segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Exportações crescem em 13 Estados

Um dos fatores responsáveis pelo déficit de US$ 3,8 bilhões da balança comercial (diferença entre exportações e importações) neste ano, a queda das exportações não afeta todas as regiões do país. Segundo levantamento divulgado nesta semana pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o Distrito Federal e 12 estados registraram aumento nas vendas para o exterior neste ano.
No acumulado de 2014, as exportações somam US$ 212,078 bilhões até a primeira semana de dezembro, recuo de 5,5% pela média diária em relação ao mesmo período de 2013. Segundo o MDIC, a queda no preço internacional das commodities (bens primários com cotação internacional) e a crise cambial na Argentina, que afetou as exportações de veículos para o país vizinho, são os principais responsáveis pela retração das vendas externas. No entanto, a safra recorde de soja, o aumento da venda de carnes e a retomada da produção de petróleo reverteram a queda em algumas unidades da Federação.
Na comparação do valor exportado entre janeiro e novembro, os maiores crescimentos percentuais em relação ao mesmo período de 2013 ocorreram em Roraima (148,39%), no Piauí (60,60%), no Distrito Federal (26,83%) e no Tocantins (23,39%). Completam a lista das unidades da Federação com aumento das vendas para o exterior o Espírito Santo (19,88%), o Maranhão (18,64%), o Ceará (13,84%), Pernambuco (13,60%), o Rio de Janeiro (10,63%), Rondônia (4,62%), Santa Catarina (4,11%), o Amapá (3,17%) e o Rio Grande do Norte (0,82%).
Com crescimento de 2,3% no valor exportado no período de janeiro a novembro, a soja em grão foi o principal responsável pelo crescimento das exportações em Roraima, em Rondônia, no Tocantins, no Amapá e em Santa Catarina. No Distrito Federal, no Piauí e no Maranhão, o produto não liderou o crescimento, mas esteve entre os principais destaques. A expansão decorreu exclusivamente do aumento da quantidade plantada e exportada porque, nos 11 meses do ano, o preço internacional da soja acumula queda de 4,4%.
O aumento da produção de petróleo após o fim da manutenção programada de plataformas impulsionou as vendas externas no Rio de Janeiro e no Espírito Santo. A alta ajudou a reduzir o déficit na conta petróleo – diferença entre exportações e importações de petróleo e de derivados – de US$ 19,5 bilhões nos 11 meses de 2013 para US$ 15 bilhões no mesmo período deste ano. Mesmo assim, o desempenho da conta petróleo foi insuficiente para reverter o déficit da balança comercial no acumulado do ano.
Além do petróleo, outros produtos ajudaram a puxar o crescimento nas vendas externas dos dois estados da Região Sudeste. No Rio de Janeiro, peças de barco, ligas de ferro e de aço, bombas centrífugas, construções pré-fabricadas e minério de níquel ajudaram as exportações. No Espírito Santo, tubos de ferro e de aço, café em grão e mármore reforçaram os embarques.
Em Santa Catarina e no Distrito Federal, as carnes foram o grande destaque na pauta de exportações. Impulsionadas pelo fim do embargo da Rússia, as vendas de carne suína puxaram a alta das exportações catarinenses. No caso do Distrito Federal, a exportação de carne de frango, principalmente para o Oriente Médio, foi o principal responsável pela alta. No entanto, a venda de adubos, de milho e de roupas esportivas também contribuíram para o crescimento das vendas externas da capital federal
No Maranhão, o crescimento das exportações foi liderado pela alumina, óxido de alumínio produzido numa refinaria do estado. O estado também destacou-se nos embarques de combustíveis e lubrificantes e de couro. Em Pernambuco, os componentes químicos, as embalagens de plástico e as vendas de mangas e de limões impulsionaram as vendas externas. No Ceará, o crescimento foi puxado pelos óleos combustíveis, pelo couro, pelos calçados de borracha e pelas lagostas.
As lagostas também ajudaram a reforçar as exportações do Piauí, com a soja, o mel, as ceras vegetais e o couro. A pele animal incrementou ainda as vendas externas do Tocantins. No Rio Grande do Norte, onde as exportações ficaram praticamente estáveis, o sal marinho, as embalagens de plástico, os tecidos de algodão, a carne de peixe e os minérios de ferro e de tungstênio impediram a queda das vendas externas.
O bom desempenho das 13 unidades da Federação não neutralizou a queda das exportações nas respectivas regiões. No acumulado do ano, as vendas externas caíram 4,84% no Norte, 0,68% no Nordeste, 3,68% no Centro-Oeste, 3,88% no Sudeste e 16,28% no Sul em relação ao mesmo período de 2013.
Créditos: WSCOM

Astrônomo descobre novo cometa

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O astrônomo russo Leonid Elenin descobriu o cometa COMET P/2014 X 1 (ELENIN) que gira dentro do Sistema Solar.
Agora ele se encontra à distância de 0,877 unidades astronômicas da Terra e a 1,837 unidades astronômicas do Sol. É pouco provável que o cometa fique mais próximo da Terra do que agora e possa ser visto a olho desarmado. Uma unidade astronômica é distancia média entre a Terra e o Sol, igual a 149,6 milhões de quilômetros.Foto: NASA
Créditos: Voz da Russia

domingo, 14 de dezembro de 2014

Congressistas eleitos são donos de 55 emissoras de rádio ou TVs

Herdeiros de família com tradição na política, líderes evangélicos e empresários estão entre os 33 deputados federais e senadores eleitos que declararam ser proprietários de emissoras de rádio ou TV. Levantamento feito pela Folha aponta que ao menos 55 concessões pelo país pertencem a políticos que vão tomar posse em 2015. Juntas, as rádios e televisões somam patrimônio de R$ 8,3 milhões.
Entre elas, estão afiliadas das principais redes de TV do país. O deputado Sarney Filho (PV), por exemplo, declarou ter R$ 2,7 milhões em participação na TV Mirante, retransmissora da Globo no Maranhão. O ex-presidente Fernando Collor (PTB), reeleito ao Senado, é sócio da afiliada da Globo em Alagoas. São sócios de afiliadas da Bandeirantes o senador eleito Tasso Jereissati (PSDB-CE) e a deputada Elcione Barbalho (PMDB-PA), ex-mulher do senador Jader Barbalho.
Na lista dos donos de rádios eleitos também estão Celso Russomanno (PRB-SP) e o ex-ministro das Cidades Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). O senador Aécio Neves (PSDB) declarou na eleição ser sócio em uma emissora de rádio que retransmite a Jovem Pan em Belo Horizonte.
Dois governadores eleitos também são sócios: Robinson Faria (PSD), que possui rádio no interior do Rio Grande do Norte, e o alagoano Renan Filho (PMDB), que declarou participação em outras duas. O número de congressistas proprietários deve ser ainda maior, já que é comum o registro permanecer no nome de familiares ou laranjas. Em 2011, cadastro do Ministério das Comunicações mostrou 56 congressistas como sócios ou com parentes no controle de emissoras.
A legislação diz que eleitos podem ser sócios de emissoras desde que não ocupem cargo na direção delas. Projetos em tramitação buscam proibir qualquer vinculação. Para o professor de comunicação da Unesp Carlo Napolitano, o fato de a lei não permitir que políticos ocupem cargos na direção não impede, na prática, que eles tirem proveito eleitoral disso. “Ele pode usar do meio de comunicação para se favorecer com um serviço público”, diz. Há ainda casos como o do atual deputado tucano Bonifácio Andrada (PP), que integra a Comissão de Comunicações da Câmara, que analisa pedidos de concessão. O deputado Arolde de Oliveira (PSD-RJ) diz que impedir sócios de emissoras de se candidatar seria “discriminação”. “Se até analfabeto pode ser candidato, eu não posso por ter uma emissora?”, questiona. Reeleito, ele é sócio de uma rádio no Rio, mas diz que a empresa é de familiares. O deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE), sócio em duas rádios, diz que a internet mudou o cenário que esses meios costumavam ter. “Hoje os meios de comunicação são democráticos”, diz.(Folha de SP)
Créditos: Focando a Notícia

Lajedo de Pai Mateus, pode se tornar o segundo geoparque mundial do Brasil

A região do Lajedo de Pai Mateus, no Cariri paraibano, está cogitada para ingressar na Rede Mundial de Geoparques. Deverá ser o segundo no Brasil, junto com o Geoparque Araripe, no Ceará. 

Na semana passada, uma comissão de autoridades em geologia do Serviço Geológico do Brasil realizou um levantamento do potencial da região e constatou que a área está pronta para apresentar a sua candidatura à Rede Mundial de Geoparques, que reúne 111 no mundo, em 31 países. 

Os pesquisadores encontraram na Bacia Terciária de Boa Vista uma pedra rara, tipo de ‘rocha vítrea’ que não existe em nenhum outro lugar do Brasil (pillow lavas, que se resfriaram rapidamente na água). A equipe vai encaminhar imediatamente ao Ministério Público Federal (MPF) um pedido de proteção da área. Leia a matéria completa na edição deste domingo (14) do jornal Correio da Paraíba.
 Créditos: Portal Correio

Número de mortes em conflitos na Ucrânia passa de 4,6 mil, diz ONU

Os combates entre tropas governamentais e separatistas pró-Rússia provocaram 300 mortes na Ucrânia em menos de um mês, elevando o número total para 4.634, informou ontem (13) a Organização das Nações Unidas (ONU), no último relatório sobre o conflito.
Desde abril, quando teve o início o conflito no Leste da ex-república soviética, foram feridas 10.243 pessoas e o número de deslocados superou 1,1 milhão, segundo a ONU. O relatório revela ainda que cerca de 5,2 milhões de pessoas vivem em áreas atingidas por conflitos.
Uma tentativa de cessar-fogo na linha de frente dos combates teve início na terça-feira (9).
Créditos: Agencia Brasil

Mesmo com chuva, nível do Sistema Cantareira diminui

O nível do Sistema Cantareira, que abastece a capital paulista e municípios da região metropolitana de São Paulo, registrou nova queda apesar da chuva na cidade. De acordo com informações da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o volume no reservatório ontem (13) estava em 7,4% da capacidade, já contando com a segunda cota da reserva técnica.
Sexta-feira (12) o nível estava em 7,5%. Segundo os dados, choveu na represa 7,9 milímetros (mm) de ontem para hoje, sendo que o total do mês chega a 38,9mm. A média para o período é de 220,9 mm.
No Sistema Alto Tietê, o nível ficou estável em 4,2%. No Guarapiranga subiu de 32,2% para 33,4% e, no Alto Cotia, de 29,1% para 29,6%. Também houve aumento do nível dos sistemas Rio Grande, de 62,7% para 64%, e Rio Claro, de 26,4% para 26,6%.
Créditos: Agencia Brasil

Trabalhador brasileiro não pode ser obrigado a realizar teste de HIV

Nenhum trabalhador brasileiro pode ser obrigado a realizar o teste de HIV ou a revelar o seu estado sorológico para o HIV, de acordo com portaria publicada no Diário Oficial da União pelo Ministério do Trabalho.
A norma traz recomendações para combater a discriminação de pessoas com HIV e aids nos locais de trabalho, em cumprimento à recomendação 200 aprovada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) em junho de 2010.
Além das pessoas que exercem qualquer emprego ou ocupação na iniciativa privada e pública, nas economias formal e informal, a norma abrange ainda as pessoas em formação, incluindo estagiários e aprendizes, os voluntários, os candidatos a um emprego, os desempregados e os migrantes.
Pela primeira vez, o texto deixa claro que alcança também as Forças Armadas e os serviços uniformizados. Apesar de protestos de organizações sociais e até de instituições do governo, as Forças Armadas ainda exigem testes de HIV em seus concursos.
Alguns processos foram parar na Justiça, que suspendeu a regra temporariamente. A Advocacia-Geral da União, que defendeu a Marinha há dois anos em um desses casos, afirmou, na época, não ver discriminação na exigência do exame pela “peculiaridade da atividade militar”.
Procurada pela reportagem, a AGU informou que analisará impacto da portaria nas teses utilizadas em ações judiciais. Segundo a portaria, de agora em diante será considerada prática discriminatória exigir dos trabalhadores a realização de testes para diagnosticar o HIV. Também não se deve coagir os empregados a dar informações relacionadas ao HIV sobre terceiros.
A punição às empresas será a mesma da Lei que proíbe a exigência de atestados de gravidez e esterilização: multa de até 10 salários do valor mais baixo da empresa. Se a prática for recorrente, acréscimo de 50%. Não pode também haver discriminação dos trabalhadores em função do fato de eles pertencerem a regiões ou segmentos populacionais considerados sob maior risco ou vulnerabilidade à infecção por HIV.
Os resultados dos testes devem ser confidenciais e não podem comprometer o acesso ao emprego, à estabilidade ou às oportunidades de avanço profissional. A portaria estabelece também que o estado sorológico não pode ser causa de demissão. As ausências temporárias por motivo de doença ou para cuidados relacionados ao HIV/AIDS devem ser tratadas como as ausências por outros motivos de saúde. A possibilidade de continuar a trabalhar, enquanto estão clinicamente aptos, deve ser dada aos trabalhadores.
A norma diz que devem ser implementadas medidas para eventualmente realocar esses trabalhadores. “A portaria é importante por reforçar a ideia de que o HIV não deve ser tratado como uma doença que incapacita a pessoa de trabalhar”, afirmou João Geraldo Netto, que vive com o vírus há 12 anos. “É bom ter esse respaldo da Lei”, completou.
Para Fernando Donato, diretor substituto do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho, do Ministério do Trabalho, uma das contribuições da nova portaria é colocar em um mesmo texto não só as orientações sobre o combate à discriminação relacionada ao HIV e a aids, como as punições a quem desrespeitar a legislação. “A norma é bastante protetora: o ambiente de trabalho também é um lugar de prevenção e nenhum tipo de discriminação é aceitável”, afirmou.
Créditos> Correio-BA