quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Suíça inicia testes de vacina contra ebola

A Suíça iniciará, na próxima sexta-feira (31), os primeiros testes de uma vacina experimental contra o vírus ebola, desenvolvida pela farmacêutica britânica GlaxoSmithKline. A vacina já está sendo testada no Reino Unido, nos Estados Unidos e no Mali, na África.
Os testes serão feitos no Hospital Universitário de Lausanne, com a participação de 120 voluntários e suporte da Organização Mundial da Saúde (OMS). Os pacientes serão monitorados durante seis meses - tempo suficiente para avaliar a segurança e eficácia da vacina. Entre os voluntários estão estudantes de medicina e profissionais de diferentes áreas de saúde, que viajarão para o território africano, onde vão ajudar a combater o ebola.
O professor Blaise Genton, chefe do Departamento de Doenças Infecciosas do Hospital de Lausanne, disse que confia na segurança da vacina. “É a mesma tecnologia que tem sido usada na vacina contra malária”, observou.
A estudante de medicina Marie Schmidhauser está entre os voluntários que participarão dos testes. “Eu fui muito bem informada, recebi informações precisas. Se todo mundo tiver medo, não será possível fazer os testes necessários e encontrar uma solução para o problema”, disse ela.
Os resultados dos primeiros testes garantirão informações necessárias para o planejamento de estudos maiores, envolvendo milhares de participantes.

Movimentos sociais prometem intensificar cobranças sobre governo e Parlamento

Brasília - Estudantes e representantes de movimentos sociais, como a União Nacional dos Estudantes, realizam a Jornada de Lutas da Juventude (Marcello Camargo/Agência Brasil) Centro do debate nesses primeiros dias após a divulgação do resultado das eleições, a economia não será o único desafio a tirar o sossego dos governantes que assumirem em 1º de janeiro. Independentemente do apoio dado durante o pleito, organizações sociais prometem intensificar a vigilância e a pressão sobre a presidenta reeleita Dilma Rousseff, sobre governadores e parlamentares para ver atendidas suas reivindicações e impedir o que classificam de “retrocessos em direitos sociais”.
“Vemos os próximos anos como de muitos riscos para os direitos das mulheres e para tudo o que conquistamos com muita luta nos últimos 30 anos. Nossa expectativa é de resistência”, disse à Agência Brasil a diretora do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea), Guacira Oliveira. A preocupação do movimento femininista diz respeito não só à diminuição do número de mulheres eleitas para o Congresso Nacional e para chefiar os executivos estaduais, mas, principalmente, com a nova composição do Parlamento, classificado pelo Cfemea como uma legislatura mais “reacionária, conservadora, anti-igualitária e fundamentalista”.
“Esse sistema político, impermeável ao ingresso das mulheres, favorece os segmentos menos compromissados com a consolidação de um poder democrático, com participação paritária feminina”, defendeu Guacira. “Por isso, lutaremos pela reforma do sistema político, além de continuar cobrando nossas outras bandeiras: direitos sexuais ou reprodutivos, descriminalização do aborto, enfrentamento à violência contra as mulheres, regulamentação da lei do trabalho doméstico e das políticas públicos relativas à infraestrutura de cuidado, como creches e albergues para cuidados com idosos”, completou.
A preocupação também é mencionada por representantes indígenas e indigenistas. “O resultado das eleições nos deixou mais preocupados devido ao fortalecimento de setores econômicos contrários aos povos indígenas e seus direitos. A julgar pela nova composição [do Congresso], o indicativo é que, no Poder Legislativo e nos estados, o processo de ataque [aos povos indígenas] que caracterizou os últimos anos se aprofunde”, declarou o secretário executivo do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Cléber Buzatto.
Sobre a reeleição de Dilma, o dirigente do Cimi disse que espera novos posicionamentos. “Ainda alimentamos a esperança de que, em seu segundo mandato, a presidenta mude em relação aos temas que envolvem estrutura fundiária. Que retome o curso de reconhecimento e homologação das terras indígenas e quilombolas e a reforma agrária”, disse Cléber.
Desde o fim do regime militar, em 1985, o governo Dilma foi o que menos homologou terras indígenas, segundo o Cimi. “Esperamos que a presidenta tenha a sabedoria para perceber que não será alimentando os setores conservadores que conseguirá implementar mudanças estruturantes urgentes. Se as urnas mostraram algo foi que, por mais que o governo federal tenha agradado ao agronegócio, paralisando a demarcação de terras tradicionais e a reforma agrária e subsidiando a atividade, nos estados em que o agronegócio é forte [Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, por exemplo] a presidenta perdeu as eleições”, disse Cléber, destacando a importância da reforma política. “Já no campo da economia, que tanto destaque tem recebido, buscar soluções exclusivamente no mercado financeiro e nos bancos nos parece uma sinalização negativa.”
Para o sociólogo e diretor do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), Cândido Grzybowski, o resultado das urnas indica que a população reconhece importantes conquistas recentes, mas cobra mudanças. Em nota, Grzybowski avalia que, mesmo frustrados com o que consideram um modelo de desenvolvimento incapaz de promover reformas estruturais, setores organizados da sociedade civil se engajaram na disputa e ajudaram a consolidar a vitória de Dilma Rousseff.
“Mas a reeleição por uma pequena margem de 3,5% precisa ser vista como um pedido de mais e não simplesmente do mesmo […] Demandamos um reformismo mais consistente, mais transformador […] A cidadania militante, despertada neste segundo turno, quer as mudanças esperadas que ainda não aconteceram. Se o poder constituído saberá se sintonizar com a cidadania reivindicante é uma questão em aberto”, afirma Grzybowski.
Para o assessor de Políticas Públicas do Greenpeace, Pedro Telles, a sociedade precisa se mobilizar para garantir avanços em relação à preservação da qualidade ambiental. Segundo ele, o Greenpeace vai manter “a mesma postura crítica dos últimos quatro anos”. Em nota, a organização afirma que o país retrocedeu em termos de proteção à natureza, pois optou por priorizar os investimentos em combustíveis fósseis, em detrimento de fontes renováveis; anistiou quem destruiu o meio ambiente por meio da promulgação do novo Código Florestal; interrompeu o ciclo de redução do desmatamento da Amazônia e criou menos unidades de conservação que em governos anteriores. “Lógico que, nos próximos quatro anos, isso pode mudar e essa é nossa esperança. Mas o que vemos é um cenário muito semelhante e preocupante, no qual teremos que continuar lutando muito não só para que tenhamos avanços, mas para evitar retrocessos.”
Uma das coordenadoras da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Isolete Wichinieski também considera que, para os trabalhadores rurais e as comunidades tradicionais, é grande a ameaça de retrocessos legislativos. “No Congresso Nacional e nas assembleias estaduais foram eleitas pessoas muito conservadoras. Por isso, prevemos dificuldades para manter os direitos constitucionais já assegurados aos trabalhadores do campo e conquistarmos novos avanços. A regulamentação do conceito de trabalho escravo, por exemplo, vai se tornar ainda mais difícil. Os movimentos sociais poderão ser ainda mais criminalizados e reprimidos. O que amplia as chances de um acirramento dos embates. Até porque, para nós, a articulação política no Congresso ficará ainda mais difícil. Por isso, acreditamos que os próximos anos serão de muita e intensa luta.”
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) destaca a luta por uma Assembleia Constituinte exclusiva, pela reforma agrária, pelo assentamento de mais de 120 mil famílias de trabalhadores do campo que, hoje, vivem acampadas em condições precárias e pela democratização da mídia. “Apesar do atendimento às pautas dos movimentos sociais estarem aquém do esperado – e basta ver os números da reforma agrária dos últimos quatro anos – fomos fundamentais para garantir a vitória de Dilma. Agora, seguiremos somando forças e ocupando latifúndios por uma sociedade mais justa e igualitária. O grande desafio para os movimentos sociais é seguir lutando por reformas estruturantes”, disse Alexandre Conceição, um dos coordenadores do MST no site da entidade.
Créditos: Agencia Brasil

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Dilma terá maioria no novo Congresso

Reeleita neste domingo para um segundo mandato, Dilma Rousseff (PT) tem vantagem numérica garantida no Congresso. A esmagadora maioria, entretanto, não revela que a presidente terá mais trabalho para lidar com as demandas de aliados nada satisfeitos com sua forma dialogar, reclamação remanescente do primeiro mandato. Se os partidos da coligação que apoia a presidente elegeram 304 deputados, garantindo 59,25% das cadeiras na Câmara, esse grupo pode receber reforços até entre legendas que apoiaram Aécio Neves (PSDB).

Isso porque dois partidos que apoiaram o tucano - PTB e PSB - não descartam entendimento com o Planalto ao longo do segundo mandato. Ambos admitem que o apoio ao PSDB cria arestas numa eventual negociação, mas nada que não possa ser superado. O PSB condiciona esse diálogo a questões programáticas em comum na pauta do governo neste segundo governo. No PTB, embora haja divisão quanto à tese de adesão, a bancada na Câmara é entusiasta e não deverá erguer grandes barreiras para abrir diálogo com a presidente. Juntos, os dois partidos têm 59 deputados eleitos. 
Como o PT viu sua bancada encolher nessas eleições, passando dos atuais 88 deputados para 70 eleitos para a próxima legislatura, aumentará a dependência do governo em relação aos aliados. Por isso mesmo, o partido terá de gastar mais energia nesse diálogo. E o encolhimento do PMDB, que passou dos atuais 71 deputados para 66 – podendo enfraquecer o poder de fogo do aliado –, corrobora a necessidade de ampliar o diálogo com um número maior de legendas. Mesmo entre os partidos coligados, existe um sentimento de que a relação deverá ser revista. Caso contrário, a promessa é que Dilma terá de enfrentar rebeldias cada vez mais evidentes e frequentes.

O PMDB reconhece nos bastidores que colocará a relação noutros termos no segundo mandato. O primeiro problema já tem data marcada. O partido indicará o atual líder da bancada, Eduardo Cunha (RJ), para a presidência da Casa, em substituição ao atual presidente, Henrique Eduardo Alves (RN), derrotado na disputa potiguar. Acontece que o PT tem planos nesse sentido. Internamente, Marco Maia (RS) e o ex-líder do governo na Casa Arlindo Chignalia disputam como pré-candidatos para o posto. Ambos já presidiram a Câmara – Maia nos anos de 2011 e 2012 e Chinaglia nos anos 2007 e 2009. A presidência da Câmara é de importância estratégica, já que é o presidente quem define a pauta de votações.
Como deverão se posicionar os partidos na Câmara:
Ficam com Dilma:
PT (70), PMDB (66), PR (34), PRB (21), PROS (11), PDT (19), PCdoB (10), PP (36), PSD (37) - total de 304 deputados
Não descartam entendimento com Dilma:PSB (34), PTB (25) - total de 59 deputados
Viés de independência ou criação de bloco:PSC (12), PV (8), PEN (2), PTN (4), PTC (2), PT do B (1), PSL (1), PRTB (1), PRP (3), PHS (5), PSDC (2) - total de 41 deputados
Oposição:PSDB (54), PMN (3), SDD (15), DEM (22), PPS (10), PSOL (5) - total de 109 deputados.
(Ultimo Segundo)
Créditos: WSCOM

Recessão leva mais 2,6 milhões de crianças à pobreza em países desenvolvidos

Comité português da Unicef quer estratégia nacional contra pobreza infantilA crise econômica mundial levou 2,6 milhões de crianças à situação de pobreza nos países mais prósperos do mundo, tendo as crianças de Irlanda, Letônia e Grécia como as mais atingidas, revelou um novo relatório do Unicef. O aumento da pobreza infantil desde o início da crise, em 2008, aumentou o número estimado de crianças que vivem na pobreza no mundo desenvolvido para cerca de 76,5 milhões, segundo o estudo.
"Muitos países ricos sofreram um 'grande salto para trás' em termos de rendimento familiar, e o impacto sobre as crianças terá repercussões duradouras para elas e suas comunidades", disse Jeffrey O'Malley, chefe de política e estratégia global do Unicef. 
Os níveis de pobreza infantil aumentaram em mais da metade dos 41 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e da União Europeia analisados ​​pelo Unicef.
Na Grécia, que impôs duras medidas de austeridade para cumprir os termos de um acordo de resgate internacional, mais de 40 por cento das crianças estavam vivendo na pobreza até 2012.
O bem-estar econômico das crianças melhorou em 18 países, incluindo Austrália e Finlândia, com destaque para os benefícios de se ter uma forte rede de segurança social para proteger os jovens e mais vulneráveis, disse o relatório.
"O estudo do Unicef mostra que a força de políticas de proteção social foi um fator decisivo na prevenção da pobreza", disse O'Malley em comunicado. "Todos os países precisam de fortes redes de segurança social para proteger as crianças em tempos ruins e bons - e os países ricos devem liderar pelo exemplo."

Embora os programas iniciais de estímulo econômico em alguns países tenham ajudado a proteger as crianças, até 2010 a maioria dos países adotou cortes no orçamento, com impacto negativo sobre as crianças, especialmente nos países mediterrâneos como Itália, Grécia e Portugal. (Thomson Reuters Foundation)
Créditos: Reuters 

Câncer de próstata afeta um em cada seis homens

O tema já foi muito polêmico, mas, aos poucos, os homens têm se conscienti zado sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata. Prova disso é a previsão de aumento no número de casos diagnosticados. De acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer), até 2015, é esperado um crescimento de 60%. Estimativas apontam que o câncer de próstata já afeta um em cada seis homens em todo o mundo. "Os principais fatores de risco do câncer de próstata são o estilo de vida, desequilíbrio hormonal da testosterona, idade, herança genética e etnia. Mais de 60% dos casos diagnosticados no mundo ocorrem em homens com 65 anos ou mais. Pesquisas revelam, também, que a doença é duas vezes mais comum em negros do que em brancos", revela o urologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Newton Soares de Sá Filho.

 O tipo mais comum de câncer de próstata é o adenocarcinoma. Por não apresentar, geralmente, nenhum sintoma, a realização dos exames de rotina é fundamental para o diagnóstico precoce da doença. "Se o paciente não tiver histórico de câncer de próstata em parentes de primeiro grau, como pai e irmão, deve iniciar a rotina de exames aos 50 anos. Caso contrário, é preciso começar o processo aos 45 anos", esclarece. Os procedimentos que devem ser realizados anualmente são o exame físico (toque retal) e um exame de sangue chamado PSA. "Com o exame de toque, o médico verifica a consistência e o tamanho da próstata e se existem áreas endurecidas que podem sugerir a existência de câncer. A dosagem no sangue do Antígeno Prostático Específico (PSA, em inglês) mede a presença de uma proteína produzida pelas células da próstata que pode estar aumentada no câncer, mas também nas infecções urinárias e nos crescimentos benignos da próstata. É a sua elevação em período curto de tempo que nos faz pensar na presença de câncer. Se um dos exames for sugestivo de câncer, a biópsia da próstata deve ser indicada", explica Sá. 
A melhor forma de prevenir a doença é manter uma vida equilibrada. "O câncer de próstata não pode ser plenamente prevenido porque os fatores de risco estão fora do nosso controle. Porém, estudos clínicos sugerem que uma dieta rica em legumes, verdura s, grãos, frutas, cereais integrais e com menor consumo de gordura animal e que a prática de exercícios físicos podem diminuir as chances de desenvolver o problema", indica o urologista.
Créditos: WSCOM

Criação de empregos e aumento da renda sustentam novo ciclo de crescimento

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, concedeu entrevista coletiva na tarde de ontem (27), em Brasília, na qual falou sobre a condução da política econômica do país após as eleições que reelegeram a presidenta Dilma Rousseff (PT) para um novo mandato de quatro anos. Ao longo da campanha contra o senador Aécio Neves (PSDB) e a ex-senadora Marina Silva (PSB), a política econômica do governo do PT foi um dos principais pontos de crítica: enquanto a presidenta defendia as conquistas de seu governo, como a continuidade do processo de distribuição de renda, criação de empregos e valorização do salário mínimo durante um período de crise econômica mundial, seus adversários insistiam em fazer projeções sombrias para o futuro.
Em meio a ataques dos adversários e do mercado financeiro, que pede abertamente a demissão do ministro desde 2012, quando o governo deu início a uma política de redução acentuada dos juros básicos e reforçou os investimentos nos bancos públicos, Dilma sentiu-se até obrigada a anunciar, precocemente, que mudaria a equipe econômica do governo a partir de 2015.
Em contraponto ao discurso que foi repetido inúmeras vezes nas propagandas eleitorais nos últimos meses, Mantega destacou que o próximo ciclo econômico não deve se distanciar da essência do projeto petista, que espera, por meio de políticas voltadas para a redução das desigualdades sociais e regionais do país, orientar toda a economia para o crescimento, independentemente de quem seja o próximo titular da Fazenda.
"Mantemos o compromisso de continuar gerando empregos e, portanto, de manter o mercado interno em expansão, o que vem ocorrendo o tempo todo. É claro que para você aumentar os empregos no país, você tem que manter o estímulo ao investimento, criar condições para que o investimento continue crescendo no país. Significa que nós temos que fortalecer as empresas brasileiras e estimular o mercado de capitais, que tem de continuar expandindo”, afirmou. Mantega destacou ainda que, para alcançar esses objetivos, é necessário "fortalecer os fundamentos fiscais e manter um bom resultado para que a dívida pública fique sob controle".
Questionado sobre quais seriam nomes indicados para substituir o ministro, que poderiam "acalmar os mercados", Mantega respondeu que não cabia a ele fazer nomeações, mas sim encaminhar orientações. "Essa pergunta não tem que ser feita a mim, mas tem que ser feita à presidenta."
Ele ressaltou ainda que o governo mantém sua linha de atuação na área econômica. "Para além dos nomes, existem as políticas, aquilo que deve ser feito para que nós possamos continuar nessa trajetória de recuperação da economia e de implementação de um novo ciclo de crescimento. E eu acabei de mencionar quais são os passos que devem ser dados para que nós possamos nos mobilizar e entrar nesse novo ciclo."
Mantega, que está em seu 12º ano consecutivo de governo petista, onde passou pelo Ministério do Planejamento e pela presidência do BNDES antes de assumir a Fazenda, em 2006, destacou que o resultado que garantiu o quarto mandado presidencial para o PT mostrou que "a população está aprovando a política econômica que nós estamos praticando" e que "fica tudo mais fácil" depois do fim do período eleitoral. "É uma época de conflito e de confronto. Os pessimistas ficam mais pessimistas, e os otimistas, mais otimistas. Mas terminada a eleição, esse cenário tende a acalmar."
"É claro que a eleição provoca alguma volatilidade nos mercados, e essa volatilidade se deve também a fatores externos. Hoje, nós estamos vendo que todas as bolsas estão caindo. E vocês não vão me dizer que é por causa do processo eleitoral no Brasil, nós ainda não temos essa força toda", brincou. A Bolsa de Valores de São Paulo recuou hoje 2,77%, com expressivo recuo das ações de bancos públicos e da Petrobras.
Mais uma vez perguntado sobre a possibilidade do governo Dilma conceder independência ao Banco Central para tomar decisões que hoje dependem do governo federal, outro reflexo de uma discussão que tomou o primeiro turno das eleições presidenciais, o ministro da Fazenda foi enfático: "Essa questão da autonomia do Banco Central não faz o menor sentido em relação a tudo que nós dissemos durante a campanha", afirmou. "Independência é uma coisa, autonomia é outra. Independência é poder. Isso vai soar muito agressivo no ouvido de todo mundo que defende independência. E aí, o quarto poder não podem ser os bancos."
Créditos: Rede Brasil Atual

Fenômeno "El Niño" deve prolongar seca em SP

De acordo com previsão do secretário-geral adjunto da Organização Mundial de Meteorologia (OMM), Jeremiah Lengoasa, a seca em São Paulo deve continuar em 2015, impulsionada pelo desenvolvimento do fenômeno El Niño.
“Se entendermos melhor os padrões de oscilação do fenômeno El Niño, poderemos prever de forma mais precisa e tornar disponível essa informação para os governos e as populações a serem atingidas. Mas a mudança do clima está tornando essa tarefa muito difícil.”

Segundo ele, o aquecimento das águas equatoriais do Oceano Pacífico, na altura do Peru e do Equador, provocará a formação de nuvens que tendem a ser arrastadas pelos ventos na direção contrária a América do Sul. Foto: EBC
Créditos: Brasil 247