domingo, 6 de abril de 2014

Comissão de Orçamento aprova R$ 4,9 bilhões para o Fies

Fundo de Financiamento Estudantil concede bolsas a estudantes matriculados em universidades particulares

A Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional aprovou o Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN) 1/14, que abre crédito suplementar de R$ 4,9 bilhões no orçamento fiscal da União deste ano. Os recursos destinam-se ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), que concede bolsas a estudantes matriculados em universidades particulares.
De acordo com o projeto de lei, o crédito garantirá o financiamento tanto de novas contratações quanto de renovações semestrais de financiamentos já existentes. O projeto será analisado agora em uma sessão do Congresso – a próxima está marcada para o dia 15 deste mês.
O Fies oferece cobertura de até 100% do valor da mensalidade, com juros de 3,4% ao ano. O contratante só começa a quitar o financiamento 18 meses depois de formado.
No ano passado, foram formalizados 556,5 mil contratos, informou o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Desde 2010, foram firmados mais de 1,16 milhão de contratos.*Com informações da Agência Câmara Agência Brasil
Créditos: WSCOM

EUA preparam planos de ampliação do apoio aos rebeldes na Síria

EUA preparam planos de ampliação do apoio aos rebeldes na SíriaA agência Reuters informa, alegando certas fontes bem informadas, que as autoridades dos EUA preparam um plano de ampliação do apoio militar aos militantes da Síria. 
De acordo com as informações à disposição desta agência o plano prevê a ampliação de missões de treino, assim como o aumento de fornecimentos de armas ligeiras aos militantes que pertencem basicamente aos grupos, cujas bases se encontram no território da Jordânia nas proximidades da fronteira com a Síria. As mesmas fontes informam que nos treinamentos de militantes sírios, previstos por este plano, podem participar também a Arábia Saudita, Jordânia, Emirados Árabes Unidos e a França. Foto: Flickr.com/FreedomHouse/cc-by
Créditos: Voz da Russia

Fuga de água contaminada em Fukushima

Fuga de água contaminada em FukushimaA mídia informa que na central elétrica atômica Fukushima 1, no Japão, ocorreu fuga de água com elevado teor de substâncias radioativas. 
A fuga da água radioativa para além do cerco em torno de cisternas especiais aconteceu logo em três locais. A fuga é resultado de chuvas fortes que encheram demais as cisternas. A companhia-operadora desta central TEPCO informa que nos locais de fuga de água foi ultrapassado o teor normal de césio-137 e de césio-134. A água foi transferida com ajuda de bombas para reservatórios especiais, mas por enquanto não se sabe se ela vai penetrar ou não no oceano. Foto: Flickr.com/ hige-darumaひげだるまattractive woman Version/cc-by
Créditos: Voz da Russia 

Projeto que torna corrupção crime hediondo pode ser votado nesta semana

Como parte do esforço concentrado que será feito na semana próxima semana para destravar a pauta de votações , a Câmara dos Deputados pode votar um projeto de lei que torna a corrupção crime hediondo. Proveniente do Senado, onde foi aprovado em junho de 2013, a proposta foi uma resposta do Parlamento às manifestações que tomaram conta do país no ano passado. Se aprovado sem alterações, o projeto vai a sanção presidencial. Se for alterado na Câmara, retorna ao Senado.
Caso o projeto seja aprovado, serão incluídos na Lei dos Crimes Hediondos (8.072/90) os delitos de corrupção ativa e passiva, peculato (apropriação pelo funcionário público de dinheiro ou qualquer outro bem móvel, público ou particular), concussão (quando o agente público exige vantagens para si ou para outra pessoa), excesso de exação (nos casos em que o agente público desvia o tributo recebido indevidamente). O projeto também torna crime hediondo o homicídio simples e suas formas qualificadas.
O projeto também altera o Código Penal para aumentar a pena desses delitos. Com isso, as penas mínimas desses crimes ficam maiores e eles passam a ser inafiançáveis. Os condenados também deixam de ter direito a anistia, graça ou indulto e fica mais difícil o acesso a benefícios como livramento condicional e progressão do regime de pena.
Com a mudança as penas para estes delitos passam a ser de quatro a 12 anos reclusão, e multa. Em todos os casos, a pena é aumentada em até um terço se o crime for cometido por agente político ou ocupante de cargo efetivo de carreira de Estado.
A lei atual determina reclusão de dois a 12 anos e multa para os delitos de corrupção ativa e passiva e de peculato. Para concussão, a pena vigente hoje é reclusão de dois a oito anos e multa. Já o excesso de exação, no caso incluído na proposta, é punido hoje com reclusão de dois a 12 anos e multa.
Segundo a Lei  8.072/90 são considerados crimes hediondos homicídio, quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, latrocínio (roubo seguido de morte), extorsão qualificada pela morte, extorsão mediante sequestro e na forma qualificada, estupro, estupro de vulnerável, epidemia com resultado de morte e falsificação, corrupção, adulteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais.
Créditos: Agencia Brasil

sábado, 5 de abril de 2014

Trabalho escravo em cruzeiro de luxo

trabalho_escravo.jpgA Secretaria de Inspeção do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) resgatou um grupo de 11 pessoas em condições de trabalho análogas às de escravos no cruzeiro de luxo MSC Magnifica, pertencente à MSC Cruzeiros. O flagrante aconteceu em fiscalização conjunta envolvendo diferentes órgãos realizada no porto de Santos, no litoral de São Paulo, entre os últimos dias 15 e 16 de março, e o resgate foi feito nesta semana em Salvador (BA), cidade para onde o navio seguiu depois da primeira abordagem. Segundo a fiscalização, a empresa se recusou a pagar as verbas rescisórias e a reconhecer o resgate. A reportagem tentou contato com a empresa, que não se posicionou até a publicação deste texto.
A Repórter Brasil acompanha as investigações sobre trabalho escravo em cruzeiros de luxo no litoral brasileiro desde novembro do ano passado, quando denúncias recebidas pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) foram encaminhadas à Comissão Nacional de Combate ao Trabalho Escravo (Conatrae), da qual a organização faz parte.
A caracterização de escravidão de tripulantes do MSC Magnifica se deu pela submissão do grupo a jornadas exaustivas sistemáticas, maus tratos e assédio moral. Há relatos de jornadas superiores a 14 horas. “Não temos a menor dúvida de que se trata de trabalho escravo”, explica Alexandre Lyra, chefe da Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo (Detrae), do MTE. “Além da escravidão, constatamos fraudes no cartão de ponto e na contratação dos trabalhadores. A situação é grave”, resumiu.
Além do MSC Magnifica, outro navio da empresa foi fiscalizado, o MSC Preziosa, mas apesar de também terem sido constatadas infrações trabalhistas, não houve flagrante de trabalho escravo. Desde o começo do ano o MTE monitora os cruzeiros que atravessam o litoral. Além de auditores fiscais do MTE e procuradores do MPT, a operação que resultou no flagrante envolveu também representantes da SDH/PR, da Advocacia Geral da União (AGU) e da Capitania dos Portos, bem como agentes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e procuradores do Ministério Público Federal (MPF). Em Salvador, a Defensoria Pública da União também acompanhou a ação.
“É preciso dar uma resposta a essa situação. Não é possível que embarcações venham para águas brasileiras para praticar esse tipo de abuso com os trabalhadores”, diz o procurador Rafael Garcia, do MPT da Bahia. Entre os trabalhadores resgatados há até tripulantes com nível superior e, no entendimento do MPT, a empresa está resistindo ao pagamento das rescisões por temer uma série de ações e reivindicações por parte de outros empregados que passam ou passaram por situações semelhantes. “É preciso garantir o pagamento das verbas e a proteção aos trabalhadores”, afirma Garcia.

Cruzeiros de luxo

Ao longe, os navios impressionam por seus números. São pelo menos 60 metros de altura, o mesmo que um prédio de 20 andares, e 300 metros de comprimento. A bordo, estão cerca de 4.070 passageiros, junto a uma tripulação de 1.305 pessoas, contando funcionários de limpeza, hotelaria, restaurante e oficiais de navegação. O valor mínimo de uma passagem para uma semana de viagem não sai por menos de R$ 1 mil. Os valores cobrados contrastam com as condições constatadas que se escondem no interior de empreendimentos de tal proporção.
Por conta da quantidade de brasileiros empregados nesses navios e da natureza das violações, a situação preocupa autoridades e o governo federal. De acordo com a resolução nº71/2006 do Conselho Nacional de Imigração, pelo menos um quarto dos tripulantes de qualquer embarcação que permanecer por mais de 90 dias em território nacional deve ser de brasileiros. Conforme levantamento da associação de empresas do ramo, a Abremar, em 2013 eram 2,5 mil os brasileiros empregados na área, e cerca de 3 mil durante o ano de 2012. Não existem dados sobre 2014.
A depender da situação, os contratos de trabalho são firmados com base na legislação do Brasil ou em normas internacionais, o que torna o problema complexo e favorece infrações. Se a pessoa for contratada 30 dias antes ou 30 dias após à partida do navio da costa brasileira, a lei determina que a relação de trabalho fique subordinada às regras brasileiras. Caso, porém, o contrato seja firmado no exterior ou se estenda por mais de nove meses, o Direito Internacional permite que este seja subordinado às leis do país onde o navio tem a bandeira registrada. Não é raro, por isso, que as embarcações tenham registro em países com legislação trabalhista mais frágil, como Indonésia, Tailândia e outros. O primeiro navio fiscalizado em Santos, o MSC Preziosa, tinha registro no Panamá, por exemplo. A ação conjunta está relacionada a preocupação em fazer uma abordagem integral do problema, cobrindo todos os lados. “Uma tentativa nossa de resposta é tentar atuar o mais integrado possível”, explica José Guerra, coordenador-geral da Conatrae. Leia mais no portal RBA.
Créditos: Rede Brasil Atual

Lula alerta: "aumenta o conservadorismo no País"

Ex-presidente Lula afirmou, durante evento da pré-campanha a governador do ex-ministro Alexandre Padilha, na cidade de Osasco, em São Paulo, que o período eleitoral é o momento ideal para discutir o conservadorismo no país; "Tem até quem acha que se a mulher coloca um vestido curto merece ser estuprada. Eleição é a oportunidade de discutir esses assuntos", disse; Lula também voltou a falar sobre a possibilidade das manifestações voltarem a ocorrer durante a Copa do Mundo no país; "Se alguém quiser fazer manifestação na Copa que faça. A democracia não é pacto de silêncio, é a sociedade em cena, em movimentação, em busca de mais conquistas, de mais democracia e mais espaço", disse 
Créditos: Portal Brasil 247

Milícias: uma ameaça ao "Minha Casa, Minha Vida"

Na próxima terça-feira (8) será assinada uma portaria conjunta dos ministérios das Cidades e da Justiça, convidando os governos dos estados e municípios a colaborar com as inteligências e investigações da Polícia Federal (PF) e das polícias estaduais sobre denúncias de fraudes e de expulsão de famílias de imóveis populares de programas habitacionais, feitas por grupos criminosos.

Uma reunião preliminar ocorreu sexta-feira (4), na Secretaria de Estado de Segurança (Seseg), com participação do ministro das Cidades, Gilberto Occhi, e do presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, com o titular da Delegacia de Combate às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco/IE), Alexandre Capote, a delegada da PF Leila Quintanilha Vidal e a secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki.
De acordo com Regina, a expectativa é unir forças para apurar as denúncias, “para que, com isso, possamos coibir a retomada de imóveis dentro dos empreendimentos habitacionais, sejam eles do [Programa] Minha Casa, Minha Vida ou de qualquer outro empreendimento”.
A secretária afirma que as denúncias estão sendo apuradas desde 2011, e diz que o Rio de Janeiro tem bons exemplos de investigação a serem levados para outros estados e municípios. “Nós estamos aqui no Rio buscando a expertise da retomada de territórios, que aqui já é feita, e também porque toda as investigações aqui tiveram resultado a contento. Então, essa é a razão [de termos feito essa reunião hoje], e terça-feira já teremos uma reunião aqui, de trabalho, com esse grupo”, adiantou.
O ministro Occhi afirma que o grupo de investigações vai começar os trabalhos pelo Rio de Janeiro. “O estudo de inteligência vai ser feito em função dessa portaria, que será assinada na próxima terça-feira, e vamos começar pelo Rio de Janeiro. [A inteligência] vai levar a identificarmos não só os locais, mas também a forma como as polícias vão atuar. É nesse grupo que serão adotadas todas as medidas possíveis da proteção que queremos fazer, não só dos territórios, mas também incluir aí alguns conjuntos do Minha Casa, Minha Vida”.
De acordo com ele, o programa de habitação federal tem 52 empreendimentos no estado do Rio de Janeiro, onde foram contratadas em torno de 190 mil unidades, das quais mais de 90 mil já entregues.
Créditos: Agência Brasil