sábado, 6 de setembro de 2014

PT diz que candidatos com 'fantasia da mudança' servem a especuladores

 O PT reuniu ontem (5) alguns de seus principais líderes em São Paulo para discutir a conjuntura eleitoral e reforçar as críticas às candidaturas de Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB). O documento final do encontro do diretório nacional ressalta as diferenças entre Dilma Rousseff (PT) e os dois principais oponentes, que não são citados diretamente.
“Os dois candidatos da oposição vestem a fantasia da mudança e de uma suposta nova política, mas seus programas de governo, semelhantes em muitos aspectos do conteúdo, revelam que as mudanças propaladas servem mais aos grupos que os apoiam do que à desejada pela maioria da população”, diz a nota divulgada à imprensa.
O encontro reuniu o presidente da sigla, Rui Falcão, o candidato ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, o prefeito da capital paulista, Fernando Haddad, o ministro licenciado das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, deputados e senadores. A participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não foi oficialmente confirmada.
Na visão dos petistas, o que está em jogo nesta disputa eleitoral não é a continuidade dos governos do PT, iniciados há 12 anos, mas o futuro do país. “Os governos Lula e Dilma deram passos firmes para melhorar a vida do povo brasileiro. Mas cada avanço conquistado pelos governos Lula e Dilma sofreu uma grande oposição por parte dos setores sociais e políticos ligados ao grande capital, e ao conservadorismo, cujos interesses barraram e dificultam a ampliação da democracia.”
As principais menções diretas a Marina Silva dizem respeito à seara econômica. O partido acusa os candidatos de oposição de representarem o capital financeiro e bancário, o que passa por “liquidar” o Banco do Brasil, a Caixa Econômica e o BNDES.
O PT lamenta a ideia de independência do Banco Central, afirmando que se trata de retirar da presidência da República e do Congresso a condução da política econômica “entregá-la a um banqueiro de confiança dos rentistas e especuladores”. A proposta da candidata do PSB é dar mandato fixo ao presidente e aos diretores do BC, que não poderiam ser retirados do cargo pelo chefe de Estado, salvo em casos excepcionais, e que teriam total autonomia para conduzir as políticas de juros e câmbio.
Em seguida, o partido critica especificamente as propostas de Marina para a exploração do petróleo na camada de pré-sal. A campanha de Dilma tem trabalhado a ideia de que a candidata do PSB deixará de lado a riqueza garantida pela atividade petrolífera com base no fato de que seu plano de governo fala a respeito do tema em apenas uma linha. “Não satisfeitos, acenam para as multinacionais do petróleo ao colocarem em xeque o modelo de partilha em vigor para substituí-lo pelo regime de concessão.”

Encontrando o tom

A exemplo do que vinha ocorrendo desde o início da campanha, os petistas reiteraram a ideia de que Dilma é a única candidata à presidência que tem possibilidade de aperfeiçoar o sistema democrático e promover reformas importantes nas questões tributária e política.
Durante o evento, os representantes do partido foram questionados sobre qual linha será adotada em relação às críticas a Marina. Na terça-feira foi aberta uma ofensiva que passou por um ato de Lula e Dilma em São Bernardo do Campo, entrevistas e discursos em Brasília e uma propaganda eleitoral que associava a ex-ministra a Jânio Quadros e Fernando Collor, presidentes que não terminaram o mandato. Depois, na quinta, o programa na televisão adotou tom mais brando, na mesma linha do que disse o vice-presidente da República, Michel Temer, que afirmou que a própria conjuntura tratará de desconstruir a candidatura da oponente.
Hoje o discurso seguiu na mesma linha da véspera, evitando menções diretas a Marina e críticas mais duras. Rui Falcão referiu-se à candidata como a “adversária da oposição”, associando-a a uma redução da democracia nacional. “Ao longo das próximas semanas trabalharemos para politizar as eleições presidenciais, mostrando quais interesses estão por trás de cada candidatura, lembrando como era o país até 2002, falando das mudanças que fizemos a partir de 2003, e principalmente apontando as principais mudanças que faremos a partir de 2015”, disse. “O programa é ortodoxo na economia, conservador nos direitos individuais, regressivo nas propostas de reforma política.”
Berzoini rejeitou a ideia de que o PT tenha promovido ataques em tom excessivo contra Marina e afirmou que a estratégia de comunicação tem de ser avaliada a cada momento de campanha. “Eu trabalho com a ideia de que é preciso construir a vitória. Não tem nenhum trabalho de desconstrução. Tem que se trabalhar o contraditório e a verdade dos fatos a partir da ótica de cada candidatura”, disse.
Secretário municipal de Relações Governamentais de São Paulo, Paulo Frateschi criticou o programa eleitoral que associa Marina a Collor e disse que o importante é mostrar o perigo das propostas da candidata do PSB na seara econômica. “Não é a nossa linha. Tem que mudar rapidamente. Você tem que deixar o povo concluir”, afirmou. “Ela tem apoio popular? Não. Ela tem apoio no Congresso? Não.”
Créditos: Rede Brasil Atual

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Indústria volta a crescer

A atividade industrial cresceu em julho, informou ontem (04) a Confederação Nacional da Indústria (CNI). A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) avançou 0,6 ponto percentual, registrando no mês 81% ante os 80,4% registrados em junho, na comparação dessazonalizada - ou seja, excluídos os dados temporais.  É o primeiro crescimento após quatro meses seguidos de retração no setor. As horas trabalhadas  na produção industrial subiram 2,6% em comparação a junho e o faturamento real cresceu 1,2% no mesmo tipo de comparação.
Tanto o emprego no setor como a massa salarial registraram recuo idênticos de 0,2%. Já o rendimento médio real do trabalhador variou 0,1%.
Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), os indicadores foram afetados pela Copa do Mundo, com menor número de dias úteis, em junho na comparação com junho. A Confederação avalia também que mesmo com o crescimento das horas trabalhadas, do faturamento e do uso do parque industrial, o quadro na indústria ainda é de desaquecimento. Isso porque o mercado de trabalho registrou a quinta queda consecutiva em julho - com emprego e massa salarial real em queda de 0,2%.
"O número de jogos foram maior em junho do que em julho. [No entanto] o efeito sazonal não pega a Copa do Mundo porque é um fator atípico. Só dá para eliminar dados padrões quando falamos em dados dessazonalizados ", disse Flávio Castelo Branco, gerente-executivo  da CNI.
Créditos: Paraíba Total

Doleiro Youssef surge no jato do PSB

: O "avião fantasma" usado na campanha dos presidenciáveis do PSB, Eduardo Campos e Marina Silva, é agora vinculado a um conhecido nome da Justiça: o doleiro Alberto Youssef. Preso na Operação Lava-Jato, ele é acusado de comandar um esquema de lavagem de dinheiro e suborno de servidores públicos que pode ter movimentado R$ 10 bilhões nos últimos anos. 
A Polícia Federal investiga se a aeronave foi comprada com recursos de caixa dois do PSB. O uso do avião não constava na declaração de gastos do partido à Justiça Eleitoral. 
Entre os 16 depósitos bancários recebidos pela AF Andrade, de Ribeirão Preto (SP), na venda do Cessna, que caiu com a comitiva de Campos em Santos, consta uma empresa que também fez negócios com uma consultoria de Youssef, considerada de fachada pela PF. A reportagem de Adréia Sadi aponta que a Câmara & Vasconcelos pagou R$ 159,9 mil à AF Andrade (leia aqui). 
O PSB afirma que nem o partido nem Campos sabiam da relação de Youssef com uma das empresas que depositou para a AF Andrade.
Recentemente, o deputado socialista Júlio Delgado (PSB-MG) pediu a cassação de André Vargas (sem partido-PR) alegando que ele pegou carona num avião do doleiro.
Como será encarado, agora, o caso em que os dois presidenciáveis do PSB usaram um jato pago com recursos de Youssef?
O PSB tenta desvincular Marina Silva da polêmica. Trocou inclusive o CNPJ do comitê financeiro da campanha para jogar a responsabilidade do caso para o falecido Eduardo Campos. A mudança não é obrigatória por lei.
Créditos: Brasil 247

Aprovada terapia experimental contra câncer de pele

A FDA, agência americana que regula o setor de alimentos e remédios, autorizou nesta quinta-feira (4) o uso de uma nova terapia experimental imunológica que emprega uma droga chamada Keytruda, voltada ao combate do melanoma avançado, um agressivo tipo de câncer de pele. A terapia é destinada a pacientes que não respondem a outros tratamentos. Também conhecida como pembrolizumab, a droga é a sexta inovação nas terapias para combater esse letal câncer de pele a ser autorizada pela FDA desde 2011.
Desenvolvida pela farmacêutica Merck, a Keytruda "é a primeira droga aprovada para bloquear o componente celular chamado PD-1, que impede o sistema imunológico de combater as células cancerígenas", disse a FDA em um comunicado. "A Keytruda pode ser utilizada depois do tratamento com ipilimumab, um tipo de imunoterapia' existente, acrescentou a nota. O melanoma, uma forma de tumor muito agressivo nas células responsáveis pela pigmentação da pele, representa cerca de 5% dos novos casos de câncer diagnosticados nos Estados Unidos. Todo ano, mais de 76 mil americanos são diagnosticados com câncer de pele, e cerca de 10 mil morrem, acrescentou a FDA.

A instituição Aliança para a Pesquisa do Melanoma classificou a aprovação do medicamento como um "grande avanço" e ressaltou que 69% dos pacientes tratados com pembrolizumab melhoram depois de um ano. "A notícia é extremamente emocionante e demonstra o quão longe se chegou nesse campo nos últimos anos", disse Debra Black, da FDA. As outras drogas aprovadas pela FDA contra o melanoma incluem ipilimumab (2011), peginterferon alfa-2b (2011), vemurafenib (2011), dabrafenib (2013) e trametinib (2013). "A Keytruda foi considerada uma terapia inovadora e acelerou a revisão da FDA, porque a evidência clínica preliminar demonstrou que a droga é substancialmente melhor do que as outras terapias", explicou a FDA.
Tom Stutz é um dos pacientes que participaram do estudo da droga, desenvolvido na Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA). "A droga salvou minha vida', afirmou Tom, vítima de um melanoma que se espalhou pelo corpo.
Créditos: WSCOM

Asteroide passa de raspão pela Terra neste domingo

Um asteroide do tamanho de uma baleia vai passar “muito perto” da Terra neste domingo, conforme informou a Nasa. No momento da aproximação, o corpo celeste _ batizado 2014 RC _ vai estar a um décimo da distância entre o centro da Terra e a Lua: 40 mil quilômetros. 
Astrônomos estimam que o asteroide tenha 20 metros de diâmetro e, apesar da proximidade (40 mil quilômetros parecem uma grande distância, mas em escala espacial é como se ele passasse pela Terra de raspão), não vai ser visível a olho nu quando voar sobre a Nova Zelândia, por volta das 15h _ horário de Brasília. Com pequenos e simples telescópios, no entanto, pode ser possível testemunhar a aparição meteórica do asteroide, que viaja a uma velocidade de 45 mil km/h. A partir de um telescópio, pesquisadores da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, detectaram o 2014 RC próximo ao Havaí, no último fim de semana. 
A agência espacial americana garante que não há risco de colisão, embora a órbita do corpo celeste o traga de novo para a vizinhança do planeta no futuro. “O movimento do asteroide após essa passagem será monitorado de perto, mas nenhum potencial encontro ameaçador com a Terra foi identificado até agora”, disse a Nasa, em nota. A agência também destacou que a aproximação entre o asteroide e a Terra cria uma oportunidade única para pesquisadores observarem e aprenderem mais sobre asteroides. Foto: Flickr/ Stephen Tomas
Créditos: Zero Hora

Uma em cada dez jovens foi vítima de estupro ou violação até os 20 anos

Cerca de 120 milhões de mulheres jovens em todo o mundo, o equivalente a uma em cada dez, foi vítima de estupro ou violação até os 20 anos, segundo relatório divulgado hoje (5) pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Em estudo global sobre a violência contra crianças, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) mostra que um quinto das vítimas de homicídio são crianças ou adolescentes com menos de 20 anos.
O homicídio é a principal causa de morte em rapazes e em jovens com idade  entre 10 e 19 anos nos países da América Latina, incluindo a Venezuela, a Colômbia, o Panamá e o Brasil.
O Unicef diz que o estudo Escondido à Vista (Hidden in plain sight) é o maior trabalho realizado sobre violência contra crianças e foi baseado em dados de 190 países.
“Esses são fatos desconfortáveis, nenhum governo ou pai vai querer vê-los”, disse o diretor executivo da instituição, Anthony Lake. “Mas se não enfrentarmos a realidade que cada estatística representa – a vida de uma criança que tem direito à segurança, a uma infância protegida e que foi violada – nunca deixaremos de pensar que a violência contra as crianças é normal e permissível. E não é”, acrescentou.
Outro abuso é o bullying, que afeta uma em cada três crianças com idade entre 13 e 15 anos.
O estudo revela ainda que 17% dos jovens em 58 países foram vítimas de punições físicas severas e de forma repetida.
Como prevenção da violência contra crianças, o levantamento recomenda que se fomente o apoio aos pais e às crianças com competências para a vida, uma mudança de atitudes e comportamentos, o fortalecimento do sistema judicial e uma consciencialização para a violência e os custos humanos e socioeconômicos que ela acarreta. Mudanças de atitudes e de legislação são outras sugestões.
Créditos: Agencia Brasil

O retrocesso econômico nos Territórios Palestinos Ocupados

Os Territórios Palestinos Ocupados têm registrado, por anos, um retrocesso econômico e esta tendência de queda continua e se reforça com o passar do tempo, afirmou a Conferência da ONU sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD).
Ao apresentar seu informe anual sobre a Palestina, Mahmoud Elkhafif, coordenador da UNCTA de Assistência ao Povo Palestino, explicou que o estudo foi elaborado antes da recente operação militar israelense em Gaza, não registrando, portanto, os efeitos desta destruição.
Ele  afirmou que os eventos na Faixa de Gaza constituíram um golpe a mais em uma economia colapsada por sete anos de bloqueio e das intervenções militares israelenses anteriores às das últimas semanas.
“Do ponto de vista econômico, o que se passou em Gaza é somente outro episódio que reforça o processo contrário ao desenvolvimento da economia palestina”, pontuou Elkhafif.
Explicou que o retrocesso significa uma maior dependência forçada da economia israelense já que se a palestina deixou de ser capaz de produzir já se vê obrigada a importar bens básicos, principalmente de Israel.
Elkhafif afirmou que a economia dos Territórios Ocupados em seu conjunto se contrai e que mesmo nos anos em que há reportado crescimento tem seguido na via do retrocesso, já que não é uma economia sã que pode desenvolver-se dada a falta de produção.
Ele afirmou que tanto a fome como a segurança alimentar e o desemprego aumentam em Gaza e Cisjordânia.
O economista indicou que a reconstrução da economia palestina em geral e a de Gaza, em particular, requerem não só uma grande ajuda externa, mas novos investimentos em setores produtivos e infraestrutura.
Observou que só haverá uma recuperação duradoura se a comunidade internacional conseguir colocar fim às restrições de movimento na Cisjordânia e ao bloqueio em Gaza.
Créditos: Jornal GGN