sábado, 30 de maio de 2015

Reeleito presidente, Blatter diz que sua missão é colocar Fifa no caminho


O suíço Joseph Blatter comemora após ter sido reeleito presidente da Fifa (Agência Lusa/Direitos Reservados)
O suíço Joseph Blatter, de 79 anos, foi reeleito hoje (29), para seu quinto mandato à frente da principal entidade do futebol mundial, a Federação Internacional de Futebol (Fifa). Nem mesmo as recentes denúncias de corrupção envolvendo alguns dos principais dirigentes da federação foram capazes de alterar os rumos da eleição. A votação foi para o segundo turno, mas o concorrente o príncipe jordaniano Ali bin Al Hussein, 39 anos, desistiu da candidatura.
O suíço Joseph Blatter, de 79 anos, foi reeleito ontem (29), para seu quinto mandato à frente da principal entidade do futebol mundial, a Federação Internacional de Futebol (Fifa). Nem mesmo as recentes denúncias de corrupção envolvendo alguns dos principais dirigentes da federação foram capazes de alterar os rumos da eleição. A votação foi para o segundo turno, mas o concorrente o príncipe jordaniano Ali bin Al Hussein, 39 anos, desistiu da candidatura.
Na primeira rodada, Blatter obteve 133 votos e Al Hussein conseguiu 73. Por 6 votos a menos do que o mínimo necessário para vencer a eleição em um única rodada, o suíço Joseph Blatter, 79 anos, teria que disputar um segundo turno com o príncipe jordaniano, que acabou desistindo. Um segundo turno não ocorria desde 1974. "Tomo a responsabilidade de voltar a botar a Fifa no caminho", disse Blatter, após ser reeleito. "Precisamos de maior representatividade das federações, de mulheres, precisamos que suas vozes repercutam na Fifa", acrescentou.

Fizeram falta ao suíço os votos de algumas das federações que retiraram o apoio a Blatter depois que as autoridades dos Estados Unidos e da Suíça deflagraram, na quarta-feira (27), uma megaoperação intercontinental para prender oito dirigentes esportivos ligados à Fifa. Embora Blatter não esteja entre os investigados e afirme ser inocente, as suspeitas afetaram sua gestão. Ele está à frente da entidade desde 1998 e garantiu seu quinto mandato.

Na manhã da última quarta-feira (27), policiais suíços prenderam, em Zurique, o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) José Maria Marin, e mais seis dirigentes esportivos: Jeffrey Webb, Eduardo Li, Julio Rocha, Costas Takkas, Eugenio Figueredo e Rafael Esquivel. No final da tarde do mesmo dia, o ex-vice-presidente da Fifa Jack Warner entregou-se às autoridades de Trinidad e Tobago, na América Central. Warner foi liberado após pagar fiança de US$ 400 mil.

Nove dirigentes da Fifa e cinco empresários esportivos de várias nacionalidades – entre eles os sete já presos - foram denunciados à Justiça norte-americana, suspeitos de cobrar propinas ao negociar contratos de direitos de transmissão de jogos organizados pela Fifa ou por entidades a ela associadas. As autoridades norte-americanas também investigam indícios de fraude na escolha dos países-sede das duas próximas copas do Mundo (Rússia, 2018, e Catar, 2022). Segundo a Promotoria de Justiça de Nova York e o FBI (Polícia Federal dos Estados Unidos), o esquema pode ter movimentado mais de US$ 150 milhões em mais de duas décadas.

Duzentos e nove delegações tinham direito a voto na escolha do presidente da federação. Devido ao retorno repentino do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Marco Polo Del Nero, ao Brasil, o país foi representado pelo presidente da Federação de Futebol do Ceará, Mauro Carmélio.
Créditos: Agencia Brasil

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Deputados vão ao STF contra aprovação de financiamento empresarial

Deputados de diversos partidos se uniram contra a manobra regimental que permitiu incluir o financiamento empresarial de campanhas na Constituição, nesta quarta-feira (27), na Câmara. Os parlamentares irão ingressar com um mandado de segurança junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a anulação da votação. 
Após a votação que visa institucionalizar o financiamento empresarial de campanhas ter sido rejeitada na noite desta terça-feira (26), ela voltou a pauta na noite seguinte e foi aprovada pelo plenário da Casa. O PT, o PSOL, o PCdoB e o PPS são alguns dos partidos que têm deputados empenhados na ação.
O deputado Alessandro Molon (PT-RJ) afirmou, em entrevista ao site “Brasil 247“, publicada nesta quinta-feira (28), que a bancada do PT não reconhece essa votação como legítima porque torna os candidatos reféns dos partidos quando permite que legendas, e não candidatos, recebam doações de empresas nas eleições. “Esta Casa não pode votar de acordo com a conveniência, não é assim o jogo democrático. Os defensores do financiamento empresarial perderam a primeira votação e numa manobra regimental ressuscitaram o tema”, ressaltou.
A deputada Maria do Rosário (PT-RS) disse, em entrevista, que mais uma vez a Constituição foi ferida dentro do plenário. Segundo ela, o presidente lesou o artigo 6º, que estabelece que uma emenda prejudicada em uma votação não poderá ser votada na mesma legislatura, isto é, rejeita na Câmara não pode ser mais votado por lá. “Este é um dispositivo constitucional criado justamente para dar segurança nas decisões tomadas no plenário, mas o presidente preferiu deixá-lo para trás e utilizou o regimento para dar sua opinião”, afirma.
Ainda segundo a deputada, o PT irá denunciar está manobra para a sociedade para que a população brasileira avalie inclusive os termos que estão sendo utilizados para votar a reforma política. Os deputados dizem ainda que vão questionar também o fato da emenda do deputado Celso Russomano (PRB) não ter recebido a quantidade mínima de assinaturas para ser apresentada em plenário. Por: Agência PT

Câmara mantém 'farra dos partidos' com verbas públicas

247 – A Câmara dos Deputados decidiu manter a “farra dos partidos’, garantindo o acesso de nanicos a verbas públicas. Com representação irrisória, muitas siglas são apontadas como “legendas de aluguel”.
O plenário aprovou dispositivo que estabelece uma nova cláusula de barreira, ou de desempenho, mudando as regras de acesso ao Fundo Partidário e ao tempo de rádio e televisão. No entanto, prevaleceu a regra mais flexível, que prevê a eleição de apenas um deputado ou senador. 
“Queremos uma cláusula de verdade! Vamos dizer claramente à sociedade que está sendo votado aqui um puxadinho de regra eleitoral. Essa reforminha vai se resumir ao fim da reeleição e à mudança de data da posse do presidente. Fracassamos porque os grandes partidos fizeram acordos com os partidos pequenos”, criticou o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG).
Foram 369 votos a favor, 39 contra e cinco abstenções ao destaque apresentado ao relatório do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) à proposta de emenda à Constituição (PEC 182/07) que trata da reforma política. O dispositivo ainda precisa ser aprovado em segundo turno para ser encaminhado ao Senado para apreciação.
Hoje, todos os partidos com registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) têm direito a uma parte do Fundo Partidário e tempo de rádio e TV. O fundo é dividido da seguinte forma: 95% para os partidos com representação na Câmara, de acordo com o tamanho da bancadas, e os outros 5% divididos igualmente entre todos os partidos com registro no TSE.
Os acordos também garantiram a derrota de outro ponto da reforma política: o que pretendia proibir coligações partidárias para eleições de deputados e vereadores. Leia aqui reportagem de Isabel Braga sobre o assunto.
Créditos: Portal Brasil 247

PF vai investigar corrupção no futebol brasileiro

A Polícia Federal (PF) vai abrir inquérito para saber se o esquema de corrupção na Federação Internacional de Futebol (Fifa), investigado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, tem ramificação no Brasil. De acordo com o Ministério da Justiça, as investigações serão centralizadas na Superintendência da PF no Rio de Janeiro.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, vão se encontrar nos próximos dias para discutir detalhes do caso. O ministério informou que a PF abriria ainda hoje (28) o inquérito sobre o assunto. Procurada pela reportagem, a Polícia Federal, por meio da assessoria, informou que não está se pronunciando ainda sobre o caso e não confirmou a abertura das investigações.

As autoridades norte-americanas investigam a participação de dirigentes da Fifa e empresários em uma fraude na escolha dos países-sede das duas próximas copas do Mundo (Rússia, em 2018, e Catar, em 2022). No Brasil, as suspeitas recaem sobre contratos de patrocínio e de transmissão da Copa do Brasil assinados pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). 

Foram presas, até o momento, 14 pessoas, entre eles sete dirigentes da Fifa, incluindo o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) José Maria Marin. Todos foram indiciados por extorsão e corrupção pela Procuradoria de Nova York. A CBF anunciou ontem (27), em nota, o afastamento de Marin até a conclusão do processo. A entidade também informou que vai "reanalisar todos os contratos ainda vigentes e remanescentes de períodos anteriores". Hoje, o prédio da sede da CBF, na Barra da Tijuca no Rio, batizado com o nome de Marin na fachada, amanheceu sem o nome do dirigente. Foto: EBC
Créditos: Agencia Brasl

Brasil terá acesso a nomes de correntistas em bancos suíços

A Receita Federal vai poder pedir às autoridades suíças detalhes sobre brasileiros com contas secretas em Genebra ou Zurique, mesmo que não tenham cometido atos de corrupção ou que sejam suspeitos de evasão fiscal. O secretário de Finanças Internacionais do Departamento Federal de Finanças da Suíça, Jacques de Watteville, confirmou que o país concluiu as negociações com o Brasil para um acordo de troca automática de informação sobre correntistas.

"A negociação foi concluída e os textos estão prontos", disse Watteville. "A questão agora é apenas procedimental de assinatura entre os dois governos e depois a aprovação pelo Poder Legislativo de ambos os países." O processo, porém, pode levar alguns meses.

Os acordos de transmissão de dados foram estabelecidos pelos suíços como forma de frear pressão internacional que ameaça os bancos do país. Nos Estados Unidos, banqueiros foram presos e instituições foram multadas em bilhões de dólares. Ontem, em Bruxelas, os suíços assinaram também um acordo para tentar aliviar a pressão que sofrem de Paris, Berlim e Londres.

Para que uma consulta seja realizada, o Brasil terá de apresentar aos suíços o nome do suspeito de evasão fiscal e uma investigação que demonstre que existem indícios do crime. "O Brasil vai poder ter esse acesso, até mesmo para casos de evasão", disse.

Até hoje, os acordos de cooperação entre Brasil e Suíça envolviam apenas casos criminais, como corrupção, fraude ou lavagem de dinheiro. Para questões de evasão, porém, os suíços não garantiam esse acesso. Há quatro anos, a Polícia Federal chegou a investigar os correntistas do Credit Suisse. Mas, de um total de mais de mil contas, apenas dez casos conseguiram contar com a cooperação de Berna, justamente por não haver um acordo.

O Estado apurou que um dos elementos que acelerou o processo foi o escândalo das contas de dirigentes da Petrobrás na Suíça. No total, mais de 300 contas foram bloqueadas, com mais de US$ 400 milhões.

Swissleaks. O impacto do novo acordo, porém, pode ir muito além e atingir até mesmo os nomes de correntistas que mantêm contas no HSBC. O caso, conhecido como Swissleaks, revelou como 8 mil brasileiros chegaram a ser clientes do banco por anos. Mas como a lista dos correntistas foi roubada pelo ex-funcionário do banco, Hervé Falciani, os suíços se recusam a colaborar com governos estrangeiros.

Para o porta-voz do governo suíço para temas financeiros, Mario Tuor, o Brasil ainda assim poderá ter acesso às informações desses nomes na lista do HSBC. Mas com a condição de que prove que mantém indícios de irregularidades que vão além da lista roubada. Nem os suíços, nem os brasileiros se atrevem a dizer o valor depositado pelos brasileiros nos bancos suíços. Mas, pelo menos de forma oficial, o volume sofreu uma queda nos últimos anos diante do temor de um maior controle do Fisco ou um intercâmbio de informações com autoridades.

No total, correntistas brasileiros retiraram da Suíça mais de US$ 2,5 bilhões em recursos declarados nos últimos anos, promovendo a primeira redução de dinheiro brasileiro nas contas do país em mais de dez anos.

Dados oficiais do Banco Nacional da Suíça indicam que, no início de 2014, a fortuna declarada mantida por correntistas e empresas brasileiras no país chegava a 3,4 bilhões de francos suíços, cerca de US$ 3,5 bilhões. Em 2011, o volume superava a marca de 6 bilhões de francos suíços, mais de US$ 6,2 bilhões.

Esse seria apenas o valor oficial de contas declaradas na Suíça como sendo de brasileiros, ainda que os bancos privados suíços considerem que o montante real dos depósitos seja bem maior se forem incluídos os valores que viriam de empresas offshore montadas por brasileiros pelo mundo. Ainda assim, a queda seria uma espécie de termômetro para o restante do volume de recursos.
Créditos: Estadão

Maternidade muda o cérebro das mulheres para sempre, diz estudo

Ter filhos muda o cérebro da mulher e sua resposta aos hormônios para sempre. Esse é o principal resultado de um estudo coordenado pela pesquisadora Liisa Galea, da Universidade de British Columbia, no Canadá.
O trabalho, apresentado no Annual Canadian Neuroscience Meeting, descobriu que o grande aumento na quantidade de estrógenos - hormônios sexuais femininos - durante a gravidez pode influenciar no desenvolvimento de áreas importantes do sistema nervoso central. Além disso, ele ajudou a esclarecer se a terapia de reposição hormonal feita na menopausa aumenta, ou não, o risco de Alzheimer.
No estudo, foi analisado o comportamento em ratas de dois tipos de estrógenos usados nesses tratamentos, o estradiol e a estrona, levando em consideração a idade dos animais e se eles já tinham procriado.
Segundo os cientistas, durante a gravidez, ambos podem alterar a "neuroplasticidade" ou gerar um super crescimento das células nervosas no hipocampo, área do cérebro responsável pela memória.
Uma das descobertas da pesquisa foi que o estradiol aumentou a produção de novas células e a chance de elas sobreviverem por mais tempo. Isso permitiu uma melhora na memória das ratas, que conseguiram se lembrar mais rapidamente de como sair de um labirinto.
Com os roedores que receberam a estrona, componente mais comum nas terapias de reposição, o mesmo só aconteceu com aqueles que ainda não tinham tido filhotes. O hormônio, quando injetado nas ratas que já haviam procriado, prejudicou a sua habilidade de aprender e memorizar.(IG).
Créditos: WSCOM

quinta-feira, 28 de maio de 2015

FGTS investirá R$ 5 bi no financiamento de casa própria de até R$ 400 mil

O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou na terça-feira  (26) injeção de R$ 5 bilhões ao programa Pró-Cotista para financiamento de casa própria até o valor de R$ 400 mil para famílias com renda acima dos limites do Programa Minha Casa, Minha Vida.
A medida autoriza o Ministério das Cidades a remanejar recursos do orçamento do FGTS, que este ano chega a R$ 63,9 bilhões, para financiamento da construção de imóveis cujo valor supere o teto atual de R$ 190 mil.
A partir desta autorização, o Ministério das Cidades vai regulamentar como será o remanejamento e o valor dos imóveis financiados com recursos do FGTS acima do valor do atual teto do Programa Minha Casa, Minha Vida.
O conselho também autorizou que o Comitê de Investimento analise aporte de R$ 10 bilhões para operações do Fundo de Investimento do FGTS (FI-FGTS) em projetos financiados pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
O banco vai oferecer uma carteira de R$ 25 bilhões em projetos a serem avaliados pelo Comitê de Investimento do FGTS, que indicará onde os recursos serão aplicados. O investimento será feito em empreendimentos novos em todo o território nacional.
Crédito: UOL