domingo, 7 de setembro de 2014

Hortas comunitárias se multiplicam nas comunidades do Rio

Horta comunitária no Morro da Formiga, na Tijuca, bairro da zona norte do Rio de Janeiro. Na foto, o coordenador da horta, Orlando de Almeida Ribeiro, 66 anos, conhecido como Português (Tomaz Silva/Agência Brasil)Desenvolvimento socioeconômico, segurança alimentar, aumento da capacidade de infiltração da água no solo, conservação da biodiversidade e diminuição do efeito estufa e da poluição, são alguns dos benefícios da pequena horta comunitária no Morro da Formiga, na Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro.
Sem placa ou aviso, o portãozinho de madeira na subida do morro passa desapercebido para quem não é da comunidade. Mas o entra e sai de moradores mostra que a popularidade da horta dispensa propagandas. A moradora Márcia Cristina Alves dos Santos passa pela horta três vezes por semana pela manhã, para comprar verduras. “Compro couve, alface e o almeirão. É bem mais fresquinho do que no supermercado. Não tem comparação”, comenta a diarista.
O coordenador da horta, Orlando de Almeida Ribeiro, 66 anos, conhecido pela comunidade como Português mostra orgulhoso a alface crespa, couve, o almeirão, aipim, mamão, cheiro-verde e a abobrinha. “Tudo sem agrotóxico”, garante. “Cobramos pouquinho, o molho da alface custa R$1, por exemplo. O que mais fazemos aqui é a doação”, conta o coordenador que trabalha na horta há seis anos. “Acho que doamos para 20 famílias, além da escola e creche que temos na comunidade”. 
Existem 30 hortas com este perfil espalhadas pela cidade, fruto do projeto Hortas Cariocas, criado há seis anos pela prefeitura, com o objetivo de incentivar a prática da agricultura urbana e oferecer gêneros alimentícios de qualidade a custo acessível, sobretudo nas comunidades pobres.
O projeto determina que metade da produção dos alimentos seja obrigatoriamente doada para as escolas do bairro e às famílias com maior vulnerabilidade social, indicadas pela Associação dos Moradores. A outra parte pode ser comercializada pelas equipes e o lucro é dividido entre os beneficiários.
Para o idealizador e gestor do projeto, Julio César Barros, da Secretaria de Meio Ambiente, nesses oito anos de trabalho é possível afirmar que as hortas têm reduzido os índices de ocupação irregular de terrenos ociosos, elevando os níveis de inclusão social, além de propiciar  aos moradores da comunidade alimentação livre de transgênicos e agrotóxicos. “O projeto vem ganhando corpo. Este trabalho é uma parceria entre o poder público e a comunidade. O resultado tem sido positivo,uma vez que o beneficiário é a comunidade. Hortas Cariocas está deselitizando o consumo de alimento orgânico e contribuindo para a formação da política de segurança alimentar da cidade ”, disse o agrônomo.
A associação dos moradores costuma indicar pessoas em situação de vulnerabilidade, como ex-presidiários e indivíduos que tenham envolvimento com o tráfico de drogas. “Tem muitos idosos, aposentados   e pessoas cuja saúde melhorou depois que começaram a trabalhar na horta, ”, comentou.
No Complexo de Manguinhos, zona norte, a horta pública é considerada a maior da América Latina, com cerca de 1 quilômetro de diâmetro emprega dezenas de pessoas. O local ocupa um terreno baldio, antes frequentado por usuários de crack e depósito de lixo.
A maior ambição do projeto é promover no médio prazo a emancipação da horta, quando os hortelãos atingem um nível de produção, cujo lucro é maior vendendo a produção do que recebendo a bolsa da prefeitura, mesmo tendo que doar metade do que é produzido. Cada funcionário ganha hoje R$360 e o coordenador, responsável pelas atividades na horta e funções administrativas, como compra de sementes e ferramentas, entre outras funções recebe R$480.
Um convênio com a Secretaria Estadual de Agricultura deve incrementar  o projeto, com recursos humanos para capacitar novos interessados em trabalhar nas hortas, com introdução de novas tecnologias e empreendedorismo. Julio ressalta que a mobilização e envolvimento dos moradores das comunidades desde o início do processo de implementação são fundamentais para o sucesso do projeto.
Das 40 hortas já criadas pelo projeto, oito foram paralisadas pela equipe gestora. Os resultados esperados na produção de alimentos e conservação da horta não foram alcançados. O monitoramento é feito por meio da anotação dos alimentos vendidos e doados.
O projeto também tem convênio com a Secretaria Municipal de Educação e utiliza espaços livres de escolas municipais para criar pequenas hortas. A parceria permite que o coordenador Orlando vai às creches e escolas da comunidade do Morro da Formiga para ensinar às crianças a plantar e conhecer os diferentes tipos de hortaliças. “Nas escolas levo as mudinhas para as crianças. Vários moradores já fazem hortinhas nas casas. Eu forneço as sementes e os oriento”, explicou.
Outra parceria feita com a concessionária de energia elétrica Ligh tem possibilitado a criação de hortas sob Linhas de Transmissão de Energia, como é o caso da horta da Formiga. A Companhia de Lixo Urbano também contribui em algumas hortas com composto orgânico.
Estão previstas mais cinco hortas na cidade até o fim do ano, adianta  Julio. "Nossa meta é cinco, mas cheguemos as sete hortas, vamos ver. O momento atual tem sido bom para o projeto. Mas o ideal seria que as hortas comunitárias fossem incluídas no planejamento urbano e na política municipal,  pois trata-se de uma prática multifuncional que promove a sustentabilidade econômica, social e ecológica".
Julio lamenta que o agricultor urbano no município encontra barreiras para a manutenção do negócio, devido a falta de políticas de financiamento da agricultura familiar, já que o plano diretor municipal afirma a cidade do  Rio de Janeiro não possui áreas agrícolas. As dificuldades de comercialização e venda em pequena e média escala são alguns dos empecilhos.
Créditos: Agencia Brasil

sábado, 6 de setembro de 2014

Dom Aldo diz que beijo gay em guia eleitoral foi "apelação"

O arcebispo da Paraíba, Dom Aldo Pagotto, repudiou o primeiro beijo lésbico no guia eleitoral na Paraíba, taxou de apelação e afirmou que ‘as pessoas em condição homossexual já têm seus direitos garantidos’.
Em entrevista ao Sistema Arapuan ontem (5), Dom Aldo afirmou que o beijo entre duas mulheres no guia do PSOL foi uma ‘verdadeira apelação’ e ainda acrescentou que acredita que a defesa dessa bandeira seja uma ‘coisa muito pobre e limitada’.
Dom Aldo também comentou que os LGBTs tem o direito de fazer essa defesa, mas pontua: ‘As pessoas de condição homossexual tem já os seus direitos garantidos. Não precisa apelar. O que temos dificuldade de aceitar é uma imposição de uma bandeira a qualquer custo e a qualquer preço’. Finalizando, o arcebispo acredita que com esta propaganda eleitoral eles (os homossexuais) deram ‘um tiro no pé’.
Créditos: Focando a Notícia

Substância retirada do ipê pode ajudar a tratar leucemia

Uma substância derivada de árvores do ipê pode ser o caminho para o tratamento de leucemias - diferentes tipos de câncer que afetam os glóbulos brancos, células responsáveis pelo sistema de defesa do organismo. Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e da Universidade Federal Fluminense (UFF) identificaram três moléculas capazes de atuar sobre glóbulos brancos cancerígenos, sem afetar as células saudáveis. A descoberta pode levar à criação de fármacos específicos para o tratamento de diferentes tipos de leucemias. O trabalho foi publicado na revista científica European Journal of Medicinal Chemistry.
Os pesquisadores criaram as moléculas da união do núcleo das células de outras duas substâncias e as testaram em quatro linhagens diferentes de leucemia, duas de linfoide aguda, mais comum em crianças e com prognóstico melhor; e duas de mieloide aguda, mais rara, mas responsável pelos casos mais graves. Dos 18 compostos criados, 3 se mostraram mais potentes e com seletividade maior - atacaram as células cancerígenas e, em menor grau, as células saudáveis. E, principalmente, tiveram comportamento diferenciado em relação às linhagens de leucemia. Uma delas se mostrou 19 vezes mais potente sobre células de leucemia linfoide do que sobre as de leucemia mieloide.

"É a primeira vez que se investiga as moléculas oriundas dessa estratégia de junção de núcleos em diferentes linhagens de leucemia. E o mais importante é conhecer esse perfil de atividade de acordo com a linhagem. A leucemia é um dos tipos de câncer que mais afetam crianças e por trás da palavra leucemia se esconde uma grande diversidade de doenças. O grande problema da terapia é a falta do medicamento específico para cada tipo de leucemia", afirma o farmacêutico Floriano Paes Silva Junior, chefe do Laboratório de Bioquímica de Proteínas e Peptídeos do IOC.

As moléculas foram preparadas pelo grupo coordenado pelos pesquisadores Fernando de Carvalho da Silva e Vitor Francisco Ferreira, da UFF, com base no núcleo das células de duas substâncias. Uma delas é derivada de um produto natural extraído do ipê. Esse núcleo pertence à classe química das quinonas. "O que nós queremos é matar as células malignas, mas as quinonas costumam ter baixa seletividade, ou seja, matam também as células saudáveis", disse Silva Junior.
Os cientistas combinaram, então, o núcleo da quinona com o de outra molécula, chamada triazol, que tem a capacidade de atingir somente as células cancerígenas. Silva Júnior ressalta que esse é o "primeiro passo" para a criação de um fármaco. Mas testes e análises ainda devem levar pelo menos dez anos.
Créditos: WSCOM

Delação premiada sobre propina a parlamentares, pode ser a bala de prata da eleição

CPI - Petrobras - 2014 - CPIPETROO ex-diretor da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, citou pelo menos 32 deputados e senadores, um governador e cinco partidos políticos que receberiam 3% de comissão sobre o valor de cada contrato da Petrobrás firmados durante sua gestão na diretoria de Abastecimento da estatal petrolífera.
Desde sexta feira, 29 de agosto, Paulo Roberto está depondo em regime de delação premiada para tentar obter o perdão judicial. Ele é alvo da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que desmantelou um grande esquema de lavagem de dinheiro e corrupção na Petrobrás. São depoimentos diários que se estenderam por toda semana. O número de políticos citados foi mencionado por Paulo Roberto nos primeiros depoimentos, mas pode crescer até o final da delação.
Paulo Roberto relatou a formação de um cartel de empreiteiras dentro da Petrobrás, em quase todas as áreas da estatal. Partidos políticos eram supostos beneficiários de recursos desviados por meio de comissões em contratos arranjados. E exemplificou: “Todo dia tinha político batendo em sua porta”.
Num depoimento, ele citou uma conta de um “operador do PMDB” em um banco europeu. Paulo Roberto contou que os desvios nos contratos da Petrobrás envolveriam desde o funcionário do terceiro escalão até a cúpula da empresa, durante sua gestão na diretoria de Abastecimento, entre 2004 e 2012.
O ex-executivo também citou quase todas as grandes empreiteiras do País que conseguiram os contratos. Inicialmente seu alvo foram as empresas, mas não havia como isentar os políticos, uma vez que, segundo ele, foram beneficiados com propinas. Por causa da citação aos políticos, que têm foro privilegiado, os depoimentos serão remetidos para a Procuradoria Geral da República. A PGR afirmou que só irá receber a documentação ao final do processo de delação.
O acordo de delação premiada assinado por Paulo Roberto prevê praticamente o perdão judicial. A pena que ele receberá será mínima comparada aos 50 anos que poderia pegar se responder aos processos — já é réu em duas ações, uma sobre corrupção na Petrobrás e outra sobre ocultação e destruição de documentos.
O acordo prevê que o ex-executivo será colocado em liberdade quando encerrar os depoimentos. Ele deve ficar um ano usando tornozeleira eletrônica, em casa, no Rio, sem poder sair na rua.
Os depoimentos têm sido longos. No primeiro dia foram mais de quatro horas. Um advogado do Paraná que esteve com ele diz que Paulo Roberto está “exausto, mas se diz aliviado”.
O ex-executivo teria demonstrado preocupação apenas quando soube que a imprensa noticiou a delação premiada. Seu temor é se tornar um “arquivo vivo”.
Os depoimentos são todos filmados e tomados em uma sala na Custódia da PF em Curitiba. Ao final de cada dia os depoimentos são lacrados e criptografados pelo Ministério Público Federal, que os envia diretamente para a PGR, em Brasília. A PGR mandou emissário a Curitiba no início do processo de delação.
O doleiro Alberto Youssef, também preso acusado de ser um dos cabeças do esquema desbaratado pela Lava Jato, também tentou negociar com o Ministério Público Federal uma nova delação premiada (ele fez a primeira no caso do Banestado, em 2003), mas desistiu ao ser informado que pegaria pelo menos 3 anos de prisão, em regime fechado.
Créditos: Viomundo

Cientistas sequenciaram o genoma do café

Sabor, aroma e propriedades estimulantes. Três razões que fazem com que todos os dias sejam servidos 2,25 mil milhões de cafés um pouco por todo o mundo. Ànotícia de que um fungo e a seca prolongada estão a atacar a produção global de café segue-se agora a descoberta científica do genoma do café, que pode ajudar a melhorar a sua produção e até mesmo o sabor.
O estudo foi liderado por Philippe Lashermes, do Instituto Francês de Pesquisa para o Desenvolvimento, e permite “extrair algumas conclusões sobre por que é que o café é tão especial”, disse o investigador. Os resultados do trabalho foram publicados na edição desta sexta-feira da revista Science e, mais importante, pode levar a “avanços reais” no sentido de o melhorar, ainda que isso possa levar tempo, avisou Victor Albert, investigador da Universidade de Buffalo, Nova Iorque, Estados Unidos, um dos autores deste artigo
A vasta equipa sequenciou 25.574 genes da espécie Coffea canephora, mais conhecida por Robusta, originária de África Ocidental e que se cultiva sobretudo no continente africano, Brasil e sudeste asiático. Esta variedade representa 30% da produção mundial e só fica atrás da Arábica.
Com o genoma “podem ser feitos cruzamentos dirigidos que permitam, por exemplo, obter variedades que melhorem o sabor do café – mais ou menos amargo -, o aroma e a resistência a pragas”, explicou à Agência Efe Julio Rozas, investigador da Universidade de Barcelona, em Espanha, e um dos participantes do projeto.
Créditos:Observador

PT diz que candidatos com 'fantasia da mudança' servem a especuladores

 O PT reuniu ontem (5) alguns de seus principais líderes em São Paulo para discutir a conjuntura eleitoral e reforçar as críticas às candidaturas de Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB). O documento final do encontro do diretório nacional ressalta as diferenças entre Dilma Rousseff (PT) e os dois principais oponentes, que não são citados diretamente.
“Os dois candidatos da oposição vestem a fantasia da mudança e de uma suposta nova política, mas seus programas de governo, semelhantes em muitos aspectos do conteúdo, revelam que as mudanças propaladas servem mais aos grupos que os apoiam do que à desejada pela maioria da população”, diz a nota divulgada à imprensa.
O encontro reuniu o presidente da sigla, Rui Falcão, o candidato ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, o prefeito da capital paulista, Fernando Haddad, o ministro licenciado das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, deputados e senadores. A participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não foi oficialmente confirmada.
Na visão dos petistas, o que está em jogo nesta disputa eleitoral não é a continuidade dos governos do PT, iniciados há 12 anos, mas o futuro do país. “Os governos Lula e Dilma deram passos firmes para melhorar a vida do povo brasileiro. Mas cada avanço conquistado pelos governos Lula e Dilma sofreu uma grande oposição por parte dos setores sociais e políticos ligados ao grande capital, e ao conservadorismo, cujos interesses barraram e dificultam a ampliação da democracia.”
As principais menções diretas a Marina Silva dizem respeito à seara econômica. O partido acusa os candidatos de oposição de representarem o capital financeiro e bancário, o que passa por “liquidar” o Banco do Brasil, a Caixa Econômica e o BNDES.
O PT lamenta a ideia de independência do Banco Central, afirmando que se trata de retirar da presidência da República e do Congresso a condução da política econômica “entregá-la a um banqueiro de confiança dos rentistas e especuladores”. A proposta da candidata do PSB é dar mandato fixo ao presidente e aos diretores do BC, que não poderiam ser retirados do cargo pelo chefe de Estado, salvo em casos excepcionais, e que teriam total autonomia para conduzir as políticas de juros e câmbio.
Em seguida, o partido critica especificamente as propostas de Marina para a exploração do petróleo na camada de pré-sal. A campanha de Dilma tem trabalhado a ideia de que a candidata do PSB deixará de lado a riqueza garantida pela atividade petrolífera com base no fato de que seu plano de governo fala a respeito do tema em apenas uma linha. “Não satisfeitos, acenam para as multinacionais do petróleo ao colocarem em xeque o modelo de partilha em vigor para substituí-lo pelo regime de concessão.”

Encontrando o tom

A exemplo do que vinha ocorrendo desde o início da campanha, os petistas reiteraram a ideia de que Dilma é a única candidata à presidência que tem possibilidade de aperfeiçoar o sistema democrático e promover reformas importantes nas questões tributária e política.
Durante o evento, os representantes do partido foram questionados sobre qual linha será adotada em relação às críticas a Marina. Na terça-feira foi aberta uma ofensiva que passou por um ato de Lula e Dilma em São Bernardo do Campo, entrevistas e discursos em Brasília e uma propaganda eleitoral que associava a ex-ministra a Jânio Quadros e Fernando Collor, presidentes que não terminaram o mandato. Depois, na quinta, o programa na televisão adotou tom mais brando, na mesma linha do que disse o vice-presidente da República, Michel Temer, que afirmou que a própria conjuntura tratará de desconstruir a candidatura da oponente.
Hoje o discurso seguiu na mesma linha da véspera, evitando menções diretas a Marina e críticas mais duras. Rui Falcão referiu-se à candidata como a “adversária da oposição”, associando-a a uma redução da democracia nacional. “Ao longo das próximas semanas trabalharemos para politizar as eleições presidenciais, mostrando quais interesses estão por trás de cada candidatura, lembrando como era o país até 2002, falando das mudanças que fizemos a partir de 2003, e principalmente apontando as principais mudanças que faremos a partir de 2015”, disse. “O programa é ortodoxo na economia, conservador nos direitos individuais, regressivo nas propostas de reforma política.”
Berzoini rejeitou a ideia de que o PT tenha promovido ataques em tom excessivo contra Marina e afirmou que a estratégia de comunicação tem de ser avaliada a cada momento de campanha. “Eu trabalho com a ideia de que é preciso construir a vitória. Não tem nenhum trabalho de desconstrução. Tem que se trabalhar o contraditório e a verdade dos fatos a partir da ótica de cada candidatura”, disse.
Secretário municipal de Relações Governamentais de São Paulo, Paulo Frateschi criticou o programa eleitoral que associa Marina a Collor e disse que o importante é mostrar o perigo das propostas da candidata do PSB na seara econômica. “Não é a nossa linha. Tem que mudar rapidamente. Você tem que deixar o povo concluir”, afirmou. “Ela tem apoio popular? Não. Ela tem apoio no Congresso? Não.”
Créditos: Rede Brasil Atual

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Indústria volta a crescer

A atividade industrial cresceu em julho, informou ontem (04) a Confederação Nacional da Indústria (CNI). A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) avançou 0,6 ponto percentual, registrando no mês 81% ante os 80,4% registrados em junho, na comparação dessazonalizada - ou seja, excluídos os dados temporais.  É o primeiro crescimento após quatro meses seguidos de retração no setor. As horas trabalhadas  na produção industrial subiram 2,6% em comparação a junho e o faturamento real cresceu 1,2% no mesmo tipo de comparação.
Tanto o emprego no setor como a massa salarial registraram recuo idênticos de 0,2%. Já o rendimento médio real do trabalhador variou 0,1%.
Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), os indicadores foram afetados pela Copa do Mundo, com menor número de dias úteis, em junho na comparação com junho. A Confederação avalia também que mesmo com o crescimento das horas trabalhadas, do faturamento e do uso do parque industrial, o quadro na indústria ainda é de desaquecimento. Isso porque o mercado de trabalho registrou a quinta queda consecutiva em julho - com emprego e massa salarial real em queda de 0,2%.
"O número de jogos foram maior em junho do que em julho. [No entanto] o efeito sazonal não pega a Copa do Mundo porque é um fator atípico. Só dá para eliminar dados padrões quando falamos em dados dessazonalizados ", disse Flávio Castelo Branco, gerente-executivo  da CNI.
Créditos: Paraíba Total