O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária da Paraíba (Faepa), Mário Borba, revelou, na noite desta sexta-feira (22), que o rebanho estadual foi reduzido em 36% nos últimos três anos, por conta das sucessivas estiagens. Ele foi entrevistado no ’27 Segundos’ da RCTV (canal por assinatura do Sistema Correio de Comunicação). Borba contou ainda que, desde 2012, pecuaristas vêm se desafazendo dos seus animais ou tentando cria-los em outras regiões do país, especialmente Norte e Centro Oeste.
Reeleito nesta sexta para mais um mandato de três anos à frente da Faepa, Borba explicou que os produtores que ainda têm condições financeiras estão sustentando seus animais com carros-pipas. A situação se agrava ainda mais por conta da crise financeira que atravessa o país.
“O produtor tem que comprar produtos inflacionados e não consegue repassar o preço na venda do rebanho. Desesperado, ele vem se desfazendo dos animais com grandes prejuízos”, afirmou.
Ele culpou a falta de interesse do Governo Federal em ajudar o Nordeste como uma das situações que tem prejudicado os produtores, Lembrou que em 2012, por exemplo, a saca de milho subsidiado era repassada ao agricultor familiar por R$ 14,00; e para o produtor de porte médio por R$ 22,00. “Este ano o Governo sequer fala em subsidiar o milho ou outro grão. Está na hora do produtor agir”, cobrou.
Mário Borba disse que outra situação que preocupa os criadores do interior é a falta de segurança na zona rural. “Os bandidos chegam de caminhão, em plena madrugada, invadem as fazendas e os sítios, colocam os donos das terras sob mira de armas e roubam todo rebanho. Isso aconteceu em Sousa, no Sertão, onde levaram 40 reses de uma só vez de um só produtor”, frisou. “Em São Mamede, na região de Patos, foram 15 reses”.
Segundo o presidente da Faepa, nos últimos três há uma queda seguida no número de animais no rebanho paraibano. “Tem produtor que chegou a perder 500 cabeças de gado, por conta da estiagem”, conta.
Mário Borba queixou-se também que o Conselho da Sudene não fez uma reunião sequer há 14 meses, para discutir a situação dos estados e municípios do Nordeste. Da mesma forma, o Conselho do Instituto do Semiárido (Insa) há três anos não se reúne.
“A Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), da qual sou vice-presidente, acompanha por conta própria mais de dois mil projetos em tramitação no Congresso Nacional, que tem interesse direto ou indireto com o nosso setor. A Sudene e o Insa estão completamente parados”, disse.
Apesar de acreditar na conclusão da transposição do São Francisco, Mário Borba classificou de “obra para cada quatro anos”, numa referência aos avanços obtidos em épocas pré-eleitorais. Ele citou casos onde o projeto parou. As bombas elevatórias para o canal chegar até Monteiro, no Cariri paraibano, não foram adquiridas até agora e as linhas de transmissão do Nordeste não comportam o consumo que a transposição exigirá. A Faepa teme que com os cortes no orçamento da União, de R$ 69,9 bilhões, anunciados nesta sexta, a obra pare de vez.
Em entrevista ao jornalista Hermes de Luna, que apresenta o ’27 Segundos’ de terça à sexta-feira, sempre às 21h na RCTV (canal 27 da Net digital), o presidente da Faepa defendeu a construção da Transnordestina, lembrando que só com um trem se transportariam o equivalente a 136 carretas de uma só vez, economizando-se em frete.
Créditos: Portal Correio
sábado, 23 de maio de 2015
Brasil investiga desvio de até R$ 6 mi no consulado nos EUA
Uma fraude na concessão de vistos para cidadãos americanos, agora investigada pelo Ministério das Relações Exteriores, gerou desvios de que podem chegar a R$ 6 milhões das contas do consulado brasileiro em Nova York (EUA). Três funcionários contratados nos Estados Unidos pelo Itamaraty -todos brasileiros e não concursados- foram demitidos por envolvimento no esquema.
O desvio acontecia por uma falha no sistema de concessão de vistos. Hoje, os americanos pagam duas taxas para obter permissão para entrar no Brasil: a de concessão do visto e uma de reciprocidade, para equiparar os valores pagos pelos brasileiros interessados em ir aos EUA. No sistema, elas têm de ser lançadas separadamente. A falha permite que os funcionários registrem a cobrança de apenas uma delas, mesmo cobrando as duas dos cidadãos americanos.
A fraude acontecia principalmente na emissão de vistos tipo 3, solicitados por artistas e atletas, afirmou o funcionário. Nesse caso, é cobrada a taxa de US$ 130 (R$ 390) para emissão mais US$ 160 (R$ 480) de reciprocidade. Os funcionários registravam o pagamento apenas da primeira cobrança e desviavam o restante do valor pago pelos americanos. O desvio, que ocorreu durante pelo menos três anos, foi percebido por um servidor concursado do Itamaraty.
O Ministério das Relações Exteriores confirma a investigação e a demissão dos envolvidos. Segundo a assessoria de imprensa do Itamaraty, órgãos de controle interno realizaram auditoria nas contas do consulado. Uma sindicância interna foi aberta em março para apurar a fraude e ainda está em andamento. O Itamaraty também formalizou as denúncias às autoridades americanas.
Créditos: Brasil 247
Dilma veta aumento do crédito consignado e mantém sigilo das operações do BNDES
A presidenta Dilma Rousseff sancionou, com vetos, a Lei 13.126 que autoriza o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) receber do Tesouro Nacional R$ 30 bilhões. A medida foi aprovada pelo Congresso Nacional em abril. Um dos vetos mantém o sigilo das operações de crédito do banco, defendida pelo Senado Federal. Os vetos foram publicados ontem (22) no Diário Oficial da União .
Para a presidenta, a divulgação ampla e irrestrita das informações das operações de apoio financeiro do BNDES feriria sigilos bancários, empresariais e prejudicaria a competitividade das empresas brasileiras no mercado global de bens e serviços, uma vez que “evidenciaria aspectos privativos e confidenciais da política de preços praticada pelos exportadores brasileiros em seus negócios internacionais.”
De acordo com a justificativa pelo veto, o BNDES já divulga em transparência diversas informações a respeito de suas operações, tais como clientes, projetos e, no caso de operações internas, os valores contratados em cada empréstimo. Além disso, aponta “vício de inconstitucionalidade formal” no texto, “pois o sigilo das operações de instituições financeiras é matéria de lei complementar.”
Dilma vetou ainda o aumento do crédito consignado, que passaria de 30% para 40% da renda do trabalhador. A presidenta entendeu que “sem a introdução de contrapartidas que ampliassem a proteção ao tomador do empréstimo, a medida proposta poderia acarretar um comprometimento da renda das famílias para além do desejável e de maneira incompatível com os princípios da atividade econômica”. A presidenta reforça sua posição ao justificar que “a proposta levaria, ainda, à elevação do endividamento e poderia resultar na ampliação da inadimplência, prejudicando as próprias famílias e dificultando o esforço atual de controle da inflação”.
Outros vetos são relativos ao refinanciamento de dívidas de mutuários com renda anual acima de R$ 2,4 milhões no segmento de transporte rodoviário de carga, sem subvenção de juros pela União por ampliar “consideravelmente o escopo de refinanciamento ao incluir empresas de todos os portes, o que traria impactos financeiros negativos” para o banco de fomento.
Créditos: Agencia Brasil
Para a presidenta, a divulgação ampla e irrestrita das informações das operações de apoio financeiro do BNDES feriria sigilos bancários, empresariais e prejudicaria a competitividade das empresas brasileiras no mercado global de bens e serviços, uma vez que “evidenciaria aspectos privativos e confidenciais da política de preços praticada pelos exportadores brasileiros em seus negócios internacionais.”
De acordo com a justificativa pelo veto, o BNDES já divulga em transparência diversas informações a respeito de suas operações, tais como clientes, projetos e, no caso de operações internas, os valores contratados em cada empréstimo. Além disso, aponta “vício de inconstitucionalidade formal” no texto, “pois o sigilo das operações de instituições financeiras é matéria de lei complementar.”
Dilma vetou ainda o aumento do crédito consignado, que passaria de 30% para 40% da renda do trabalhador. A presidenta entendeu que “sem a introdução de contrapartidas que ampliassem a proteção ao tomador do empréstimo, a medida proposta poderia acarretar um comprometimento da renda das famílias para além do desejável e de maneira incompatível com os princípios da atividade econômica”. A presidenta reforça sua posição ao justificar que “a proposta levaria, ainda, à elevação do endividamento e poderia resultar na ampliação da inadimplência, prejudicando as próprias famílias e dificultando o esforço atual de controle da inflação”.
Outros vetos são relativos ao refinanciamento de dívidas de mutuários com renda anual acima de R$ 2,4 milhões no segmento de transporte rodoviário de carga, sem subvenção de juros pela União por ampliar “consideravelmente o escopo de refinanciamento ao incluir empresas de todos os portes, o que traria impactos financeiros negativos” para o banco de fomento.
Créditos: Agencia Brasil
sexta-feira, 22 de maio de 2015
Cortes no Orçamento não vão paralisar governo, diz Dilma
A presidenta Dilma Rousseff afirmou que o contingenciamento do Orçamento Geral da União de 2015, que será anunciado amanhã (22), não será nem tão grande nem tão pequeno. Ela acrescentou que nenhum contingenciamento paralisa o governo. Dilma evitou comentar o valor do corte de gastos para este ano. “Tem gente que acha que [o contingenciamento de verbas] vai ser pequeno. Não vai. Vai ser um e aí eu dou o conceito, não o número: nem tão grande que não seja necessário, nem tão pequeno que não seja efetivo, que não provoque nada. Ele tem de ser absolutamente adequado”, disse em entrevista nesta tarde.
A presidenta negou a possibilidade de paralisia no governo com o corte de verbas. Dilma comparou a economia do país à de uma casa. “Nenhum contingenciamento paralisa governo, o governo gasta menos em algumas coisas. É isso que acontece, é como em uma casa, quando a pessoa faz economia ela não paralisa a casa, ela faz economia. Nós vamos fazer uma boa economia para que o país possa crescer e possa ter sustentabilidade no crescimento”.No início desta semana o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que ocontingenciamento deverá ficar entre R$ 70 bilhões e R$ 80 bilhões. A lei orçamentária de 2015 estipula para amanhã a data limite para publicação, no Diário Oficial da União, do decreto de contingenciamento (bloqueio) de verbas não obrigatórias.
Os cortes são necessários para garantir o cumprimento da meta de superávit primário – economia para pagar os juros da dívida pública – de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) neste ano. A cada dois meses, a partir do decreto, o contingenciamento será revisado com base nas estimativas de arrecadação e das projeções de crescimento da economia.
Créditos: Agencia Brasil
Desigualdade aumenta em países ricos e cai na América Latina
A Organização para Cooperação de Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou nesta quinta-feira (21) o relatório In it together – Why less inequality benefits all (Juntos nisso – Por que menos desigualdade beneficia a todos, em português), que trata das desigualdades sociais nos países que compõem a organização.
De acordo com o estudo, a diferença de renda entre os cidadãos segue aumentando nos países ricos, mas caiu na América Latina graças ao maior acesso à educação promovido na última década.
Atualmente, nos países da OCDE (são 34 nações, a grande maioria com economias industrializadas) os 10% mais ricos ganham 9,6 vezes mais do que os 10% mais pobres. Nos anos 1980, a proporção era de sete vezes mais e, na década de 2000, de 9,1.
O Brasil é colocado como destaque no estudo. Segundo a OCDE, o país foi um dos que mais diminuíram a desigualdade de renda nos últimos anos. Para se ter uma ideia, enquanto a média do coeficiente Gini – indicador que mede a desigualdade de renda e que vai de 0 a 1- dos países da organização aumentou de 0,29 nos anos 1980 para 0,32 nos anos 2000, o Brasil reduziu seu Gini de 0,6 nos anos 1990 para 0,5 nos dias atuais, uma queda de 8%.
“Houve, a partir do início dos anos 2000, uma queda generalizada da desigualdade na América Latina. Essa redução não ocorreu de forma tão acentuada em outras regiões (…) Dessa vez o bolo cresceu, com o crescimento econômico, e foi melhor dividido. É um fato novo na realidade latino-americana”, afirmou Horácio Levy, analista de políticas sociais da organização.
Foto: Pe: Djacy
Créditos: Revista Forum
De acordo com o estudo, a diferença de renda entre os cidadãos segue aumentando nos países ricos, mas caiu na América Latina graças ao maior acesso à educação promovido na última década.
Atualmente, nos países da OCDE (são 34 nações, a grande maioria com economias industrializadas) os 10% mais ricos ganham 9,6 vezes mais do que os 10% mais pobres. Nos anos 1980, a proporção era de sete vezes mais e, na década de 2000, de 9,1.
O Brasil é colocado como destaque no estudo. Segundo a OCDE, o país foi um dos que mais diminuíram a desigualdade de renda nos últimos anos. Para se ter uma ideia, enquanto a média do coeficiente Gini – indicador que mede a desigualdade de renda e que vai de 0 a 1- dos países da organização aumentou de 0,29 nos anos 1980 para 0,32 nos anos 2000, o Brasil reduziu seu Gini de 0,6 nos anos 1990 para 0,5 nos dias atuais, uma queda de 8%.
“Houve, a partir do início dos anos 2000, uma queda generalizada da desigualdade na América Latina. Essa redução não ocorreu de forma tão acentuada em outras regiões (…) Dessa vez o bolo cresceu, com o crescimento econômico, e foi melhor dividido. É um fato novo na realidade latino-americana”, afirmou Horácio Levy, analista de políticas sociais da organização.
Foto: Pe: Djacy
Créditos: Revista Forum
Sobrepeso na gravidez pode afetar a imunidade do bebê.
Mães com sobrepeso podem ter complicações durante a gestação, como o aumento do risco de diabetes gestacional ou parto prematuro. Além disso, o problema está relacionado com resultados adversos para a saúde do bebê no futuro – diabetes do tipo 2 e doenças cardiovasculares. Recentemente, um estudo realizado pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, também mostrou que os quilos extras da mãe podem enfraquecer o sistema imunológico do recém-nascido, aumentando os riscos do bebê desenvolver doenças cardíacas e asma, por exemplo.
Pesquisadores acompanharam 39 mães da cidade de Portland, nos Estados Unidos, e usaram o índice de massa corporal (IMC) das mulheres para classificá-las em três grupos: as com peso saudável, aquelas com sobrepeso (IMC entre 25 e 30) e as consideradas obesas (IMC acima de 30). Das participantes, nenhuma era fumante, tinha diabetes ou teve complicações durante a gravidez.
Após o nascimento, a equipe analisou amostras de sangue do cordão umbilical dos recém-nascidos e concluiu que as células imunes dos bebês de mães obesas não responderam aos antígenos bacterianos, em comparação às crianças de mães saudáveis. De acordo com Ilhem Messaoudi, professora da Universidade da Califórnia, essas alterações podem comprometer a vacinação da criança.
A professora ressalta que mais estudos são necessários para avaliar a relação existente entre o sobrepeso na gestação e o sistema imunológico dos bebês, questionando se será necessário alterar a frequência com que as crianças de mães obesas são vacinadas nos dois primeiros anos de vida. Ilhem recomenda que mulheres que pensam em engravidar conversem com o ginecologista sobre a gestão de peso na gestação e sobre fatores que podem prejudicar o recém-nascido. A avaliação com um especialista é importante pois a obesidade tem graves influencias na saúde materna, como a baixa fertilidade, por exemplo — afirma a professora.
Os resultados foram publicados na revista científica Pediatric Allergy and Immunology.
Fonte: Zero Hora
http://zh.clicrbs.com.br/rs/
http://zh.clicrbs.com.br/rs/
Funcionários do metrô e trens de SP aprovam greve
Os trabalhadores da Companhia do Metropolitano (Metrô) e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) decidiram ontem (20), em assembleia, entrar em greve a partir do dia 27 de maio.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários e em Empresas Operadoras de Veículos Leves sobre Trilhos no Estado de São Paulo, a paralisação ocorre pela falta de retorno das empresas sobre as reivindicações salariais das categorias. “Os trabalhadores buscaram, de diversas formas, a negociação com a empresa, mas houve intransigência do Metrô e do governo estadual, que negaram o diálogo e apresentaram proposta de reajuste abaixo da inflação”, informou, em nota, o sindicato.
Ainda segundo o sindicato, a empresa teria oferecido 7,21% de reajuste. Os funcionários reivindicam 8,24% de reajuste mais 9,49% de aumento de real, além de aumento no vale-refeição e vale-alimentação, equiparação salarial, periculosidade e plano de carreira.
Novas assembleias serão feitas na terça-feira (26) para confirmar e organizar as paralisações.
Créditos: Brasil 247
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