quinta-feira, 4 de junho de 2015

FBI quer tirar Copa da Rússia

 Aconteceu o óbvio: um dia depois da renúncia de Sepp Blatter à frente do comando da Fifa, o FBI, a polícia federal dos Estados Unidos, anuncia que está investigando o processo de escolha das sedes da Copa de 2018 e 2022, que estão previstas para ocorrer na Rússia e no Catar.
Derrotada pela Rússia, a Inglaterra já faz campanha para sediar a próxima Copa. Os Estados Unidos foram derrotados pelo Catar. Quando seis executivos do futebol mundial foram presos em Zurique, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que o objetivo real era impedir a Copa na Rússia. Blatter afirmou que nada teria ocorrido se Inglaterra e EUA tivessem sido escolhidos.
Todo o escândalo da Fifa tem como pano de fundo a nova guerra fria entre Estados Unidos e Rússia, que teve como capítulos a derrubada, com apoio norte-americano, do governo ucraniano, seguida da anexação da Crimeia pela Rússia.
Depois disso, os Estados Unidos forçaram países do Ocidente a excluir a Rússia das reuniões do G7. O objetivo, agora, é evitar, a qualquer custo, que a Copa de 2018 ocorra no país de Vladimir Putin, que desafia a hegemonia norte-americana.
Leia, abaixo, reportagem da Reuters:
Por Mark Hosenball e Katharina Bart
NOVA YORK/ZURIQUE (Reuters) - A investigação da Agência Federal de Investigação dos Estados Unidos (FBI) sobre a suposta corrupção na Fifa inclui a análise de como a entidade reguladora do futebol mundial concedeu a Copa do Mundo de 2018 à Rússia e o torneio de 2022 ao Catar, declarou um agente da lei norte-americano.
A análise seria parte de um inquérito que vai além das alegações de suborno em um indiciamento do Departamento de Justiça dos EUA a dirigentes da Fifa anunciado uma semana atrás, disse à Reuters o funcionário, que falou sob condição de anonimato.
Na ocasião, as autoridades norte-americanas declararam estarem investigando um caso de suborno de 150 milhões de dólares, enquanto promotores suíços anunciaram seu próprio inquérito criminal sobre as campanhas vencedoras de 2018 e 2022.
Rússia e Catar negaram qualquer delito na condução de suas campanhas. No caso do Catar, houve alguma surpresa com a concessão da sede do Mundial a um pequeno país desértico sem tradição futebolística e onde as temperaturas durante o dia no verão podem ultrapassar os 40 graus Celsius.
O ministro das Relações Exteriores do Catar, Khaled al-Attiyah, disse que de maneira nenhuma o país será privado do direito de sediar a Copa porque fez a melhor proposta.
"É muito difícil para alguns engolir que um país árabe islâmico tenha este torneio, como se um Estado árabe não pudesse ter este direito", afirmou ele à Reuters em uma entrevista em Paris. "Acho que é por causa do preconceito e do racismo que temos essa campanha de agressão contra o Catar".
De sua parte, a Rússia minimizou os temores de que possa perder o direito de organizar o evento. "A cooperação com a Fifa está em andamento e, o que é mais importante, a Rússia continua com os preparativos para a Copa de 2018", declarou Dmitry Peskov, porta-voz do presidente russo, Vladimir Putin.
Entre as questões que o FBI está examinando está a liderança do presidente da Fifa, Joseph Blatter, que na terça-feira anunciou subitamente estar renunciando pouco antes de vir à tona que ele mesmo está sendo investigado pelas autoridades norte-americanas – que na semana passada disseram que sua investigação irá continuar.
Uma fonte próxima à Fifa disse que foram os assessores de Blatter que o aconselharam a abandonar o posto. Críticos apontaram como possíveis razões a investigação criminal cada vez mais abrangente, o desassossego entre os patrocinadores e a pressão da Uefa.
ALERTA DA INTERPOL
A Interpol colocou dois ex-dirigentes do alto escalão da Fifa em sua lista de procurados a pedido das autoridades norte-americanas: Jack Warner, ex-chefe da Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe (Concacaf), e Nicolás Leoz, ex-chefe da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol).
Os outros sujeitos a 'alertas vermelhos' – que não são mandados de prisão – são Alejandro Burzaco, Hugo e Mariano Jinkis e José Margulies, brasileiro que liderou duas empresas envolvidas na transmissão de jogos de futebol.
Blatter, de 79 anos, anunciou sua decisão de entregar o cargo na terça-feira, seis dias depois de a polícia fazer uma operação em um hotel de Zurique e prender sete dirigentes da Fifa – entre eles o brasileiro e ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) José Maria Marin – e quatro dias depois de ele ter sido reeleito para um quinto mandato à frente da organização.
Blatter não recebeu nenhuma acusação, e a Fifa não respondeu a um pedido de comentário sobre uma investigação de seu mandatário.
Uma eleição para escolher um novo presidente provavelmente não irá acontecer antes de dezembro, e enquanto isso o suíço permanece na função.
Entre os candidatos em potencial, o chefe da Uefa e ex-jogador francês Michel Platini é o favorito. O príncipe jornaniano Ali Bin Al Hussein, que desistiu de concorrer à eleição presidencial da semana passada após obter 73 votos diante dos 133 de Blatter na primeira rodada, não chegou a confirmar se será candidato novamente.
Chung Mong-joon, bilionário do conglomerado sul-coreano
Hyundai, disse que irá estudar se participa da corrida. Outros possíveis candidatos incluem Domenico Scala, presidente independente do comitê de auditoria da Fifa, os ex-jogadores Zico, Diego Maradona e Jérôme Champagne, um ex-diplomata francês e vice-secretário-geral da Fifa e o alemão Wolfgang Niersbach, ex-chefe de mídia da entidade.
Créditos: Brasil 247

Agricultura familiar leva dignidade para o campo

Brasília/DF - 25/05/2015 - Lindaci Maria dos Santos Cortes, 51, produz alimentos orgânicos em uma chácara no Distrito Federal. Foto: Iano Andrade / Portal BrasilDistante dos tempos em que, para alimentar suas famílias, milhões de pequenos agricultores deixavam para trás os sonhos de uma vida digna no meio rural, o Brasil deste século 21 convive com uma nova geração que valoriza o trabalho agrícola e aproveita a crescente melhora das condições de subsistência no campo. Segundo uma pesquisa do Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural (Nead), do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), cerca de 84% dos jovens agricultores brasileiros não trocariam a vida rural por uma oportunidade de trabalho nas 

A expansão contínua dos pedidos de crédito agrícola no Brasil confirma os dados do levantamento do Nead. O País possui hoje mais de 4,8 milhões de famílias de pequenos agricultores, parcela fundamental para o desenvolvimento da economia nacional. Para se ter uma ideia do papel da agricultura familiar, basta comparar os números. De acordo com o último Plano Safra 2014/2015, o crédito para o setor saltou de R$ 2,3 bilhões, em 2002/2003, para R$ 24,1 bilhões, o maior volume da história.
O sucesso do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) garantiu a expansão da linha de crédito. Na semana passada, a presidenta Dilma Rousseff reuniu-se com representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e afirmou que o Plano Safra 2015/2016 terá no mínimo R$ 25 bilhões. O plano será anunciado em junho pelo governo.

Os valores são resultado da consolidação, na última década, da integração de políticas públicas com foco na criação de melhores oportunidades profissionais para o trabalhador rural. Segundo o secretário Nacional da Agricultura Familiar do MDA, Onaur Ruano, aumentar o acesso às políticas públicas para a agricultura familiar é fundamental para o crescimento do pequeno produtor.
Créditos: Portal Brasil





Taxa de juros aumenta pela sexta vez seguida e vai a 13,75% ao ano

Pela sexta vez seguida, o Banco Central (BC) reajustou os juros básicos da economia. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou hoje (3) a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, para 13,75% ao ano. Na reunião anterior, no fim de abril, a taxa também tinha sido reajustada em 0,5 ponto.
Com o reajuste, a Selic retorna ao nível de janeiro de 2009, quando também estava em 13,75% ao ano. A taxa é o principal instrumento do BC para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).


Oficialmente, o Conselho Monetário Nacional estabelece meta de 4,5%, com margem de tolerância de 2 pontos, podendo chegar a 6,5%. No entanto, ao anunciar o contingenciamento do Orçamento de 2015, o governo estimou que o IPCA encerre o ano em 8,26%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA acumula 8,17% nos 12 meses terminados em abril. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo Banco Central, o IPCA encerrará 2015 em 8,39%. Este ano, a inflação está sendo pressionada pelos aumentos de preços administrados como energia e combustíveis.

Embora ajude no controle dos preços, o aumento da taxa Selic prejudica a economia, que atravessa um ano de recessão, com queda na produção e no consumo. De acordo com o boletim Focus, analistas econômicos projetam contração de 1,27% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos pelo país) em 2015.

A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando reduz os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas alivia o controle sobre a inflação.
Créditos: Agencia Brasil

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Plano Safra destinará R$187,7 bilhões para produtores rurais

O Plano Safra 2015/2016 vai disponibilizar R$187,7 bilhões em recursos, sendo R$ 149,5 bilhões para financiamento de custeio e comercialização e R$ 38,2 bilhões para os programas de investimento. O valor é 20% maior que o da safra anterior, de R$ 156,1 bilhões. O novo Plano Agrícola e Pecuário foi anunciado ontem (2) pela ministra da Agricultura, Kátia Abreu, em cerimônia no Palácio do Planalto. 
Dos recursos para custeio, R$ 94,5 bilhões poderão ser financiados com juros controlados. No crédito para investimento, R$ 33,3 bilhões estão nessa modalidade.

As taxas de juros anuais para a safra 2015/2016 serão de 8,75% para os empréstimos de custeio. Para os programas de investimentos, a taxa vai variar de 7% a 10,5% ao ano. Na safra 2014/2015, a taxa média de juros para o setor foi 6,5%. Para os produtores beneficiados pelo Programa de Apoio ao Médio Produtor (Pronamp), os juros serão de 7,75% ao ano para custeio e 7,5% ao ano para investimentos. Os demais recursos do Plano Safra serão disponibilizados para financiamento a taxas de juros livres do mercado.

Para a próxima safra, o limite de financiamento de custeio, por produtor, foi ampliado de R$ 1,1 milhão para R$ 1,2 milhão, enquanto o destinado à modalidade de comercialização passou de R$ 2,2 milhões para R$ 2,4 milhões para a próxima safra. O limite de R$ 385 mil por produtor nos créditos de investimento ficou mantido.
Créditos: Agencia Brasil


Estrutura do São João de Campina Grande custa R$ 10 milhões em 2015

Com algumas novidades no layout, a estrutura do Parque do Povo para o Maior São João do Mundo em Campina Grande custará R$ 10 milhões este ano. Do total, mais de R$ 4,2 milhões serão custeados pelos cofres públicos, o restante do montante será investido pela iniciativa privada. O valor representa um aumento de cerca de 20% sobre o que foi pago em 2014, quando o investimento público custou R$ 3,5 milhões. A prefeitura de Campina Grande destacou que o impacto financeiro do São João de 2015 na economia de Campina Grande é estimado em mais de R$ 160 milhões.
De acordo com a coordenação do evento, toda o valor destinado à montagem inclui o entorno, a decoração e a estrutura interna do Parque do Povo, além de custeio da iluminação e da sonorização durante os 30 dias de evento, que vai de 5 de junho a 5 de julho.
“Isso inclui toda a estrutura, como a montagem de barracas, quiosques, palco e camarotes, como também o bloqueio do entorno da festa. Inclui ainda sonorização, iluminação e telões de LED no Parque do Povo. O montante de R$ 4,2 milhões é apenas o gasto da Prefeitura Municipal. O resto é obtido através de contrapartida dos patrocinadores”, explicou o coordenador do Maior São João do Mundo, Temístocles Cabral.
As principais novidades no Parque do Povo este ano são a Arena Quadrilhão, o Cine Capitólio e o Abrigo Maringá. Além destas, haverá uma palhoça montada na parte inferior do Parque do Povo, funcionando como um segundo palco, destinado a apresentações de shows locais. As apresentações das quadrilhas juninas e grupos folclóricos acontecem na nova “Arena Quadrilhão”, uma estrutura que foi montada em frente à réplica da Catedral de Nossa Senhora da Conceição. O objetivo é oferecer um espaço adequado ao público que prestigia as apresentações. O Abrigo Maringá será um espaço com programação própria desenvolvida pelo Sesi Cultural. Já a réplica do Cine Capitólio, na parte inferior do Parque do Povo, será o ambiente criado para a exibição de filmes que retratam a cultura nordestina.
Conforme o levantamento técnico do setor de Desenvolvimento Econômico da prefeitura, a arrecadação do Maior São João do Mundo será propiciada, em grande parte, pelos turistas, que devem deixar na cidade uma receita estimada em mais de R$ 50 milhões. Os gastos dos turistas nos hotéis, motéis, pousadas e casas alugadas durante o período do São João deverão superar a marca dos R$ 16 milhões, segundo a prefeitura.(G1).
Créditos: Verdade Regional

71% dos brasileiros têm os serviços públicos de saúde como referência

A maioria dos brasileiros procura pelas unidades públicas quando apresenta algum problema de saúde. Pesquisa do Ministério da Saúde, realizada em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que 71,1% da população foram a estabelecimentos públicos de saúde para serem atendidos. Deste total, 47,9% apontaram as Unidades Básicas de Saúde como sua principal porta de entrada aos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). Os dados também apontam que as políticas públicas cumprem papel fundamental no acesso a medicamentos. Do total de entrevistados, 33,2% conseguiram pelo menos um dos medicamentos no SUS e 21,9%, por meio do Programa Farmácia Popular.

Na avaliação do perfil dos usuários da rede pública de saúde, o estudo mostra que os serviços chegam a quem mais precisa. A proporção de indivíduos que mais tiveram acesso a medicamentos nos serviços públicos sobe para 41,4% na população sem instrução ou com fundamental incompleto e para 36,7% entre os de cor parda. O mesmo acontece com o Programa Farmácia Popular, ou seja, quem mais utiliza este serviço são as pessoas de menor escolaridade. “O estudo destaca o papel do SUS na promoção da equidade e os resultados do esforço do governo federal em expandir os serviços a toda a população”, destacou o ministro da Saúde, Arthur Chioro

Depois das Unidades Básicas de Saúde, os serviços públicos mais procurados pela população são os de emergências, como as Unidades de Pronto Atendimento Público ou Emergência de Hospital Público (11,3%), seguidos pelos hospitais e serviços especializados: do total, 10,1% da população vão até um Hospital Público ou Ambulatório quando têm um problema de saúde e 1,8% vão aos Centros de Especialidades e Policlínicas Públicas. Os consultórios e clínicas particulares atraem 20,6% dos brasileiros e 4,9% buscam emergências privadas.
Fonte: Ministério da Saúde

População carcerária do Brasil cresce 74% em sete anos

A população prisional no Brasil cresceu 74% entre 2005 e 2012. Em 2005, o número absoluto de presos no país era 296.919. Sete anos depois, passou para 515.482 presos. A população prisional masculina cresceu 70%, enquanto a população feminina cresceu 146% no mesmo período. Em 2012, aproximadamente um terço da população prisional brasileira estavam encarceradas em São Paulo.

Os dados estão no estudo Mapa do Encarceramento: os Jovens do Brasil, divulgado hoje (3) pela Secretaria-Geral da Presidência da República. O levantamento foi feito pela pesquisadora Jacqueline Sinhoretto com base nos dados Sistema Integrado de Informações Penitenciárias (InfoPen), do Ministério da Justiça. Segundo o estudo, o crescimento foi impulsionado pela prisão de jovens, negros e mulheres.

O relatório aponta que 13 estados tiveram crescimento acima da marca nacional. Em Minas Gerais Minas, segundo estado em população encarcerada, com 45.540 presos em 2012, houve crescimento de 624% no número de presos. Segundo o relatório, isso deve a programas que visam a repressão qualificada aos crimes contra a vida e a presídios privatizados instalados no estado. Já o Rio Grande do Sul apresentou o menor percentual de crescimento da população prisional do país (29%).

“A análise conjunta das taxas de encarceramento e das taxas de homicídio por estado indica que prender mais não necessariamente reduz os crimes contra a vida, porque as políticas de policiamento enfocam os crimes patrimoniais e de drogas”, aponta o relatório. De acordo com o levantamento, 38% da população prisional no país é formada por pessoas que estão sob a custódia do Estado sem que tenham sido julgadas. Outros 61% dos presos são condenados e 1% cumpre medida de segurança. Dentre os condenados, 69% estão no regime fechado, 24% no regime semiaberto e 7% no regime aberto.

“Quase metade (48%) dos presos brasileiros recebeu pena de até oito anos. Num sistema superlotado, 18,7% não precisariam estar presos, pois estão no perfil para o qual o Código de Processo Penal prevê cumprimento de penas alternativas”, cita o texto. 
Os crimes que mais motivam prisões são patrimoniais e drogas, conforme o estudo, que somados atingem cerca de 70% das causas de prisões. Crimes contra a vida motivam 12% das prisões. Segundo o relatório, isso indica que o policiamento e a Justiça criminal não têm foco nos crimes “mais graves”, mas atuam principalmente nos conflitos contra o patrimônio e nos delitos de drogas.
Créditos: Agencia Brasil