quinta-feira, 9 de julho de 2015

Número de refugiados sírios chega a 4 milhões

 Foto: Getty
Mais de 4 milhões de sírios fugiram da guerra civil em seu país, tornando-se refugiados nas regiões vizinhas, sendo 1 milhão deles nos últimos dez meses, informou a Organização das Nações Unidas (ONU). “Esta é a maior população refugiada de um único conflito de uma geração”, disse hoje (9) o alto comissário das Nações Unidas para Refugiados, António Guterres.

Segundo informações do Observatório Sírio dos Direitos Humanos, desde o início do ano, 2.926 civis morreram e 18 mil ficaram feridos no país em meio a ataques aéreos do regime de Bashar Al Assad. Os dados indicam que, desde março de 2011, o conflito já causou mais de 230 mil mortes.
Créditos: Agencia Brasil

Vacina oral contra cólera se mostra eficaz

Uma criança recebe vacina contra a cólera, em Saut d'Eau, Haiti, no dia 17 de setembro de 2014
Uma vacina oral, barata, confere uma proteção "significativa" contra a cólera grave, segundo um teste realizado nas condições de vida comum em Bangladesh, onde a doença mata milhares de pessoas anualmente. O estudo, publicado nesta quinta-feira na revista médica The Lancet, que entrevistou cerca de 270 mil crianças e adultos nas favelas de Mirpur em Dacca com alto risco de cólera, é o primeiro a demonstrar a eficácia da vacina em áreas endêmicas, de acordo com os autores.
A cólera é uma infecção diarreica aguda causada pela ingestão de alimentos ou água contaminadas pela bactéria Vibrio cholerae e os hospedeiros do bacilo. Ele é facilmente disseminado em áreas sem infra-estrutura básica - água potável, vasos sanitários, saneamento - como favelas ou campos de refugiados, muitas vezes superlotados. Segundo a OMS, a cada ano são registrados entre 3 e 5 milhões de casos de cólera, matando cerca de 120.000 pessoas em todo o mundo.
Para o estudo, 94.675 pessoas receberam a vacina. Além da vacina, um outro grupo de número quase equivalente (92.539) foi incluindo num programa de "mudança de comportamentos", incluindo a lavagem das mãos e o uso de água potável. Um outro grupo (80.000) não recebeu nada. A vacina oral Shanchol foi administrada em duas doses, com 14 dias de intervalo, pelos serviços de saúde pública.
Apesar de uma população bastante variável, 65% das pessoas do grupo vacinado receberam as duas doses e 66% do grupo atingido também pelo programa de mudança de comportamentos. Em comparação aos não vacinados, a incidência global de desidratação grave foi reduzida em 37% no grupo que recebeu a vacina isoladamente e de 45% quando a vacina foi acompanhada pela campanha para a mudança como uma precaução.
A vacina foi bem tolerada, sem efeitos indesejados graves, segundo os autores. "Nossos resultados mostram que o programa de vacinação oral de rotina contra a cólera nos países onde a doença é endêmica poderia reduzir consideravelmente o peso da doença e contribuir enormemente nos esforços da luta contra a cólera", comentou a principal autora da pesquisa, Firdausi Qadri, do Centro Internacional de Pesquisa sobre Doenças Diarreicas de Bangladesh, em Dacca.
Qadri lembra, contudo, que a água potável e o saneamento básico - escassos para metade da população dos países em desenvolvimento (cerca de 2,5 bilhões de pessoas) - são, no fim das contas, o principal fator na luta contra a cólera. A especialista ressalta também que a Shanchol não "custa caro", com o preço de duas doses a 3,7 dólares - cerca de um terço do preço da outra vacina oral comercializada, a Dukoral.
Créditos: Yahoo

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Papa pede à América Latina que evite leis que estimulem a repressão

O papa Francisco fez nessa terça-feira (8), um apelo ao Equador e aos “povos latino-americanos”, para que evitem “a dolorosa memória de qualquer tipo de repressão, controle desmedido e restrição de liberdades” nas suas normas e leis. O sumo pontífice falou na Igreja de São Francisco de Quito, durante sua viagem à América Latina, que o levará também à Bolívia e ao Paraguai.

Francisco destacou como o Equador e muitas outras nações da América Latina devem enfrentar novos desafios “que requerem a participação de todos os setores sociais”. “A migração, a concentração urbana, o consumismo, a crise da família, falta de trabalho, as bolsas de pobreza que geram incerteza”, bem como “tensões que constituem uma ameaça à convivência social”, foram alguns dos exemplos que apontou.

O papa alertou que “as normas e leis, assim como os projetos da comunidade civil, devem procurar a inclusão, abrir espaços para o diálogo, ao encontro, e assim abandonar a dolorosa memória de qualquer tipo de repressão, controle desmedido e restrição de liberdade”. Para Francisco, a esperança de um futuro melhor para estes países começa pela criação de emprego e de crescimento econômico, “mas que não fique nas estatísticas macroeconômicas  e que [promova] um desenvolvimento sustentável que gere um consenso social, firme e coeso.” 

Perante a audiência, o papa deu o exemplo de alguns países europeus, onde o desemprego juvenil se encontra entre 40 e 50%. O sumo pontífice citou o fenômeno dos “nem nem”, jovens que nem estudam, nem trabalham e, perante a falta de trabalho, cedem a vícios, à tristeza, à depressão, ao suicídio ou envolvem-se em projetos de “loucura social”.
Créditos: Agencia Brasil

Valor da cesta básica cai em 15 das 18 capitais pesquisadas pelo Dieese

O preço da cesta básica caiu em 15 das 18 cidades pesquisadas em junho pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A pesquisa mostra que as maiores quedas foram verificadas em Salvador (-8,05%), Rio de Janeiro (-6,71%) e Fortaleza (-5,49%). Nos últimos 12 meses, as 18 cidades acumulam alta, com destaque para Salvador, Campo Grande e Belém. Essas capitais registraram variações acima de 10%.
Em junho, São Paulo continuou liderando com a cesta de maior custo (R$ 392,77), seguida de Florianópolis (R$ 386,10), Porto Alegre (R$ 384,13) e Rio de Janeiro (R$ 368,71). Os menores valores médios para os itens básicos de consumo foram observados em Aracaju (R$ 275,42), Natal (R$ 302,76) e João Pessoa (R$ 309,48). Carne bovina, leite, pão francês, batata e manteiga apresentaram predominância de alta.
A carne, por exemplo, aumentou em 16 cidades, com taxas entre 0,05% (Brasília) e 4,69% (Florianópolis). Ocorreu recuo apenas em Fortaleza (-1%) e Vitória (-0,67%). Em 12 meses, o preço da carne subiu em todas as cidades, com variação entre 10,55% (Vitória) e 24,30% (Campo Grande).
De acordo com o Dieese, “a oferta de carne continua restrita, por conta do aumento da exportação e dos altos custos de reposição de bezerros, o que mantém os altos patamares de preço”.
Em sentido contrário, o preço do tomate caiu em 15 cidades no período. Belo Horizonte (-44,10%), Rio de Janeiro (-41,90%) e Vitória (-35,66%) registraram os maiores recuos. Nos últimos 12 meses, seis cidades apresentaram redução e em 12 ocorreu alta nos preços.
“Como a colheita da safra de inverno começou a abastecer o mercado, houve redução no preço do fruto”, apontou o Dieese. O feijão também se destacou entre os produtos com queda no preço. O tipo carioquinha só não diminuiu em Manaus (0,56%).
Segundo a Constituição, o salário mínimo deve suprir despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e Previdência. Para o Dieese, em junho o mínimo ideal deveria ser R$ 3.299,66. O valor equivale a 4,19 vezes o mínimo atual, de R$ 788. Esse cálculo é feito considerando o valor da cesta mais cara (São Paulo) para uma família de quatro pessoas.
Em maio, o salário mínimo necessário correspondeu a R$ 3.377,62, o que equivalia a 4,29 vezes o piso vigente. Em junho do ano passado, o valor necessário para atender às despesas de uma família era R$ 2.979,25 ou 4,11 vezes o salário mínimo da época (R$ 724).
Créditos: Agência Brasil 

Golpismo aglutinou base de apoio a Dilma

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Com a ameaça de golpe acentuada no último domingo, durante a convenção nacional do PSDB, os tucanos provocaram uma reação contrária, provavelmente desconsiderada em um cenário em que o governo reagia timidamente a ataques e acusações e que a presidente Dilma Rousseff sequer comentava ofensas contra ela.
Liderado pelo senador Aécio Neves, reeleito presidente da legenda na convenção, o discurso plural do golpe uniu movimentos populares, governadores, ministros e parlamentares em defesa da presidente, que finalmente saiu da toca nesta terça-feira, em uma entrevista em que chama os golpistas para a briga.
Nesta segunda-feira, o vice-presidente Michel Temer classificou como "impensável" um impeachment de Dilma. O ministro Pepe Vargas, dos Direitos Humanos, afirmou que "não há base política nem jurídica para o impeachment" e que qualquer tentativa nesse sentido seria "golpe".
Em uma entrevista no início do dia, o ministro José Eduardo Cardozo, da Justiça, afirmou que "é de um profundo despudor democrático e de um incontido revanchismo eleitoral falar em impeachment da presidente como têm falado alguns parlamentares da oposição".
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, foi ao Twitter protestar contra o que chamou de estratégia de "tapetão" da oposição. "Perderam no voto e agora querem ganhar no tapetão. Fora golpistas! Democracia neles!", escreveu.
No Congresso, os discursos continuam até esta terça-feira, partindo de líderes do governo como o deputado José Guimarães (PT-CE), que exclamou: "Querem governar o Brasil? Ganhem primeiro a eleição. A democracia tem regras. Qualquer coisa fora disso é uma ameaça ao Estado Democrático de Direito".
A bancada do PT na Câmara divulgou uma nota, assinada pelo líder Sibá Machado (PT-AC), acusando o PSDB de ter vestido a camisa do golpismo e destacando que ficará "atenta e mobilizada para frear quaisquer tentativas" de tirar Dilma do poder.
Alguns governadores também se uniram em apoio à presidente, como Flávio Dino (PCdoB), do Maranhão – "impopularidade não legitima cassação", disse –, Rui Costa (PT), da Bahia, para quem é "é inaceitável" qualquer tentativa de golpe. "Eleição se decide nas urnas", disse.
Outros nomes, como o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), e o tucano Geraldo Alckmin, de São Paulo, já haviam rechaçado a tese de impeachment em outras ocasiões. "Toda discussão deve ter elementos. Eu não conheço esses elementos que possam motivar a tamanho extremo", comentou Câmara.
Nesta terça, pela quinta vez em cerca de um ano, o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB) – cujo discurso destoa de outros tucanos que seguem Aécio na pregação do golpe – jogou água fria na fervura do golpismo e disse que não cabe aos governadores do partido entrar nessa discussão.
Sem necessariamente defender Dilma, alguns colunistas da imprensa tradicional, como Jânio de Freitas, Ricardo Melo e Marcos Augusto Gonçalves, levantaram a voz em favor da democracia e contra qualquer estratégia do PSDB que vise tirar a presidente do comando do País.
Créditos: Portal brasil 247

Tarifa Social deve reduzir conta de luz para 90 mil na PB

Começa neste mês o Mutirão da Tarifa Social, executado pela Energisa, que deve beneficiar cerca de 90 mil clientes que estão aptos a serem incluídos no programa Tarifa Social. O mutirão começa nesta quinta-feira (9), no município de Sousa, no Sertão paraibano, a 433 km de João Pessoa, e deve dar desconto de até 65% na conta de energia elétrica.
Além do cadastramento na Tarifa Social, o mutirão vai oferecer serviços de renegociação de dívidas, palestras com dicas de economia de energia e a troca de geladeiras antigas por outras novas e mais econômicas. Segundo o presidente da Energisa Paraíba e da Energisa Borborema, André Theobald, os moradores devem se dirigir ao mutirão para que possam receber os descontos.
“Nossas equipes estão prontas para receber os clientes e contamos com a colaboração de cada morador que pode repassar a informação e mobilizar vizinhos e amigos”, explicou o presidente Para se cadastrar no programa, os consumidores devem possuir cadastro em algum programa assistencial do governo federal, como o Bolsa-Família, e apresentar o Número de Identificação Social (NIS), junto com documentos de identificação.Além do mutirão, os consumidores que possuírem direito ao benefício podem procurar os postos de atendimento da Energisa e realizarem o cadastro, levando documento de identificação e o número do NIS.(Portal Correio).
Créditos: Focando a Notíca

terça-feira, 7 de julho de 2015

Minha Casa Minha Vida 3 terá nova faixa de renda

A terceira etapa do Minha Casa Minha Vida, prevista para ser lançada no segundo semestre, deverá facilitar a vida de famílias com renda entre R$ 1,2 mil e R$ 2,4 mil. A secretária Nacional de Habitação do Ministério das Cidades, Inês Magalhães, afirmou que será criada a Faixa 1- FGTS, na qual a família interessada poderá comprometer até 27,5% de sua renda com o financiamento da casa própria.

Nesta nova modalidade, a contrapartida dos governos estadual ou  municipal ou da poupança será de 20% do valor do imóvel. “Se uma família com renda mensal de R$ 1,6 mil comprar um imóvel de R$ 135 mil, por exemplo, necessitará de um subsídio de R$ 45 mil”, disse. Atualmente, o Minha Casa Minha Vida tem três faixas de renda. Na primeira, para famílias que recebem até R$ 1,6 mil, o subsídio pode chegar a R$ 95% do valor do imóvel. Na segunda (até R$ 3.275 mensais), esse subsídio tem um teto de R$ 25 mil.

O ajuste se explica pela forte demanda na faixa 1, que acaba concentrando as contratações em famílias que recebem entre R$ 800 e R$ 900. Na prática, a nova faixa intermediária reduzirá as prestações destas famílias. O governo também estuda adotar uma agenda sustentável para o programa. Algumas das medidas são ampliar a eficiência enérgica, reduzir o consumo de água e criar um sistema integrado de cadastramento de beneficiários. “Esse sistema traria transparência para os municípios”, observou Inês Magalhães no evento em Campinas (SP).

O vice-presidente de Habitação da Caixa Econômica Federal, Teotonio Rezende, disse que, apesar da atual conjuntura econômica, as famílias brasileiras continuam procurando casas para comprar. Prova disso é que seis milhões de pessoas fizeram simulação de financiamentos imobiliários no site da Caixa apenas no mês de maio, sendo 40% para imóveis do Minha Casa Minha Vida.
“Notamos que as simulações de financiamento foram feitas para unidades de até R$ 150 mil reais e por famílias com idade entre 25 e 35 anos”, disse Rezende, lembrando que o banco reponde por 68% do crédito imobiliário do país. “[A Caixa] não trabalha com redução de investimento em habitação de interesse social”, acrescentou.

Anunciada pela presidenta Dilma Rousseff em julho do ano passado, a meta da terceira etapa do programa Minha Casa Minha Vida é construir mais de 3 milhões de unidades até 2018. Trata-se de um número expressivo se comparado às 3,75 milhões de moradias contratadas desde a criação do programa em 2009. Essa etapa consta de uma série de medidas do governo federal para retomada do crescimento da economia. Em junho, foram anunciados o Programa de Investimento em Logística (PIl) e o Plano Nacional de Exportações (PNE).
Créditos: Portal Brasil