segunda-feira, 7 de setembro de 2015

BNDES desembolsa R$ 68,7 bilhões no primeiro semestre

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) desembolsou R$ 68,7 bilhões em investimento no primeiro semestre deste ano. Do total, o setor de infraestrutura absorveu R$ 26 bilhões, com participação de 37,8%, no qual se destaca o segmento de energia elétrica (R$ 10,5 bilhões liberados). Em seguida, vieram os setores de indústria, com R$ 20,2 bilhões (29,5% do total), comércio e serviços, com R$ 15 bilhões (22%), e agropecuária, com R$ 7,4 bilhões (10,8%).

Os desembolsos, em relação ao mesmo período de 2014, recuaram 18%. As aprovações, no total de R$ 43,1 bilhões, foram 50% menores, e as consultas, de R$ 60,7 bilhões, caíram 47%.

As micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) mantiveram participação relevante, de 28,7%, nos desembolsos do BNDES no primeiro semestre do ano. Nesse período, foram liberados R$ 19,7 bilhões às empresas de menor porte, com a realização de 464 mil operações.

Por trás desse resultado, está o Cartão BNDES — instrumento de crédito exclusivo para MPMEs —, cujos desembolsos somaram R$ 5,8 bilhões entre janeiro e junho, com expansão de 12,7% na comparação com janeiro/junho de 2014.

Projeções do Banco indicam que as liberações do Cartão BNDES deverão somar este ano cerca de R$ 15 bilhões, com expansão de 10% sobre os resultados do ano anterior.

Um dos destaques do desempenho do BNDES neste semestre são os crescentes financiamentos a projetos da denominada “economia verde”, com desembolsos de R$ 14,6 bilhões (alta de 34,7% na comparação com igual período de 2014).

No acumulado dos últimos 12 meses encerrados em junho, os desembolsos a projetos de economia verde foram de R$ 32 bilhões (expansão de 23% em relação aos 12 meses anteriores).

Nesta rubrica estão projetos relacionados a energias renováveis e eficiência energética, produção florestal, modais de transporte híbridos e elétricos, saneamento e melhorias agrícolas, entre outros.

Fonte: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
Créditos: Portal Brasil

Sistema eletrônico reduz tempo de tramitação de aposentadoria

Os servidores públicos dos Ministérios das Comunicações, da Justiça, do Planejamento e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) têm o tempo de tramitação da aposentadoria reduzido de 32 para 10 dias. A medida passou a valer após a implantação do Sistema Eletrônico de Informações (SEI). A redução foi verificada no primeiro semestre de 2015 em relação ao mesmo período de 2014.

Além da maior rapidez no trâmite de processos de aposentadoria, outros processos como alterações nas folhas de pagamento e em pedidos de férias dos servidores também foram reduzidos. O tempo médio de trâmite passou de 18 para 4 dias para a alteração de pedidos de férias e de 45 para 5 dias para alterações na folha de pagamento. Uma redução de 88% neste último caso.

Para a chefe da Assessoria Especial para Modernização da Gestão (Asege), Vânia Vieira, "esses números demonstram que a adoção do Sistema traz resultados concretos e significativos para a melhoria da eficiência e da produtividade das instituições públicas".

Atualmente, treze instituições estão com o sistema em operação. Outras 29 estão em fase avançada de instalação. Até o momento, 162 órgãos de todas as esferas de governo já contataram o Ministério do Planejamento manifestando interesse em obter informações e utilizar o SEI.

Transparência

A implantação do SEI garante mais transparência no acompanhamento do andamento de documentos nos órgãos públicos, porque os procedimentos tramitados no sistema estão disponíveis no Protocolo Integrado. As informações disponíveis contemplam tanto os processos gerados por cidadãos quanto aqueles realizados pelo órgão público.

Fonte: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
Créditos: Portal Brasil

Veja se você é viciado em tecnologia e 4 formas de combater

Você passa a maior parte do seu dia em frente a uma tela de laptop, tablet ou celular? Mesmo na hora de dormir?
"Então, você vive em modo de sobrevivência. O seu sistema nervoso simpático está funcionando em ritmo forçado. Suponho que você se sinta arrasado à tarde, o que significa que o seu organismo está atuando à base da adrenalina, noradrenalina e cortisol", explica a médica Nerina Ramlakhan, especialista em manejo de energia e técnicas para dormir do hospital de Nightingale, em Londres.
Esta, disse Ramlakhan ao site em espanhol da BBC, BBC Mundo, é a descrição de um viciado em tecnologia.
O perfil do paciente
O perfil dos viciados costuma ter características que se repetem: perfeccionismo, tendência a controlar tudo e bruxismo.
Pesquisadores alertam que a memória de certos pacientes está diminuindo, diante do excesso de atividades ao mesmo tempo
"Elas costumam ter um tipo de personalidade: são pessoas automotivadas, competitivas, agressivas e sentem uma necessidade imperiosa de realizar coisas", disse Ramlakhan.
"Para pessoas com estes traços, é muito difícil se desconectar. Não conseguem relaxar e, quando o fazem, se sentem rapidamente exaustos."
"Até quando veem televisão usam várias telas. Têm um nível de hiperatividade que é produto do medo de não estar no controle." Por isso, o simples ato de passar páginas no celular cria uma sensação de gratificação, semelhante à que se sente ao degustar uma comida predileta, fazer algo que nos diverte ou mesmo praticar sexo.
Embora muitos se vangloriem de serem capazes de realizar diversas tarefas ao mesmo tempo, o chamado multitasking, segundo a psicóloga Catherine Steiner-Adair é um perigo, principalmente para crianças.
"Vivemos uma diminuição da memória. Não estão desenvolvendo esta parte do cérebro, que é um músculo que necessita de exercícios focados em uma só atividade", disse a psicóloga.
O diagnóstico
Para Ramlakhan, nestes casos, as pessoas adquirem o padrão clássico do ciclo da fadiga. Nesta situação, a pessoa só consegue se ativar ao receber doses contínuas de dopamina, um hormônio liberado no cérebro pelo hipotálamo.
A consequência é maior motivação, aumento dos batimentos cardíacos, melhor humor, maior capacidade de processar informação e mais sono.
Créditos: WSCOM

Fala de Temer atiça ala golpista do Congresso

O grupo de parlamentares que trabalham pela derrubada da presidente Dilma Rousseff (PT) viu na fala do vice-presidente Michel Temer (PMDB), de que a petista não resistiria aos baixos índices de popularidade até o fim do mandato, como um sinal para intensificarem as articulações. Há duas semanas, esse grupo teria enviado um recado a Temer de que qualquer movimento só poderia ser deflagrado após uma indicação clara do peemedebista de que está disposto a assumir o governo.

O grupo golpista tem na linha de frente dez parlamentares que se reúnem diariamente, segundo a Folha, muitas vezes fora do Congresso, em hotéis e nas residências dos deputados. Os encontros ocorreriam com a ciência do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Integrariam a plêiade deputados com influência em sete partidos, PMDB, PSDB, DEM, SD, PSB, PP e PR. Eles acreditam ter hoje 280 dos 342 votos necessários para abrir um processo de impeachment e afastar Dilma.

Após a declaração de Temer,o movimento dos golpistas foi articular um acordo entre o vice e o comando da oposição, em nome da união nacional. O principal alvo dessa articulação é o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG).

Temer mor de assopra. Seguidamente nega que esteja trabalhando contra o governo e reage publicamente sempre que suas declarações são interpretadas como tentativas de se credenciar para assumir o poder.

Petistas também viram na fala do peemedebista um recado para o PMDB e receiam que isso possa acelerar a saída do partido da base no Congresso.

Defensores do impeachment veem no pedido de impeachment de Dilma enviado à Câmara pelo ex-petista Hélio Bicudo, fundador do PT, a senha para intensificar a mobilização. Para eles, o pedido do jurista, que deixou o PT com a crise do mensalão, dá legitimidade ao golpe.

Eles querem, contudo, que Bicudo refaça o pedido para incorporar denúncias de que o PT recebeu dinheiro desviado pelo esquema de corrupção na Petrobras. O pedido de Bicudo cita apenas as pedaladas fiscais.
Créditos: Portal Brasil 247

domingo, 6 de setembro de 2015

Inflação recua em agosto para famílias mais pobres, diz FGV

O indicador do mês de agosto da Fundação Getúlio Vargas (FGV) que mede a inflação para famílias com menos renda mostrou uma redução na escalada de preços. O Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) apontou que os preços dos alimentos e da energia elétrica ficaram mais baratos para as família que ganham até R$ 1.970,00, o equivalente a 2,5 salários mínimos por mês.

O indicar geral para o mês saiu de 0,68% em julho para 0,02%, em agosto. A diferença de 0,62 pontos percentuais foi estimulada pela queda de pelos nos itens que compõem o IPC- C1, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da FGV.

Foi o caso do componente que mede preços de alimentos, que caiu de 0,94% para -0,36% entre julho e agosto. O destaque foi queda no valor de hortaliças e legumes (1,84% para -10,76%), especialmente o preço da batata (-19,07%), do tomate (-15,54%) e da cebola (-10,34%), vilã da escalada de preços no início deste ano.

Houve também recuo nos indicadores sobre preços da habitação (1,18% para 0,18%), vestuário (-0,21% para -0,26%) e despesas diversas (0,16% para 0,12%). Segundo a FGV, os destaques dentro desses componentes foram: a tarifa da conta de luz, que caiu de 3,80% para -0,83%; roupas masculinas (0,80% para -0,53%); e alimentos para animais domésticos (0,56% para -0,05%).

Na contramão desse movimento ocorreu aumento nos componentes transportes (0,13% para 0,42%), saúde e cuidados pessoais (0,42% para 0,59%), educação, leitura e recreação (0,03% para 0,34%) e comunicação (0,08% para 0,10%). Os responsáveis pelos aumentos de preços nesses segmentos foram a tarifa de ônibus urbano (0,05% para 0,55%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,55% para 1,22%), passagem aérea (-15,92% para 9,55%) e mensalidade para tv por assinatura (0,79% para 1,75%)

Fonte:Portal Brasil, com informações do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE-FGV)

O que são os evangelhos apócrifos

Os evangelhos apócrifos são textos religiosos sobre a vida de Jesus escritos sobretudo a partir da segunda metade do século II. Os primeiros cristãos já os haviam considerado não confiáveis do ponto de vista histórico ou, pelo menos, como não inspirados por Deus. Ainda que muitas vezes possuíssem conteúdos heréticos, tiveram influência na piedade popular e em muitas obras artísticas.

Os evangelhos apócrifos são todos aqueles textos religiosos centrados em Jesus que foram descartados pelos cristãos dos primeiros séculos e que não se encontram no elenco dos livros da Bíblia considerados pela Igreja como autênticos e inspirados.
A palavra “apócrifo” vem do grego e significa “oculto” ou “escondido”. No começo, o termo foi utilizado para designar os escritos que revelavam “verdades” de cunho esotérico a “iniciados”. No entanto, esta palavra é utilizada hoje para qualificar em geral os escritos sobre a vida de Jesus que não foram aceitos pela Igreja como inspirados por Deus nem como norma de fé – ao contrário dos evangelhos atribuídos a Mateus, Marcos, Lucas e João – e que foram compostos na segunda metade do século I.
Os evangelhos que conhecemos são chamados de “canônicos” (termo inspirado na vara ou “cana” utilizada para medir os limites) e traçam o perímetro dos textos sagrados que entraram no “cânon” da Bíblia católica, ou seja, o elenco oficial dos 73 livros (46 do Antigo Testamento e 27 do Novo Testamento), fruto de um processo de discernimento iniciado dento da Igreja no século II e que prosseguiu até o século IV, ainda que o selo definitivo tenha chegado com o Concílio de Trento, em 1546.
Os evangelhos apócrifos têm alguma semelhança com os quatro evangelhos canônicos, pois apresentam palavras e fatos ligados à vida de Jesus, ou narrações mais amplas sobre personagens já presentes nos canônicos. Começaram a circular no âmbito judaico e cristão a partir da metade do século II, como reflexo de tradições e temas populares, mas não eram lidos nas celebrações litúrgicas das primeiras comunidades cristãs nem gozaram de grande prestígio, como testemunha a escassez de manuscritos existentes que nos dão notícia deles.
Não foram aceitos porque eram considerados pouco confiáveis, já que foram compostos em uma época em que já haviam desaparecido não somente os Apóstolos e todas as testemunhas oculares dos acontecimentos ligados à vida e morte de Jesus, mas também os discípulos diretos dos Apóstolos e os membros das suas primeiras comunidades.
Estes escritos se dividem basicamente em quatro grupos: os mencionados pelos antigos escritores cristãos (pelos quais conhecemos algo do seu conteúdo), os fragmentos de papiro encontrados recentemente, os escritos que contêm detalhes sobre a infância de Jesus e os de cunho gnóstico, um movimento herético do começo do cristianismo.
Alguns evangelhos apócrifos, como o “Evangelho dos Hebreus”, são conhecidos somente pelas notícias dos escritores eclesiásticos. Outros, como o “Evangelho de Pedro”, chegaram até nós muito fragmentados – apenas alguns pedaços de papiro – e não acrescentam nada aos evangelhos canônicos.
O “Protoevangelho de Tiago”, o “Pseudo Mateus” e o “Pseudo Tomé” narram dados da vida de Jesus, de Maria e de São José que não aparecem nos evangelhos canônicos; por exemplo, pelo “Protoevangelho de Tiago”, conhecemos a presença do boi e da mula na gruta da Natividade e o nome dos pais de Maria – Joaquim e Ana.
Muitas vezes, estes textos estão repletos de detalhes fantásticos ou piedosos: neles se conta a história cajado florido de São José, o nome dos três reis magos (Melchior, Gaspar e Baltazar) e os milagres que o Menino Jesus fazia, e foram objeto de inspiração de lendas e obras de arte durante a Idade Média. Um exemplo disso é o “Mistério de Elche”, na Espanha (uma representação teatral sobre a Dormição, Assunção e Coroação da Virgem Maria, que acontece todos os anos, no mês de agosto, na Basílica de Santa Maria de Elche, de forma ininterrupta desde a Idade Média).
Outro grupo de evangelhos apócrifos é composto por aqueles que colocam sob a autoridade de algum apóstolo doutrinas e conteúdos estranhos à fé. Estão relacionados ao gnosticismo, um movimento filosófico-religioso que floresceu sobretudo no Norte da África, nos séculos II e III. A intenção primária dos gnósticos era validar o seu sistema de crenças, isto é, com os seus escritos, eles pretendiam remontar a origem das suas crenças ao próprio Cristo. Entre eles, destacam-se o “Evangelho de Maria Madalena”, o “Evangelho de Tomé” e o “Pistis Sophia”.
Destes últimos, falaram muitos Padres da Igreja (grandes homens dos inícios da Igreja, aproximadamente do século II ao VII), para refutá-los e combater a suas derivações gnósticas. Na maior parte das vezes, estes escritos narravam supostas revelações de Jesus depois da sua ressurreição, sobre o princípio da divindade, a criação, o desprezo do corpo etc.
Existem pouco mais de 50 evangelhos apócrifos. Alguns são muito antigos; outros são descobertas recentes, como os escritos de Nag Hammadi (1945). Esses textos continham traduções originais do grego ao copto, quem contêm evangelhos apócrifos chamados de Tomé e Felipe, um “Apocalipse de Paulo”, tratados teológicos e palavras atribuídas a Jesus, de claro conteúdo gnóstico.
Alguns especialistas, atendendo ao seu conteúdo, costumam classificar os evangelhos apócrifos em 4 grupos:
- Evangelhos da infância: narram o nascimento de Jesus e os milagres realizados durante a sua infância.
- Evangelhos de logia: são coleções de ditados e ensinamentos de Jesus, sem um contexto narrativo. Muitos deles são gnósticos.
- Evangelhos da Paixão e Ressurreição: tentam completar os relatos da Morte e Ressurreição de Jesus.
- Diálogos do Ressuscitado: recolhem ensinamentos do Ressuscitado a algum dos seus discípulos. Estes últimos são típicos da literatura gnóstica também.
Os apócrifos mais conhecidos são: “Evangelho de Pedro”, “Evangelho segundo Tomé”, os “Evangelhos da Infância de Tomé”, “Evangelho de Bartolomeu”, “Evangelho de Maria Madalena”, “Evangelho segundo os Hebreus”, “Evangelho de Taciano” (ou Diatessaron), “Evangelho do Pseudo Mateus”, “Evangelho Árabe da Infância”, “Evangelho da Natividade de Maria”, “Evangelho de Felipe”, “Evangelho de Valentino” (Pistis Sophia), “Evangelho de Amônio”, “Evangelho da Vingança do Salvador” (Vindicta Salvatoris), “Evangelho da Morte de Pilatos” (Mors Pilati), “Evangelho segundo Judas Iscariotes” e o “Protoevangelho de Tiago”.
Alguns evangelhos apócrifos são conhecidos há muito tempo. Outros foram descobertos recentemente, como no caso dos Papiros de Oxirrinco, procedentes da escavação arqueológica realizada pelos ingleses S. P. Grenfell e S. Hunt em 1897, na atual El-Bahnasa (Egito).
O mais importante acontecimento recente no campo dos escritos apócrifos ocorreu com a descoberta, por parte de camponeses – em um povoado egípcio chamado Nag Hammadi, em dezembro de 1945 –, de cerca de mil páginas em papiro: 53 textos divididos em códigos, cuja antiguidade remonta provavelmente ao século IV d.C.
Os escritos continham traduções originais do grego ao copto, quem contêm evangelhos apócrifos chamados de Tomé e Felipe, um “Apocalipse de Paulo”, tratados teológicos e palavras atribuídas a Jesus, de claro conteúdo gnóstico.
Às vezes, os apócrifos proporcionam detalhes que descrevem a sensibilidade dos cristãos dos primeiros séculos ou que confirmam os dados contidos nos evangelhos canônicos. Ainda que não contenham fontes escriturísticas de primeira mão, os evangelhos apócrifos podem ser úteis para confirmar alguns dados relatados pelos quatro evangelistas. Em outros casos, o valor dos apócrifos consiste em refletir a mentalidade do ambiente em que se originaram.
Por exemplo, o “Evangelho segundo os Hebreus”, que, para os especialistas, remontaria à primeira metade do século II. Não temos nenhum testemunho direto dele, mas apenas algumas frases recolhidas por alguns homens ilustres dos primeiros séculos, entre eles Sofrônio Eusébio Jerônimo, mais conhecido como São Jerônimo, que, além da célebre tradução latina da Bíblia a partir do grego e do hebraico, compôs a obra De viris illustribus, isto é, uma espécie de dicionário biográfico dedicado aos homens que haviam se distinguido de alguma maneira nos primeiros séculos.
Nesta obra, Jerônimo recolhe, em latim, uma pequena passagem do perdido “Evangelho segundo os Hebreus”, que ele provavelmente teria consultado várias vezes na biblioteca de Cesareia Marítima, fundada por Orígenes, uma das mais ricas e renomadas do mundo antigo, destruída pelos árabes junto com a cidade, em 638: “Após ter dado a Síndone ao servo do sacerdote, o Senhor foi até Tiago e apareceu a ele”. Nesta passagem, Jerônimo recolhe a palavra sindon para traduzir a homônima palavra grega que havia empregado ao traduzir o Evangelho de Lucas (23, 53), em que se fala do lenço que envolvia o corpo de Jesus. O “Evangelho segundo os Hebreus” teria, portanto, o mérito de testemunhar que, na época da sua composição, a Síndone se encontrava provavelmente na Palestina, talvez na própria Jerusalém.
Às vezes, o valor dos apócrifos consiste em refletir a mentalidade do ambiente em que se originaram e sobretudo a vontade das pessoas de preencher os vazios deixados pela sóbria descrição dos evangelhos canônicos. Por exemplo, o “Evangelho de Pedro”, composto em meados do século II, oferece, ainda que com detalhes estranhos, uma descrição do momento preciso da Ressurreição de Cristo. O relato reflete a necessidade que as pessoas tinham, especialmente os cristãos ligados à figura de Pedro, de imaginar o momento que transformaria para sempre suas vidas e que constituiria o centro da sua fé. Foto: American Bible Society
Créditos: Aleteia

Papa Francisco apela a todas a paróquias para acolherem uma família

O papa Francisco apelou a todas as comunidades católicas da Europa para acolherem uma família de refugiados. Ele informou que as primeiras a dar o exemplo serão as duas paróquias do Vaticano.

Ao pedir um “gesto concreto” de preparação para o Jubileu, que começa em dezembro, o papa apelou a todas as paróquias, comunidades religiosas, todos os mosteiros e santuários para que acolham uma família de migrantes.

“Perante a tragédia de dezenas de milhares de refugiados que fogem da morte, vítimas da guerra e da fome, o Evangelho chama-nos e pede para estarmos mais próximos dos mais fracos e abandonados, dando-lhes esperança”, disse o papa Francisco na oração Angelus, perante milhares de fiéis na Praça de São Pedro.

Dirigindo-se aos “irmãos bispos da Europa”, o líder da Igreja Católica apelou a que apoiem a causa nas suas dioceses, dizendo que as paróquias de Roma e do Vaticano acolherão “nos próximos dias” duas famílias de refugiados.

As 28 nações da União Europeia estão bastante divididas sobre o que fazer em relação aos fluxos de migrantes, a maior parte pessoas que abandonaram os seus países para fugir aos conflitos que grassam no Oriente Médio e norte da África.

A Alemanha liderou os esforços para a abertura das fronteiras, anunciando que poderia aceitar até 800.000 refugiados este ano, e apoiando planos para quotas obrigatórias nos países da UE.

A Hungria, juntamente com muitos países do leste que se tornaram novos membros do bloco europeu, opõem-se ao sistema de quotas e insistem que as regras atuais devem ser aplicadas, com os requerentes de asilo a terem de fazer o pedido no primeiro país onde chegam e não no país para onde querem ir.
Créditos: Agência Brasil