quarta-feira, 15 de julho de 2015

Vacina em spray contra o ebola será testada em seres humanos

Vacina em spray contra o ebola teve resultados promissores em macacos, e em breve será testada em seres humanos - informaram pesquisadores norte-americanos esta semana.
O estudo, publicado no Journal of Clinical Investigation, foi conduzido por cientistas do Centro Médico da Universidade do Texas e os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos.

Caso possa ser aplicada em seres humanos, os cientistas garantem que a vacina seria útil em situações de crise ou em zonas remotas, onde há dificuldade em encontrar equipe médica para administrar as doses.
Para produzi-la, foi elaborada uma versão enfraquecida do vírus parainfluenza tipo chamado 3 (HPIV3) para expressar uma glicoproteína do vírus ebola, a fim de estimular uma resposta imunitária contra a doença.

O HPIV3 é uma causa comum de infecções do trato respiratório em crianças pequenas.
Os pesquisadores, com a ajuda de máscaras, deram a vacina em spray a macacos Rhesus em seus narizes e bocas. Depois, quando os animais vacinados receberam o que normalmente seria uma dose letal de vírus ebola, sobreviveram.

"Este estudo demonstra pela primeira vez que uma vacina em spray foi bem sucedida contra uma febre hemorrágica viral", afirmou Alex Bukreyev, professor de virologia do Centro Médico da Universidade do Texas, na cidade de Galveston. Mais de 11.000 pessoas morreram em decorrência do altamente infeccioso vírus ebola nos últimos 18 meses, principalmente em países da África Ocidental, como Serra Leoa, Libéria e Guiné.
Créditos: MVNews

terça-feira, 14 de julho de 2015

Brasil reduz 73% do trabalho infantil e 64% da evasão escolar

No aniversário de 25 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgou nesta segunda-feira (13) um relatório onde aponta conquistas e desafios do marco legal de 1990. Segundo o Unicef, o Brasil avançou em todos os indicadores em educação e hoje está perto de garantir a presença de 100% das crianças no ensino fundamental. Além disso, o País superou a meta de redução da mortalidade infantil estabelecida pelos Objetivos de  Desenvolvimento do Milênio da ONU.

Desde 1990, o Brasil reduziu em 64% a evasão escolar de crianças e adolescentes no ensino fundamental, passando de 19,6% dos alunos matriculados para 7% em 2013. E mais: a taxa de analfabetismo  caiu 88,8% na faixa entre 10 e 18 anos de idade, passando de 12,5%, em 1990, para 1,4% em 2013, de acordo com dados do Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios (Pnad).

Sobre mortalidade infantil, o estudo avalia que o estatuto contribuiu para que o Brasil obtivesse melhores resultados que os vizinhos da América do Sul e que o países desenvolvidos. Enquanto o País passou de 51,4 mortes de crianças menores de um ano para cada mil nascimento para 12,3 segundo a ONU, os países da América Latina registraram 42,7 para 15,2, os países em desenvolvimento, 68,9 para 36,8 e a taxa mundial, 62,7 para 33,6.

A redução, aponta o Unicef, deve-se sobretudo à ampliação da consultas de pré-natal no país desde a implementação do marco legal de 1990. Em 1995, 10,9% das gestantes não tinham acesso a nenhuma consulta pré-natal. 21 anos depois, o percentual caiu para 2,7%. 

“[O Brasil], hoje, é um exemplo para outros países na estruturação e implementação de uma vigorosa rede de proteção social, com políticas de referência como o Sistema Único de Assistência Social (Suas) e o Bolsa Família, afirma o representante do Unicef no Brasil, Gary Stahl, no prefácio da publicação. O Estatuto da Criança e do Adolescente  também ajudou a reduzir o trabalho infantil em 73,6%, diz o documento do Unicef. De 1992 a 2013, o número de crianças entre 5 e 15 anos trabalhando no país passou de de 5,4 milhões para 1,3 milhões. 
Fonte: Portal Brasil, com informações do Unicef e Agência Brasil
Créditos: Portal Brasil

Irã e potências mundiais perto de acordo nuclear

O Irã e as potências mundiais conseguiram fechar, hoje em Viena, um acordo sobre o programa nuclear iraniano, segundo informaram diplomatas citados pela agência russa TASS e pela francesa AFP. “Chegaram a um compromisso em todos os aspectos. Dentro de muito pouco [tempo] as partes vão anunciar os resultados”, especificou um diplomata europeu, citado pela agência noticiosa russa.

Um diplomata próximo das negociações disse à agência AFP que “o acordo foi concluído”. A última sessão plenária entre o Irã e o chamado Grupo 5+1 – os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (EUA, Rússia, China, França e Reino Unido) mais a Alemanha – terá início hoje na sede da ONU, em Viena.

O Irã e o Grupo 5+1 têm negociado um acordo que garanta que Teerã não terá uma bomba atómica, recebendo como contrapartida um levantamento das sanções econômicas que lhe foram impostas. Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos sete países envolvidos nas negociações procuraram, ao longo dos últimos 18 dias de intensas conversações em Viena, chegar a um consenso para fechar o histórico acordo. O presidente iraniano, Hasan Rohani, afirmou hoje que a conquista de um acordo será “um triunfo da diplomacia” e servirá como um “bom começo” para novas relações internacionais.
Créditos: Agencia Brasil

Mais Médicos garante 2.290 vagas em curso de Medicina no interior do País

Os Ministérios da Educação e da Saúde apresentaram na sexta-feira (10) a relação de instituições particulares de Ensino Superior que deverão implantar no próximo ano cursos de medicina, oferecendo 2.290 vagas em 36 municípios. Essas novas vagas fazem parte da estratégia do programa Mais Médicos para aumentar o número de profissionais no Brasil. “O Mais Médicos, a partir de hoje, se consolida não apenas como uma política de provimento e garantia na Atenção Básica. É uma política estruturante da formação médica do País”, afirmou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.  

As instituições têm de três a 18 meses para colocar os cursos em funcionamento e devem oferecer bolsas para pelo menos 10% das vagas. Chioro também destacou que o Mais Médicos contribuiu ainda mudar a lógica da abertura dos cursos de Medicina. “Antes as universidades desenvolviam projetos a partir da lógica delas, dos interesses delas, não da necessidade do País, não da necessidade do Sistema Único de Saúde. Que o MEC vem desenvolvendo é uma nova maneira de regulação do Ensino Superior”, completou.

O ministro da Educação, Renato Janine, destacou que os novos cursos de Medicina vão mudar a realidade atual, de concentração de vagas para futuros médicos nas capitais. No período de 1999 a 2002, existiam 7.902 vagas de graduação de Medicina na capital e 6.855 no interior e agora em 2015, são ofertas 10.637 na capital e 14. 522 – perspectiva de chegar em 2016 com mais de 16 mil vagas com a inclusão do segundo edital.

As cidades contempladas não têm faculdade na área e não são capitais de estado, o que contribui para a interiorização do ensino médico. No Edital Nº 1/2015, que está em fase de visita às instituições, terá foco nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste e o local do curso deve ter distância mínima de 75 quilômetros de qualquer curso de medicina existente. O segundo edital prevê a criação de 2.057 vagas. A expansão das vagas terão resultados em longo prazo. A meta é chegar a 2026 com 2,7 médicos por mil habitantes (mesmo taxa do Reino Unido), 11.447 novas vagas de graduação em 2017 e 12.372 vagas de Residência Médica em 2018.

De acordo com o ministro da Educação, foram autorizadas 5.306 vagas, sendo 1.690 em universidades federais (23 novos cursos) e 3.616 em instituições privadas. Com as 2.290 vagas anunciadas nesta sexta-feira (10), serão ao todo 7.596 vagas. Também foi iniciada a medida de criação de vagas em curso vinculado a um hospital de excelência. Foram anunciadas 100 vagas da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein.

“A abertura dos novos cursos de Medicina é uma medida importante e terá o acompanhamento do Ministério da Educação para garantir a qualidade do processo em todas as etapas. A população sentirá os efeitos no futuro com a formação desses profissionais”, destacou o ministro Janine. As instituições de ensino superior (IES) particulares responsáveis já foram selecionadas, e devem implantar os cursos em até 18 meses sob o monitoramento do Ministério da Educação.
Créditos: Portal Brasil

segunda-feira, 13 de julho de 2015

CNBB critica agenda hostil do Legislativo aos direitos humanos

Em documento, a entidade também critica a politização do Judiciário com base Operação Lava Jato e diz que a aceleração política faz propagar a tese de que se vive quase um "parlamentarismo" no Brasil


A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), criticou, em uma análise de conjuntura feita no dia 30 de junho, a agenda “hostil aos direitos humanos” do Legislativo. Além disso, a entidade também critica a politização do Judiciário com base Operação Lava Jato.
Ao falar sobre a atuação do Pode Legislativo, a confederação acusa o que chama de “aceleração da agenda política”, que deixaria o Executivo na defensiva. A entidade também acredita que esta iniciativa do Congresso faz propagar a tese de que se vive quase um “parlamentarismo” no Brasil.
Para a CNBB, há um aumento da “politização da Justiça”, com atuação seletiva dos membros do Judiciário, que fariam uma “abstração do princípio fundamental da imparcialidade”.
“Estabelece-se assim um rito sumário de condenação, agravando os direitos fundamentais da pessoa humana, seja ela quem for. Não se faz justiça com açodamento de decisões ou com uma lentidão que possa significar impunidade”, afirma o documento da CNBB.
Na avaliação da entidade, há ruptura de princípios jurídicos fundamentais, como a presunção de inocência e o devido processo legal. A CNBB também acredita que a delação premiada tem sido utlizada como objeto de pressão sobre acusados e premiação.
“Tais práticas, realizadas com os holofotes da grande mídia brasileira, transformam réus confessos em heróis”. Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do Portal Terra

“Jamais percam sua fé revolucionária”, diz Papa Francisco aos movimentos populares

Saudado por centenas de militantes de movimentos sociais de 40 países, o Papa Francisco encerrou na ultima  quinta-feira (9) o 2º Encontro Mundial dos Movimentos Populares, em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia.
O pontífice esteve reunido na Feira Exposição de Santa Cruz, com o presidente Evo Morales e as delegações, por aproximadamente 3 horas, período em que falou sobre questões envolvendo o capitalismo, defesa da mãe terra e da natureza, entre outros assuntos. 
Ele declarou que há necessidade de mudanças estruturais profundas na sociedade, que sejam capazes de combater o modelo capitalista, pois ainda há muitos “camponeses sem terra, famílias sem teto, trabalhadores sem direitos e pessoas feridas em sua dignidade”. Como líder máximo dos católicos, o Papa Francisco consolidou sua identificação com as demandas dos movimentos sociais. 
“Quando o capital se torna um ídolo e direciona as escolhas dos seres humanos, quando a avidez do dinheiro domina o sistema socioeconômico, ele arruína a sociedade, condena o homem, tornando-o escravo, e destrói a fraternidade entre os povos”, disse o Papa. Ele afirmou ainda que todos tem direito à terra, habitação e trabalho, considerando-os “direitos sagrados”, pelos quais “vale a pena lutar”.
“Precisamos e queremos uma mudança que atinja o mundo inteiro porque hoje a interdependência global exige respostas globais para os problemas locais. A globalização da esperança, que nasce dos povos e cresce entre os pobres, deve substituir esta globalização da exclusão e da indiferença”, explicou.
O pontífice também comentou que “a comunidade científica têm produzindo danos irreversíveis ao ecossistema, castigando os povos, poluindo o solo, a água e o ar, e colocando os seres vivos em constante ameaça”. “Cuidem bem da mãe terra’, pediu.
“O futuro da humanidade não está unicamente nas mãos da elite e dos poderosos. Ele está fundamentalmente nas mãos dos povos e na sua capacidade de se organizar e promover alternativas criativas na busca diária por trabalho, moradia, terra”, apontou o papa.
Ao fim do seu pronunciamento, Papa Francisco disse aos participantes que “jamais percam sua fé revolucionária", e que eles estarão em suas orações. Também pediu para que fizessem o mesmo por ele. “Rezem por mim e, se alguém não puder rezar me mande boas vibrações,” concluiu.
Em seu discurso, o presidente Evo Morales saudou o fortalecimento do diálogo aberto com a Igreja, após um passado turbulento. “Em muitos momentos históricos, a Igreja foi utilizada para a dominação, subjugação e opressão. Recebemos o Papa com alegria e esperança em apoio à libertação de nosso povo boliviano”, declarou. 
Encerrando a atividade, o Papa Francisco recebeu a Carta de Santa Cruz, elaborada pelos delegados do encontro, que foi realizado nos últimos dias 7, 8 e 9.
Créditos: MST

Ações do Banco Central para segurar dólar custaram R$ 60 bilhões em dois anos

As ações tomadas do Banco Central (BC) para segurar o dólar têm provocado impacto relevante nas contas públicas. Desde julho de 2013, as operações de swap cambial – venda de dólares no mercado futuro – custaram R$ 60,05 bilhões ao governo federal. 
O valor refere-se aos resultados líquidos das operações de swap do Banco Central e são divulgados mês a mês pela autoridade monetária junto com os números de política fiscal. 

O montante foi incorporado aos juros da dívida pública, que até maio tinham somado R$ 408,8 bilhões no acumulado em 12 meses, equivalente a 7,22% do Produto Interno Bruto (soma das riquezas produzidas no país). Desde maio de 2013, quando os Estados Unidos começaram a reduzir as injeções de dólares na economia mundial, o BC voltou a vender dólares no mercado futuro para segurar a cotação da moeda norte-americana. Em agosto daquele ano, o programa tornou-se permanente, com o BC ofertando diariamente contratos de swap. 

A política durou até março deste ano, quando o Banco Central parou de ofertar novos lotes. Desde então, a autoridade monetária passou a rolar (renovar) 70% dos contratos em vigor.
 Apesar da retirada gradual dos contratos, o Banco Central mantém um estoque expressivo de operações de swap, saindo de uma posição zerada no início de 2013 para uma exposição líquida de R$ 356,6 bilhões em maio, segundo os dados mais recentes. O prejuízo de R$ 60,05 bilhões é resultado da diferença entre a valorização média do dólar e a variação dos juros DI, taxas cobradas em transações entre bancos, com valor próximo ao da Selic (juros básicos da economia).

Nos meses em que o dólar sobe, o BC tem prejuízo com as operações de swap. Quando a cotação cai, o órgão tem lucro. Os resultados são transferidos para os juros da dívida pública, aliviando as contas públicas quando os contratos de swap são favoráveis à autoridade monetária e precisando ser cobertos com as emissões de títulos públicos pelo Tesouro Nacional quando acontece o oposto.

Por causa das oscilações mensais no câmbio, até agosto do ano passado, o BC tinha lucrado R$ 18,55 bilhões com a venda de dólares no mercado futuro. A conta reverteu-se a partir do mês seguinte, quando a moeda norte-americana começou a disparar durante a campanha para o primeiro turno das eleições presidenciais. De lá para cá, o BC acumulou prejuízo de R$ 78,6 bilhões com as operações de swap, resultando no impacto final de R$ 60,05 bilhões.
Créditos: Agencia Brasil