sexta-feira, 25 de julho de 2014

Hepatite mata quase tanto quanto a Aids

A hepatite é uma doença que mata quase tanto quanto a Aids, com 1,4 milhão de mortos a cada ano, anunciaram nesta quinta-feira, em Genebra, vários especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS). Por ocasião do Dia Mundial contra a Hepatite, celebrado em 28 de julho, os especialistas afirmaram que esta doença, que pode causar câncer, pode ser combatida.
Um total de 1,5 milhão de pessoas morreram em consequência da Aids em 2013. Do 1,4 milhão de pessoas mortas pela doença, 90% tinham contraído hepatite B e C, responsáveis por dois terços dos cânceres de fígado no mundo. "A melhor forma de prevenção contra o câncer de fígado ou as cirroses hepáticas é a prevenção e o tratamento da hepatite viral", declarou o professor Samuel So, cirurgião e professor da Universidade de Stanford (Califórnia).
"Se agirem assim, salvarão muitas vidas e, ao mesmo tempo, economizarão muitos custos sanitários", declarou à imprensa em Genebra. Com este objetivo, Samuel So, acompanhado de especialistas da OMS, defendeu um reforço dos testes que detectam a doença, levando em conta que estima-se em 500 milhões o número de pessoas portadoras do vírus da hepatite, mas muitas delas não o sabem. Segundo o doutor Stefan Wiktor, encarregado do programa de luta contra a hepatite na OMS, há novos tratamentos contra a doença, com um índice de cura de 95%, o que representa uma "revolução terapêutica".Foto: Minhavida.com.br
Créditos: EM

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Gaza: governo considera situação ‘inaceitável’ e convoca embaixador

Foto: Gaza: governo considera situação ‘inaceitável’ e convoca embaixador. http://migre.me/kBYuOO governo brasileiro classificou nesta quarta-feira (23), em nota oficial, de “inaceitável” a escalada da violência na Faixa de Gaza e informou que chamou o embaixador em Israel “para consulta”.A medida diplomática de convocar um embaixador é excepcional e tomada quando o governo quer demonstrar o descontentamento e avalia que a situação no outro país é de extrema gravidade. A última vez em que o governo chamou um embaixador para consulta foi após o impeachment de Fernando Lugo no Paraguai, episódio que o Brasil considerou como “ruptura da ordem democrática”. Pelo menos 644 palestinos e 31 israelenses, entre estes 29 soldados, morreram em 16 dias de ofensiva de Israel contra a Faixa de Gaza.( g1)
Créditos: Entrefatos

Brasil reduziu a pobreza em 22%

O índice de brasileiros em situação de pobreza multidimensional caiu 22,5% em seis anos, revelou hoje (24) o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Segundo levantamento do órgão, a parcela da população brasileira com privação de bens caiu de 4% para 3,1%, entre 2006 e 2012.
A fatia da população próxima à pobreza multidimensional caiu de 11,2% para 7,4%. A proporção de pessoas em pobreza severa passou de 0,7% para 0,5% na mesma comparação.

 Os números constam do Relatório de Desenvolvimento Humano de 2014. Além de publicar o ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 187 países, o documento apresentou o Índice de Pobreza Multidimensional (IPM) para 91 países. Foi divulgada também a comparação do IPM com anos anteriores de 39 deles. Diferentemente do IDH, que estima o grau de desenvolvimento com base na expectativa de vida, na renda e na educação, o IPM usa critérios mais abrangentes para avaliar o padrão de vida de um país. Esse índice leva em conta indicadores de saúde (nutrição e mortalidade infantil), educação (anos de estudo e taxa de matrícula) e a qualidade do domicílio (gás de cozinha, banheiro, água, eletricidade, piso e bens duráveis).Outra diferença está no uso de dados nacionais. O IDH é construído com estatísticas do Banco Mundial, da Organização Mundial do Trabalho e da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O Índice de Pobreza Multidimensional, no caso do Brasil, baseia-se na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Créditos: Agencia Brasil

ONU aprova investigação sobre ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza

O Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou ontem (23) resolução que condena a atual ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza e anunciou a criação de uma comissão internacional para investigar todas as violações e julgar os responsáveis. Iniciada em 8 de julho e seguida por uma intervenção terrestre que começou na última quinta-feira (17), a ação militar já provocou a morte a mais de 670 palestinos, a maioria civil. Do lado israelense foram confirmadas 32 mortes entre os militares e duas de civis.
A resolução na ONU, apresentada pela Palestina, foi aprovada durante sessão extraordinária do conselho por 29 votos a favor, 1 voto contra (Estados Unidos) e 17 abstenções. Além do Japão, todos os países europeus presentes, incluindo a França, o Reino Unido e a Alemanha, optaram pela abstenção. 
Antes da aprovação, a alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, tinha apelado para a instauração de inquérito sobre possíveis crimes de guerra cometidos por Israel em Gaza, e denunciado os ataques do Hamas contra zonas civis em território israelense. O texto ainda pede que os palestinos sejam imediatamente colocados sob “proteção internacional”, apela ao “fim imediato dos ataques militares israelenses” e ao “fim dos ataques contra civis".
 A resolução defende ainda que a Suíça organize uma conferência urgente sobre a situação nos territórios ocupados. Uma carta nesse sentido, com data de 9 de julho, já foi enviada ao governo suíço pelo presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas.
Créditos: Agencia Brasil

Descoberta na Via Láctea promete revelar novos segredos galácticos

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As duas estrelas mais distantes da Via Láctea, as chamadas anãs vermelhas frias, descobertas por grupo de astrônomos, podem levar a uma revisão dos nossos conhecimentos sobre a extensão da galáxia e a outras importantes descobertas astronômicas, escreve The Christian Science Monitor.
Os dois corpos espaciais – o ULAS J0744+25 e o ULAS J0015+01 – foram descritos por um grupo de astrônomos, chefiado por John Bochanski, do Haverford College. De acordo com o relatório publicado na revista Astrophysical Journal Letters, as estrelas estão a distâncias superiores, respetivamente, a 775 e 900 mil anos-luz da Terra, o que é cinco vezes mais longe do que fica a Grande Nuvem de Magalhães, um satélite da Via Láctea, assim como 50 por cento mais longe do que qualquer corpo celeste da galáxia, conhecido até à data. Informações sobre as estrelas foram obtidas com base em estudos realizados usando o telescópio de infravermelhos UKIRT.
Graças a essa descoberta, os cientistas serão capazes de verificar algumas de suas hipóteses sobre a formação e o desenvolvimento da Via Láctea, assim como reconsiderar algumas teorias geralmente reconhecidas, já que as estrelas descobertas pertencem a uma classe rara e podem relatar muito da história da galáxia. © Flickr.com/zen
Créditos: Voz da Russia

Programas sociais ajudaram a frear aumento da pobreza no Brasil

A ampliação dos gastos públicos e os programas sociais ajudaram o Brasil a impedir o retorno das camadas mais vulneráveis da população à pobreza após a crise econômica global de 2008. A avaliação está no Relatório de Desenvolvimento Humano de 2014, divulgado hoje (24) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
De acordo com o documento, a política anticíclica (aumento de gastos públicos em momentos de baixo crescimento econômico), os programas de transferência de renda e a política de valorização do salário mínimo fizeram o consumo dos 40% mais pobres da população continuar a crescer em ritmo maior que a média da população. O representante residente do Pnud no Brasil, Jorge Chediek, considera acertada a política adotada pelo Brasil de aumentar a resistência da população que ascendeu socialmente nos últimos anos a choques econômicos. “A crise financeira internacional criou sérios problemas para o Brasil, ameaçando a geração de empregos e o progresso social”, explicou.
Créditos: Agencia Brasil

América Latina tenta fugir do controle dos EUA

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Durante muitos anos, a América Latina sentiu na pele todas as “qualidades” da “boa vizinhança americana”. Cuba, Venezuela, México, Chile, praticamente todos os Estados da parte meridional do continente estiveram sob um rígido controle dos EUA.
 A doutrina Monroe, que definia a América Latina como uma sua zona de particular influência, continua a vigorar hoje. Não obstante as realidades políticas e econômicas terem mudado sensivelmente, os EUA não pretendem renunciar à anterior política.
Os EUA chamaram sempre à América Latina o seu “quintal”. Este princípio foi lançado na famosa doutrina Monroe de 1823, que definiu a política externa dos EUA. Em relação ao seu vizinho do sul, Washington chamou a si o papel de “protetor” e, além disso, limitou claramente a esfera de influência dos Estados europeus, afirma o perito Serguei Ermakov:
"O sentido consiste em que os países europeus não devem, de forma alguma, ingerir-se nessa zona. Ela é definida como zona de influência exclusiva dos EUA. Algumas dezenas de anos depois, podemos afirmar que a atitude dos EUA não mudou radicalmente. A América Latina para eles é uma zona de interesses especiais".
A América Latina era vista por Washington como uma quinta onde tudo se pode fazer. O continente meridional tornou-se uma espécie de campo experimental de futuros princípios da famigerada democracia americana, explica Nikolai Mironov, diretor-geral do Instituto de Projetos Regionais Prioritários:
"Foi precisamente nos países da América Latina que eles (EUA) elaboraram todos os mecanismos das intervenções, das “revoluções floridas”. Foi precisamente aí que tudo começou. Tiveram lugar numerosos golpes de Estado, por detrás dos quais estiveram os Estados Unidos. Incluindo o conhecido, na história, golpe de Pinochet, que derrubou o governo socialista de Salvador Allende, que se orientava para outro bloco da política externa: para a União Soviética. Embora não completamente, mas mais para a Europa.
A política hoje previsível é a continuação da velha política dos EUA, que querem dominar absolutamente nesse continente, controlar todos os países e não lhes permitir uma política independente".
Hoje, a situação no continente latino-americano mudou radicalmente. Começou a ganhar velocidade o Brasil, Argentina, Chile, Peru.
Todos os gigantes mundiais estão interessantes nos contatos comerciais com eles. Por isso, o outrora “quintal” poderá afastar os seus protetores. Os latino-americanos têm consciência hoje clara disso e tentam criar o seu centro comum, afirma Nikolai Mironov:
"Historicamente, os países latino-americanos gostariam de outro centro de atração, que eles poderiam apoiar e em torno do qual poderiam unir-se e contrapor-se aos EUA. Porque essa pressão – expansão econômica, domínio político – nem sempre lhes agradou, principalmente tendo em conta os golpes militares e as repressões que se lhes seguiram. Os latino-americanos inclinam-se mais para o seu areal. Por isso o mais provável é o aparecimento aqui de Estados fortes. Por enquanto é o Brasil. No futuro, poderá ser organizado outro bloco regional que irá opor-se aos EUA".
Semelhante situação não agrada nada a Washington. Mas, por enquanto, não se prevê vias fáceis para o regresso dos EUA à sua hegemonia absoluta no continente. Os americanos devem preparar-se para isso. A era de Monroe passou.(Por Alexandra Dibizheva)
Créditos: Voz da Russia