixe.
Segundo Confúcio, os projetos a serem desenvolvidos no estado dependem de uma engenharia especializada, pois além das estradas e pontes, existe a necessidade de construir protetores das encostas do rio, em Porto Velho. “É uma obra de engenharia fantástica, como já foi feito na Estação das Docas de Belém (PA), em Ponta Negra em Manaus (MA), no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro (RJ), assim como no mundo todo tem sido feita essa proteção. E vamos pedir apoio para o projeto de empresas que podem fazer esse cálculo de profundidade de água, que além do embelezamento das marginais, também traz segurança no caso de uma nova enchente”.
O governador conta ainda que, em audiência com a presidenta Dilma, ele prometeu a construção de um novo porto - maior e mais seguro, em Porto Velho. Com a cheia do Rio Madeira, o porto local ficou paralisado por quatro dias, impactando o escoamento da produção de grãos do estado.
Também foram discutidos a prorrogação de dívidas e o modelo de reconstrução da agricultura familiar, com proposta de criação de peixes em tanques-rede nos próprios rios e lagos da região, e a prorrogação do pagamento do seguro defeso para os pescadores artesanais das regiões afetadas. “É um seguro pago pelo Ministério do Trabalho no período de piracema, mas agora também está impossível pescar com o volume do rio e a falta de moradia e equipamento de pesca”, explicou Confúcio.
O Rio Madeira alcançou a marca de 19,09 metros de altura em relação ao leito. Segundo o governo, com informações do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), com as fortes chuvas que ainda caem na Bolívia e no Peru, o nível do rio Madeira deve chegar aos 19,30 metros até o dia 20 de março. Após isso, a tendência é a estabilização, pois as chuvas serão mais esparsas. A cota de alerta do Rio Madeira é 14 metros.
Créditos: Agencia Brasil

domingo, 16 de março de 2014

Líder radical ucraniano ameaça destruir gasoduto para a Europa

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Dmitri Yarosh, líder do movimento radical ucraniano Setor de Direita, declarou que em caso de conflito com a Rússia seu movimento privaria a Rússia da possibilidade de vender petróleo e gás, destruindo as respectivas infraestruturas. 
Segundo as autoridades da Crimeia, já foram fixados incidentes em torno do sistema de transporte de gás. Um grupo de indivíduos disfarçados de guarda-fronteiras da Ucrânia, tentou danificar um gasoduto na Crimeia, mas as forças de autodefesa da Crimeia abortaram o ato de sabotagem. 
Foto: EPA 
Créditos: Voz da Russia

Teste detecta a insuficiência renal, em um minuto, por meio da saliva

Novo teste permite a detecção da insuficiência renal aguda, em um minuto, com algumas gotas de saliva. A proposta é utilizá-lo em regiões onde é difícil o acesso a laboratórios. A insuficiência renal aguda é a perda da capacidade dos rins de realizar suas funções. Precisa ser revertida rapidamente antes que se torne crônica, o que poderá levar o paciente a necessitar de diálise e transplante renal. O teste é simples: basta que o paciente cuspa em um tubo. Ali é colocada uma fita com reagentes que, em contato com a saliva, muda de cor e indica o nível de ureia. A faixa de concentração da substância é medida de acordo com uma tabela de cores. O teste foi desenvolvido por duas instituições americanas e testado no Brasil por pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. foto: pt.hdscreen.me
Créditos: MontesClaros.com

O Brasil da mídia e o país real

protestos.jpgHoje, quando abrimos jornais, ouvimos o rádio e vemos as TVs comerciais, o retrato é de um país à beira do abismo, tudo vai mal. Situação de quase pleno emprego, milhões de pessoas retiradas da miséria pelo Bolsa Família, pacientes atendidos em cidades que nunca haviam visto um médico antes são apenas alguns exemplos do Brasil ignorado pelo jornalismo “independente”.
Em março de 1964, o quadro era semelhante, embora houvesse um fantasma a mais, além do descalabro administrativo: o “perigo vermelho” representado pelo comunismo. Para a mídia, ele estava às nossas portas.
A televisão e demais meios de comunicação se prestavam a esse serviço de doutrinação diária azeitados por fartos recursos vindos de grandes grupos empresariais canalizados por meio do Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (Ipes) e do Instituto Brasileiro de Ação Democrática (Ibad), em estreita colaboração com a agência de inteligência dos Estados Unidos, a CIA.
O principal mensageiro televisivo dos alertas sobre a “manipulação comunista” do governo Goulart era o jornalista Carlos Lacerda. Apesar de afinados ideologicamente com os golpistas, os veículos de comunicação não faziam isso de graça.
Segundo o economista Glycon de Paiva, um dos diretores do Ipes, de 1962 a 1964 foram gastos nesse trabalho de desinformação US$ 300 mil a cada ano, em valores não corrigidos. Os dados estão no livro O Governo João Goulart, As Lutas Sociais no Brasil 1961-1964, do historiador Moniz Bandeira.
“O Ipes conseguiu estabelecer um sincronizado assalto à opinião pública, através do seu relacionamento especial com os mais importantes jornais, rádios e televisões nacionais, como: os Diários Associados (poderosa rede de jornais, rádio e TV de Assis Chateaubriand, por intermédio de Edmundo Monteiro, seu diretor-geral e líder do Ipes), a Folha de S.Paulo (do grupo de Octavio Frias, associado do Ipes), o Estado de S. Paulo e o Jornal da Tarde (do Grupo Mesquita, ligado ao Ipes, que também possuía a prestigiosa Rádio Eldorado de São Paulo)”, relata René Armand Dreifuss, no clássico 1964: A Conquista do Estado.
Foi um período longo de preparação do golpe, e quando ele se concretizou a mídia ficou exultante. O Globoestampou manchetes do tipo “Ressurge a democracia”, “Fugiu Goulart e a democracia está sendo restabelecida”. Sob o título “Bravos Militares”, o jornal da família Marinho, no dia 2 de abril de 1964, dizia que não se tratava de um movimento partidário: “Dele participaram todos os setores conscientes da vida política brasileira”. O Estadão seguia na mesma toada, enfatizando “o aprofundamento do divórcio entre o governo da República e a opinião pública nacional”.
Foram necessários 50 anos para termos a confirmação que o tal divórcio não existia. Pesquisa do Ibope, feita à época, e só agora revelada graças ao trabalho do historiador Luiz Antonio Dias, da PUC de São Paulo, mostra que 72% da população brasileira apoiava o governo. Entre os mais pobres, o ­índice ia para 86%.
E se Jango pudesse se candidatar nas eleições seguintes, previstas para 1965, tinha tudo para ser eleito. Pesquisa de março de 1964 dava a ele a maioria das intenções de voto em quase todas as capitais brasileiras. Em São Paulo, a aprovação do seu governo (68%) era superior à do governador Adhemar de Barros (59%) e à do então prefeito da capital, Prestes Maia (38%).
Dados que a mídia nunca mostrou. Para ela, interessava apenas construir um imaginário capaz de impulsionar o golpe final contra as instituições ­democráticas. por Lalo Leal
Créditos Rede Brasil Atual