quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Empresa citada na Lava Jato tem pedido de recuperação judicial aceito

A Justiça de São Paulo aceitou ontem (20) pedido de recuperação judicial da empresa Alumini Engenharia (antiga Alusa), uma das fornecedoras que prestaram serviços à Petrobras. Apesar de não ser investigada na Operação Lava Jato, a empresa é uma das 23 empreiteiras que tiveram contratos suspensos por serem suspeitas de participar de um cartel em licitações da estatal. 

Após a deflagração da sétima fase da Lava Jato, em novembro do ano passado, a Alumini começou a ter dificuldades para honrar pagamentos. Em dezembro, a empresa descumpriu decisão da Justiça do Trabalho de Permambuco para pagar R$ 96 milhões em salários atrasados de 4,8 mil pessoas que trabalharam na Refinaria Abreu e Lima, principal obra investigada na operação.

No mesmo período, o Ministério Público do Trabalho foi acionado para cobrar da Alumini o pagamento de salários atrasados dos funcionários que participaram da construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), obra em que também há suspeitas de superfaturamento.
Créditos: Agencia Brasil

No Dia de Combate à Intolerência Religiosa, líderes alertam sobre discriminação

Religiões africanas(Agencia Brasil) Em outubro de 1999, o jornal Folha Universal estampou em sua capa uma foto da iyalorixá Gildásia dos Santos e Santos, a Mãe Gilda, em publicação com o título "Macumbeiros charlatões lesam o bolso e a vida dos clientes". A casa da Mãe Gilda foi invadida, seu marido foi agredido verbal e fisicamente e seu terreiro, depredado por integrantes de outro segmento religioso. Mãe Gilda morreu em 21 de janeiro de 2000, vítima de um infarto. Para combater atitudes descriminatórias e prestar homenagem a Mãe Gilda, foi instituído, em 27 de dezembro de 2007, pela Lei 11.635, o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, celebrado hoje (21).
Casos como o de Mãe Gilda não são isolados. Em 2014, o Disque 100 registrou 149 denúncias de discriminação religiosa no país. Mais de um quarto (26,17%) ocorreu no estado do Rio de Janeiro e 19,46%, em São Paulo. O número total caiu em relação a 2013, quando foram registradas 228 denúncias, mas, mesmo assim, mostra que a questão não foi superada no país. As principais vítimas são as religiões de matriz africana, como o candomblé e a umbanda.
"No ano passado, tivemos diferentes ações contra a intolerância religiosa, como manifestações, publicação de vídeos. Não acho que diminuiu imediatamente, mas os grupos têm reagido. Não quer dizer que tivemos menos invasões de casas e agressão pela não permissão do uso de idumentárias em espaços públicos", analisa a coordenadora da organização não governamental (ONG) Criola, Lúcia Xavier. 
Para ela, a discriminação das religiões de matriz africana está ligada ao racismo. De acordo com os dados do Disque 100, no ano passado, 35,39% das vítimas eram negros. Os brancos correspoderam a 21,35% e os indígenas, a 0,56%. Os demais não informaram. "Tem a ver também com a ideia de que as religiões de matriz africana são primitivas, usam sacrifícios de animais, têm ritos diferenciados", diz Lúcia.
"Acho que, embora tenham ocorrido alguns avanços nos último anos, um desafio muito grande é o de esclarecimento. A religião é demonizada, acham que cometemos barbáries. Não é nada disso. As pessoas precisam de mais informação, de saber mais a respeito", diz a ialorixá Dora Barreto, do terreiro Ilê Axé T'Ojú Labá, no Distrito Federal.
Segundo o professor de filosofia da religião da Universidade de Brasília Agnaldo Cuoco Portugal, muitas vezes, a intolerância extrapola a religião e relaciona-se com questões socioeconômicas e políticas. "O Brasil é um país relativamente pacífico em termos de violência religiosa", compara. Entre casos extremos de intolerância, ele cita o recente ataque à redação do semanário francês Charlie Hebdo e os ataques consequentes a mesquitas.
No Brasil, ele defende que para combater a intolerância é necessária uma imprensa ativa, canais de participação e acesso a denúncias pela sociedade e a própria educação religiosa. "A ideia de educação religiosa na escola pública no Brasil é interessante. Só acho uma pena que ela seja entregue às igrejas. A minha visão é de que seja assunto de estudo científico, como qualquer outro, deveria ser o estudo das religiões para saber o que pensam os grupos, de forma científica e não catequética", defende Portugal.
Veja o que dizem algumas lideranças religiosas sobre a tolerância:

Judaísmo
O judaísmo nasce como uma tradição em direção ao diálogo. Isso não significa, no entanto, que ao longo de tantos anos a postura sempre tenha sido tolerante. Mas, de maneira geral, temos vários exemplos de tolerância e de diálogo. A tolerância gera mais riqueza, riqueza cultural. É um tema do nosso cotidiano. A promoção do diálogo é saudável, interessante e desejável.
Sergio Napchan, diretor de Relações Institucionais da Confederação Israelita do Brasil
Catolicismo
Desde 1965, com o Concílio Vaticano II, a Igreja Católica iniciou uma forma mais clara de busca de comunhão e diálogo com as igrejas cristãs e grandes tradições religiosas. Para os católicos, vivenciar o Evangelho é reconhecer que todas as religiões procuram responder a questões humanas, que são comuns. Cada um responde de acordo com suas doutrinas, ritos e caminhos, mas todos procuram responder às mesmas questões. Reconhecendo isso, vamos nos encontrar com o propósito de paz, harmonia e felicidade.
Padre Marcus Barbosa, integrante da Comissão para o Ecumenismo e o Diálogo Interreligioso, da Comissão da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)
Religiões islâmicas e muçulmanas
Nossa religião é clara: Quem mata uma alma, mata a humanidade inteira. Nossa educação é que vivamos em paz com outras religiões. Quem vai julgar as pessoas é Deus. É preciso tratar o próximo com amor e carinho. No Brasil, estamos abrindo diálogo com outras religiões, visitando outras igrejas. Estamos convivendo em paz, é um excelente exemplo. A religião islâmica não é esse fantasma e o terrorismo não representa os muçulmanos.

Sheikh Khaled Taky El Din, presidente do Conselho de Teólogos Islâmicos no Brasil
Candomblé
O candomblé tem por princípio o acolhimento, receber bem, dar um rumo para as pessoas, esclarecer. Tenho grandes amigos de outras religiões. Com a tolerância, ganhamos a união. Todos ficam mais fortes. O ideal seria que se tivesse um problema na minha casa, fosse conversar com um pastor ou um padre para saber a opinião deles. Ouvindo a opinião de outras religiões, consegue-se fazer melhor juízo.
Ialorixá Dora Barreto, do terreiro Ilê Axé T'Ojú Labá
Espiritismo
Entendemos que todas as religiões devem ser tratadas com respeito e reconhecimento às condições e à liberdade de culto e pensamento. Nossa posição é a de estímulo ao diálogo e à somatória de esforços, quando houver necessidade de colaboração com a sociedade. O mundo em que vivemos não admite o isolamento em grupos ou clãs. A única forma de pensar a convivência e o respeito é estabelecer o diálogo.
Antonio Cesar Perri, presidente da Federação Espírita Brasileira.
Créditos: Agencia Brasil

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

1% da população detem mais riqueza que os 99% restantes

A organização não governamental britânica (ONG) Oxfam informou que, em 2016, o patrimônio acumulado pelos mais ricos do mundo – 1% da população mundial – vai ultrapassar o dos restantes 99%. "A parte do patrimônio mundial detida por 1% dos mais ricos passou de 44% em 2009 para 48% no ano passado e vai ultrapassar os 50% no próximo ano."

A Oxfam, cuja diretora-geral, Winnie Byanyima, copresidirá o Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça), exigiu "a realização, este ano, de uma cúpula mundial para reescrever as regras fiscais internacionais". O fórum será reaizado de quarta-feira (21) até sábado (24) e reunirá importanres líderes mundiais. "A amplitude das desigualdades mundiais é vertiginosa", disse Winnie, para quem "o fosso entre as grandes fortunas e o resto da população aumenta rapidamente".

A Oxfam apelou aos Estados para que adotem um plano de luta contra as desigualdades, coibindo a evasão fiscal, com a promoção de serviços públicos gratuitos, com mais impostos sobre o capital e menos sobre o trabalho, criando salários mínimos, ou ainda por meio da criação de sistemas de proteção social para os mais pobres.
São esperados para o 45º Fórum Econômico Mundial mais de 300 chefes de Estado e de Governo e líderes políticos, incluindo a chanceler alemã, Angela Merkel, o presidente francês, François Hollande, o chefe do governo italiano, Matteo Renzi, o primeiro-ministro chinês, Li Kepiang, e o secretário de Estado norte-americano, John Kerry.
Créditos: Agencia Brasil

Asteroide passará muito perto da Terra

NASA, espaço, Terra, asteroide, ciência

A NASA divulgou que no dia 26 de janeiro o asteroide 2004BL86, de aproximadamente 500 metros de diâmetro, deverá passar muito perto da Terra. Será a primeira vez que um corpo celeste de grandes proporções passa tão próximo do planeta. No entanto, os cientistas descartaram qualquer possibilidade de colisão.

O muito perto da passagem do asteroide se restringe aos padrões astronômicos, uma vez que o 2004BL86 cruzará os céus a 1,2 milhão de quilômetros da órbita terrestre, algo como três vezes a distância até a Lua. Os moradores do hemisfério norte poderão ver o fenômeno com binóculos potentes ou pequenos telescópios. Foto: East News/Science Photo Library
Créditos: Voz da Russia

PIB da China cresce 7,4% em 2014

China, PIB, economia, finançasO PIB da segunda maior economia mundial teve expansão de 7,4% em 2014 ante o ano anterior e, pela primeira vez desde 1998, ficou abaixo da meta estabelecida pelo governo, que no ano passado foi de 7,5%.
Geralmente a meta estabelecida por Pequim é facilmente atingida, mas esta tarefa tem ficado cada vez mais difícil. Nas últimas três décadas, a economia chinesa cresceu cerca de 10%, porém em 2012 e 2013 o avanço foi de 7,7%, em forte contraste com os anos anteriores: os avanços de 2011 (9,3%) e 2010 (10,5%) eram o padrão, e não pontos fora da curva.
A expansão obtida no ano passado foi a mais lenta desde 1990, quando o PIB registrou alta de 3,8%, resultado das sanções internacionais contra o país após o massacre da praça da Paz Celestial, no ano anterior.
O ano passado foi encerrado com um crescimento de 7,3% (o mais lento desde os 6,6% do primeiro trimestre de 2009, que sofria os efeitos do início da crise global) nos últimos três meses e mostra as dificuldades do governo para adaptar a economia para um modelo mais voltado ao consumo interno do que para as exportações, que sustentaram boa parte do crescimento nas últimas décadas.
Em novembro, por exemplo, o BC local, em uma medida de surpresa, realizou um corte nas taxas de juros, o primeiro do país em dois anos, mostrando que, apesar de Pequim estar ciente de que o ritmo de outrora dificilmente será repetido, o patamar atual se mostra desconfortável para o regime.
Na semana passada, o governo também lançou um pacote de estímulo para produtores rurais.
Mas, apesar das medidas de Pequim, as expectativas para este ano também não são animadoras. Primeiro porque a economia chinesa enfrenta problemas como o alto endividamento de consumidores e empresas.
Segundo porque o cenário externo também não é promissor, com exceção dos EUA. A União Europeia (seu principal parceiro comercial) deve anunciar nesta semana um pacote de estímulo, e o Japão, a terceira economia global, está em recessão.
Créditos: Voz da Russia

Varejo deve deixar de movimentar R$ 29,7 bilhões com os feriados deste ano

Os lojistas vão amargar mais um ano de esvaziamento nas datas comemorativas. Serão nada menos que 10 feriados nacionais em dias úteis, contra sete no ano passado. Nesses dias, a Confederação Brasileira do Comércio de Bens, Consumo e Turismo (CNC) calcula que o varejo deixará de movimentar cerca de R$ 29,7 bilhões.
Diante da necessidade de arrecadar, a redução na atividade econômica fará falta aos cofres públicos. ”A cada feriado nacional, a lucratividade é corroída em 9,2%, ou R$ 2,7 bilhões em comparação a um dia comum”, explicou Fábio Bentes, economista sênior da entidade. E a conta pode ser ainda maior. 
A Federação do Comércio do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ) estima que, somente no estado, o varejo carioca deixa de circular R$ 974 milhões na economia por dia improdutivo. “Apesar de o turismo ser aquecido nos feriados, há, sim, perdas para o comércio. E não são apenas essas datas que geram impacto, mas os pontos facultativos também”, afirmou Christian Travassos, economista da instituição.
Créditos: Paraíba Total

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

121 milhões de crianças e adolescentes estão fora da escola, afirma ONU

Um relatório lançado hoje (19), em Londres, mostra que 121 milhões de crianças e adolescentes, de 6 a 15 anos, no mundo inteiro desistiram de frequentar a escola ou sequer começaram a fazê-lo. O documento foi feito pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e contrasta com a promessa da comunidade internacional de alcançar a Educação para Todos até 2015. 

O relatório, intitulado “Reparação da promessa quebrada de Educação para Todos: resultados da Iniciativa Global Crianças Fora da Escola”, mostra que houve pouco progresso na melhora desse cenário desde 2007. Além disso, o documento revela que 63 milhões de adolescentes, com idades entre 12 e 15 anos, não estão na escola. Esse número mostra que há muito mais adolescentes nessa situação do que crianças. Enquanto uma a cada 11 crianças em idade escolar de nível primário não frequentam a escola, um em cada cinco adolescentes está na mesma situação. 

De acordo com a  diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, os métodos tradicionais de ampliar o acesso à educação, baseados em mais professores, mais livros didáticos e mais salas de aula, não é mais eficaz. Na opinião de Irina, os métodos têm que considerar formas de incluir crianças menos favorecidas. “Precisamos de intervenções específicas para alcançar as famílias deslocadas devido a conflitos, as meninas que são forçadas a ficar em casa, as crianças com deficiências e as milhares que são obrigadas a trabalhar. Porém, essas políticas têm um custo. Este relatório serve de alerta para mobilizar os recursos necessários para garantir a educação básica para cada criança, de uma vez por todas”.
Créditos: Agencia Brasil