domingo, 14 de dezembro de 2014

"Eólica é alternativa mais barata para o Brasil"

: Em meio ao impasse diplomático que marcou a COP 20 em Lima, associações do setor de energia eólica de cinco continentes lançaram a campanha Wind Solutions para promover a energia dos ventos como a melhor e mais barata alternativa para conter as emissões de CO2 a curto prazo.
Relatório da Agência Internacional de Energia (IEA) prevê que até o ano de 2030, entre 17 e 20% da eletricidade global fornecida deverá ser gerada pela força dos ventos
Para o Brasil, os prospectos da indústria do setor são otimistas. Espera-se que ao final de 2014, o resultado das novas turbinas geradoras no pais indique 3,5 GW de energia adicional à rede elétrica, um incremento de 100% em comparação à capacidade instalada até 2013.  Segundo o Conselho Global de Energia Eólica (GWEC), este suprimento poderá chegar a 20 GW em 2020.
"Para o nosso setor, o Brasil é um ponto de destaque no mundo. O pais sempre confiou em suas reservas hídricas para gerar energia. Mas recentemente, houve alterações no regime hidrológico. As mudanças climáticas significam que o pais já não pode confiar tanto nas hidrelétricas, portanto, a energia eólica será, sem dúvida, a mais barata para atender o crescimento da demanda no Brasil. Vemos um futuro forte e bom no pais", declarou Steve Sawyer, Secretário geral da GWEC.
Os defensores da aplicação desta tecnologia como resposta imediata às ameaças do aquecimento global apontam para os seus benefícios diretos: a criação de empregos, o pouco tempo na instalação de novos parques eólicos – a depender do licenciamento ambiental, sua construção pode levar apenas um ano - , e a longevidade dos equipamentos. 
Os modelos mais recentes de turbinas alcançam até 25 anos de vida útil, garantindo energia limpa  e com retorno do investimento financiado em até 10 anos.
Segundo relatório divulgado em outubro deste ano pela Comissão da União Européia, as tecnologias solar e eólica estão atualmente entre as mais baratas, se considerados os  subsídios concedidos às concorrentes nuclear, de gás natural e térmicas; bem como os reflexos da poluição ambiental e os danos à saúde da população; o custo-benefício de investimentos em novas instalações seria, portanto, favorável às renováveis.
Segundo o Overseas Development Institute dos EUA, a cada 1 US$ investido em tecnologias renováveis, há a captação de outros 2,5 US$ em investimentos privados. Para as energias tradicionais, este retorno é de apenas US$ 1,3.
O conselheiro Joel Meggelaars, da EWEA, associação européia do setor, acredita que as futuras Contribuições Nacionais Determinadas Intencionadas (INDC, sigla em inglês) abririam uma janela de oportunidade para que os países abandonassem um modelo de desenvolvimento ancorado em combustíveis fósseis,  fortalecendo suas economias a partir de uma energia limpa. ¨Por que deveriam investir em infra estrutura ou ativos de carbono  agora, se terão no futuro que se adaptar às tecnologias  renováveis?¨, questiona o especialista. 
"Nós temos a tecnologia,  o que precisamos é de vontade política para que os países submetam suas contribuições ao UNFCCC, traduzidas em metas ambiciosas", sugere Sonia Lioret, representante da associação de energia eólica francesa. 
Um dos pontos sem consenso entre os negociadores do acordo em Lima trata da data de  apresentação das INDC ao secretariado do UNFCCC (Convenção Quadro das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas) no primeiro trimestre de 2015. Este prazo estaria sendo contestado por China, Brasil e alguns membros do G77. 
A campanha Wind Solutions seguirá soprando suas propostas ambientais até  a Conferencia das Partes, a COP 21 em Paris.  Até lá,  servirá como instrumento de pressão a dirigentes nacionais e formuladores de políticas de vários países.¨Como representantes desta indústria, queremos ter um papel ativo nas negociações desde Lima até Paris, em dezembro de 2015. Acreditamos que a energia eólica é uma solução de consenso que poderia ser usada no acordo para combater as mudanças climáticas,¨ arrematou Sonia Lioret.
Créditos: Brasil 247

sábado, 13 de dezembro de 2014

Maior proporção de empresas de alto crescimento está no Norte/Nordeste

A concentração regional de empresas de alto crescimento é maior nas regiões Norte e Nordeste. Do total de empresas do Nordeste, 11,4% são de alto crescimento, responsáveis por 21,7% do pessoal ocupado, proporção que cai para 10% das empresas e 15,1% do pessoal na Região Sul. Os estados com as maiores proporções de empresas de alto crescimento são Maranhão (13,4%), Roraima (12,5%) e Ceará (12,4%), enquanto a menor proporção está em Minas Gerais, com 9,3%.
Os dados estão no estudo Estatística de Empreendedorismo 2012, divulgado hoje (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Empresa de alto crescimento é aquela que tem a partir de dez pessoas assalariadas e apresenta crescimento de pelo menos 20% no quadro de pessoal por um período de três anos. O instituto analisou dados do Cadastro Central de Empresas (Cempre) e pesquisas estruturais do IBGE nas áreas de indústria, comércio, serviços e construção.
O IBGE destaca que entraram na análise os dados do triênio 2010, 2011 e 2012, portanto posteriores à crise econômica global de 2008 e 2009 e que, no período avaliado, o empreendedorismo como promotor do crescimento econômico ganhou destaque, pois “é um instrumento importante no aumento da produtividade, competitividade e geração de postos de trabalho”.
No período analisado, o crescimento de países em desenvolvimento recuou de 7,5% para 5,1%, com redução do crescimento real do comércio internacional de bens e serviços de 12,8% para 2,8%.
No Brasil, a construção cresceu 11,6% em 2010, 3,6% em 2011 e 1,4% em 2012. Por outro lado, a indústria, que teve queda de 5,6% em 2009, cresceu 10,4% em 2010 e 1,6% em 2011, mas voltou a cair 0,8% em 2012. O comércio teve crescimento de 10,9%, 3,4% e 0,9%, respectivamente; e o setor de serviços cresceu 5,5%, depois 3,4% e 1,9% no último ano analisado.
A inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) se manteve dentro do limite da meta do governo, com 6,5%, 5,9% e 6,5%; e o desemprego caiu no período, chegando ao nível mais baixo da história em 2012, com 5,5%, acompanhado por um movimento de formalização do emprego e qualificação da mão de obra, aumentando o percentual de 15 anos ou mais de estudo – o que equivale ao curso superior completo – de 6,9% em 2008 para 8,1% em 2011.
Em 2012, o Brasil tinha 4,6 milhões de empresas ativas, responsáveis pela ocupação de 40,7 milhões de pessoas, sendo 83,4% na condição de assalariado e 16,6% como sócio ou proprietário. No recorte de empresas com uma ou mais pessoas assalariadas, o número alcança 2,3 milhões, enquanto, com relação àquelas com pelo menos dez pessoas assalariadas, o Brasil tinha em 2012 465 mil empresas, o que corresponde a 10,1% do total.
Enquanto o número total de empresas no país cresceu 13% entre 2008 e 2012, a remuneração média passou de 3,1 salários mínimos em 2008 para 2,8 em 2012, com um total de R$ 756,6 bilhões. Em 2008, o salário mínimo era R$ 415 e em 2012 chegou a R$ 622.
Considerando apenas as empresas de alto crescimento, elas eram 35.206 em 2012 e empregavam 5,3 milhões de pessoas, com um montante de R$ 108,8 bilhões pagos em remunerações. Na comparação com 2011, houve crescimento de 2% no número de empresas, de 5% no pessoal ocupado e de 14% nos salários e remunerações. Entre 2009 e 2012, essas empresas geraram 3,3 milhões de postos de trabalho, o que representa 58,3% do total criado por empresas com dez assalariados ou mais no país, percentual maior do que o apresentado no triênio anterior, quando o número chegou a 56%. Considerando apenas as empresas de alto crescimento, o aumento no número de postos de trabalho alcançou 167,8% no período analisado.
Créditos: Rede Brasil Atual

Tucanos querem condicionar apoio a Cunha à aceitação de ipeachment

Deputados do PSDB querem condicionar o apoio à campanha do colega Eduardo Cunha (PMDB-RJ) à presidência da Câmara à garantia de que ele aceitará um eventual pedido de impeachment da oposição em 2015. A notícia é do site Diário do Poder, do jornalista Cláudio Humberto.
Justamente pelo mesmo motivo os petistas resistem a apoiar o nome de Cunha. Nessa semana, durante reuniões com o ex-presidente Lula, a bancada do partido insistiu no argumento de que o cargo dá muitos poderes sobre CPIs e pedidos de impeachment, um risco no momento em que a oposição fala no recurso para tirar a presidente Dilma Rousseff do poder.
Nesta sexta-feira, Eduardo Cunha afirmou que a instalação de uma nova CPI para investigar denúncias contra a Petrobras é "inevitável". "Conhecidas as delações [premiadas], acho inevitável ter outra CPMI. Até porque, quem fez esta, conhecendo as delações, quer continuar a investigar", defendeu o deputado.
Créditos: Brasil 247

Revista libera novas fotos de ensaio sensual de Bruna Marquezine

A revista Vip divulgou novas fotos do ensaio sensual que a atriz Bruna Marquezine fez para a edição de novembro da publicação. A revista trouxe uma lista das 100 mulheres mais sexies do mundo, com destaque para Marquezine.
Bruna aparece de biquíni branco em praias de Fernando de Noronha neste que foi seu primeiro ensaio sensual. Apesar da beleza, ela diz que não se acha sexy. “Quer dizer… eu sei que tenho minha sensualidade, claro”, garante.A atriz diz que pensa sempre em “aprender mais” para ir “cada vez mais longe”.Fotos: Gerard Giaume/ VIP)
Créditos: Focando a Notícia

Estupros sobe 87% no Brasil, entre 2009 e 2012

Aumentam os casos de estupro no Brasil. De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2013, foram mais de 50 mil casos. Esse número pode ser maior, já que somente 35% das vítimas, segundo as estimativas, registram o caso na polícia. Pelos dados do Sinesp, cuja série é mais completa, em 2012, foram registrados mais de 47 mil estupros no país. Em relação a 2009, o aumento foi de 87%. O comparativo que leva em conta a taxa de estupros por 100 mil habitantes mostra que houve variação de 88% no mesmo período. Em 2009, foram 13 casos por 100 mil habitantes. Em 2012, a taxa subiu para 24,9 por 100 mil habitantes. Pelos números, o estado com a maior taxa de estupros é o Amapá, com 57 por 100 mil habitantes. O Acre é o estado com a menor taxa (0,26), seguido da Paraíba (8,8). Minas não aparece na lista dos 19 estados com as maiores taxas de casos de estupros do país.

Estudo prevê 10 milhões de mortes por ano, até 2050, causadas por superbactérias

Até 2050, as mortes provocadas pelas superbactérias (microrganismos resistentes à ação dos antibióticos) poderão passar das atuais 700.000 para 10 milhões ao ano no mundo, caso nada seja feito em relação ao problema. Esse número é superior ao total de mortes causadas pelo câncer atualmente, que é de 8,2 milhões ao ano. A previsão faz parte de estudo sobre resistência a antibióticos encomendado pelo governo inglês. Além das mortes, o custo global acarretado pela resistência a antibióticos poderá chegar a 100 trilhões de dólares (ou cerca de 250 trilhões de reais) até 2050. Os autores do relatório acreditam que o desenvolvimento de novos medicamentos deve estar entre as principais soluções para o avanço das superbactérias.
Créditos: Montesclaros.com

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Meninos negros são principais vítimas do trabalho infantil

trabalho infantilMeninos negros são as principais vítimas do trabalho infantil: 5,8% dessa população, de 5 a 15 anos, desenvolve algum tipo de trabalho no Brasil, de acordo com a primeira publicação do Sistema Nacional de Indicadores em Direitos Humanos, divulgada ontem (11) pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR). Entre meninos brancos, a taxa de ocupação da mesma faixa etária é 3,7%. Entre as mulheres, a taxa é 2,9% entre as negras e 2% entre as brancas.
Pela Constituição Federal, é proibido o trabalho de crianças e adolescentes. O trabalho, em geral, é admitido a partir dos 16 anos, exceto nos casos de trabalho noturno, perigoso ou insalubre, nos quais a idade mínima é 18 anos. A partir dos 14 anos é permitido trabalhar somente na condição de aprendiz.
Esta é a primeira vez que o trabalho infantil é mapeado conforme parâmetros da 19ª Conferência Internacional de Estatísticos do Trabalho, o que permitirá a comparação a situação em com outros países. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e foram organizados para criar indicadores que contribuam para a efetividade de políticas públicas destinadas à garantia dos direitos humanos.
Os dados gerais mostram que a taxa de trabalho infantil no Brasil caiu de 7,5%, em 2004, para 3,8%, em 2013. Em relação a 2012, houve redução de 0,3%. As regiões Norte e Nordeste lideram o ranking com 5,3% e 4,9% de criaças e jovens ocupados, respectivamente. A taxa de ocupação entre a população negra é 5,6% no Norte e 5,3% no Nordeste. Entre os brancos, a taxa é 3,8% no Nordeste e 3,5% no Norte. A Região Sul apresenta taxa total de 4,1%, o Centro-Oeste, de 3,8% e o Sudeste, de 2,4%.
Entre os estados, o Maranhão aparece em primeiro lugar em exploração do trabalho infantil, com percentual de ocupação de 7,4% de crianças e adolescentes. Na outra ponta, o Distrito Federal tem o menor índice: 0,7%.

Os dados fazem parte do Sistema Nacional de Indicadores em Direitos Humanos, cujo objetivo é monitorar e mensurar a realização progressiva dos direitos humanos no Brasil. Para os próximos meses, está prevista a divulgação de estudos referentes a alimentação, educação e participação em assuntos públicos.
"É absolutamente impossível fazer qualquer tipo de política pública correta, adequada, se não se tem a dimensão do que se deve atingir, qual o problema que se deve superar, onde está localizado e em qual dimensão", explica a ministra de Direitos Humanos, Ideli Salvatti. Segundo ela, "é impossível atuar e ter condição de medir o que se está fazendo e se o que se está fazendo está dando os resultados que se deseja sem os indicadores confiáveis".
Perguntada sobre a garantia de direitos humanos ser mais importante que o crescimento econônimo do país, a ministra diz que o Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) é absolutamente necessário. "Precisamos saber como o país se desenvolve, mas nem sempre um PIB elevado siginfica boas condições para a população", ressaltou.
Créditos: Agencia Brasil