sábado, 6 de dezembro de 2014

Obesidade pode reduzir expectativa de vida em oito anos

Obesidade pode reduzir expectativa de vida em oito anosA obesidade pode reduzir em até oito anos a expectativa de vida das pessoas e em 19 o número de anos sem doenças, mostra estudo publicado na revista médica The Lancet.
Pesquisadores do Instituto de Pesquisa do Centro de Saúde da Universidad McGill de Montreal, no Canadá, dirigido por Steven Glover, elaboraram um modelo da incidência de doenças segundo o peso, com dados retirados de um estudo sobre alimentação e saúde, feito nos Estados Unidos.
Os cientistas calcularam o risco de contrair diabetes e doenças cardiovasculares para adultos com pesos diferentes, analisando depois o efeito do sobrepeso e da obesidade nos anos de vida perdidos e nos anos com saúde perdidos nos adultos norte-americanos, com idade entre 20 e 79 anos, comparados com pessoas de peso normal.
A investigação revelou que as pessoas com peso a mais, correspondente a um índice de massa corporal (IMC) de 26, perdiam até três anos de expectativa de vida, conforme a idade e o sexo.
As pessoas obesas (IMC de 30) perdiam entre um e seis anos, enquanto as muito obesas (IMC de 35) tinham as suas vidas reduzidas entre um e oito anos, comparado com pessoas com IMC ajustado à sua altura e dimensões.
Considera-se que um IMC abaixo de 18,5 indica desnutrição ou algum problema de saúde, enquanto um acima de 25 revela sobrepeso. Acima de 30, há obesidade leve e de 40, obesidade pesada.
“O nosso modelo prova que a obesidade está associada a um risco mais alto de desenvolver doenças cardiovasculares e diabetes que, em média, vão reduzir drasticamente a esperança de vida das pessoas e os seus anos de vida saudável”, disse Glover.
Segundo o estudo, o efeito do sobrepeso na perda dos anos de vida é maior entre os jovens com idades entre 20 e 29 anos, tendo chegado a 19 anos em dois casos de obesidade extrema, diminuindo com a idade.
O excesso de peso reduz a esperança de vida, mas também os anos de vida saudável, definidos no estudo como anos sem doenças associadas ao peso, entre elas o diabetes do tipo 2 e as doenças cardiovasculares.
“O quadro está claro: quanto mais uma pessoa pesa e quanto mais jovem é, maior é o efeito na saúde, pois tem mais anos à frente, quando os maiores riscos de saúde associados à obesidade podem ter impacto negativo na sua vida”, disse o pesquisador.Foto: Diário Digital.

Créditos: Correio do Estado

Inflação oficial fecha novembro em 0,51%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, ficou em 0,51% em novembro. Em outubro, a taxa ficou em 0,42%. Em novembro do ano passado, a inflação havia sido 0,54%.
Segundo dados divulgados ontem
(5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA acumula taxas de 5,58% no ano e de 6,56% no acumulado de 12 meses – pouco acima, portanto, do teto da meta estipulada pelo governo (6,5%).
Os alimentos foram os principais responsáveis pela inflação de novembro, com variação de 0,77%. O produto que mais contribuiu para a alta foram as carnes, que ficaram 3,46% mais caras no mês.
Outras despesas que pesaram no bolso do consumidor em novembro foram os gastos com habitação (0,69%), transportes (0,43%), saúde e cuidados pessoais (0,42%) e despesas pessoais (0,48%). O único grupo de despesas com deflação (queda de preços) foi o de artigos de residência (-0,04%).
Créditos: Agencia Brasil

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

PF indicia 33 por corrupção no cartel dos trens e metrô em São Paulo

A Polícia Federal indiciou 33 investigados no inquérito sobre o cartel de trens e metrô que operou em São Paulo entre 1998 e 2008, durante governos do PSDB. Com a conclusão do inquérito, foram bloqueados R$ 60 milhões dos alvos, segundo reportagem do jornalista Fausto Macedo.
Entre eles, há servidores públicos, doleiros, empresários e executivos de multinacionais, acusados de terem cometido os crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, formação de cartel e crime licitatório.
O grupo teria orquestrado um esquema de cartel para obter contratos com o Metrô e a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) sem licitação, e pagamento de propina a diretores das empresas estatais. De acordo com o relatório da PF, as empresas do estado “foram usadas, foram vítimas” do ajuste das empresas e que ex-dirigentes como João Roberto Zaniboni, foram enquadrados.
O ex-governador José Serra, no entanto, não foi indiciado. Ele havia sido citado pelo ex-executivo da Siemens, Nelson Marchetti, que sugeriu que o tucano teria intercedido em favor da espanhola CAF em concorrência internacional pela aquisição de 384 carros pela CPTM, entre 2007 e 2009.
Créditos: SpressoSP

Empresas de ônibus em SP faturaram R$ 30 milhões por mês com viagens não realizadas

As empresas e concessionárias de ônibus que atuam na capital paulista deixam de realizar cerca de 10% das partidas programadas todos os dias, resultando em um ganho indevido de aproximadamente R$ 30 milhões por mês. Essa é constatação divulgada hoje (4), pela prefeitura de São Paulo, no segundo relatório parcial da auditoria do sistema de transportes da cidade, realizada pela consultoria Ernest&Young. Além disso, a consultoria concluiu que o sistema de aplicação de multas do município é obsoleto e resulta na perda de quase todo o valor que deveria ser cobrado pelos descumprimentos.
Os ganhos das concessionárias e permissionárias com a irregularidade poderiam chegar a R$ 370 milhões por ano. Como a prefeitura paga por passageiro transportado, o ganho das empresas se dá pelo não pagamento da viagem que seria realizada aos motoristas e cobradores, além do consumo de combustível e do próprio veículo, que é economizado.
Para a população o resultado é a demora na passagem dos ônibus e excessiva lotação, proporcional ao aumento dos lucros das empresas e cooperativas.
Outro ponto em desacordo é a verificação de qualidade, baseada em 37 itens relacionados aos veículos e sete relacionados com as garagens. A consultoria apontou que 20,9% dos itens verificados para os ônibus não estão de acordo com o contratado pela prefeitura e 8% dos itens das garagens também. O relatório destaca, por exemplo, que “praticamente nenhum ônibus possuía microcâmeras em todos os locais previstos”.
Se fossem aplicadas multas a partir dos dados, o valor total pelo não cumprimento de partidas seria da ordem de R$ 36 milhões. Porém, a Ernest&Yuong aponta diversos erros na aplicação de multas. Por ser realizada de forma manual e amostral, o processo de digitalização, emissão dos Autos de Infração e avaliação dos recursos é demorada e potencializa possíveis perdas.

Utilizando uma amostra de 25 multas não canceladas, a consultoria concluiu que todas tiveram erro ou rasura no preenchimento. Em outra amostra semelhante, mas de multas aplicadas, a prefeitura levou, em média, seis meses entre a data de emissão do Boletim de Infração e a contabilização da multa. De acordo com auditoria, cerca 10% de todas as multas foram canceladas. A empresa sugere a automatização na fiscalização, aplicação e processamento de multas.
Na avaliação do sistema de bilhetagem eletrônica e monitoramento, a consultoria apontou falhas em todos os sistemas geridos pela São Paulo Transportes (SPTrans). São problemas de documentação, gestão de mudanças, segregação de funções, cópias de segurança e nos controles de rede e de usuários. Esses problemas de gestão podem levar a perdas de informação e dados.
No dia 14 de novembro, a prefeitura divulgou o primeiro relatório da auditoria do sistema de transportes, indicando que as empresas não possuem demonstrações contábeis confiáveis. Foram encontradas 640 falhas na prestação de contas que podem levar a perdas estimadas em R$ 38 milhões por mês.
A consultoria revisou os demonstrativos contábeis de 2012 apresentados pelas concessionárias e permissionárias à SPTrans. Os dados relacionam informações patrimoniais (bens e equipamentos) e econômicas.
Segundo a Ernest&Young, as empresas e cooperativas não apresentaram um “conjunto completo de peças contábeis, de notas explicativas e de documentos e/ou composições contábeis que suportem os saldos apresentados nas demonstrações financeiras”, inclusive sendo incapazes de apresentar justificativas para as divergências e entre saldos bancários e posições financeiras. A consultoria sugere que a prefeitura adote um modelo padrão de plano de contas contábil a ser adotado por todas as concessionárias e permissionárias.
Créditos: Rede Brasil Atual

Inflação para famílias com renda mais baixa fica em 0,53% em novembro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias com renda até cinco salários mínimos, registrou aumento de preços de 0,53% em novembro deste ano. 
A taxa é superior ao resultado de outubro do INPC (0,38%) e àinflação oficial (IPCA) de novembro, que ficou em 0,51%. O INPC acumula taxas de 5,57% no ano e 6,33% nos últimos 12 meses. Em novembro, os alimentos tiveram variação de preço de 0,75%, enquanto os produtos não alimentícios registraram alta de 0,43%. 
Entre as 13 capitais e regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE, o maior índice observado foi em Goiânia (1,27%) e o menor, em Vitória, onde houve deflação (queda de preços) de 0,03%.
Créditos: Agencia Brasil

Médico de família pode lidar com até 90% dos problemas dos pacientes

Capacitado para atender a pacientes desde o nascimento, os médicos de família, em um sistema estruturado, podem lidar com até 90% dos problemas de saúde. A ideia central dessa especialidade é conhecer e acompanhar o paciente por toda a vida, o que lembra a figura do médico de confiança. Hoje (5), Dia do Médico de Família e Comunidade, Thiago Trindade, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), avalia que a cultura brasileira ainda é muito voltada para o atendimento do médico especialista, mas que a tendência, tanto da rede pública quanto da privada, é mudar esse cenário. A especialidade está no Brasil há 33 anos.

O médico que faz residência em medicina de família pode acompanhar, por exemplo, crianças, fazer prevenções ginecológicas, urológicas e, caso veja necessidade, encaminhar o paciente para um especialista. Em alguns países, esse profissional é chamado de clínico geral, médico generalista. Segundo especialistas, no Brasil esses termos viraram sinônimo de médico que não fez residência. A ideia do Sistema Único de Saúde é baseada no médico de família, porém, de acordo com Trindade, a falta de profissionais especializados na área de medicina de família, ligada à falta de estrutura, acaba tornando a unidade básica de saúde um lugar de encaminhamento de pacientes para especialistas. Muitos países europeus e o Canadá usam um sistema baseado na medicina de família. Nesses lugares, cerca de 95% das pessoas têm seu médico generalista de confiança.

Apesar disso, há municípios como o Rio de Janeiro, Curitiba e Florianópolis que estão ampliando a atenção básica nesse profissional. Trindade lembrou que cerca de 35 mil profissionais atuam no Brasil como generalistas, a maioria na rede pública, mas apenas 5 mil têm a formação de medicina de família. Gustavo Gusso, médico de família professor da Universidade de São Paulo, conta que recentemente as operadoras de planos de saúde estão vendo que o sistema baseado nessa especialidade, além de atuar na prevenção, ainda pode trazer economia para a empresa. “Como conhecemos os pacientes, acompanhamos o histórico e as tendência familiares, não pedimos exames desnecessários, olhamos o paciente como um todo”.

Segundo Gusso, há uma tendência de os planos de saúde criarem grupos e até estímulo financeiro para que os beneficiários se liguem a um médico de família e só procurem o especialista quando encaminhados pelo profissional generalista. Quando terminou a faculdade em 2002, Rodrigo Lima ficou indeciso sobre que especialidade seguir. Atuando em uma unidade básica de saúde do Recife, ele decidiu que queria ser médico de família.

Hoje, Lima atende a cerca de 3 mil pessoas na Unidade de Saúde da Família do bairro recifence de Alto José do Pinho. “Quando comecei meu trabalho em Alto José do Pinho, há cerca de um ano, os pacientes já vinham para a consulta pedindo para encaminhar ao especialista, mas com o tempo foram vendo que eu podia resolver muita coisa ali mesmo. Foram criando confiança e agora atendo a famílias inteiras”, conta. Segundo a SBMFC, o Brasil dispoe de 120 programas de residência em medicina de família, mas muitas vezes as vagas não são preenchidas. 
Segundo Trindade, a falta de interesse dos recém-formados vem muito da falta de conhecimento da especialidade. Lima atribui também a uma remuneração baixa em relação às outras especialidades.
Uma unanimidade entre Trindade, Gusso e Lima é que os médicos de família são profissionais apaixonados pelo que fazem.
Créditos: Agencia Brasil

Dilma anuncia R$ 2,6 bilhões para novo sistema de abastecimento de água em SP

Foto: Agência BrasilA presidenta da República Dilma Rousseff (PT) atendeu ao pedido do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e vai destinar recursos para construção de um novo sistema de abastecimento de água para a região metropolitana da capital paulista. No total, serão investidos R$ 3,24 bilhões para obras de mobilidade e infraestrutura.
Serão repassados R$ 2,6 bilhões de recursos do Orçamento Geral da União para a construção do Sistema Produtor São Lourenço. O financiamento será por meio de uma parceria público-privada, com parte dos recursos oriunda do Fundo de Garantia do Tempo do Serviço, gerido pela Caixa Econômica Federal.
A perspectiva é que a obra beneficie 1,5 milhão de pessoas em sete municípios da parte oeste da região metropolitana de São Paulo (Barueri, Carapicuíba, Cotia, Itapevi, Jandira, Santana do Parnaíba e Vargem Grande Paulista), além de reduzir a dependência dos outros sistemas, entre eles o Cantareira. A obra deverá ser finalizada em meados de 2017. Foto: Agência Brasil
Créditos: SpressoSP