O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) variou 0,62% em julho, abaixo do mês anterior (0,79%) e na menor taxa de 2015. Mas também foi o mais elevado para o mês desde 2004 (0,91%). No ano, atinge 6,83%, bem acima de igual período de 2014 (3,76%), na maior variação nesse período desde 2003 (6,85%). Em 12 meses, soma 9,56%, também no maior índice acumulado desde novembro de 2003 (11,02%). Os dados foram divulgados na manhã de hoje (7) pelo IBGE. Enquanto tarifas de energia e água pressionaram o índice para cima, caíram os preços de combustíveis e de alguns alimentos.
Segundo o instituto, o item energia elétrica foi responsável por 0,16 ponto percentual do índice total. As principais influências vieram de Curitiba (11,40%) e de São Paulo (11,11%), regiões que tiveram reajuste de tarifa em junho e julho, respectivamente. Em Campo Grande (2,72%), Belo Horizonte (2,04%) e Brasília (2,03%), a conta subiu em razão dos impostos (PIS/Cofins).
"Por outro lado, houve regiões em que os impostos tornaram as contas mais baratas de junho para julho", diz o IBGE, citando Vitória (-8,67%) e Salvador (-4,67%).
Além da energia, as contas de água e agosto subiram em julho, com alta média de 2,44%. O aumento atingiu sete das 13 regiões pesquisadas, com destaque para Goiânia (19,56%).
Também no grupo Habitação, subiram os itens artigos de limpeza (0,65%), aluguel residencial e condomínio (ambos com 0,49%). Foi o grupo com maior variação no mês passado: 1,52%.
Em seguida, o grupo Artigos de Residência teve alta de 0,86%, com destaque para itens como conserto de equipamentos domésticos (1,03%), TV, som e informática (1%) e mobiliário (0,94%). A terceira maior variação entre os grupos foi de Saúde e Cuidados Pessoais (0,84%), com elevação de 1,59% nas mensalidades de plano de saúde. "O IPCA de julho, excepcionalmente, incorporou ajustes relativos aos meses de maio e junho, em razão do reajuste ser válido para o período de maio de 2015 a abril de 2016", informou o IBGE.
Grupo de maior peso na composição do IPCA, Alimentação e Bebidas teve pequena variação, passando de 0,63%, em junho, para 0,65%. Entre os produtos que subiram mais no mês passado, estão feijão mulatinho (8,88%), leite longa vida (3,09%), café solúvel (2,30%), cafezinho (2,22%), carnes industrializadas (2,14%), feijão carioca (2,03%) e frutas (1,34%). A cebola teve alta de 2,85%, bem menos do que em junho (23,78%).
Os preços de vários alimentos também caíram em julho. Foram os casos, entre outros, do tomate (-10,77%), do feijão fradinho (-4,13%), do feijão preto (4,04%), da cenoura (-3,37%), das hortaliças (-3,05%), do pescado (-0,66%), do leite em pó (-0,53%) e do arroz (-0,29%).
No grupo Transportes (0,15%), as passagens aéreas tiveram variação de 0,78%, ante 29,19% no mês anterior. O preço da gasolina caiu 0,29% e o do etanol recuou 1,79%. As passagens de ônibus interestaduais subiram 6,32%.
Entre as regiões, o maior índice foi apurado em Curitiba (0,89%), com impacto da energia elétrica. O menor foi o de Belém (-0,07%), com queda nos alimentos.
Os dados regionais mostram grandes variações. O IPCA teve taxa de 0,64% em Belo Horizonte, 0,38% em Brasília, 0,81% em Porto Alegre, 0,30% em Salvador, 0,68% em Recife, 0,79% em São Paulo e 0,46% no Rio de Janeiro. Das 13 áreas pesquisadas, em nove houve queda de junho para julho.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) passou de 0,77%, em junho, para 0,58%. Em julho de 2014, a variação foi de 0,13%. Com isso, a taxa está acumulada em 7,42% no ano e em 9,81% em 12 meses.
Créditos:Rede Brasil Atual