segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Uruguai: Tabaré Vasquez e Luís Lacelle Pou vão para o segundo turno

UruguaiComeça nesta segunda-feira (27) a campanha para o segundo turno das eleições presidenciais uruguaias. A disputa, no próximo dia 30 de novembro, será entre os candidatos do governo, Tabaré Vasquez, e do tradicional Partido Nacional (ou Blanco), Luís Lacalle Pou.
“As eleições de domingo (26) foram as mais disputadas dos últimos 20 anos no Uruguai”, disse à Agência Brasil o cientista político Mauro Casa. “O que esté em jogo não é apenas a Presidência do Uruguai, que será definida em um segundo turno, mas também a composição do Congresso que apoiará o novo governo.”
Até o fim da noite desse domingo, só haviam sido apurados 11% dos votos. Mas todos os candidatos se basearam nos resultados de boca de urna para fazer seus discursos, agradecendo os eleitores pelo voto e lançando as campanhas para o segundo turno.

Tabaré Vasquez, 74 anos – que presidiu o Uruguai de 2005 a 2010, inaugurando uma década de governos da coalizão de partidos de esquerda, a Frente Ampla – foi o mais votado. Obteve cerca de 46,4 e 47,4% dos votos, segundo projeções feitas por três consultorias. Luís Lacalle Pou, 41 anos – o mais jovem de todos os candidatos –, obteve 30,4% e 32%, segundo as mesmas consultorias.
Não é a primeira vez que haverá segundo turno entre candidatos da Frente Ampla e do Partido Nacional. Em 2010, o ex-guerrilheiro Jose Pepe Mujica derrotou o ex-presidente Luís Lacalle de Herrera (1990-1995) – pai de Lacalle Pou - que buscava um segundo mandato. Tanto Tabaré Vasquez quanto Mujica (que foi eleito senador) têm altos índices de popularidade: nas suas gestões, o Uruguai cresceu, a pobreza diminuiu e o desemprego caiu de dois dígitos para um.
 “Mas os tempos mudaram e Lacalle Pou atraiu muitos votos jovens, por causa da sua idade e de uma campanha colocando ênfase em ser positivo, sem explicar muito bem o que isso significava. Foi um discurso diferente do típico discurso politico”, disse Casa. Segundo ele, para derrotar Tabaré Vasquez no segundo turno Lacalle Pou vai precisar conquistar os votos dos demais partidos da oposição – e não será fácil.
No domingo (26), Lacalle Pou já deu o primeiro passo nesse sentido, comparecendo em público ligado ao terceiro colocado: o candidato do tradicional Partido Colorado, Pedro Bordaberry (filho do ex-ditador Juan Maria Bordaberry). Ele obteve 13% dos votos, segundo as pesquisas de boca de urna, feitas por três consultoras. Se as previsões forem acertadas, Lacalle Pou precisaria também garantir os votos do Partido Independente (de esquerda), que obteve 3% dos votos, mas cujos eleitores dificilmente se identificariam com os colorados.
Mesmo que Tabaré Vasquez assegure, em novembro, o terceiro governo consecutivo da Frente Ampla, resta saber que apoio terá no Congresso. Desde que chegou ao poder, a Frente Ampla contou com a maioria na Câmara dos Deputados e no Senado, aprovando sem dificuldades seus projetos de lei – até os mais polêmicos. Entre eles estão a legalização do aborto, do casamento de pessoas do mesmo sexo e do consumo, da produção e da venda de maconha.
“Estamos à beira de obter a maioria parlamentar”, disse Tabaré Vasquez, no discurso em comemoração à vitória no primeiro turno. Mas ele não deu certeza, pelo contrário, disse que a Frente Ampla não quer “um país de unanimidades, que não seria bom, nem possível”. Já Lacalle Pou manteve acesa a esperança de que pode derrotar Tabaré Vasquez: “Está intacta a possibilidade de ser governo”, disse. Ele comemorou a possibilidade de a oposição ter maior presença no Congresso.
 Alem de ter votado para presidente, vice, deputados federais e senadores (que terão todos mandatos de cinco anos), os uruguaios participaram de um plebiscito para reduzir a maioridade penal de 18 para 16 anos. A iniciativa, do Partido Colorado, foi derrotada, mas reflete uma das maiores preocupações dos eleitores uruguaios hoje: o aumento da insegurança. As exigências são uma reforma para melhorar a educação (especialmente no segundo grau) e para a saúde.

Eleitor coloca fogo em urna eletrônica

Um eleitor colocou fogo na urna eletrônica da seção em que votaria no município de Porteirinha, no norte de Minas Gerais. Segundo o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Dias Toffoli, os votos que já estavam armazenados no equipamento não sofreram danos. A urna havia sido usada por 67 eleitores até o momento do crime. A mídia onde ficam armazenados os dados foi retirada da urna queimada e inserida em outro equipamento, permitindo a continuidade da votação. 

De acordo com a Polícia Militar, o eleitor entrou na seção com gasolina em uma garrafa pet. Ele foi preso em flagrante e, segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG), deve responder por crime de desordem. A pena prevista é de dois meses e pagamento de multa. 
Créditos: Band,com

domingo, 26 de outubro de 2014

Parabéns Presidente Dilma!


Dilma aparece na frente nas pesquisas

Presidente Dilma Rousseff aparece na frente nas três pesquisas que foram divulgadas ontem; no Ibope, sua vantagem é de seis pontos; no Datafolha, de quatro; no Vox Populi, de 6,9 pontos. Ibope coloca a presidente Dilma Rousseff com 53% dos votos, contra 47% do senador Aécio Neves, oscilação ocorreu dentro da margem de erro; na pesquisa anterior, Dilma tinha 54% e Aécio 46%; na pesquisa Datafolha, ela tem tem 52%, contra 48% do senador Aécio Neves, o que configura empate técnico, no limite da margem de erro, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos; na Vox, os números são 53,4% a 46,5%; resultado da disputa presidencial mais emocionante de todos os tempos será conhecido neste domingo, às 20h.
Créditos: Portal Brasil 247

Atividade solar não aumentará temperatura na Terra

tempestade solar, sol, terra"Para falar do vento solar, não se tem observado mudanças consideráveis durante os estudos duradouros dos últimos 10 anos ou penúltimos 10 anos. O Sol porta-se de maneira praticamente uniforme e, se a temperatura na Terra subir, não será por causa do Sol", disse o cientista. Segundo ele, não se deverá encarar a sério as previsões baseadas nas observações feitas durante meio ano ou um ano, sendo estes prazos demasiado curtos.  Flickr.com/NASA Goddard Photo and Video/cc-by
Créditos: Voz da Russia

Ebola já matou 4.922 pessoas, diz OMS

Vírus do ebola já matou 4.922 pessoas, diz OMSA Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que quase a metade das pessoas infectadas por ebola, em oito países, morreram. São 10.141 infectados e 4.922 mortos, segundo o novo balanço divulgado ontem (25). Na última quarta-feira, a OMS tinha divulgada que o número de infectados era 9.936 e o de mortos, 4.877.
No total de infectados, 4.655 estão na Libéria, 3.896 em Serra Leoa, 1.553 em Guiné, 20 na Nigéria, quatro nos Estados Unidos, um no Senegal, um na Espanha e um no Mali. A Nigéria e o Senegal foram declarados livres do vírus há uma semana.
A OMS indica que, em sete meses de surto, 450 profissionais de saúde foram infectados e 244 morreram.
O atual surto de ebola é o mais extenso e prolongado desde que o vírus foi descoberto, em 1976. No dia 8 de agosto, a OMS decretou estado de emergência de saúde pública de alcance mundial e fez um apelo para que a comunidade internacional se mobilize para combater a epidemia na África.
Créditos: Agencia Brasil

TSE diz que 'Veja' manipula informação e atua de forma partidária contra Dilma

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concedeu ontem (25) direito de resposta a Dilma Rousseff e à coligação “Com a Força do Povo” para que sejam reparadas informações mentirosas difundidas pela revista Veja em reportagem publicada na edição desta semana. A decisão do ministro Admar Gonzaga determina que a versão da candidata do PT à reeleição seja publicada imediatamente na página da publicação na internet, independente de recurso.
Na sentença, Gonzaga afirma que o conteúdo da revista “não ostenta, por si só, caráter absoluto ou de veracidade”, ao afirmar que Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinham conhecimento sobre um esquema de pagamento de propinas utilizando a Petrobras. Ele observa ainda que a edição baseia-se “em depoimento do qual não se tem conhecimento sobre o real conteúdo – o que certamente o torna incerto/duvidoso”.
O direito de resposta deve ser colocado na internet no “mesmo lugar e tamanho em que exibida a capa do periódico, bem como com a utilização de caracteres que permitam a ocupação de todo o espaço indicado”.
Na decisão, o ministro assinala ainda estranheza com o fato de a revista ter começado a circular na sexta-feira, com um dia de antecedência em relação ao período usual de distribuição, e adverte ainda sobre o oferecimento do conteúdo de maneira livre na internet, uma operação normalmente garantida apenas a assinantes. Somadas, as duas atitudes sugerem “a ocorrência de manipulação de informação com nítido caráter eleitoral, traduzindo-se em claro abuso do direito de informação”.
O texto da decisão liminar diz que a revista Veja “desbordou do seu direito de bem informar”, agiu de forma ofensiva e sem qualquer cautela, e que “as circunstâncias demonstram a conduta facciosa do periódico”.
Antes da liminar, a Procuradoria-Geral Eleitoral havia se manifestado a favor do acolhimento do pedido da coligação encabeçada pelo PT. O vice-procurador-geral Eugênio José Guilherme de Aragão afirmou que na reportagem da Veja “não se trata de fato verídico, já apurado por autoridades públicas. E são muito graves as colocações efetuadas em tal matéria, dando um viés de certeza a um depoimento cujo teor é desconhecido, e que configura calúnia”.
Na resposta, a coligação de Dilma afirma que “a democracia brasileira assiste, mais uma vez, a setores que, às vésperas da manifestação da vontade soberana das urnas, tentam influenciar o processo eleitoral por meio de denúncias vazias, que não encontram qualquer respaldo na realidade, em desfavor do PT e de sua candidata”.
E continua:  “A publicação faz referência a um suposto depoimento de Alberto Youssef, no âmbito de um processo de delação premiada ainda em negociação, para tentar implicar a presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em ilicitudes. Ocorre que o próprio advogado do investigado, Antônio Figueiredo Basto, rechaça a veracidade desse relato, uma vez que todos os depoimentos prestados por Yousseff foram acompanhados por Basto e/ou por sua equipe, que jamais presenciaram conversas com esse teor.”
Mais cedo, em Porto Alegre, Dilma voltou a manifestar indignação com a atitude da revista. "Vou investigar a fundo. Doa a quem doer. Manifesto meu repúdio a esse processo, que é um processo golpista. Tenho uma vida inteiro de repúdio à corrupção", afirmou. "Por que isso não apareceu antes? Que história é essa? Minha indignação é proporcional à injustiça que estão cometendo contra mim", desabafou.
O direito de resposta, porém, foi concedido pouco antes de o Jornal Nacional dar eco às denúncias trazidas pela Veja. O pretexto do telejornal da Globo, o mais assistido do país, foi a pichação do prédio da Abril promovida ontem à noite por militantes, que escreveram em paredes inscrições como “Veja mente”.
Sob essa perspectiva, a reportagem aproveitou para falar sobre a denúncia, dando voz ao candidato do PSDB à presidência da República, Aécio Neves, que se posicionou como defensor da liberdade de expressão e afirmou que o ataque não deveria ser direcionado à Abril, mas aos grupos que desviam recursos do Estado.
Embora a reportagem tenha exibido fala de Dilma a respeito, foi dado à revista o direito de replicar a resposta da petista, que não teve direito a tréplica. No dia anterior, quando haveria tempo para uma nova resposta da petista, inclusive pela via judicial, o tema foi ignorado pelo telejornal da Globo, que preferiu deixar a exibição da denúncia para a noite anterior ao início da votação.
De imediato usuários de redes sociais reagiram à reportagem, colocando a hashtag #GolpeNoJN no topo dos assuntos mais comentados no Twitter em todo o mundo. Entre as postagens surgiram recordações sobre a manipulação da eleição de 1989, quando, em um pleito acirrado, a Globo divulgou informações falsas sobre Lula e editou o debate ocorrido no dia anterior de forma a favorecer Fernando Collor de Mello, que acabaria eleito.
Também pelo Twitter, a deputada Benedita da Silva (PT-RJ) manifestou indignação com a reportagem exibida pela Globo: "Não existe covardia maior do que golpe pelas costas. Quando não há tempo hábil para responder povo brasileiro vocês já viram esse filme."
Créditos: Rede Brasil Atual