quinta-feira, 23 de julho de 2015

Investimento direto no país avança US$ 5,4 bi em junho

O volume de investimentos diretos no país subiram US$ 5,4 bilhões ao longo do mês de junho, sendo US$ 4,7 bilhões em participação no capital - inclusos US$ 814 milhões decorrentes de reinvestimento de lucros, e US$ 725 milhões em operações intercompanhias, segundo levantamento elaborado pelo Banco Central. Ao longo de doze meses, os ingressos líquidos dos investimentos diretos no país somaram US$ 81,9 bilhões, equivalentes a 3,84% do PIB (Produto Interno Bruto).
Ao longo do período, os investimentos em carteira passivos apresentaram remessas líquidas de US$ 107 milhões, compostos por ingressos líquidos de US$ 1 bilhão em ações, saídas líquidas de US$ 235 milhões em fundos de investimento, e de US$ 898 milhões em títulos de renda fixa. Os investimentos em títulos de renda fixa negociados no país somaram remessas líquidas de US$242 milhões. As operações com títulos soberanos negociados no exterior totalizaram amortizações de US$21 milhões. Os demais títulos de renda fixa de longo prazo negociados no exterior registraram amortizações líquidas no valor de US$ 722 milhões, enquanto os de curto prazo registraram ingressos líquidos de US$ 87 milhões.
Os investimentos diretos no exterior somaram remessas líquidas de US$ 1,5 bilhão, compreendendo US$1,9 bilhão em participação no capital, incluídos US$ 289 milhões decorrentes do reinvestimento de lucros, e retornos de US$ 415 milhões, proveniente de operações intercompanhias.
Os outros investimentos ativos registraram um acréscimo de US$ 1,7 bilhão, compreendendo expansão de US$ 1,5 bilhão em depósitos de propriedade de empresas não financeiras, e redução de US$ 3,6 bilhões em depósitos mantidos por bancos brasileiros no exterior. Os créditos comerciais e adiantamentos subiram US$ 3,7 bilhões em junho.
Os outros investimentos passivos registraram ingressos líquidos de US$ 1,3 bilhão. De acordo com o BC, o total de ingressos líquidos decorrentes de créditos comerciais e adiantamentos foi de US$1,4 bilhão, concentrados em operações de curto prazo. Os empréstimos totalizaram amortizações líquidas de US$ 108 milhões.
Créditos: GGN

Equipe econômica amplia corte no Orçamento para R$ 79,4 bilhões

A arrecadação abaixo das expectativas fez o governo ampliar em R$ 8,6 bilhões o contingenciamento (bloqueio) de despesas não obrigatórias no Orçamento deste ano. Segundo o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, divulgado ontem (22) pelo Ministério do Planejamento, o corte passou de R$ 69,9 bilhões para R$ 79,4 bilhões.

O novo contingenciamento foi insuficiente para impedir que a equipe econômica reduzisse para 0,15% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) a meta de superávit primário para este ano. O superávit primário é a economia para pagar os juros da dívida pública.
Sem o corte adicional, o governo teria de reduzir a zero a meta de esforço fiscal ou até encerrar o ano com resultado primário negativo. Para chegar ao novo valor contingenciado, a equipe econômica diminuiu a estimativa de receita líquida em R$ 46,7 bilhões e aumentou a previsão de despesas obrigatórias em R$ 11,4 bilhões.

Segundo o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, o governo está empenhado em garantir a disciplina fiscal e o controle da dívida pública. “Há um contingenciamento adicional, uma ação bastante significativa, revelando compromisso com a disciplina fiscal do governo, o que é essencial para o relançamento da economia”, disse.
Créditos: Agencia Brasil

Pílula para combater criadouros da dengue aguarda aprovação da Anvisa

Após anos de pesquisa, pílula desenvolvida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), destinada a combater o mosquito da dengue está pronta para ser colocada no mercado pela BR3, empresa associada ao Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia (Cietec) da Universidade de São Paulo (USP). Para que isso aconteça, é necessária a aprovação do comprimido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O modelo tecnológico que permitiu a criação da pílula foi desenvolvido pela pesquisadora Elisabeth Sanchez, da Fiocruz. O comprimido contém um microorganismo chamado Bacillus thuringiensis israelensis (Bti) que, quando ingerido pelas larvas do mosquito transmissor da doença, impede sua proliferação. O comprimido, colocado em um recipiente com água, inviabiliza o criadouro do mosquito por um período de 60 dias.

“O comprimido se dissolve e libera microorganismos que intoxicam a larva do mosquito da dengue”, explicou Rodrigo Perez, diretor da BR3, em entrevista à Agência Brasil. A pílula, segundo ele, poderia até ser utilizada em água potável, mas isso ainda depende de aprovação da Anvisa. “Esse bacilo, segundo a OMS [Organização Mundial da Saúde], não é perigoso a humanos”, disse o diretor da empresa.

“O microorganismo é inofensivo ao homem, e não deixa o mosquito mais resistente. Com inseticidas, os [mosquitos] ficam mais resistentes. Por conta disso e pela segurança que esse produto oferece, o [comprimido] poderá ser vendido em supermercados”, disse Perez. 
O preço estimado do produto, na fase inicial, é R$ 30 por dez doses. “Cada dose pode ser usadas para tratar 50 litros de água que já tenha a larva. Um comprimido em 50 litros de água provoca a morte da larva em até 24 horas. E isso dura pelo menos 60 dias”

. A expectativa é que, em até um ano, o produto esteja disponível no mercado. Mas, antes disso, o produto já estará disponível para prefeituras ou governos. 
Como ainda não existe vacina para combater a doença, a saída encontrada pelos governos é combater os focos de proliferação do mosquito, principalmente em águas paradas. “Hoje fazemos o controle físico, que é cobrir ou tampar as caixas de água. E isso não é fácil. O vaso sanitário, o ralo do banheiro, o vasinho de flor, você não vai eliminar”, afirmou Perez.
Créditos:Agencia Brasil

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Pobreza prejudica o desenvolvimento do cérebro na infância

A pobreza atrapalha o desempenho escolar. Essa laje que prejudica as crianças que crescem em famílias com problemas financeiros é bem conhecida. Enquanto se trata de responder aos múltiplos fatores que provocam o problema, está começando a se consolidar uma nova variável que ajuda a explicá-lo: o desenvolvimento cerebral das crianças em situação de pobreza. Um novo estudo nessa direção afirma que a massa cinzenta se desenvolve de maneira insuficiente durante uma infância cheia de carências.

O trabalho mostra que as estruturas cerebrais destinadas a processos críticos da aprendizagem são vulneráveis às circunstâncias ambientais da pobreza, tais como o estresse, a baixa estimulação e a alimentação. “O desenvolvimento dessas regiões do cérebro parece sensível ao ambiente e à criação dos pequenos”, concluem os autores do estudo publicado na revista JAMA Pedriatics. Tanto que os autores do estudo apontam que esses problemas de desenvolvimento cerebral explicariam até 20% do baixo desempenho escolar das crianças com poucos recursos.
Os pesquisadores, das universidades de Michigan, Duke e Wisconsin (EUA), analisaram o desenvolvimento cerebral das crianças a partir de ressonâncias magnéticas realizadas durante a infância e descobriram que a massa cinzenta do cérebro era sensivelmente menos desenvolvida em meninos e meninas pobres. Mais especificamente, a massa cinzenta do lobo frontal, do lobo temporal e do hipocampo era até 10% menor em crianças criadas abaixo da linha da pobreza dos EUA.
Os autores cruzaram as informações das ressonâncias cerebrais com o desempenho escolar dessas crianças, chegando à conclusão de que a falta de desenvolvimento da massa cinzenta explicaria entre 15% e 20% dos déficits de aprendizagem dos alunos que vivem abaixo da linha de pobreza. “Com esses dados, demonstramos que as crianças de famílias de baixa renda apresentam um desenvolvimento estrutural atípico em várias áreas críticas do cérebro, inclusive o total de massa cinzenta, o lobo frontal, o lobo temporal e o hipocampo”, concluem Nicole Hair e os outros autores. 
A equipe de cientistas escolheu áreas do cérebro intimamente ligadas ao desempenho cognitivo, mas que serviram para descartar outras possíveis explicações para a falta de desenvolvimento, como ter herdado o problema dos pais, o que por sua vez poderia explicar sua situação de pobreza. A amostra do estudo não é muito grande, menos de 400 crianças, mas coincide com estudos anteriores com resultados semelhantes.
Por exemplo, coincide com o trabalho da especialista Joan Luby, da Universidade de Washington, que também escreve um artigo na JAMA Pediatrics no qual chama a atenção para a “alta vulnerabilidade e capacidade de adaptação do cérebro humano em desenvolvimento” que essa linha de investigação está mostrando. “Essas evidências sobre o desenvolvimento dão um novo significado à importância de proteger e melhorar o ambiente propício ao desenvolvimento das crianças durante essa janela de oportunidade nos primeiros anos de vida”, afirma Luby.
De acordo com a especialista, esses estudos indicam que “é fundamental aumentar o apoio aos pais durante a primeira infância” para prevenir de forma eficaz o lastro cognitivo e escolar que implica para as crianças viver na pobreza. Como afirmam Hair e seus colegas no estudo, esses novos dados “devem conduzir a políticas públicas destinadas a melhorar e reduzir as desigualdades”. “As ações destinadas a melhorar o ambiente das crianças podem alterar a relação entre pobreza infantil, déficits cognitivos e desempenho escolar”, afirmam. (El País)
Créditos: Focando a Notícia

Formação de rede nacional de banco de alimentos é desafio no país

O aprimoramento de uma rede em todo o território nacional para os bancos de alimentos destinados à doação foi tema de oficina feita hoje (22) na capital paulista. Representantes de bancos de alimentos públicos e privados discutiram formas de promover a integração entre o Programa Mesa Brasil, do Serviço Social do Comércio (Sesc), e as iniciativas do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

Os bancos de alimentos espalhados pelo país recebem doações próprias para o consumo, mas estão fora dos padrões comerciais. Empresas como supermercados, armazéns, lojas varejistas, centrais de distribuição e até mesmo associações de produtores estão entre os doadores. Em geral, os bancos recebem frutas, verduras, legumes, frios, lacticínios, grãos, cereais, enlatados, conservas, pães, massas, carnes, suco e água. Não são aceitas refeições prontas, embalagens danificadas ou com prazo de validade vencido.

O Mesa Brasil existe desde 2003, e ajuda 1,6 milhão de pessoas. São cerca de 6 mil entidades atendidas, 3 mil empresas e pessoas doadoras participando do projeto, que existe em 523 cidades. A meta para o final deste ano é arrecadar 42,5 milhões de quilos de alimentos. 
O ministério quer aprimorar esse modelo de gestão já empregado pelo Sesc e também pela Rede de Alimentos do Rio Grande do Sul no objetivo de combater a fome. 
De acordo com o diretor do Departamento de Apoio à Aquisição e à Comercialização da Produção Familiar do ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, André Grossi Machado, o país já avançou muito nos últimos anos na redução do desperdício e no combate à miséria.

“O Brasil saiu do mapa da fome, isso é muito relevante. Imagina um país com gente passando fome, da magnitude que ocorre em outros países e que ocorria no Brasil. Isso por causa da melhoria dos indicadores sociais, do aumento da renda e do aumento do consumo no país,” declarou.
Grossi destaca que o governo contribuiu, no ano passado, com 4,4 milhões de toneladas de alimentos por meio do Programa de Aquisição de Alimentos. 

Nessa modalidade, os municípios compram alimentos da agricultora familiar para os bancos de alimentos e fazem a doação simultânea, sem necessidade de licitação.
Segundo Grossi, R$ 573 milhões foram investidos nesse programa no ano passado, 12 mil famílias agricultoras foram beneficiadas, 13 mil entidades receberam os alimentos e 62 bancos de alimentos foram abastecidos.
Créditos: Agencia Brasl

Regras de proteção ao emprego entram em vigor

As regras estabelecidas pelo governo, para proteger o emprego, estão publicadas hoje (22) no Diário Oficial da União. O texto traz uma portaria do Ministério do Trabalho e Emprego e duas resoluções do Comitê do Programa de Proteção ao Emprego (PPE), que entram em vigor nesta quarta-feira.
Criado por medida provisória no último dia 6, o PPE permite a redução temporária da jornada de trabalho, com diminuição de até 30% do salário. 

Para isso, o governo arcará com 15% da redução salarial, usando recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). A complementação é limitada a R$ 900,84, valor que cobre 65% do maior benefício do seguro-desemprego. O maior benefício do seguro-desemprego é R$ 1.385,91.

A Portaria 1.013 trata da compensação pecuniária do programa. Segundo o texto, a parcela custeada pelo FAT será paga pelo Ministério do Trabalho e Emprego, por intermédio da Caixa Econômica Federal. A norma traz também, entre outros dados, a lista de informações que devem ser enviadas mensalmente pelo empregador ao ministério a respeito dos funcionários que receberão os pagamentos.

A Resolução 2 estabelece regras e procedimentos para adesão e o funcionamento do programa, anunciados nesta terça-feira (21) pelo ministério. Para participar, a empresa deve comprovar, por exemplo, dificuldade econômico-financeira, demonstrar regularidade fiscal, previdenciária e conformidade com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A resolução trata também do Indicador Líquido de Empregos (ILE) que deve ser igual ou inferior a 1%.

Outra regra estabelecida é a celebração de Acordo Coletivo de Trabalho Específico (ACTE) com sindicatos de trabalhadores. Entre as informações fornecidas pela resolução está a de que as solicitações de adesão serão recebidas e analisadas pela Secretaria Executiva do Comitê do PPE. As empresas que entrarem para o programa ficam proibidas de demitir funcionário com a jornada reduzida, sem justa causa, durante o período de duração do programa e, após o término, por um período de até um terço do período de adesão.

Segundo o governo, o programa vai gerar economia de recursos que seriam gastos caso os empregados fossem demitidos. O governo trabalha com uma referência inicial de R$ 100 milhões a serem usados no programa, provenientes do FAT, mas os recursos serão adequados à medida que houver adesão ao programa.
Créditos: Agencia Brasil

terça-feira, 21 de julho de 2015

Balança comercial registra superávit de US$ 1,195 bi

A balança comercial brasileira registrou, na terceira semana de julho deste ano, superávit de US$ 1,195 bilhão. O dado resulta de exportações no valor de US$ 4,667 bilhões e importações de US$ 3,472 bilhões.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), no mês, as exportações somam US$ 10,717 bilhões e as importações, US$ 9,060 bilhões. Com isso, o saldo positivo é de US$ 1,657 bilhão. Além disso, o governo informou que, em 2015, as exportações totalizam US$ 105,046 bilhões e as importações, US$ 101,168 bilhões,  com saldo positivo de US$ 3,878 bilhões.
Créditos: Agencia PT