segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

121 milhões de crianças e adolescentes estão fora da escola, afirma ONU

Um relatório lançado hoje (19), em Londres, mostra que 121 milhões de crianças e adolescentes, de 6 a 15 anos, no mundo inteiro desistiram de frequentar a escola ou sequer começaram a fazê-lo. O documento foi feito pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e contrasta com a promessa da comunidade internacional de alcançar a Educação para Todos até 2015. 

O relatório, intitulado “Reparação da promessa quebrada de Educação para Todos: resultados da Iniciativa Global Crianças Fora da Escola”, mostra que houve pouco progresso na melhora desse cenário desde 2007. Além disso, o documento revela que 63 milhões de adolescentes, com idades entre 12 e 15 anos, não estão na escola. Esse número mostra que há muito mais adolescentes nessa situação do que crianças. Enquanto uma a cada 11 crianças em idade escolar de nível primário não frequentam a escola, um em cada cinco adolescentes está na mesma situação. 

De acordo com a  diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, os métodos tradicionais de ampliar o acesso à educação, baseados em mais professores, mais livros didáticos e mais salas de aula, não é mais eficaz. Na opinião de Irina, os métodos têm que considerar formas de incluir crianças menos favorecidas. “Precisamos de intervenções específicas para alcançar as famílias deslocadas devido a conflitos, as meninas que são forçadas a ficar em casa, as crianças com deficiências e as milhares que são obrigadas a trabalhar. Porém, essas políticas têm um custo. Este relatório serve de alerta para mobilizar os recursos necessários para garantir a educação básica para cada criança, de uma vez por todas”.
Créditos: Agencia Brasil

Papa celebra missa para quase 7 milhões nas Filipinas

Foto aérea tirada durante missa mostra multidão reunida em Manila (Foto: Philippine Air Force, Sgt. Ray Bruna/AP Photo)O papa Francisco deixou as Filipinas nesta segunda-feira, encerrando uma viagem de uma semana pela Ásia que teve como auge uma missa sob chuva para cerca de sete milhões de pessoas na capital da mais populosa nação católica da Ásia – o maior número de pessoas já registrado em evento papal. 

Autoridades do Vaticano disseram que entre seis milhões e sete milhões de pessoas compareceram à missa de domingo no Rizal Park, em Manila e áreas vizinhas, superando os cerca de cinco milhões de fiéis que assistiram a uma missa celebrada pelo papa João Paulo no mesmo parque há 20 anos. O avião do papa decolou de Manila por volta das 10h desta segunda-feira (meia-noite de domingo em Brasília) sob céu azul, um forte contraste com o clima de tempestade desde que chegara ao país, na quinta-feira.

Enormes multidões acenaram para Francisco em todas as suas paradas nas Filipinas, apesar do mau tempo. Milhares foram às ruas ao longo do percurso papal até o aeroporto nesta segunda-feira, alguns gritando "viva o santo papa!" e "papa Francisco, nós te amamos!".

Cerca de mil estudantes dançaram e cantaram quando ele embarcou no avião que o levaria de volta a Roma. Vários dos eventos agendados para Francisco nas Filipinas foram interrompidos por chuvas torrenciais e ventos fortes, especialmente no sábado, quando ele foi confortar os sobreviventes do tufão Haiyan, que causou a morte de pelo menos 6.300 pessoas na região central das Filipinas em novembro de 2013.

O papa e os milhões de fiéis usavam capas de plástico durante a missa de domingo em Manila, em meio à chuva torrencial. Além de confortar os sobreviventes do tufão nas Filipinas, durante sua visita Francisco instou o governo a combater a corrupção e a pobreza, e pediu que o mundo ouça o choro das crianças pobres, famintas, sem-teto e vítimas de abusos.  (Foto: Philippine Air Force, Sgt. Ray Bruna/AP Photo)
Créditos: Reuters

Grupo sem-terra ameaça invadir fazenda de ministra

:  Após invadir na madrugada de sábado, 17, a Fazenda Recreio, em Piratininga, no Estado de São Paulo, integrantes do Movimento Sem-Terra Bandeirantes prometem chegar até a fazenda da ministra da Agricultura, Katia Abreu.
"Este será o ano do enfrentamento do agronegócio e do latifúndio improdutivo. 
Começamos por aqui (interior de São Paulo), mas vamos chegar até as terras da ministra (da Agricultura) Kátia Abreu, defensora dos latifundiários", disse o líder do grupo, José Rainha Junior, dissidente do Movimento dos Sem-Terra (MST).
Recém-nomeada, Katia prometeu diálogo com os movimentos, mas condenou as invasões. Seu foco à frente da pasta é incluir mais 700 mil produtores na classe média rural nos próximos quatro anos: "aqui, não tem ideologia, o foco é colocar mais dinheiro no bolso dos produtores", disse.
Crédito:Brasil 247

Inscrições para o Sisu começam hoje

Estão abertas, a partir de hoje (19), as inscrições no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). O procedimento deve ser feito pela internet, no site do Sisu, até o dia 22. Podem participar aqueles que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2014 e não tiraram nota 0 na redação. Ao todo, serão ofertadas 205.514 vagas no ensino superior público, em 5.631 cursos de 128 instituições.

Entre os cursos que tiveram aumento de vagas estão o de medicina, que ofertou 2.925 na primeira edição de 2014 e agora oferece 3.758 vagas. Os cursos de engenharia também tiveram ampliação na oferta de vagas de um ano para o outro, passando de 25.128 em 2014 para 30.749 em 2015. Durante o período de inscrição, o candidato poderá consultar, em seu boletim na página do Sisu, a classificação parcial na opção de curso escolhido e, se desejar, mudar de opção até o fim do prazo. O sistema vai informar a nota de corte em cada curso a partir de amanhã (20).

Neste ano, haverá apenas uma chamada. Os demais processos tiveram duas chamadas regulares. O resultado será divulgado no dia 26. Para cumprir a Lei de Cotas (12.711/2012), as instituições deverão reservar, no mínimo, 37,5% das vagas para os estudantes de escolas públicas. De acordo com o Ministério do Educação, do total de 99 instituições federais participantes do sistema (59 universidades e 40 instituições de educação profissional), 68 já reservam 50% ou mais das vagas para candidatos provenientes de escolas públicas.
Créditos: Agencia Brasil

Armadilhas que ameaçam quem vai comprar um imóvel na planta

 Sair de um stand de vendas com um imóvel comprado na planta pode ser um sonho. Mas, sem os devidos cuidados e atenção, podem surgir surpresas degradáveis na hora de pagar pelo bem ou receber o imóvel.
"Comprar um imóvel na planta é comprar uma promessa, acreditar que alguém irá construir um imóvel com o dinheiro que você está dando. E, por isso, a desconfiança é a melhor amiga do consumidor",
Para escapar das armadilhas não faça nada por impulso. "Não compre o imóvel na primeira vez que vê-lo. Leve a documentação, o contrato, o memorial descritivo e a planta para casa. É preciso decidir pela compra de forma fria",  afirma Marcelo Tapai, advogado especialista em direito imobiliário, do escritório Tapai Advogados.
Marco Aurélio Luz, diretor do Associação dos Mutuários de São Paulo (AMSPA), ressalta: "Mesmo que estejam previstas em contrato, situações abusivas são passíveis de discussão na Justiça".
 Veja 5 armadilhas as quais você deve se atentar nos stands de vendas:
1. O reajuste das parcelas
Pense em um imóvel que custa R$ 300 mil. Desse montante, R$ 30 mil serão pagos durante a obra, em 30 parcelas de R$ 1 mil, e o restante do saldo devedor será financiado.
Acontece que, enquanto o imóvel não é entregue, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), incide sobre as parcelas e o saldo devedor. Ou seja, se o INCC mensal for de 0,7%, a segunda parcela será de R$ 1.007 e o saldo devedor, de R$ 270.875,95. Mesmo que o consumidor já tenha pago uma parcela, seu saldo devedor aumentou.
"O que acontece é que o cliente vai até o stand e se programa para pagar uma parcela de R$ 1 mil e parcelar um saldo devedor de R$ 270 mil. Quando o imóvel é entrege, ele precisa financiar um valor bem maior e, muitas vezes, não consegue arcar com ele", explica Tapai.
Além disso, segundo Luz, mesmo que o consumidor desista do financiamento, a construtora pode não devolver o montante que já foi pago. "Esses casos acabam indo parar nos tribunais e o comprador pode reembolsar de 85% a 90% do que já pagou", explica.
Uma solução é pedir para a construtora ou para um contador uma projeção do pagamento.
2. Análise de crédito superficial
Segundo Tapai, muitas vezes, a análise de crédito realizada nos stands de vendas é superficial.
"Eles perguntam quanto você ganha, mas não perguntam se você tem carro financiado, se tem crédito consignado, entre outras coisas. O mercado é intercomunicado e financiamentos comprometem sua capacidade financeira. É por isso que vemos tantas devoluções de imóveis", diz.
3. Taxas abusivas
Se não ficar atento, o consumidor pode acabar arcando com uma série de taxas abusivas que estão embutidas nos contratos e no valor do financiamento.
Serviço de assessoria técnico-imobiliária (SATI)
O pagamento, geralmente correspondente a 0,88% do valor do imóvel, é referente aos cuidados da construtora ou da imobiliária com a documentação do comprador e o processo para efetivação do financiamento bancário.
"É como se você pagasse pelos serviços de um advogado da construtora prestados à você. Mas, se você quer ou precisa de um advogado, você procura um da sua confiança, e não um remunerado pela construtora", diz Luz.
Leia mais: Taxa de assessoria técnica imobiliária é indevida, dizem órgãos de defesa
Corretagem
A taxa de corretagem refere-se aos serviços do corretor ou imobiliária que fizeram a intermediação entre o comprador o vendedor do imóvel. Geralmente, a taxa corresponde a 5% ou 6% do valor do bem.
O debate sobre a legalidade da cobrança tem crescido nos tribunais de justiça estaduais. Para Tapai, a cobrança é ilegal e configura venda casada, já que o corretor está vinculado à construtora e o pagamento é condição para a venda.
Leia mais: Disputas sobre taxa de corretagem e venda casada disparam na Justiça
Anuência e interveniência
A taxa de anuência é cobrada quando o consumidor decide vender o imóvel financiado, ou seja, transferir o financiamento do imóvel para outra pessoa. Para isso, ele precisa de uma prévia autorização da construtora, o que feriria o Código de Defesa do Consumidor já que a construtora não contribuiu para a venda.
Já a taxa de interveniência é cobrada quando o comprador opta por fazer o financiamento bancário com um banco diferente daquele que financiou a obra para construtora. "É uma cobrança abusiva, já que o consumidor tem total direito de escolher com qual instituição quer fazer o financiamento", diz Luz.
4. Atenção aos modelos decorados
Segundo Tapai, os modelos decorados geralmente são espelhados, o que pode passar uma falsa sensação de amplitude.
"Quando visitar um modelo decorado, procure saber se aqueles móveis são padrão comercial, e que aqueles não são um sofá encolhido ou uma cama mais curta, por exemplo", diz o advogado.
Também é preciso ficar atento aos pequenos avisos e placas no apartamento. "Ás vezes você visita um apartamento que tem uma janela linda, mas aí vê o aviso que diz que aquilo não faz parte do imóvel", explica.
5. Promessas não cumpridas
Não compre um imóvel na planta sem antes ler o memorial descritivo. Lá estará a descrição de intens como as torneiras e o tipo de piso que será entregue com o bem. "É muito comum ler que a torneira, por exemplo, será de tal tipo ou 'similar'. Isso precisa ser averiguado", diz Tapai.
Por isso, é importante que o consumidor, quando estiver no stand de vendas, tenha acesso ao memorial descritivo para não se deixar enganar por maquetes ou modelos decorados.
Luz aconselha: quando o imóvel for entregue, leve um engenheiro civil até ele para que, com o memorial descritivo em mãos, ele possa ver se tudo está entregue e em ordem".(Ultimo Segundo)
Créditos: WSCOM

Cantareira tem nova queda e está com 5,9% da capacidade

Em quedas sucessivas há sete dias, o volume armazenado no Sistema Cantareira, principal reservatório de água da Grande São Paulo, chegou ontem (18) a 5,9% da capacidade. Desde o dia 16, não é registrada chuva na região dos reservatórios, de acordo com boletim diário da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). A média pluviométrica para janeiro é 271,1 milímetros (mm), mas o acumulado do mês é bem inferior, 60,1 mm.

Os demais reservatórios da região metropolitana de São Paulo também apresentaram queda. O Alto Tietê também registra níveis críticos, com 10,5% da capacidade de armazenamento. O volume do Guarapiranga, na zona sul da capital paulista, passou de 39,7% para 39,3% neste domingo. Houve redução ainda no Alto Cotia (de 29,4% para 29,1%), no Rio Grande (de 69,7% para 69,4%) e no Rio Claro (de 24,5% para 23,9%).

Nesta semana, o secretário de Saneamento e Recursos Hídricos de São Paulo, Benedito Braga, informou que as obras para a interligação do Sistema Cantareira com a Bacia do Rio Paraíba do Sul devem começar ainda este mês. Ele participou na sexta-feira (16) de reunião, em Brasília, com representantes da Agência Nacional de Água (ANA) e dos estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais. Com a interligação, será construído um reservatório que bombeará água para o Cantareira. O projeto apresentado no ano passado pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, prevê a construção de um canal entre as represas Atibainha, que integra o sistema que abastece a Grande São Paulo, e o Reservatório Jaguari, um dos afluentes do Paraíba do Sul, principal fonte de abastecimento do Rio de Janeiro, que também abastece Minas Gerais.
Créditos: Agencia Brasil

domingo, 18 de janeiro de 2015

Empresas envolvidas na operação Lava Jato demitiram mais de 12 mil

 As centrais sindicais apontam que, em menos de dois meses, empresas envolvidas na operação Lava Jato demitiram mais de 12 mil trabalhadores em todo o Brasil. Muitas delas entraram em processo de recuperação judicial.
Empreiteiras como a Camargo Corrêa, OAS, Mendes Júnior, UTC, Engevix, Iesa, Galvão Engenharia e Queiroz Galvão foram denunciadas por envolvimento no esquema corrupto de Alberto Youssef e proibidas de participar de novas licitações da estatal em dezembro.
A maior gravidade foi registrada na Refinaria Abreu e Lima e no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), contratos da Petrobrás. Na Bahia, a crise afetou o Estaleiro Enseada do Paraguaçu, formado por Odebrecht, OAS, UTC e Kawasaki, com 970 trabalhadores demitidos.
Preocupado com o impacto da operação na economia, o governo tem articulado o socorro do BNDES a principais fornecedoras da Petrobras. É o caso da Sete Brasil, que deve receber um empréstimo de R$ 3,5 bilhões para a construção de sondas nos próximos dias.
Créditos: Brasil 247