domingo, 23 de agosto de 2015

Brasil e Alemanha avançam em acordos de cooperação técnica

Durante a visita da chanceler Angela Merkel ao País, nesta quinta-feira, (20) os governos do Brasil e da Alemanha fortaleceram as relações entre os dois países com a celebração de acordos e protocolos de intenção em cooperação técnica. Ministros brasileiros discutiram com os pares alemães parcerias em áreas prioritárias como comércio exterior, agricultura, educação, trabalho, energia, saúde, meio ambiente, previdência, ciência e tecnologia e cultura. Os encontros ocorreram pela manhã, antes do encontro de Merkel com a presidenta Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto.

Um acordo de grande importância abrange a área ambiental. Alemanha e Brasil firmaram acordo que vai garantir mais de R$ 200 milhões para a preservação e a regularização ambiental no Brasil. Os investimentos serão feitos pelo por meio do financiamento do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa) e do incentivo à realização do Cadastro Ambiental Rural na Amazônia Legal e em áreas de transição para o Cerrado.

Um contrato de contribuição financeira, assinado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), a Caixa Econômica Federal e o KfW, o Banco de Desenvolvimento alemão, irá viabilizar o Projeto de Regularização Ambiental de Imóveis Rurais na Amazônia e em Áreas de Transição para o Cerrado. Com duração de quatro anos, a medida destinará mais de R$ 84 milhões, financiados pelo governo alemão para a cooperação.

A Alemanha também irá investir cerca de R$ 116 milhões no Fundo de Transição Arpa para a Vida, terceira fase do programa de áreas protegidas. Um dos principais objetivos do fundo é financiar a manutenção de 60 milhões de hectares de unidades de conservação na Amazônia pelos próximos 25 anos. Países fundamentais para a aproximação comercial entre Mercosul e União Europeia, Brasil e Alemanha firmaram parceria, no âmbito do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), em inovação e integração produtiva. Os acordos vão permitir a troca de experiências políticas públicas e o fortalecimento de parcerias entre empresas e institutos de pesquisa.Foto: Imam.
Créditos: Portal Brasil

Ministério da Fazenda confirma antecipação do 13º dos aposentados


Os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) receberão em setembro a primeira parcela da antecipação do 13º salário. De acordo com o Ministério da Fazenda, antecipação será dividida em duas vezes, sendo 25% no mês que vem e o mesmo percentual em outubro. Os 50% restantes serão pagos normalmente em dezembro.

Desde 2006, segundo o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi), a antecipação era paga em agosto. O Ministério da Fazenda havia informado que a proposta de parcelamento da primeira parcela do 13 salário dos aposentados ainda dependia do aval da presidente da República, Dilma Rousseff.

No início da semana, a Receita Federal informou que arrecadação federal teve o pior resultado para o período de janeiro a julho em cinco anos. O país arrecadou R$ 712 bilhões nos primeiros sete meses deste ano, montante que representa queda de 2,91% em relação ao mesmo período de 2014. O resultado para julho também foi o pior para o mês desde 2010. No mês passado, o país recolheu R$ 104,8 bilhões em receitas, o que representa redução de 3,13% em relação a julho de 2014.

A queda no montante arrecadado, tanto no acumulado do ano quanto no mês, traz descontada a inflação oficial medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A queda na produção industrial foi o principal motivo do recuo da arrecadação nos sete primeiros meses do ano. 
Antes mesmo da confirmação da mudança no pagamento da primeira parcela do 13º salário, o Sindnapi criticou a medida e entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal. “Somos contra [o parcelamento], porque, na verdade, a antecipação já é a metade [do valor do 13º]. O benefício do aposentado e pensionista não é crediário. O aposentado conta com esse dinheiro”, disse o presidente do Sindnapi, Carlos Ortiz.
Créditos: Agencia Brasil

56,9% dos brasileiros têm excesso de peso

No Brasil, 56,9% das pessoas com mais de 18 anos estão com excesso de peso, ou seja, têm um índice de massa corporal (IMC) igual ou maior que 25. Além disso, 20,8% das pessoas são classificadas como obesas por terem IMC igual ou maior que 30. A obesidade é um fator de risco importante para doenças como hipertensão, diabetes e câncer. 

Os dados são da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que teve o terceiro volume de resultados divulgados nesta sexta-feira (21). O primeiro volume de dados foi divulgado em dezembro de 2014 e o segundo foi divulgado em junho de 2015. 
A pesquisa, que está em sua primeira edição, visitou 81.767 casas em todos os estados brasileiros no segundo semestre de 2013, entre as quais 62.986 aceitaram responder ao questionário do IBGE. Enquanto todos os entrevistados tiveram peso, altura, circunferência da cintura e pressão arterial medidos, 25% tiveram também amostras de sangue e urina coletadas para exames.

Durante a apresentação dos dados nesta sexta-feira, o ministro da saúde, Arthur Chioro, disse que vê o índice de sobrepeso com indignação. "Nós já vínhamos observando uma tendência em um aumento importante no sobrepeso e uma certa estabilização da obesidade, mas a pesquisa, de uma maneira muito objetiva, mostra que a obesidade e o sedentarismo são problemas da sociedade brasileira."

A PNS constatou ainda que 2,5% da população com mais de 18 anos tem déficit de peso, ou seja, IMC menor do que 18,5. Na avaliação do tamanho da cintura dos brasileiros, a conclusão foi que 37,7% tem cintura aumentada, o que também eleva riscos de doenças cardiovasculares e diabetes. A cintura é considerada aumentada quando é maior que 88 cm para mulheres e que 102 cm para os homens. Entre elas, esse problema foi bem mais prevalente: 52,1% das mulheres e 21,8% dos homens têm o problema. A pressão alta, que pode estar relacionada ao sobrepeso, foi constatada em 22,3% dos entrevistados no momento da pesquisa. Já 5,9% das pessoas apresentavam pressão baixa.
Créditos: WSCOM

sábado, 22 de agosto de 2015

Aeroportos brasileiros têm recorde de passageiros no primeiro semestre

Os aeroportos brasileiros tiveram 107,7 milhões de embarques e desembarques no primeiro semestre de 2015, o melhor resultado da série histórica, segundo dados divulgados nesta semana pela Secretaria de Aviação Civil.
O resultado também significa um aumento de 3,36% com relação ao mesmo período do ano passado.
O aeroporto de Congonhas, administrado pela Infraero, registrou o maior aumento na movimentação de passageiros, com um crescimento de 10,57%. Esse valor equivale a 900 mil viajantes a mais no terminal.
Entre os aeroportos internacionais concedidos à iniciativa privada, a liderança ficou com Viracopos (com aumento de 8,83%), seguido por Brasília (7,07%) e Confins (5,46%), em Belo Horizonte. O Galeão, no Rio de Janeiro, praticamente permaneceu estável, com aumento de 0,05%, no semestre.
Já o maior aeroporto do país em movimentação de passageiros, Guarulhos, teve queda de 1% no período.
A aviação regional também cresceu, de janeiro a junho, 4,06%.
Um levantamento feito pelo Ministério do Turismo constatou que o avião é o meio de transporte preferido dos turistas. Entre os entrevistados, 57% afirmaram que farão a próxima viagem pelo ar. O carro particular ocupa a segunda colocação, com 24%, seguido pelo ônibus, opção de 10% das pessoas que responderam a pesquisa.
Créditos: Folha de São Paulo 

Dilma diz que governo não vai "apertar o cinto" em programas sociais

A presidenta Dilma Rousseff reconheceu ontem  (21) que o governo está enfrentando dificuldades econômicas, mas afirmou que não vai “apertar o cinto” no orçamento de programas sociais. Dilma inaugurou nesta sexta-feira a primeira estação de bombeamento de água do Eixo Norte da obra de transposição do Rio São Francisco, em Cabrobó, no sertão pernambucano.

“Assim como em casa vocês têm, às vezes, algumas dificuldades com o orçamento, o governo federal também teve. Mas, assim como vocês escolhem onde vão apertar o cinto, nós também [escolhemos], e não vamos apertar o cinto em programas essenciais para o país seguir em frente, que são programas sociais como este aqui.”

Dilma defendeu o papel do governo na criação de oportunidades para que os brasileiros tenham igualdade de condições, independentemente da região em que vivam. De acordo com a presidenta, os problemas não serão superados com pessimismo.

“Temos dificuldade? Temos, sim. Ninguém tem de tapar o sol com a peneira. Mas achar que está tudo ruim não é a forma pela qual a gente constrói canal. A gente constrói canal encarando a dificuldade de frente e ultrapassando a dificuldade com muita água, com muita força no coração e com muita esperança”, afirmou a presidenta, numa analogia com as águas da transposição do Rio São Francisco.

Em discurso de cerca de meia hora, Dilma defendeu a obra de críticas. Ela destacou as dimensões do projeto, com quase 500 quilômetros de canais, atribuindo ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a “vontade política” que tirou a transposição do papel. Segundo Dilma, a ideia de levar as águas do São Francisco para regiões mais secas do Nordeste existe desde que o Brasil era governado pelo imperador Pedro I.

“Há nessa obra uma vontade política. É uma obra que esteve colocada como possibilidade durante essa quantidade de anos, mais de 150 anos. Foi preciso que um nordestino fosse eleito presidente, que tivesse sido praticamente expulso de sua casa e tivesse ido para São Paulo e soubesse o preço, o custo em termos de vida, em termos de perspectiva de futuro e esperança, que a seca impunha para a população do Nordeste. Aí, a vontade de fazer foi muito importante.”

Seca

Dilma acrescentou que a obra de transposição soma-se à construção de adutoras e canais pelo Nordeste como estratégia, de modo que a população da região possa conviver com a seca sem as consequências negativas da estiagem sobre a vida e a produção agropecuária.

“Os primeiros relatórios de que havia seca no Nordeste são do século 16, ou seja, há mais de quatro séculos sabemos que a região sofre com a seca. O objetivo dessa obra é ajudar a nós, brasileiros, nordestinos, a conviver com a seca. Impedir que ela ocorra, não podemos. Só Deus sabe se tem ou não tem chuva. O que podemos fazer e fizemos? Armazenar água, trazer água de um lugar e garantir que, na hora da seca, a gente possa recorrer àquela água”, afirmou.

A Estação de Bombeamento EBI –1 elevará a água do São Francisco por até 36 metros e permitirá que ela percorra 45,9 quilômetros dos canais e chegue a dois reservatórios. A obra faz parte do Eixo Norte da transposição.

Segundo Dilma, todo o projeto será concluído até dezembro de 2016. De acordo com o governo, a transposição beneficiará diretamente 12 milhões de pessoas.
Créditos : Agência Brasil

Estado Islâmico destrói mosteiro católico histórico na Síria

O grupo Estado Islâmico destruiu um antigo mosteiro católico na província de Homs, na região central da Síria, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). O grupo radical sunita divulgou imagens da destruição do mosteiro, datado do século 5. “O grupo utilizou ontem (20) escavadeiras para destruir o mosteiro de Mar Elian, em Al Qaryatain”, localidade da província de Homs que está sob o controle de jihadistas desde o dia 5 de agosto, afirmou o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman.

Rahman disse ainda que os extremistas destruíram o mosteiro católico sob o pretexto de que o monumento é usado para adorar outros que não a Deus. O mosteiro tem o nome de um santo oriundo de Homs que foi martirizado pelos romanos, depois de ter se recusado a abandonar o cristianismo. O local funcionava como lugar de peregrinação e de diálogo inter-religioso em Al Qaryatain, cidade que também é símbolo da coexistência entre cristãos e muçulmanos.

No dia em que assumiram o controle de Al Qaryatain, jihadistas do Estado Islâmico sequestraram cerca de 230 pessoas, incluindo dezenas de cristãos. Segundo o OSDH, 48 pessoas foram libertadas e 110 levadas para um reduto jihadista em Raqa, no Norte da Síria. O paradeiro de 70 pessoas continua desconhecido. Em maio, um padre católico sírio que pertencia ao mosteiro foi sequestrado por três homensencapuzados, depois da tomada da antiga cidade de Palmira, que fica perto de Al Qaryatain.Foto: JN PT
Créditos: WSCOM


Restituições pela Lava Jato já chegam a R$ 1,8 bilhão

Deflagrada em março do ano passado pela Polícia Federal, a Operação Lava Jato já teve 18 fases e, em termos de ressarcimento de dinheiro desviado, tem batido seguidos recordes. Até o momento, foram recuperados ao menos R$ 1,8 bilhão aos cofres públicos. Nesta semana, a Camargo Corrêa, uma das empreiteiras investigadas, prometeu devolver R$ 700 milhões a três estatais prejudicadas com superfaturamento de contratos: Petrobras, Eletrobras e Eletronuclear.
Este foi o maior acordo do gênero já assinado na história do Brasil. A promessa de ressarcimento faz parte de um acordo de leniência – espécie de delação premiada para empresas – firmado pela Camargo com os procuradores que atuam na Lava Jato. Há dois dias, a empresa já havia aceitado, junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), pagar uma multa de R$ 104 milhões, também a maior indenização aos cofres públicos já estabelecida em um Termo de Compromisso de Cessação (TCC).
Maior prejudicada com o esquema de cartel e superfaturamento de contratos, a estatal do petróleo recuperou até o momento R$ 226 milhões, em duas parcelas. No primeiro evento, em maio, a companhia recebeu R$ 157 milhões que haviam sido desviados pelo ex-gerente Pedro Barusco. No segundo, no final de julho, foram devolvidos pelo Ministério Público R$ 69 milhões. O MPF deu garantias de que deve devolver ao todo R$ 570 milhões à Petrobras e à União.
Em outros dois acordos históricos, os delatores da Lava Jato Pedro Barusco e Hamylton Padilha – este último acusado de atuar como lobista e ter repassado R$ 31 milhões em propina para funcionários da Petrobras e para o PMDB – prometeram devolver, respectivamente, R$ 182 milhões e R$ 70 milhões acumulado de forma ilegal. O montante de Barusco era mantido na Suíça, foi recuperado pelos procuradores da operação e devolvido na primeira parcela à Petrobras.
Além de dinheiro desviado, a investigação tem em paralelo uma força-tarefa sob o comando da Receita Federal, que já abriu 198 procedimentos fiscais contra envolvidos que deixaram de declarar seus bens. Recentemente, o Tesouro recuperou R$ 200 milhões por meio de retificações espontâneas de alvos citados na Lava Jato, que podem ainda pagar altas multas por crime de sonegação. Com a implementação de algumas medidas, o órgão pretende recolher R$ 1 bilhão para os cofres públicos.
Créditos: Portal Brasil 247