quinta-feira, 20 de março de 2014

Aumenta número de vítimas dos distúrbios ucranianos

ucRânia, mortes
“Segundo dados operatórios, desde 30 de novembro de 2013, na sequência dos distúrbios na Ucrânia morreram 103 pessoas,” diz o relatório do Ministério da Saúde ucraniano. Anteriormente, havia relatórios de 102 mortos e 1.419 feridos. 

O número de pessoas feridas durante os distúrbios em Kiev que continuam em hospitais da cidade, diminuiu para 128. Na Ucrânia, em 22 de fevereiro, houve uma mudança de poder. A Suprema Rada (parlamento) afastou do poder o presidente Viktor Yanukovich, mudou a constituição e marcou eleições para 25 de maio. Foto: Voz da Russia.
Créditos:Voz da Russia

quarta-feira, 19 de março de 2014

Alstom subornou governo em R$ 32 milhões

A Alstom pagou propina de R$ 31,9 milhões, em valores atualizados, para garantir contrato em 1998 com estatais paulistas do setor de energia. A denúncia foi feita por um ex-executivo do grupo francês, em colaboração com o Ministério Público de São Paulo.
A propina paga na gestão tucana de Mario Covas equivale a 12,1% do valor do contrato, de R$ 263 milhões. Até então, investigações tinham apenas documentos do exterior como provas. Testemunha afirma ainda que o preço das subestações de energia vendidas à Eletropaulo e à EPTE (Empresa Paulista de Transmissão de Energia) também foi superfaturado em R$ 16,2 milhões, disse a testemunha.
Na época, a pasta era comandada por Andrea Matarazzo. Ex-secretário de Covas, ex-ministro de Comunicação Social do governo Fernando Henrique Cardoso e ex-secretário de Cultura das gestões de Alberto Goldman e de Geraldo Alckmin, Matarazzo foi indiciado por corrupção passiva, após investigação da Polícia Federal, mas o tucano afirma que não conhece os lobistas, empresários e executivos que protagonizaram o escândalo que envolve pagamento de propina para favorecimento em licitações do metrô de São Paulo.
Em 1998, Matarazzo foi um dos arrecadadores da campanha presidencial de FHC e também apontado como um dos responsáveis pelo caixa dois do partido naquela disputa. Para saber mais, leia Propina da Alstom ajudou a bancar reeleição de FHCLeia aqui a matéria da Folha de S. Paulo sobre o assunto.
Créditos: Portal Brasil 247

Salários nas micro e pequenas empresas sobem 45%

A remuneração dos empregados formais das micro e pequenas empresas (MPE) da Paraíba subiu de R$ 640 para R$ 929, entre 2002 e 2012. Em dez anos, houve um aumento de 45% no valor dos salários, ou seja, um crescimento real de 3,8% ao ano. Os empregados alocados nas médias e grandes empresas do Estado tiveram um crescimento real de remuneração de 3,6% ao ano. Esses dados fazem parte de um estudo feito pelo Sebrae, em parceria com Dieese, divulgado ontem (18), o 6o Anuário do Trabalho nas Micro e Pequenas Empresas.
As micro e pequenas empresas paraibanas foram ainda responsáveis pela criação de 83 mil novos empregos com carteira assinado, durante a década analisada. O total de empregos nessas empresas cresceu de 88,4 mil postos de trabalho em 2002 para 171,4 mil em 2012. O número quase dobrou, apresentando um crescimento de 94%.
O bom desempenho das MPE no período analisado confirma a sua importância para a economia do Estado. Em 2012, os pequenos negócios foram responsáveis por 99,2% dos estabelecimentos, 56,6% dos empregos privados não agrícolas formais no Estado e por 48,9% da massa de salários.
No período 2002/2012, as MPE da Paraíba suplantaram a barreira dos 67 mil estabelecimentos. Nessa década, o crescimento médio do número de MPE foi de 3,4% ao ano. Em 2002, havia 48,6 mil estabelecimentos, enquanto 2012 contava com um total de 67,9 mil empresas de pequeno porte em atividade. Portanto, houve a criação de aproximadamente 19,3 mil novas micro e pequenas empresas no Estado.
Comércio, serviço e indústria
Em relação aos setores de atividade, o comércio manteve-se como a atividade com maior número de MPE, ao responder por mais da metade do total das MPE paraibanas. No entanto, a participação relativa do comércio caiu de 63,9% em 2002 para 59,5% do total das MPE em 2012. Nesse ano havia 40,4 mil MPE no comércio.
Por sua vez, o setor de Serviços não apenas se manteve como o segundo setor mais expressivo em número de MPE, como teve sua participação elevada de 20,6% do total de MPE em 2002 para 23,7% do total de MPE em 2012. Nesse último ano, havia 16 mil MPE no setor de serviços.
A indústria apresentou ligeira queda na sua participação relativa, saindo de 9,6% do total das MPE em 2002 para 9,3% em 2012. A indústria possuía 6,3 mil MPE em 2012. No sentido inverso, o setor da construção apresentou ligeiro crescimento, tendo sua participação relativa subindo de 6,0% do total de MPE em 2002 para 7,6% do total de MPE em 2012. O setor da construção tinha 5,1 mil estabelecimentos de MPE em 2012.
A queda das participações relativas do comércio e da indústria se deve ao fato do ritmo de expansão das MPE nesses setores ter sido inferior à média das MPE. Os setores comércio e indústria apresentaram taxas de crescimento anuais, respectivas, de 2,7 % a.a. e 3,1% a.a., contra 3,4% a.a. da média do estado. Já o crescimento das participações relativas do setor de serviços e da construção está associado ao ritmo mais acelerado de criação de novas empresas nesses setores, com taxas de crescimento anual de 4,9% a.a. e 5,8% a.a., respectivamente.Foto: internet Agência Sebrae de Notícias da Paraíba.
Créditos: Paraíba Total

Celulares piratas estão com os dias contados


Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) começou, ontem (18), a passar um pente-fino na rede de telecomunicação para identificar os modelos de celulares piratas que existem no Brasil. A partir do levantamento, a Anatel pretende implementar um série de medidaspara que os aparelhos sem homologação não funcionem com os chips das operadoras brasileiras. Contudo, não há um prazo para o início do bloqueio de celulares não homologados e a ação não deve atingir a Copa do Mundo de 2014. De acordo com a Anatel, a primeira etapa do levantamento dos aparelhos celulares no país está sendo realizado pelo Sistema Integrado de Gestão de Aparelhos (Siga) em fase experimental. O bloqueio dependerá do anúncio de medidas futuras para garantir o acesso às redes somente de aparelhos regulares.

Popularmente, esses equipamentos irregulares são conhecidos como celulares piratas ou xing-ling (uma vez que a maioria é produzida na China a baixos custos de produção). Os aparelhos podem possuir marcas próprias ou copiar nome e visual de outras fabricantes. Segundo a agência, o objetivo da ação é retirar gradualmente do mercado equipamentos de baixa qualidade que entram no país por meio de contrabando.  As medidas também podem abranger outros equipamentos como tablets que utilizam o sinal de rede móvel (3G ou 4G) e que não foram devidamente cadastrados no país.

Mesmo que o aparelho tenha capacidade técnica de funcionamento, todo equipamento que emita sinais de radiofrequência precisa ser certificado pela Anatel para funcionar no Brasil. A partir daí, ganham um número de homologação e o celular é identificado com um símbolo da Anatel. A Anatel analisa critérios técnicos e de segurança para evitar interferência entre diferentes dispositivos ou riscos de dano à saúde do usuário. Na primeira fase do Siga, a agência pretende identificar quais celulares em operação estão regulares e quais não estão. Posteriormente, a agência poderá impedir novas habilitações em celulares piratas. Em tese, quem tiver um aparelho não homologado e já ativado poderá continuar a usá-lo até o momento em que for necessário substituí-lo. Mesmo assim, em nota de esclarecimento sobre o tema, a Anatel recomenda que os consumidores "não comprem aparelhos de telefone, fixos ou celulares, sem o selo da Agência". É possível consultar se um produto é homologado pela Anatel. Para isso, acesse o site da agência e detalhe as informações no filtro da pesquisa.

O IMEI (International Mobile Equipment Identity / Identificação Internacional de Equipamento Móvel) é como se fosse a identidade do aparelho para a rede. Uma vez o aparelho roubado, por exemplo, o dono pode informar o número do IMEI (presente na caixa do produto e nó próprio aparelho) para a operadora, inutilizando o aparelho para habilitações do sinal. Se o aparelho não for homologado, o número individual e internacional de identificação do equipamento, conhecido como IMEI, não estará no banco de dados de aparelhos regulares das operadoras brasileiras. Atualmente, qualquer celular com um número de IMEI é ativado automaticamente, bastando apenas ao consumidor comprar um chip e cadastrar o seu número de CPF e endereço.

Uma dica sempre válida é anotar o número do IMEI e guardá-lo em lugar de fácil acesso como, por exemplo, em seu e-mail. Para encontrá-lo na maioria dos aparelhos, basta digitar *#06#. O aparelho deve mostar uma sequência de 17 números. Caso não apareça nada, olhe atrás do aparelho.Foto: EBC
Créditos: EBC

Dilma admite falha da Petrobras em compra de refinaria nos EUA

A presidente Dilma Rousseff admitiu que recebeu informações incompletas e parecer técnico falho quando apoiou a compra de 50% da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, pela Petrobras, segundo informa o jornal O Estado de S. Paulo. Na época, em 2006, Dilma era ministra da Casa Civil e controladora do conselho de administração da petrolífera.
Conforme a publicação, a presidente afirmou que o material que ela analisou em 2006 não continha a cláusula que obrigava a Petrobras a ficar com toda a refinaria em caso de desacordo com a sócia belga Astra Oil, nem mesmo a informação de que a parceira deveria receber lucro de 6,9% ao ano, mesmo com o mercado adverso. A Astra havia comprado a planta um ano antes da negociação por US$ 42,5 milhões - valor 8,5 vezes superior ao pago pela Petrobras por metade. 
A compra da refinaria de Pasadena está sendo investigada pelo Tribunal de Contas da União, que apura se a Petrobras sofreu prejuízo na negociação que resultou na compra da refinaria. Em 2006, a Petrobras comprou 50% da refinaria, por US$ 360 milhões. Mas, em seguida, entrou em uma batalha judicial com o parceiro no projeto, a Astra, que possuía os 50% restantes. No fim de junho de 2012, a estatal encerrou o litígio com a Astra, após quase seis anos de disputas, aceitando pagar mais US$ 820 milhões para ficar com os 50% da sua sócia no negócio.
A Petrobras desembolsou quase US$ 1,2 bilhão pela refinaria, que possui capacidade de produção de 100 mil barris/ dia. A estatal estava disposta a se desfazer da unidades, mas decidiu manter as operações em maio do ano passado, para capturar margens de lucro com uma melhora do mercado, segundo a presidente da estatal, Maria das Graças Foster. Ela explicou que as margens de refino de Pasadena voltaram agora ao patamar de US$ 9 por barril registrado quando a empresa comprou a refinaria. Foto Wilson Dias/Agência Brasil
Créditos: Portal Terra

Casos de dengue no Brasil caem 80% no primeiro bimestre

DengueOs casos de dengue registrados no Brasil no primeiro bimestre deste ano caíram 80% em relação ao mesmo período do ano passado: foram 87.136 casos em janeiro e fevereiro de 2014, contra 427 mil nos dois primeiros meses de 2013, segundo o Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (Liraa), divulgado ontem (18) pelo Ministério da Saúde.
De acordo com o órgão, também houve queda das ocorrências graves da doença (84%) e mortes (95%). Participaram do levantamento deste ano 1.459 municípios – 48% a mais do que em 2013. Todas as regiões do país reduziram o número de casos de dengue no primeiro bimestre deste ano. A região Sudeste obteve a maior queda, passando de 323,5 mil casos para 36,9 mil. Em segundo lugar vem o Centro-Oeste, que reduziu de 122,8 mil para 28,2 mil. O Nordeste registrou queda de 29,6 mil para 7,9 mil; o Norte, de 22,3 mil para 6,9 mil, e o Sul, de 20,3 mil para 6,9 mil casos.
“Os resultados não nos permitem comemoração. Estamos no meio da temporada, apenas finalizando o verão”, disse o ministro da Saúde, Arthur Chioro, à Agência Brasil. A estimativa é que 90% dos casos de dengue no país ocorram entre janeiro e maio.
Segundo o levantamento, dez estados brasileiros concentram 86% dos casos de dengue: Goiás (22.850), São Paulo (16.147), Minas Gerais (14.089), Paraná (6.851), Espírito Santo (4.093), Rio de Janeiro (2.608), Mato Grosso (2.208), Tocantins (2.122), Ceará (2.082) e Amazonas (1.991).
As cidades com maior recorrência são as goianas Goiânia, com 6.089; Luziânia, 2.888, e Aparecida de Goiânia, 1.838; além das paulistas Campinas, com 1.739, e Americana, com 1.692. Belo Horizonte teve 1.647; Maringá (PR), 1.540; São Paulo, 1.536; Brasília, 1.483, e Campo Belo (MG), 1.410. Ao todo, 321 municípios estão em situação de risco, 725 em situação de alerta e 413 em situação satisfatória. O percentual de cidades em risco chega a 22% do total. Em 2013, era 27%.  Com informações da Agência Brasil
Créditos: Rede Brasil Atual 

Feira reúne projetos de ciência e tecnologia de estudantes de todo o país

Começou ontem (18) a 12ª Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), que reúne 331 projetos de alunos dos ensinos básico e técnico de todo o país. O evento, que acontece na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), na capital paulista, vai até a próxima quinta-feira (20). Os melhores trabalhos serão premiados com troféus e medalhas. Os estudantes concorrem ainda a nove vagas para representar o Brasil na Feira Internacional de Ciências e Engenharia da Intel, no mês de maio, em Los Angeles, nos Estados Unidos.
Além de distribuir premiações, a feira estabelece mudanças nas relações de ensino, explica a  coordenadora da feira, Roseli de Deus Lopes. “Principalmente para você conseguir induzir uma mudança de práticas pedagógicas, porque hoje, quando o aluno sabe fazer boas perguntas, ele não tem limites, vai muito mais longe do que o professor”, destaca.
Todo processo de construção do evento, da seleção até a avaliação, é pensado, segundo Roseli, para que as iniciativas se multipliquem nos diversos pontos de origem. A Febrace recebeu inscrições de 900 municípios. “Algumas cidades que eu nunca ouvi falar”, brinca a coordenadora. “Este é um dos papeis da universidade: fomentar que projetos de verdade sejam feitos na escola para que tenham  empoderamento da ciência e da tecnologia”, acrescenta.
Os projetos devem responder a problemas concretos encontrados pelos estudantes. Os jovens devem procurar um orientador, que pode ser um professor ou um aluno universitário, para orientá-los na pesquisa. Após a aprovação do trabalho, o estudante deve então viabilizar os meios para participar do evento, em São Paulo. “Se eu faço um trabalho e quero que ele dê certo, eu não posso me restringir, ficar trancado no laboratório, eu tenho que viabilizar ou me associar a alguém que me ajude a viabilizar”, explica Roseli, que vêr o empreendedorismo também como parte do processo pedagógico.
Ângela de Oliveira desenvolveu seu projeto após o tio de uma colega de escola sofrer um acidente com ácido sulfúrico, em um curtume, uma das principais atividades econômicas de Franca, cidade do interior paulista onde vive. Ele teve quase todo o corpo queimado na ocasião. A jovem descobriu que as peles artificiais disponíveis no mercado, elaboradas a partir de  restos de cirurgias plásticas e de redução de estômago custam cerca de R$ 4 mil reais. O valor é inviável para os empregados das indústrias da região.
Surgiu então a ideia de desenvolver uma pele a partir da pele de porco, que naturalmente já é 78% compatível com a humana. A partir de um tratamento químico patenteado, a nova pela se torna totalmente compatível. “Nossas amostras foram enviadas aqui para a USP. Fizeram todas as análises e comprovaram que ela [pele de porco] é compatível mesmo”, enfatiza sobre o produto, que também leva aparas de couro, abundantes nas fábricas de sua cidade, como matéria-prima para extração do colágeno.
Um problema de saúde deixou uma colega de Gabriel Nascimento cega. Ele e mais dois colegas começaram então a pesquisar uma maneira de melhorar a qualidade de vida dela. Viram que um cão-guia poderia ser de grande ajuda. O treinamento do animal, entretanto, tem um custo proibitivo para a maior parte da população, cerca de R$ 25 mil, segundo a pesquisa dos estudantes. “Existem 2 milhões de pessoas com deficiência visual no Brasil, e apenas 60 cães-guia”, ressalta Nascimento.
A saída foi desenvolver um cão-guia robô, que identifica os obstáculos através de sensores de ultrassom e infravermelho, emitindo alertas sonoros para o deficiente visual. O projeto, que está no quarto protótipo, tem recebido contribuições do Instituto Braille, que apoia pessoas com esse tipo de problema. “Nós vamos lá e eles vem aqui, sempre trocando informações para que o robô supra as necessidades. Eles nos ajudam e nós ajudamos eles”, conta sobre a parceria.
Créditos: Agência Brasil