quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Dilma afirma que FHC nutre visão elitista e atrasada sobre pobres

A presidenta Dilma Rousseff voltou a lamentar ontem (7) a visão externada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que associou o voto no PT à pobreza existente nos “grotões” de “mal informados”. Em entrevista coletiva no Palácio do Alvorada, ela afirmou que a noção defendida pelo líder do PSDB está presa a um conceito do passado.
“Acho lamentável. Acho lamentável porque é uma visão elitista do país. Vocês sabem qual é uma das grandes forças do Brasil? É ele ser esse país continental que é”, defendeu, afirmando se tratar de uma “visão atrasada” aquela que desconhece em cada um dos brasileiros um cidadão com grande potencial humano. “Fico estarrecida quando escuto essa história. Escutei isso ao longo da minha vida. Escutei muito que o povo não sabia votar. Quando o povo não sabia votar vocês sabem o que acontecia, né? Não tinha eleição. O povo não sabia votar, então não deixavam o povo votar. Essa história de que o povo não sabe votar porque não se formou numa universidade é uma falácia, uma mentira.”
Além de FHC, articulistas e usuários de redes sociais associaram após a eleição de domingo o voto no PT à pobreza. Ressurgiram as ideias de que o bom desempenho petista nas regiões Norte e Nordeste está diretamente conectado a uma dependência criada pelo Bolsa Família. O colunista Paulinho Navarro, do jornal mineiro O Tempo, chegou a sugerir um plebiscito para excluir do Brasil as duas regiões.
Nesse sentido, a fala de Dilma antes que começassem as perguntas dos jornalistas já ressaltava mais uma vez as diferenças entre o PT e o PSDB de seu adversário no segundo turno, Aécio Neves. Ela afirmou que o segredo dos 12 anos de administração dela e de Luiz Inácio Lula da Silva está justamente em governar para todos, ainda que com prioridade para as classes mais baixas.
A presidenta recordou que em 12 anos subiram a linha de pobreza 36 milhões de pessoas e que 42 milhões entraram na chamada classe média. Hoje, 73% dos brasileiros estão nas classes A, B e C. “As necessidades passam pelo fato de que é fundamental que o Brasil busque duas coisas simultaneamente. A gente tem de olhar para os mais pobres, que ainda são pobres. Um governo que não olhar para quem é mais pobre não está fazendo seu trabalho direito. Agora, ao mesmo tempo esse governo e os governos que virão terão de enfrentar o desafio de aumentar o emprego para a classe média brasileira.”
Dilma se reuniu no Centro de Eventos Brasil 21, na capital, com governadores eleitos e reeleitos pelo PT e por partidos da base aliada, além de parlamentares e ministros licenciados para a campanha. Hoje foi anunciado que o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, também irá se licenciar do cargo pelas próximas três semanas para reforçar a equipe que trabalha pela reeleição.
Na entrevista, Dilma foi perguntada sobre qual o caminho para melhorar o nível de votação em São Paulo, estado em que foi derrotada por Aécio, com uma diferença de 4,2 milhões de votos. Ela disse que a ideia é garantir comunicação com todos os setores da sociedade na tentativa de reverter a situação, e não deixou de por duas vezes alfinetar os tucanos.
Ao ser questionada sobre o que explica a baixa votação do PT no estado, a petista se contrapôs a FHC, dizendo que se ancora em um pensamento comum: “Eu não tive voto. Não tem diagnóstico mais simples e mais humilde. Voto, a gente pode fazer todas as suposições, mas você precisa partir desse princípio”, afirmou. “Vou lutar para ganhar em todos os estados possíveis. Não tem essa de ganhar um estado e achar que não vale. O Brasil é um só.”
Depois disso, a presidenta passou a recordar que teve boas votações no Nordeste, no Norte, no Rio Grande do Sul e em Minas Gerais, terra natal dela e estado que foi governado por Aécio durante oito anos. “Quem me conhece votou em mim”, disse Dilma, que foi perguntada se aquela frase era uma indireta ao tucano: “Você está deduzindo. Você é rápida”.
A presidenta foi perguntava novamente sobre a importância do apoio de Marina Silva e do PSB. A ex-ministra, terceira colocada no primeiro turno, com 21,3% dos votos válidos, deu sinais de que apoiará Aécio no segundo turno, mas a posição do partido será definida amanhã, durante reunião em Brasília. “Acho que ninguém pode abrir mão de apoio de ninguém. Agora, também sei perfeitamente, pela experiência política e todos vocês sabem disso, que ninguém é dono do eleitor. Fico muito feliz quando me apoiam, agora sei que ninguém manda no eleitor. É um princípio democrático.”
Créditos: Rede Brasil Atual

Conflito na Ucrânia mata 3.660 pessoas e fere 8.756

Ucrânia, crise, ONU, vítimas

Desde meados de abril a 6 de outubro, 3.660 pessoas morreram e 8.756 ficaram feridas na sequência do conflito na Ucrânia, informou esta quarta-feira o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.
"A partir de meados de abril a 6 de outubro, morreram 3.660 pessoas, mais 8.756 ficaram feridas. Desde o anúncio do cessar-fogo, entre 6 de setembro e 6 de outubro, foram registrados 331 mortos", declarou o serviço de imprensa da ONU.
Até 30 de setembro, o número de pessoas mortas no leste da Ucrânia totalizou 3.627 (levando em conta as vítimas do acidente do Boeing da Malásia), o dos feridos – 8.446.
O relatório afirma que algumas pessoas poderiam ter morrido antes do armistício na Ucrânia, declarado em 5 de setembro. No entanto, os dados das vítimas foram relatados somente agora.Foto: REUTERS/Shamil Zhumatov
Créditos: Voz da Russia

Dilma começa campanha do segundo turno com viagens ao Nordeste

A candidata do PT à reeleição, Dilma Rousseff, começa hoje (8) um roteiro por pelo menos quatro capitais do Nordeste na campanha para o segundo turno das eleições.

Dilma teve quase 60% dos votos da Região Nordeste no primeiro turno, com vitória em todos os estados, à exceção de Pernambuco, onde ficou atrás da candidata do PSB, Marina Silva. O estado é o berço político do ex-governador Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo em agosto, durante a campanha presidencial.
A candidata petista inicia a viagem por João Pessoa, onde se reunirá amanhã (8) à noite, em ato político, com prefeitos e líderes políticos paraibanos. Na quinta-feira (9), Dilma tem agenda em Salvador, onde também se reunirá com prefeitos, líderes politicos e apoiadores de sua campanha, entre eles, o atual governador, Jaques Wagner, e o governador eleito, Rui Costa, ambos do PT. Após o encontro, a candidata participará de uma caminhada que terminará na Igreja de Nosso Senhor do Bonfim, tradicional ponto turístico da capital baiana.
De Salvador, Dilma seguirá para Aracaju, onde participará de ato político com apoiadores. Da capital sergipana, Dilma irá a Maceió para encontros com líderes e prefeitos que apoiam sua reeleição.
Além do Nordeste, a agenda de viagens de Dilma na primeira semana de campanha do segundo turno ainda inclui idas a Belo Horizonte, na sexta-feira (10), e ao Rio Grande do Sul e a Santa Catarina no sábado (11).
Em seguida, a campanha de Dilma deverá concentrar esforços em São Paulo, maior colégio eleitoral do país, onde a candidata à reeleição foi derrotada pelo candidato do PSDB, Aécio Neves, no primeiro turno por uma diferença de mais de 4 milhões de votos.
Créditos:Agencia Brasil

Aécio diz que questão da reeleição tem de ser discutida no Congresso


O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, disse ontem (7), durante encontro com trabalhadores da construção civil, que sua proposta de governo está aberta a novas contribuições.

Perguntado sobre a expectativa de ter apoio de Marina Silva no segundo turno das eleições, Aécio reafirmou que vê convergências importantes entre seu programa de governo e o dela, mas ressaltou que é preciso respeitar o tempo e as discussões internas de cada partido. Candidata do PSB à Presidência, Marina ficou em terceiro lugar no primeiro turno.

“É uma questão que não depende de mim. Temos que respeitar cada um daqueles que se posicionaram em outra direção no primeiro turno. O segundo turno é o momento das convergências, das aproximações. Vamos aguardar com respeito a movimentação dos candidatos”, disse Aécio. No encontro com os trabalhadores, o candidato defendeu mandato de cinco anos, sem reeleição, para todos os cargos públicos, proposta também defendida por Marina. Segundo Aécio, trata-se de uma questão que precisa ser discutida no Congresso Nacional. “Não estamos falando do fim da reeleição para presidente da República apenas. Estamos falando da reeleição de governadores e prefeitos, então, é preciso haver um entendimento no Congresso Nacional."Foto: 247
Créditos: Agencia Brasil

MEC reconhece 41 cursos superiores

O reconhecimento é necessário para a validade nacional dos diplomas.
O Ministério da Educação (MEC) reconheceu 41 cursos superiores em instituições públicas e privadas em 13 estados, a maior parte na Região Sudeste. São oferecidas 4,5 mil vagas em diversas áreas. A lista completa dos cursos está em duas portarias publicadas hoje (3) no Diário Oficial da União.
O reconhecimento é necessário para a validade nacional dos diplomas. Eles precisam ser autorizados e ter pelo menos um ano de funcionamento, quando é verificado o cumprimento dos requisitos legais para prestação do serviço educacional. são bacharelados, licenciaturas e tecnológicos. Entre eles, estão direito, biomedicina, química, filosofia, educação física, fotografia e nutrição.
Do total dos cursos, 13 estão em instituições federais. Para conferir os demais cursos e instituições cadastrados, o MEC disponibiliza online um sistema de consulta.
Créditos: WSCOM

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Renovação da Câmara dos Deputados é superior a 40%

Conheça a lista de deputados federais eleitosIndependentemente do resultado final das eleições para a Presidência da República, qualquer dos eleitos deve enfrentar dificuldades para aprovar propostas na Câmara dos Deputados, principalmente as relacionadas às reformas e a direitos de segmentos mais vulneráveis da sociedade. Nas urnas, os eleitores acabaram optando por renovar mais de 40% dos deputados federais. Nesse universo, incluíram seis novos partidos na Casa. A partir  de janeiro de 2015, as atuais 22 legendas passarão a ser 28.

“Houve uma pulverização partidária e a governabilidade ficará mais difícil”, explicou o analista político Antonio Augusto de Queiroz, diretor de Documentação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). “Os grandes partidos encolheram, especialmente PT e PMDB, e houve crescimento de pequenas e médias legendas. Isso obrigará o futuro presidente da República a negociar com eles, que não se pautam por questões programáticas ou ideológicas”, alertou.

Com as votações nos estados, o PT continua tendo a maior bancada na Câmara, com 70 deputados, mas perdeu assentos. Na atual legislatura, o partido tem 88 parlamentares. O PMDB também teve a bancada reduzida, passando dos atuais 71 para 66 deputados. Entretanto, permanece como o segundo mais representado na Casa. O PSDB aumentou de 44 para 54 deputados o número de parlamentares na Câmara.
A força das pequenas e médias legendas ocorrerá no caso de alianças. Partidos novos, criados depois das eleições de 2010, como Solidariedade, PROS e PEN, elegeram, respectivamente, 15, 11 e dois deputados federais. Entre as pequenas bancadas, também estão incluídos PDT, com 19 parlamentares, e PRB, com 20. “Se formam uma aliança, superam os grandes com facilidade. A consequência é que a possibilidade de reformas, principalmente a Reforma Política, fica reduzida, porque esses partidos podem entender que serão prejudicados, impedidos de se eleger nas próximas eleições”, avaliou Queiroz. Na opinião do analista, outro aspecto, que pode ser avaliado como má notícia, é o perfil de grande parte dos novos deputados.

“Alguns são pastores evangélicos, apresentadores de televisão, especialmente de programas policialescos, ou parentes de políticos famosos [mais de 70 deputados]. Isso tornará o próximo Congresso mais conservador”, afirmou Antonio Augusto. Lembrou a eleição de nomes como o de Celso Russomano (PRB-SP), deputado federal mais votado do Brasil, com mais de 1,5 milhão de votos, e Jair Bolsonaro (PR), defensor da ditadura militar, que teve 461 mil votos e foi o deputado federal mais votado do Rio de Janeiro.

Outro exemplo é o caso do pastor Marco Feliciano. Depois do período polêmico à frente da Comissão de Direitos Humano da Câmara, obteve quase o dobro dos votos conquistados nas eleições de 2010, somando no pleito de ontem (5) 392 mil votos.

Queiroz salientou que, caso as previsões sejam confirmadas, propostas sensíveis como aborto, maioridade penal e direitos de lésbicas, gays, bissexuais e travestis (LGBT) correm o risco de paralisação. “Houve esse expressivo crescimento de setores mais conservadores e uma redução da bancada ligada aos movimentos sociais. Partidos de esquerda perderam mais deputados desses setores sociais. Embora representativa, a renovação não é, necessariamente, qualitativa”, assinalou.

Dos eleitos, 198 deputados exercerão mandato pela primeira vez e 25 já tiveram assento no Congresso e novamente foram eleitos. Nesse grupo, oito ex-deputados tentaram, em 2010, se eleger a outros cargos. Entre eles, Celso Russomano, Alberto Fraga (DEM-DF), José Carlos Aleluia (DEM-BA), Patrus Ananias (PT-MG) e Indio da Costa (PSD-RJ). Também ex-deputados, Leonidas Cristino (PROS-CE) e Odelmo Leão (PP-MG) estavam no comando de prefeituras. Ocupavam outros cargos o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), João Castelo (PSDB-MA) e o atual vice-governador da Paraíba, Rômulo Gouveia (PSB)   
Os resultados divulgados ontem pela Justiça Eleitoral ainda podem ter modificações. A conclusão depende do julgamento de candidaturas analisadas pela Lei da Ficha Suja, como é o caso do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP).
Créditos: Agencia Brasil

Wikileaks: PSDB prometeu entregar o pré-sal aos norte-americanos

Telegrama enviado da embaixada americana para o Departamento de Estado dos Estados Unidos, vazado pelo Wikileaks, denuncia que Serra prometeu entregar o pré-sal às petroleiras do exterior.
“Eles são os profissionais e nós somos os amadores”, teria afirmado Patrícia Padral, diretora da americana Chevron no Brasil, sobre a lei proposta pelo governo. Segundo ela, o tucano José Serra teria prometido mudar as regras se fosse eleito presidente. 
“Deixa esses caras (do PT) fazerem o que eles quiserem. As rodadas de licitações não vão acontecer, e aí nós vamos mostrar a todos que o modelo antigo funcionava… E nós mudaremos de volta”, teria dito o pré-candidato.
Nos bastidores, o lobby pelo pré-sal, por Natalia Viana.
“A indústria de petróleo vai conseguir combater a lei do pré-sal?”. Este é o título de um extenso telegrama enviado pelo consulado americano no Rio de Janeiro a Washington em 2 de dezembro do ano passado.
Como ele, outros cinco telegramas a serem publicados hoje pelo WikiLeaks mostram como a missão americana no Brasil tem acompanhado desde os primeiros rumores até a elaboração das regras para a exploração do pré-sal – e como fazem lobby pelos interesses das petroleiras.
Os documento revelam a insatisfação das pretroleiras com a lei de exploração aprovada pelo Congresso – em especial, com o fato de que a Petrobras será a única operadora – e como elas atuaram fortemente no Senado para mudar a lei.
“Eles são os profissionais e nós somos os amadores”, teria afirmado Patrícia Padral, diretora da americana Chevron no Brasil, sobre a lei proposta pelo governo . Segundo ela, o tucano José Serra teria prometido mudar as regras se fosse eleito presidente.
Partilha
Pouco depois das primeiras propostas para a regulação do pré-sal, o consulado do Rio de Janeiro enviou um telegrama confidencial reunindo as impressões de executivos das petroleiras.
O telegrama de 27 de agosto de 2009 mostra que a exclusividade da Petrobras na exploração é vista como um “anátema” pela indústria.
É que, para o pré-sal, o governo brasileiro mudou o sistema de exploração. As exploradoras não terão, como em outros locais, a concessão dos campos de petróleo, sendo “donas” do petróleo por um deteminado tempo. No pré-sal elas terão que seguir um modelo de partilha, entregando pelo menos 30% à União. Além disso, a Petrobras será a operadora exclusiva.
Para a diretora de relações internacionais da Exxon Mobile, Carla Lacerda, a Petrobras terá todo controle sobre a compra de equipamentos, tecnologia e a contratação de pessoal, o que poderia prejudicar os fornecedores americanos.
A diretora de relações governamentais da Chevron, Patrícia Padral, vai mais longe, acusando o governo de fazer uso “político” do modelo.
Outra decisão bastante criticada é a criação da estatal PetroSal para administrar as novas reservas.
Fernando José Cunha, diretor-geral da Petrobras para África, Ásia, e Eurásia, chega a dizer ao representante econômico do consulado que a nova empresa iria acabar minando recursos da Petrobrás. O único fim, para ele, seria político: “O PMDB precisa da sua própria empresa”.
Mesmo com tanta reclamação, o telegrama deixa claro que as empresas americanas querem ficar no Brasil para explorar o pré-sal.
Para a Exxon Mobile, o mercado brasileiro é atraente em especial considerando o acesso cada vez mais limitado às reservas no mundo todo.
“As regras sempre podem mudar depois”, teria afirmado Patrícia Padral, da Chevron.
Combatendo a lei
Essa mesma a postura teria sido transmitida pelo pré-candidtao do PSDB a presidência José Serra, segundo outro telegrama enviado a Washington em 2 de dezembro de 2009.
O telegrama intitulado “A indústria de petróleo vai conseguir combater a lei do pré-sal?” detalha a estratégia de lobby adotada pela indústria no Congresso.
Uma das maiores preocupações dos americanos era que o modelo favorecesse a competição chinesa, já que a empresa estatal da China, poderia oferecer mais lucros ao governo brasileiro.
Patrícia Padral teria reclamado da apatia da oposição: “O PSDB não apareceu neste debate”.
Segundo ela, José Serra se opunha à lei, mas não demonstrava “senso de urgência”. “Deixa esses caras (do PT) fazerem o que eles quiserem. As rodadas de licitações não vão acontecer, e aí nós vamos mostrar a todos que o modelo antigo funcionava… E nós mudaremos de volta”, teria dito o pré-candidato.
O jeito, segundo Padral, era se resignar. “Eles são os profissionais e nós somos os amadores”, teria dito sobre o assessor da presidência Marco Aurelio Garcia e o secretário de comunicação Franklin Martins, grandes articuladores da legislação.
“Com a indústria resignada com a aprovação da lei na Câmara dos Deputados, a estratégia agora é recrutar novos parceiros para trabalhar no Senado, buscando aprovar emendas essenciais na lei, assim como empurrar a decisão para depois das eleições de outubro”, conclui o telegrama do consulado.
Entre os parceiros, o OGX, do empresário Eike Batista, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e a Confederação Naiconal das Indústrias (CNI).
“Lacerda, da Exxon, disse que a indústria planeja fazer um ‘marcação cerrada’ no Senado, mas, em todos os casos, a Exxon também iria trabalhar por conta própria para fazer lobby”.
Já a Chevron afirmou que o futuro embaixador, Thomas Shannon, poderia ter grande influência nesse debate – e pressionou pela confirmação do seu nome no Congresso americano.
“As empresas vão ter que ser cuidadosas”, conclui o documento. “Diversos contatos no Congresso (brasileiro) avaliam que, ao falar mais abertamente sobre o assunto, as empresas de petróleo estrangeiras correm o risco de galvanizar o sentimento nacionalista sobre o tema e prejudicar a sua causa”.
Fonte: Wikileaks
http://wikileaks.ch/cable/2009/08/09RIODEJANEIRO288.html
http://wikileaks.ch/cable/2009/12/09RIODEJANEIRO369.html
Créditos: Folha de Marigá