terça-feira, 28 de julho de 2015

Indústria tem projetos de R$ 34 bi em MS


Apesar da crise econômica do país, o setor industrial de Mato Grosso do Sul de olho em oportunidades de mercado e aproveitando a localização estratégica e as condições econômicas, políticas e sociais oferecidas pelo estado, está investindo aproximadamente R$ 34 bilhões em projetos de novas plantas e da ampliação das unidades já instaladas em dez municípios sul-mato-grossenses.

O valor foi revelado na manhã desta quinta-feira (23), pelo presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), Sérgio Longen, ao analisar em entrevista ao jornal Bom Dia MS, da TV Morena, o panorama atual do segmento no estado. Ele comentou que apesar da queda de 21,3% na receita com as exportações de produtos industrializados do estado no primeiro semestre deste ano frente ao do ano passado (de R$ US$ 1,81 bilhão para US$ 1,42 bilhão) que a indústria tem acreditado e investido no estado.

“Não podemos acreditar que tudo está perdido. A direção é de muito trabalho. É nessa linha que temos procurado avançar, trabalhando para consolidar a indústria em Mato Grosso do Sul. Estamos, junto com o governo do estado e com os municípios, procurado apoiar esses investimentos no setor para gerar o equilíbrio necessário para sairmos dessa rota de preocupação. Esses investimentos, que estão ocorrendo de maneira bem regionalizada vão ajudar a levar desenvolvimento para o estado como um todo”, analisou.

Dentro dos investimentos contabilizados pelo presidente da Fiems, um dos principais é o de R$ 16 bilhões da ampliação da capacidade de produção, com a implantação de novas linhas de processamento das duas fábricas de celulose instaladas em Três Lagoas, a Fibria e a Eldorado.  O presidente da Associação Comercial e Industrial do município, Atílio D'Agosto, aponta que a expectativa em razão dos empreendimentos é muito positiva.

“Vai puxar uma cadeia produtiva muito grande e vão surgir muitas oportunidades para indústrias menores, seguindo até na contramão da cenário nacional, que é de crise”, destacou o dirigente. O empresário Stevan Falco, dono de uma empresa que oferece alojamentos para pessoas de outras cidades que vêm trabalhar nas indústrias locais, e que está com as estruturas fechadas há sete meses é um dos que tem esperança de melhoria do cenário atual com esses investimentos.

“Estou tendo um prejuízo muito grande. Porque tenho que manter funcionários, manter seguranças e dar manutenção nas estruturas. Fica muito caro para deixá-los fechados”, comentou. Outro que vê perspectivas boas em razão dos investimentos industrias em Três Lagoas é o técnico em segurança no trabalho Vinícius Ferrini, que está desempregado desde 2014. “Estou com uma expectativa boa, para ver se consigo coisas novas para que a situação volte ao normal”, ressaltou.

Já em Campo Grande, o presidente da Fiems destacou o investimento de mais de R$ 750 milhões que vem sendo feito pela Archer Daniels Midland Company (ADM) em uma planta de produção de proteínas complexas que serão utilizadas em vários produtos alimentícios e bebidas. A fábrica, que deve operar no próximo ano, está sendo construída ao lado da unidade de processamento de soja e produção de óleo do grão, que a companhia possui no núcleo industrial Indubrasil.

Sobre a situação do núcleo, o primeiro a ser implantado em Mato Grosso do Sul há 38 anos especificamente para receber empreendimentos industriais, e que atualmente é de responsabilidade do governo do estado, o secretário estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, diz que o governo tem planos para revitalizar o local.

A área de aproximadamente 200 hectares, se tornou um retrato do abandono. Várias indústrias fecharam as portas e demitiram os funcionários, abandonando os prédios, que foram depredados e tomados pelo mato. Em algumas destas áreas ocorreram ocupações e a construção de imóveis residenciais. Atualmente, segundo a Fiems, apenas 28 empresas permanecem instaladas na área.

“O cronograma desta empresa [ADM] é para a inauguração no próximo ano. A partir daí nós já temos outras demandas de logística de empresas que vão se instalar ali para utilizar essa matéria-prima. Nesse sentido, em parceria com a prefeitura, já que ali é uma área urbana, precisamos resolver a questão do esgotamento sanitário e do asfaltamento”, apontou Verruck.

O presidente da Fiems, por sua vez, lembrou que o governo do estado também tem retomado as negociações com as famílias que ocuparam as áreas antes destinadas as indústrias no Indubrasil e que a retirada dessas pessoas da área também fará parte do processo de revitalização da área. “Entendo que o panorama atual do Indubrasil, nos moldes em que está, nos próximos meses será uma página virada”, projeta Longen.

Em relação a instalação de outras indústrias em Campo Grande, o presidente da Fiems cobrou da prefeitura e da Câmara de Vereadores a agilização dos processos para a concessão de incentivos fiscais e isenções. “Hoje o empresário protocola o pedido na prefeitura e essa demanda demora de 30 a 60 dias para ser analisada e depois vai para a Câmara, para uma nova análise. E aí não tem prazo. Precisamos agilizar isso, reduzir essa burocracia. Temos conversado com o prefeito e com os vereadores para modernizar esse processo. A cidade tem perdido por causa dessa burocracia”, alertou.

Outro polo de desenvolvimento industrial de Mato Grosso do Sul, de acordo com a Fiems, é o município de Dourados. Dados da secretaria de Desenvolvimento Econômico e Sustentável do município apontam que em 2014 houve um aumento de 10% no número de empreendimentos do setor na cidade frente a 2013, atingindo no fim do ano passado um total de 658 unidades de vários segmentos.

“Sentimos que temos atraído novos negócios e a expansão dos que já estão instalados pela credibilidade que o município inspira e pela mão de obra qualificada, tanto que temos um aumento da procura pelo trabalhador com maior qualificação no município. Assim como todo o país, estamos sentindo a crise, mas de modo mais lento”, explicou a secretária de Desenvolvimento Econômico e Sustentável de Dourados, Elizabeth Salomão.

Na região, o presidente da Fiems, diz que o Sistema da Federação das Indústrias do estado investiu somente por meio do Senai, mais de R$ 20 milhões nos últimos anos. Os recursos foram utilizados para melhorar a estrutura de laboratórios, implantação de salas de aula, ampliação de áreas de pesquisa e apoio ao agronegócio, entre outras iniciativas. “Dourados tem uma política de desenvolvimento regional muito clara, com regras muito transparentes. Aliada uma vontade política muito forte está trilhando um caminho que vem consolidando a indústria com uma grande atividade econômica para o município e região”, destacou.

Já em Corumbá, o setor industrial têm 135 unidades instaladas, que juntas movimentam cerca de R$ 587 milhões, o que representa 19,5% do Produto Interno Bruto (PIB) da cidade.  Somente no ano passado, as exportações de produtos industrializados atingiram os R$ 570 milhões, sendo boa parte do setor mineral, que não atravessa um bom momento por conta da redução do preço do minério de ferro no mercado internacional.

Entretanto, a região, acaba atraindo também outros investimentos como o de empresas agroindustriais. Um dos mais recentes exemplos é da construção do primeiro frigorífico para o abate de jacarés do estado. O empresário Weber Girardi diz que começa a construir as estruturas em setembro e que elas devem estar finalizadas em julho do próximo ano. “A expectativa é boa. Temos o projeto de abater  ao redor de 10 mil animais por mês, com a geração de 100 empregos diretos na área da indústria e produção e de mais 100 durante a coleta de ovos”, revelou.
Créditos: G1

Brasil supera meta da ONU de redução da pobreza

Em entrevista à Rádio ONU em Nova York, especialista do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento afirma que País exporta tecnologia “do conhecimento” com programas de inclusão social como o Bolsa Família
Muito antes da conclusão do prazo dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio estabelecidos há 15 anos pela Organização das Nações Unidas, o Brasil já atingiu as metas de redução da pobreza e combate à fome. Em 1990, o índice de pessoas que viviam na extrema pobreza oscilava em 25,6%. Em 2008, o patamar havia caído para 4,8%.

Para a especialista do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Renata Rubian, o Brasil foi mais ambicioso em sua abordagem de cumprimento das metas. “A meta de redução da pobreza não é de 50%, a meta de redução do Brasil que o governo adotou é de reduzir a 25% a incidência de pobreza extrema”, afirmou Rubian, em entrevista à Rádio Onu, em Nova York. “A meta de redução da fome no Brasil também não é de redução de incidência de 50%. É uma meta de erradicação da fome", disse.

A especialista citou como exemplos de sucesso do Brasil no combate à fome os programas Fome Zero e Bolsa Família, que virou referência internacional para políticas de inclusão social. “O Brasil vem exportando a tecnologia do conhecimento de aplicação desse sucesso para outros países”, elogiou. A expansão de programas pelo Plano brasil sem Miséria, criado em 2011, e considerado determinante para que 22 milhões de brasileiros deixassem a extrema pobreza.

"O que a gente vê é que o Brasil já atingiu a meta internacional de redução da pobreza extrema, de US$ 1,25 (por dia de trabalho)”, observou a especialista, lembrando, que ainda existem desafios a serem superados, como a incidência de pobreza crônica em regiões do nordeste e do norte. 
Créditos: Portal Brasil

Ministro do TCU explica porque é alvo de acusador

O Ministro do Tribunal de Contas da União, Vital do Rego Filho, revelou em contato com a reportagem do Portal WSCOM, que inexiste qualquer procedência da acusação feita pelo ex - tesoureiro da Prefeitura de Campina Grande, Renan Farias, de ter repassado recursos indevidos anos atrás. “Trata-se de caso recorrente de um ex-comissionado da gestão da Prefeitura, mas que já interpelamos na Justiça e este nada apresentou”, afirmou ele, dizendo-se vítima de uma estratégia para constrangê-lo na votação do caso das “Pedaladas” do Governo Dilma Rousseff.
Vital do Rego Filho foi direto ao assunto: “há anos que temos sofrido a chantagem de alguém que às vésperas da minha posse tentou vender a matéria para a Revista Veja e esta recusou por inexistir procedência na acusação, que não passa, repito, de querer gerar constrangimento”.
O Ministro explicou que as obras da gestão de Veneziano Vital foram auditadas pelas instâncias de fiscalização, portanto, a acusação de Renan foi tratada como matéria requentada.
- Infelizmente a vida pública submete pessoas de bem a estes vexames absurdos frutos de questões de disputa paroquial, em face de disputas das quais não faço mais parte pois tenho me dedicado ao mister no TCU mas, neste momento,tem objetivo claro de me constranger,entretanto, não vão conseguir porque tenho histórico e vida ilibados”.
Para o ministro, as informações existentes são de que toda a ira do ex- tesoureiro se deveu à constatação de desvios de conduta quando no exercício do cargo, por isso foi afastado da função.Por Walter Santos/WSCOM Online.
Créditos: WSCOM

Confiança da indústria cresce em julho

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) avançou 1,5% em julho em comparação a junho, segundo a Fundação Getúlio Vargas. O indicador passou de 68,1 para 69,1 pontos e foi amparado pela melhora das expectativas para os próximos meses. O Índice de Expectativas (IE) subiu 3,2% após cinco quedas consecutivas.

A alta ocorreu em sete dos 14 principais segmentos acompanhados pela FGV. De acordo com o superintendente adjunto para Ciclos Econômicos do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, Aloisio Campelo Jr., o avanço do Índice de Expectativas é bem-vindo. Campelo afirmou que a evolução do Índice de Confiança da Indústria em julho é mais facilmente analisada "de forma desagregada de acordo com o horizonte de tempo".

O aumento da expectativa se deve em parte ao quesito de produção prevista, que avançou em julho 7,4% em relação ao mês anterior, atingindo 91,5 pontos. A proporção de empresas que esperam aumentar a produção nos próximos três meses subiu de 14,2% para 18,5% de junho para julho. Já o índice das que esperam reduzir a produção caiu de 29% para 27% no mesmo período. O Índice da Situação Atual (ISA) ficou estável ao recuar 0,1% em relação ao mês anterior, passando de 70,4 para 70,3 pontos.
Créditos: Portal Brasil


Custo da construção cai para 0,66% em julho

O Índice Nacional de Custo da Construção-M (INCC-M) registrou taxa de 0,66%, em julho, resultado inferior ao observado no mês anterior, de 1,87%, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). Quanto ao índice de materiais, equipamentos e serviços, a variação foi 0,17% neste mês. Em junho, a taxa foi 0,47%. O INCC-M é um dos três componentes de cálculo do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) e serve como um indexador em contratos habitacionais. 

Ele é adotado por algumas construtoras para o reajuste das parcelas dos financiamentos de imóveis, no período entre a compra e a entrega do bem. O INCC-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

O índice referente à mão de obra variou 1,1%. No mês anterior, a variação registrada foi 3,16%. No grupo materiais e equipamentos, a taxa ficou em 0,15%, inferior ao índice do mês anterior, que havia sido 0,53%. Três dos quatro subgrupos apresentaram decréscimo, destacando-se materiais para estrutura, cuja taxa passou de 0,3% para -0,07%.

A parcela relativa a serviços passou de 0,27%, em junho, para 0,23% em julho. Neste grupo, vale destacar a desaceleração do subgrupo refeição pronta no local de trabalho, cuja variação passou de 1,26% para 0,62%. O grupo mão de obra registrou variação de 1,1%, em julho. No mês anterior, a variação havia sido 3,16%. Esse resultado foi influenciado pelos reajustes salariais em São Paulo, Distrito Federal e Porto Alegre.
Créditos: Agencia Brasil


segunda-feira, 27 de julho de 2015

70% dos atletas do Pan são bolsistas do governo federal

Em nota divulgada ontem (26), a presidenta Dilma Rousseff parabenizou o resultado alcançado pelos atletas nacionais nos Jogos Pan-Americanos de Toronto. A delegação brasileira ficou em terceiro lugar no quadro de medalhas da competição, atrás apenas dos Estados Unidos e dos anfitriões canadenses.

Dilma fez questão de destacar o apoio dado pelo governo no incentivo ao esporte. “Nossa alegria se torna ainda maior porque pudemos ajudar a construir o caminho em direção às medalhas. Dos 141 pódios alcançados pelo Brasil, 121 foram conquistados por atletas e equipes que recebem patrocínio do governo federal. Mais de 70% da delegação brasileira em Toronto é formada por bolsistas do Ministério do Esporte”, escreveu.

Na publicação, em sua página oficial no Facebook, a presidenta ressaltou ainda o poder transformador do esporte na vida dos brasileiros e desejou boa sorte aos atletas paralímpicos que disputarão, daqui a duas semanas, os Jogos Parapan-Americanos.
Foto: Divulgação/COB
Créditos: Revista Forum

Estudante vence autismo, se destaca e é promessa na Meteorologia do mundo

Um jovem de 21 anos que nasceu em Olinda (PE), mas mora em Campina Grande (PB) desde 2014, é destaque no curso de Meteorologia da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), no qual entrou no topo das colocações. Essa poderia ser mais uma história comum, mas é parte da vida de um rapaz portador da síndrome de Asperger (que tem relação com o autismo), que se destaca pela inteligência, superação e promessa de ser um dos mais bem sucedidos meteorologistas do Brasil. Um especialista explica o que é a síndrome e como ela deve ser acompanhada.

Fisicamente, Diego Rhamon é um jovem como qualquer outro. Intelectualmente, por conta da síndrome, tem dificuldades de interação com outras pessoas, fala ao telefone apenas com a mãe, o pai, os irmãos e a avó, e se interessa somente por assuntos considerados por ele como relevantes, a exemplo da Meteorologia e da Astronomia.

Porém, segundo Luciene Reis, mãe de Diego, ele tem um Quociente de Inteligência (QI) que atinge a marca de 144 pontos, o que o coloca com uma inteligência considerada de quase genialidade, também uma das características dos portadores de Asperger.

O começo difícil

Segundo Luciene, o início de vida de Diego, principalmente na fase pré-escolar, foi difícil, cheio de dúvidas e diagnósticos incompletos.

“A luta foi grade. Sempre soube que ele é diferente, mas no início fui procurar especialistas para saber o porquê de Diego ser ‘diferente’. Ele ia para a escola e chorava muito quando estava junto dos amigos. Fomos procurando especialistas, psicólogos, pediatras. O pediatra achava que ele tinha algum problema, mas em nível de terapia. A gente procurou a psicóloga e ele começou a fazer a terapia, mas houve uma época que ele passou dois anos sem falar com a psicóloga e tudo era através de gestos”, disse Luciene.

Nos primeiros anos de desenvolvimento, consultas médicas e na escola, Luciene contou que Diego sempre havia sido tratado como uma criança que sofria de Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC). Foi na escola que os primeiros casos de bullying aconteceram.

“Ele passou por diversas escolas, que sempre foram voltadas para religião católica, isso em Olinda, onde ele sofreu bullying pela primeira vez. Foi difícil. Foi quando pegaram um colchão de ginástica de solo, o puseram embaixo e ficaram em cima dele, querendo massacrá-lo. Na época ele tinha dez anos e até hoje lembra de tudo o que aconteceu”, contou a mãe de Diego.

Aos 14 anos, Diego e a família se mudaram para João Pessoa por conta de uma transferência de trabalho. Na Capital, eles também vieram em busca de melhor tratamento médico e de um diagnóstico completo para o caso.

De início, a família de Diego esbarrou no mesmo diagnóstico oferecido pelos outros médicos em Pernambuco, onde relatavam que ele era acometido por TOC. Os diagnósticos de TOC e de outros transtornos continuaram até os 19 anos, quando a caminhada para descobrir o verdadeiro ‘problema’ de Diego acabou indo parar no Complexo Psiquiátrico Juliano Moreira, na Capital. Lá, o que seria o último recurso para encontrar auxílio para Diego terminou sendo o princípio da descoberta da síndrome.

“Eu já estava cansada de chegar aos consultórios e praticamente eles [médicos] já terem um diagnóstico pronto para Diego. Cheguei para uma médica psiquiatra do Juliano Moreira e disse a ela que não aceitava o diagnóstico dado pelos outros médicos e que queria uma investigação melhor para meu filho. Então, finalmente, encontramos essa psiquiatra que se interessou pelo caso de Diego”, disse Luciene.

Conhecendo o caso, a psiquiatra recomendou que Diego fosse atendido por um ex-aluno seu que ajudou no diagnóstico final de que Diego Rhamon era portador da Síndrome de Aspeger.

Aliado ao novo médico, a mãe de Diego contou que o filho também realizou um autodiagnóstico, a partir de uma reportagem assistida por ele em um canal de televisão.

“Diego também se autodiagnosticou. Em casa, ele assistiu a uma reportagem sobre o autismo e fez um relato escrito de tudo o que ele é e sentia. Ele levou esse relato para o médico, que leu e iniciou um processo de anamnese mais completa. Foram feitos testes, inclusive o teste de QI, que deu o resultado de 144 pontos, e foi quando detectaram que Diego era portador da Síndrome de Asperger. Diego ficou muito feliz ao ser diagnosticado”, falou Luciene.

A vida em João Pessoa não foi apenas de descoberta da síndrome. Estudando no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), Diego passou pelo segundo caso de bullying em uma instituição de ensino.

“Pela frieza dos colegas de classe, por ele se destacar, ser diferente. Ele foi muito escanteado, deixado de lado pelos colegas, ele não fazia parte do grupo. Houve um dia em que Diego escreveu uma carta contando sobre sua síndrome e pedindo perdão aos colegas por ser diferente. A carta foi lida em sala de aula e foi um momento muito comovente”, contou Luciene.
Créditos: Focando a Notícia