sexta-feira, 5 de setembro de 2014

O retrocesso econômico nos Territórios Palestinos Ocupados

Os Territórios Palestinos Ocupados têm registrado, por anos, um retrocesso econômico e esta tendência de queda continua e se reforça com o passar do tempo, afirmou a Conferência da ONU sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD).
Ao apresentar seu informe anual sobre a Palestina, Mahmoud Elkhafif, coordenador da UNCTA de Assistência ao Povo Palestino, explicou que o estudo foi elaborado antes da recente operação militar israelense em Gaza, não registrando, portanto, os efeitos desta destruição.
Ele  afirmou que os eventos na Faixa de Gaza constituíram um golpe a mais em uma economia colapsada por sete anos de bloqueio e das intervenções militares israelenses anteriores às das últimas semanas.
“Do ponto de vista econômico, o que se passou em Gaza é somente outro episódio que reforça o processo contrário ao desenvolvimento da economia palestina”, pontuou Elkhafif.
Explicou que o retrocesso significa uma maior dependência forçada da economia israelense já que se a palestina deixou de ser capaz de produzir já se vê obrigada a importar bens básicos, principalmente de Israel.
Elkhafif afirmou que a economia dos Territórios Ocupados em seu conjunto se contrai e que mesmo nos anos em que há reportado crescimento tem seguido na via do retrocesso, já que não é uma economia sã que pode desenvolver-se dada a falta de produção.
Ele afirmou que tanto a fome como a segurança alimentar e o desemprego aumentam em Gaza e Cisjordânia.
O economista indicou que a reconstrução da economia palestina em geral e a de Gaza, em particular, requerem não só uma grande ajuda externa, mas novos investimentos em setores produtivos e infraestrutura.
Observou que só haverá uma recuperação duradoura se a comunidade internacional conseguir colocar fim às restrições de movimento na Cisjordânia e ao bloqueio em Gaza.
Créditos: Jornal GGN

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

País tem 17% de pobres, mas só 2% em situação extrema

Um mapeamento inédito do Banco Mundial com uma nova metodologia para medir graus de pobreza revela que o país ainda tinha, em 2011, 17% da população na pobreza. No entanto, apenas 2% dela poderiam ser considerados em situação extrema. Para chegar a essa conclusão, economistas do banco elaboraram uma nova forma de dividir os pobres brasileiros em quatro segmentos, associando fatores sociais e critérios de renda para diferenciar pobreza crônica de transitória. Na comparação com 1999, o estudo destaca que o país conseguiu reduzir a pobreza em todos os grupos. Naquele ano, o total de pobres chegava a 35% da população, sendo 7% em situação extrema.
Para o Banco Mundial, esse desempenho foi possível graças ao crescimento econômico, o aumento do emprego e da renda e da expansão de programas sociais como o Bolsa Família. A partir de agora, para avançar mais, é preciso aprimorar políticas específicas para cada um dos grupos em que se dividem os pobres, diz o mexicano Luis Felipe Lopez-Calva, um dos economistas do Banco Mundial responsáveis pelo estudo. Ele diz que o Brasil foi um dos poucos países do mundo, na primeira década do século 21, a conseguir crescer economicamente reduzindo pobreza e desigualdade. Pelo novo critério do Banco Mundial, a proporção de brasileiros localizados na pobreza extrema teve uma redução de quase 80% no período analisado. Esse grupo é caracterizado pelo que os pesquisadores consideraram pobres tanto pelo critério de renda, vivendo com menos de R$ 70 mensais por integrante da família, quanto pelo acesso a uma rede de proteção social, composta pelos componentes chamados multidimensionais no estudo para caracterizar a pobreza crônica. A baixa escolaridade dos adultos e crianças fora da escola, a falta de acesso a saúde e moradia, a cobertura deficiente de saneamento e eletricidade, a inexistência de bens ou de uma rede de relações pessoas são fatores que impedem essa parcela da sociedade de alterar sua condição.
— A parte mais importante do nosso estudo foi separar o que chamamos de pobreza crônica da transitória. Se uma pessoa é extremamente pobre em termos de renda, ela tem menos chance de sair dessa condição se não tiver acesso a políticas sociais para além de transferências como o Bolsa Família. Tentamos introduzir outros elementos na metodologia para identificar aqueles que têm mais dificuldades de sair da pobreza, que são as que deveriam receber maior atenção das políticas públicas. Há pessoas que passam pela pobreza, mas não de uma forma crônica. É preciso atacar de maneira diferente cada tipo de pobreza — diz Lopez-Calva. Na pesquisa do Banco Mundial, outros 2% de brasileiros estão em situação de pobreza moderada: têm situação muito ruim em termos monetários, mas têm situação melhor nos quesitos multidimensionais, como habitação, por exemplo. Já quem vive o contrário, com renda pouco acima da linha e pobreza e privação de outros componentes sociais, foram considerados vulneráveis e são 4% da população. Por fim, há aqueles considerados pobres transitoriamente por estarem sem renda, como os desempregados por pouco tempo, mas que não perderam acesso aos fatores multidimensionais que lhes permitem mudar a situação. São 9% da população.(G1).
Créditos: Focando a Notícia

Dilma tem 37% das intenções de voto, Marina, 33%, e Aécio, 15% diz Ibope

Dados da mais recente pesquisa de intenção de voto, divulgados hoje (3) pelo Ibope, apontam a candidata do PT à reeleição presidencial Dilma Rousseff à frente, com 37% da preferência do eleitorado, seguida de Marina Silva, do PSB, com 33%, e de Aécio Neves, do PSDB, com 15%.
Na pesquisa anterior do Ibope, divulgada no dia 26 de agosto, Dilma tinha 34%, Marina, 29%, e Aécio, 19%.

Os números de hoje mostram o candidato do PSC, Pastor Everaldo, com 1%. Os outros sete postulantes, somados, acumulam 2%. Votos brancos e nulos somam 7% e os que não sabem ou não responderam são 5%. A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal O Estado de S. Paulo
Na eventualidade de um segundo turno entre Dilma e Marina, a pesquisa do Ibope aponta a candidata do PSB com 46% das intenções de voto e a presidenta, com 39%. Os votos brancos e nulos somam 8% e não sabe/não respondeu, 6%. Se o segundo turno fosse com Aécio Neves, Dilma teria 47% e o tucano, 34%. Brancos e nulos somariam 11% e não sabe/não respondeu, 8%.
Os números também mostram que melhorou a avaliação do governo. No levantamento anterior, o índice dos que consideram o governo bom ou ótimo era 34% e agora é 36%. Os que consideram regular são 37%, contra 36% na pesquisa anterior. O percentual dos que consideram o governo ruim ou péssimo caiu de 27% na pesquisa de agosto para 26%.
Segundo o Ibope, foram ouvidos 2.506 eleitores em 175 municípios entre 31 de agosto e 2 de setembro. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-00514/2014. Foto 247.

Há um suicídio no mundo a cada 40 segundos

Uma pessoa suicida-se a cada 40 segundos em todo o mundo, sendo esta a segunda causa de morte mais frequente entre os jovens dos 15 aos 29 anos, segundo um relatório hoje divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A OMS sublinha que o suicídio é uma tragédia que pode ser prevenida e evitada, mas acaba por ser uma realidade negligenciada devido ao estigma que lhe está associado.
Segundo o documento, mais de 800 mil pessoas cometem suicídio anualmente e as tentativas serão ainda 20 vezes superiores àquele número, de acordo com estatísticas recolhidas até 2012.
O relatório, que compila mais de 10 anos de dados sobre suicídio nos vários países do mundo, alerta que este é um problema de saúde pública “que é preciso atacar imperativamente, sem demora”.
A OMS lamenta que o suicídio surja “muito raramente nas prioridades em matéria de saúde pública”, devido sobretudo ao “tabu e à estigmatização”.
Segundo o documento, em 2012 a taxa de suicídio no mundo foi de 11,4 por 100 mil habitantes, sendo duas vezes mais frequente nos homens.
O suicídio representa 50% das mortes violentas entre os homens e 71% entre as mulheres.
Em praticamente todas as regiões do mundo, as taxas de suicídio mais elevadas registam-se em pessoas com mais de 70 anos. Contudo, é também a segunda causa de morte nos jovens entre os 15 e os 29 anos.
Entre as formas mais comuns de suicídio estão o envenenamento com pesticidas, o enforcamento ou o salto de edifícios.
Aliás, a OMS considera que restringir o acesso aos meios de suicídio é um elemento-chave na prevenção do problema, dando como exemplos a limitação ao acesso a armas de fogo ou a pesticidas.
Os fatores de risco para o suicídio variam, mas as doenças mentais, como a depressão e a dependência do álcool, estão presentes na esmagadora maioria das pessoas que cometem suicídio, sobretudo nos países desenvolvidos.
Créditos: Jornal I

Cientistas criam espermatozóide a partir de célula feminina

Cientistas britânicos afirmam ter criado espermatozóides a partir de células-tronco da medula óssea feminina - abrindo caminho para o fim da necessidade do pai na reprodução. A experiência vem sendo desenvolvida por especialistas da Universidade de New Castle que ano passado, anunciaram ter conseguido transformar células-tronco da medula óssea de homens adultos em espermatozóides imaturos.

Em entrevista à última edição da revista New Scientist, Karim Nayernia, um dos pesquisadores envolvidos no estudo, disse que agora os cientistas repetiram a experiência com células-tronco da medula óssea de mulheres, podendo "abrir caminho para a criação do espermatozóide feminino". No trabalho, ainda não publicado, Nayernia disse à New Scientist estar esperando a "permissão ética" da universidade para dar continuidade ao trabalho, que consistiria em submeter os espermatozóides primitivos à meiose, um processo que permitiria a maturação do espermatozóide, tornando-o apto para a fertilização.
"Em princípio, eu acredito que isso seja cientificamente possível", disse Nayernia. O estudo, afirma a revista, poderia possibilitar que um dia, casais de lésbicas poderão ter filhos sem a necessidade de um homem, já que o espermatozóide de uma mulher poderia fertilizar o óvulo da outra. 

A New Scientist ainda relata uma experiência que está sendo realizada por cientistas brasileiros no Instituto Butantan, em São Paulo. Segundo a revista, os especialistas estariam desenvolvendo óvulos e espermatozóides a partir de uma cultura de células-tronco embrionárias de ratos machos.
Créditos: WSCOM

Práticas adotadas por escolas públicas melhoram indicadores educacionais

sala de aulaIdentificar os pontos fracos na aprendizagem dos alunos, traçar metas claras para superá-los e aprimorar a gestão são algumas das boas práticas adotadas por 215 escolas públicas que atendem a alunos de baixa renda familiar e que conseguiram melhorar indicadores educacionais entre 2007 e 2011. As práticas comuns a essas instituições e que têm permitido avanços foram identificadas pela pesquisa Excelência com Equidade, produzida pela Fundação Lemann em parceria com o Itaú BBA.
Os anos iniciais do ensino fundamental do (1º ao 5º) foram o foco da pesquisa. A análise teve como base um universo de cerca de 15 mil escolas com estudantes de baixo nível socioeconômico e chegou a essas 215 instituições que apresentaram evolução no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2007 a 2011. Elas apresentaram resultado satisfatório na Prova Brasil 2011, com pelo menos 70% dos alunos com nível adequado em matemática e em língua portuguesa.
A partir daí, essas escolas foram comparadas a outras de nível socioeconômico e contexto similares que tiveram desempenho semelhante no Ideb em 2007, mas não atingiram o mesmo avanço nos indicadores educacionais em 2011. No estudo qualitativo da pesquisa, buscou-se identificar as práticas e estratégias comuns das escolas que passaram pelos critérios, enquanto o estudo quantitativo procurou mapear as características dessas 215 unidades que podem explicar o sucesso e as ações que conseguiram implementar.
Os pesquisadores constataram que um dos diferenciais é que essas instituições monitoram as deficiências e os avanços dos indicadores educacionais e fazem avaliações constantes do desempenho dos alunos e profissionais da educação. Identificados os pontos a melhorar, são traçadas metas claras, com a participação dos educadores, e planejadas as estratégias para alcançá-las. O apoio e a participação efetiva das secretarias de Educação, sejam municipais ou estaduais, são apontados pela pesquisa como fundamentais em todo o processo.
Ao longo de todo o ano, professores, coordenadores e diretores são capazes de identificar os conteúdos que cada aluno domina e aqueles em que ainda precisa melhorar. “A vantagem desse modelo focado no aprendizado é que a escola é capaz de interferir assim que identifica um problema de aprendizagem, impedindo que os alunos fiquem para trás. O que os alunos estão ou não aprendendo é a base para a formação continuada dos professores, o reforço escolar”, registra o texto.
Em algumas escolas, o estudo identificou o pagamento de bônus a professores e a outros profissionais que conseguem cumprir as metas estabelecidas. Um maior montante de recursos disponíveis e a gestão eficiente com foco na aprendizagem estão entre os fatores apontados como determinantes. Outro aspecto que se verifica é a baixa ocorrência de problemas como insuficiência de professores, de pessoal administrativo e recursos pedagógicos.
“As condições, seja de infraestrutura, de cumprimento do currículo, são melhores nessas escolas do que nas demais com alunos de baixo nível socioeconômico. Nossa interpretação é que elas conseguem mais recursos do PAR [Plano de Ações Articuladas] por programas de adesão do governo federal e de algum tipo de articulação com os estados”, disse o coordenador de projetos da Fundação Lemann, Ernesto Martins Faria.
O cuidado com questões como segurança, organização e limpeza também estão relacionadas ao avanço no aprendizado, mostrou a pesquisa. Outro diferencial é a preocupação de diretores e professores em manter a disciplina, rotinas organizadas e assegurar a frequência e a pontualidade dos estudantes. Atividades extracurriculares, como prática de esportes e festas e apresentações estudantis, também aparecem como fatores que contribuíram.
A Escola Municipal Santa Maria Goretti, de Goiandira (GO), é uma das que integram a pesquisa. A diretora Zilah Vaz aponta a adoção do turno integral como fundamental para o bom rendimento dos alunos. No contraturno, cerca de 150 dos 300 alunos da escola têm aulas de reforço de matemática e português e atividades esportivas. Ela conta que os recurso de programas federais, como o Mais Educação e o Mais Cultura, contribuem para ampliar as atividades.
Há ainda ações complementares, como palestras sobre educação ambiental e educação no trânsito. Algumas das atividades extras são decididas com a participação do conselho escolar, que tem pais de estudantes entre os integrantes.
Zilah Vaz destaca ainda o interesse dos professores. “Em sua maioria, são engajados, bem interessados em aprender mais e aplicar os conhecimentos. A coordenação pedagógica tem atuado no sentido de orientar sempre os professores”, explica.
Créditos: Agencia Brasil

Copom mantém Selic em 11% ao ano

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) confirma projeções do mercado financeiro e mantém a taxa Selic, que representa os juros básicos da economia, em 11% ao ano. A decisão foi unânime, após reunião iniciada ontem (2) e terminada hoje (3). O Copom interrompeu a trajetória de alta da Selic em maio, quando segurou os juros após nove aumentos consecutivos. A taxa Selic voltou ao nível de novembro de 2011, quando também estava em 11% ao ano. 
O BC disse, em nota, que a manutenção dos juros considerou a evolução do cenário macroeconômico e as perspectivas para a inflação. A expectativa do mercado é que a Selic encerre o ano sem alterações.
A Selic é usada pelo BC para manter a inflação oficial na meta determinada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 4,5% no ano, com tolerância de dois pontos percentuais, não podendo ultrapassar 6,5%. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado em 12 meses está em 6,5% até julho, e nas projeções do  boletim Focus (resultado de pesquisa semanal com instituições financeiras), divulgado pelo BC na última segunda-feira (1º), o IPCA encerrará 2014 em 6,27%.
Apesar de ajudar a segurar a inflação, o aumento da taxa Selic prejudica o reaquecimento da economia, que cresceu 2,3% no ano passado. Segundo o boletim Focus, os analistas econômicos projetam alta de 0,56% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país) em 2014. A expectativa de crescimento econômico caiu nas 14 últimas semanas nos prognósticos do boletim Focus.
Créditos: Agência Brasil