quarta-feira, 3 de setembro de 2014

ONU alerta para aumento acelerado de infecções por ebola

Surto de ebola na África (EPA/Agência Lusa/Direitos Reservados)A Organização das Nações Unidas (ONU) informou, nessa terça-feira (2), que as infecções por ebola estão aumentando a cada dia e que é possível que surjam novos casos em países onde a doença ainda não chegou.  A informação foi dada pelo coordenador da ONU para o ebola, David Nabarro.
Também ontem, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, divulgou mensagem no Youtube sobre a epidemia do vírus, dizendo que conter o ebola não será uma tarefa fácil. "Conter o avanço dessa doença não será fácil, mas sabemos como fazer isso", disse ele na mensagem enviada aos países do Oeste africano. O vídeo foi divulgado horas antes da reunião entre David Nabarro, a diretora-geral da Organização Mundial da Saúde, Margaret Chan, e o secretário-geral adjunto da ONU, Jan Eliasson. 

Para as Nações Unidas, será complicado combater a proliferação do vírus. Segundo Nabarro, será muito difícil definir os passos a serem tomados para controlar a epidemia de ebola. Ele defendeu uma coordenação mundial para lidar com a doença. "Não podemos aceitar a ideia de que perdemos a batalha contra o ebola. Temos de reagir de maneira forte, porque a doença está avançando mais depressa que os nossos esforços”, acrescentou, lembrando que, na última semana, o número de infectados na Guiné, em Serra Leoa e na Libéria superou os 3,5 mil, com mais de 1,5 mil mortes.
A ONU voltou a recomendar que os cuidados básicos de saúde nos países afetados sejam mantidos, bem como as condições hospitalares e o tratamento adequado para os pacientes. A mesma recomendação foi feita por Obama em vídeo direcionado aos países mais afetados. Nabarro reiterou a necessidade de as linhas áreas internacionais restabelecerem os seus voos para os países atingidos, a fim de facilitar o trabalho de socorro.

Para a OMS, este é o maior surto da história desde a descoberta do vírus em 1976. Entretanto, a diretora-geral pediu que o "alarmismo" seja evitado, sem deixar de destacar a necessidade da prevenção  bem feita. "Uma pessoa com suspeita de contaminação não pode viajar", defendeu Margaret Chan.
Ela também pediu que sejam aceleradas as pesquisas que trabalham na descoberta de uma vacina. "Há duas ou três vacinas potenciais e é importante que a comunidade científica una as suas forças nesta situação sem precedentes. Temos de acelerar os testes experimentais e utilizá-los de forma eticamente aceitável antes que passem a ser produzidos de forma industrial”. Na semana passada, o governo americano anunciou que vai começar neste mês os testes em humanos de uma vacina contra o vírus.
Créditos: Agencia Brasil

Marina traz risco de "fundamentalismo" diz bispo de SP

:  O bispo de Jales (SP), dom Demétrio Valentin vê com temor a possível vitória na eleição presidencial da ex-ministra Marina Silva (PSB), uma evangélica da Assembleia de Deus.
“Agora, a gente tem medo do fundamentalismo que ela pode proporcionar. Existe na Marina uma tendência ao radicalismo, pela convicção exagerada ao defender seus valores e suas motivações, que pode derivar para o fundamentalismo”, disse ele em entrevista ao Valor.
Para o bispo, Marina traz o risco de fazer da religiosidade um instrumento de ação política. Ele vê sua ascensão nas pesquisas como uma situação “irreversível”. A não ser que haja uma reviravolta em que comecem a pesar as fragilidades de Marina, que não estão no fato de ela não ser católica. Estão em ela ter pouca articulação política e portanto existirem dúvidas sobre como ela vai governar.
Dom Demétrio ainda lamentou o fato de a presidente Dilma Rousseff não ter estabelecido “muitas pontes” com a igreja. “A Dilma tem um estilo mais autoritário, ela pouco nos convocou. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva o fazia com muita frequência”, disse (leia mais).
Créditos: Brasil 247

Agredida no Jornal Nacional, Dilma não vai ao Jornal da Globo

:  Sem dar justificativas para sua ausência, Dilma Rousseff, do PT, não compareceu à sabatina que seria realizada pelo Jornal da Globo nesta terça-feira. Marina Silva, do PSB, participou do programa na noite anterior, e Aécio Neves, do PSDB, tem presença confirmada para esta quarta-feira. A ordem das entrevistas foi feita por sorteio.
Os âncoras do jornal, William Waack e Christiane Pelajo, destacaram que a ausência da candidata não foi justificada e informaram que esta foi a primeira vez que um presidenciável não compareceu à entrevista desde o início da série, em 2002.
De acordo com os jornalistas, a presidente teria que explicar a recessão técnica e o descumprimento de algumas promessas feitas durante a campanha presidencial de 2010. Durante o noticiário, os apresentadores leram as perguntas que seriam feitas à candidata à reeleição e que ficaram sem resposta. São as seguintes:
- Os últimos índices oficiais de crescimento indicam que o país entrou em recessão técnica. A senhora ainda insiste em culpar a crise internacional, mesmo diante do fato de que muitos países comparáveis ao nosso estão crescendo mais?
- A senhora continuará a represar os preços da gasolina e do diesel artificialmente para segurar a inflação, com prejuízo para a Petrobras?
- A forma como é feita a contabilidade dos gastos públicos no Brasil, no seu governo, tem sido criticada por economistas, dentro e fora do país, e apontada como fator de quebra de confiança. Como a senhora responde a isso?
- A senhora prometeu investir R$ 34 bilhões em saneamento básico e abastecimento de água até o fim do mandato. No fim do ano passado, tinha investido menos da metade, segundo o Ministério das Cidades. O que deu errado?
- Em 2002, o então candidato Lula prometeu erradicar o analfabetismo, mas não conseguiu. Em 2010, foi a vez da senhora, em campanha, fazer a mesma promessa. Mas foi durante o seu mandato que o índice aumentou pela primeira vez, depois de 15 anos. Por quê?
- A senhora considera correto dar dentes postiços para uma cidadã pobre, um pouco antes de ser feita com ela uma gravação do seu programa eleitoral de televisão?

Tucanos se sentem traídos após coordenador mencionar apoio a Marina

"Balde de água fria para sepultar de vez a candidatura", "demonstração de traição antes mesmo do barco afundar" e "falta de noção" foram algumas das expressões utilizadas ontem (2) por nomes ligados à candidatura a presidente de Aécio Neves a respeito da postura do coordenador-geral da campanha tucana, senador José Agripino Maia (DEM-RN),que disse já se preparar para apoiar Marina Silva no segundo turno das eleições presidenciais.
O clima observado na manhã de hoje na Câmara dos Deputados e no Senado em meio aos gabinetes de parlamentares do PSDB já tinha tudo para ser de desânimo com a queda de Aécio nas pesquisas eleitorais, mas, além disso, passou a ser de revolta e indignação, mesmo após a retratação feita por Agripino Maia poucas horas mais tarde, por meio de uma nota em que garantiu ter "falado de forma hipotética" e que a prioridade é trabalhar para o PSDB chegar ao segundo turno.
“É nisso que dá entregar a coordenação de campanha a um político do Democratas. O desastre já aconteceu”, afirmou um deputado do PSDB de Pernambuco, que preferiu não se identificar, lembrando o passado do senador Agripino Maia, ex-governador pelo PFL e ligado a tradicional família de políticos nordestinos conservadores.
Segundo informações de nomes de dentro da liderança do PSDB, a fala de José Agripino Maia teria irritado Aécio Neves e o candidato a vice, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP). Neves, inclusive, teria sido pego de surpresa com perguntas feitas por jornalistas sobre isso enquanto se dirigia para o debate entre presidenciáveis, o que já o teria deixado abatido. Leia mais em RBA.

Grito dos Excluídos lembra manifestações e quer estimular volta às ruas

As manifestações que ocorreram com grande intensidade no ano passado e início deste ano em todo o país serão lembradas este ano no 20º Grito dos Excluídos, evento que ocorre em todo feriado de 7 de Setembro e é organizado por movimentos sociais e pelas pastorais católicas. Este ano, o lema do Grito dos Excluídos é "Ocupar ruas e praças por liberdades e direitos".
Segundo dom Pedro Luiz Stringhini, bispo da Diocese de Mogi das Cruzes (SP), o lema deste ano lembra os protestos ocorridos em 2013. "Esses atos trouxeram de volta a importância de o povo se manifestar. Elas foram prejudicadas por grupos violentos que entraram para atrapalhar, mas isso não significa que o povo não deve se manifestar. E ele deve se manifestar nas ruas, nas eleições e, sobretudo, no dia a dia, nas associações de bairro, por exemplo, que é também a forma mais difícil porque exige mais perseverança”.
Na capital paulista, o ato terá início às 9h com uma missa que será celebrada na Catedral da Sé, seguida por uma caminhada até o Parque da Independência, no Ipiranga. Segundo Rosilene Wansetto, da Coordenação Nacional do Grito dos Excluídos, o evento é celebrado em mais de mil cidades de todo o país.
“Temos que ocupar os espaços, as praças e, principalmente, as ruas. A rua é o lugar onde o povo deve estar e que nunca poderia ter deixado após as manifestações de junho”, falou Débora Maria da Silva, coordenadora do Movimento Mães de Maio.
De acordo com Rosilene, o grito pretende estimular a volta das pessoas às ruas, apesar de várias cidades terem reprimido as manifestações. “A repressão e a violência por parte do Estado nos fazem recuar e foi o que ocorreu durante a Copa do Mundo. Muita gente foi presa e sofreu com a repressão policial. Mas a rua é nossa, a rua é do povo. É onde fazemos política”, disse.
Para ela, as grandes mudanças no país são feitas não pelo voto, mas pelas ruas. “O voto acaba sendo uma ferramenta importante, mas a mudança realmente acontece nas ruas, do grito que está nas ruas”, ressaltou.
Paralelamente ao Grito dos Excluídos será realizada a 27ª Romaria dos Trabalhadores e das Trabalhadoras, que tem como lema "Mãe negra Aparecida, padroeira deste chão, o povo trabalhador não aceita escravidão", que é promovida pela Pastoral Operária, com o apoio do Serviço Pastoral do Migrante. O evento terá início às 7h, com uma caminhada que sairá do Porto Itaguaçu, em Aparecida (SP), com destino ao Santuário de Aparecida. Foto: WSCOM
Créditos: Agencia Brasil

SUS terá novo tratamento para tumor raro

Com investimento de R$ 5,8 milhões por ano, pacientes com Tumor Estromal Gastrointestinal (GIST) contarão com o uso pós-cirúrgico do medicamento Mesilato de Imatinibe.
O Ministério da Saúde acaba de incluir na tabela SUS um novo procedimento de quimioterapia para o Tumor Estromal Gastrointestinal (GIST) para pacientes atendidos no Sistema Único de Saúde (SUS). A partir de agora, a rede passa a contar com o uso do medicamento Mesilato de Imatinibe também para quimioterapia adjuvante da doença, ou seja, um tratamento auxiliar recomendado para pacientes com risco de retorno da doença após retirada cirúrgica do tumor. Antes desta recomendação, o medicamento já era usado no SUS para tratamento outros cânceres, como Leucemia Mielóide Crônica e Leucemia Linfoblástica Aguda, e também para quimioterapia paliativa do próprio GIST.
A estimativa é de que a medida beneficie cerca de 500 pacientes ao ano e gere impacto financeiro da ordem de R$ 5,8 milhões. O objetivo da incorporação do uso do medicamento na quimioterapia após a cirurgia é reduzir o risco de recaída e, assim, aumentar a sobrevida do paciente. O GIST é um tipo raro de câncer que atinge principalmente o trato digestivo.
No mês de julho deste ano, o Ministério da Saúde publicou uma portaria de atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do GIST. Nesta atualização, foi mantido o uso do Mesilato de Imatinibe para a finalidade paliativa e definidos os critérios também para o uso adjuvante do medicamento. Mas ainda faltava incluí-lo na Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses/Próteses e Materiais Especiais do SUS.
Com a inclusão do procedimento na Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses/Próteses e Materiais Especiais, os serviços podem registrar e faturar o procedimento ofertado e receber pelos atendimentos realizados, sendo o medicamento adquirido pelo Ministério da Saúde e fornecido pelas secretarias estaduais de saúde aos hospitais credenciados no SUS e habilitados em oncologia. A incorporação foi decidida pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia (CONITEC), que estabelece garantias à proteção do cidadão quanto à segurança e eficácia de novas tecnologias incorporadas ao SUS, por meio da comprovação da evidência clínica consolidada e os estudos de custo-efetividade.
GIST - O Tumor Estromal Gastrointestinal é uma neoplasia rara. A doença ocorre em ambos os sexos e em qualquer faixa etária, entretanto, é mais comum em pessoas acima dos 40 anos de idade, com média de idade ao diagnóstico de 58 a 63 anos. Esses tumores correspondem a aproximadamente 1% das neoplasias primárias do trato digestivo, e estima-se que a incidência seja de 7 a 20 casos por milhão de habitantes.
Os sintomas da doença são tumor, sangramento, perfuração e obstrução. Cerca de 20% dos casos são assintomáticos, sendo os tumores encontrados durante endoscopias, exames de imagem do abdômen ou procedimentos cirúrgicos, como gastrectomias.
INCORPORAÇÃO - A inclusão de qualquer medicamento no SUS obedece às regras da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec), que exige comprovação da eficácia, custo-efetividade e segurança do produto por meio de evidência clínica consolidada e assim garante a proteção do cidadão que fará uso do medicamento. Após a incorporação, o medicamento ou tecnologia pode levar até 180 dias para estar disponível ao paciente.
Créditos: WSCOM

Produção de petróleo e gás natural no Brasil é recorde em julho

A produção brasileira total de petróleo e gás natural atingiu o recorde de 2,82 milhões de barris de óleo equivalente (BOE) por dia em julho, informou hoje (2) a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Desse total, foram 2,267 milhões de barris diários de petróleo e 87,9 milhões de metros cúbicos de gás natural.
Os dados constam do Boletim da Produção da ANP. A produção de petróleo aumentou 1% em julho, em comparação com o mês anterior, e 14,8% ante julho do ano passado. Já a produção de gás natural subiu 1,5% em relação a junho deste ano e 12% contra  julho de 2013.
O boletim mostra diminuição de 0,1% na produção em 34 poços do pré-sal em julho, na comparação com junho, somando 582,8 mil barris de óleo equivalente por dia, sendo 480,8 mil barris diários de petróleo e 16,2 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. Os poços estão localizados nos campos de Baleia Azul, Baleia Franca, Jubarte, Barracuda, Caratinga, Búzios, Linguado, Lula, Marlim Leste, Pampo, Sapinhoá e Trilha e nas áreas de Iara e entorno de Iara, informou a ANP. Na comparação com julho do ano passado, houve aumento. Naquele mês em 2013,  a produção média no pré-sal atingiu 358,8 mil barris de óleo equivalente/dia – 296,4 mil barris diários de petróleo e 9,9 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia.
Segundo a ANP, 90,7% da produção de petróleo e gás natural foram oriundos de campos operados pela Petrobras. Do total, 92,5% do petróleo e 73,5% do gás natural produzidos foram extraídos de campos marítimos. O campo que mais produziu petróleo em julho foi Roncador, na Bacia de Campos, com média de 273,1 mil barris por dia.Na produção de gás, o líder foi o campo de Mexilhão, situado na Bacia de Santos, com média de 6,8 milhões de metros cúbicos/dia.
O boletim informa ainda que o aproveitamento do gás natural em julho alcançou 94,9%. A queima de gás natural foi em torno de 4,5 milhões de metros cúbicos por dia no mês, registrando expansão de 5,6% na comparação com junho. Em relação a julho de 2013, o aumento ficou em 54,4%. De acordo com a ANP, o  incremento da queima de gás natural resultou, principalmente, do comissionamento da plataforma P-58, que iniciou operação nos campos de Baleia Azul, Baleia Franca e Jubarte.  
Créditos: Agencia Brasil