quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Anti-inflamatório pode tratar sintomas do Alzheimer

O salsalato, um remédio anti-inflamatório indicado para o tratamento da dor leve ou moderada, especialmente a artrites reumatoide, poderia servir para tratar os sintomas da demência ou do Alzheimer, segundo publicou nesta segunda-feira a revista "Nature Medicine".
Uma equipe do centro americano Gladstones Institutes, liderada por Li Gan, descobriu que o remédio "reverte a disfunção relacionada com a proteína tau (que se associa a essas duas doenças) em um modelo animal de demência frontotemporal".
Em seu experimento com ratos, os cientistas descobriram que o salsalato "preveniu o acúmulo de tau no cérebro e protegeu contra incapacidades cognitivas parecidas às que se apreciam no caso do mal de Alzheimer e na demência frontotemporal".
Segundo explicam na revista, o salsalato inibe a acetilação da proteína tau, um processo que a torna mais tóxica e que induz os processos neurodegenerativos e os déficits cognitivos.A administração do fármaco rebaixou os níveis de tau no cérebro dos ratos, "recuperando os danos à memória e protegendo contra a atrofia do hipocampo".
"Pela primeira vez, identificamos um enfoque farmacológico que reverte todos os aspectos da toxicidade de tau", assegurou Gan.
 "Os efeitos protetores do salsalato se produziram apesar de ter sido administrado quando a doença já tinha aparecido, o que indica que poderia ser uma opção eficaz de tratamento", disse Gan.Embora a comunidade científica pesquise há muito tempo o papel da proteína tau na demência, ainda se sabe pouco do processo pelo qual se acumula no cérebro, causando a toxicidade que leva à doença. "Tratar a acetilação de tau poderia ser uma nova estratégia terapêutica contra as patologias tau dos humanos, como o mal de Alzheimer e a demência frontotemporal", completou Eric Verdin, outro dos autores do estudo. Foto: EBC.
Créditos: Correio do Estado

terça-feira, 22 de setembro de 2015

ONU critica 'tendências conservadoras' no Congresso

A ONU pressionou o governo brasileiro a manter a maioridade penal em 18 anos e criticou "tendências conservadoras" no Congresso Nacional. “Nos preocupamos com o que estamos vendo no Brasil", declarou Hynd Ayoubi Idrissi, relatora do exame brasileiro e perita do Comitê do Direito da Criança da ONU, nesta segunda-feira.
"A definição de infância fala em 18 anos. Mas estamos preocupados com a proposta de rever para baixo a idade de maioridade penal e com sua alternativa, de deixar a idade em 18 anos, mas prolongar internações", alertou. "Isso representa reduzir a proteção aos menores e não da uma solução à violência. Apenas a repressão não é a resposta, mas sim a prevenção", acrescentou.
Segundo ela, o que se vê no Brasil nos últimos anos é "o fortalecimento de tendências muito conservadores entre as forças políticas". "Isso pode ameaçar os avanços realizados na proteção da criança nos últimos anos".Leia aqui reportagem de Jamil Chade sobre o assunto.
Créditos: Portal Brasil 247

Hospitais universitários se especializam após governo investir R$ 4 bi em modernização

Nova estrutura da área cardíaca do HUB pode atender a 1/3 dos casos de infarto em Brasília
 A voz calma da auxiliar de limpeza Cleonice Lúcia Barbosa, de 50 anos, dita o tom da disposição dela para enfrentar o câncer de colo do útero descoberto no final de 2014. Moradora de São Sebastião, cidade-satélite a cerca de 30 km do centro do Distrito Federal, Cleonice faz tratamento no Hospital Universitário de Brasília (HUB). “Tem hospital aí que você chega e tem gente deitada do lado de fora porque não tem onde ficar. Aqui não. Aqui acolhe todo mundo e não tem de ficar em plantão de cadeira”, conta.

Paciente do HUB há 17 anos, desde quando deu à luz a seu filho, Cleonice acompanhou a evolução do hospital nos últimos anos, a partir da compra de equipamentos, reforma e criação de novas instalações, como o Centro de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon), onde ela se trata. “A cada dia o nosso hospital está se valorizando”, diz.

O centro médico ligado à Universidade de Brasília (UnB) é um dos beneficiados pelo Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf). Desde 2010, o programa administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) já destinou R$ 4 bilhões para melhorar a infraestrutura de 49 hospitais.

O dinheiro também financiou a compra de equipamentos novos e a contratação de mais médicos e técnicos. Somente no primeiro semestre de 2015, o Rehuf alocou R$ 291 milhões nos hospitais vinculados às universidades federais subordinadas ao Ministério da Educação. "Temos a expectativa de repassar no segundo semestre algo próximo a esse valor", diz a vice-presidente da Ebserh, Jeanne Michel.

Segundo ela, o programa surgiu em 2008 por orientação do então ministro da Educação e hoje prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. “Todos os reitores da universidades tinham queixas dos gastos excessivos e do sucateamento dos hospitais”, relata. “O programa surgiu para reverter essa situação histórica de deterioção e para recuperar o parque tecnológico”, afirma.
 A reestruturação incluiu, além de equipamentos e reformas, a contratação de mais de 15 mil profissionais da saúde. O próximo passo será reduzir os repasses do Rehuf com custeio, que deverá ser coberto pelo Serviço Único de Saúde (SUS) a paritr do atendimento maior que nos hospitais.

O HUB, por exemplo, recebeu mais de R$ 20 milhões nos últimos dois anos. O montante foi usado para aumentar o total de leitos de 225 para 350, além de reformas e ampliações de vários serviços: Unidade de Emergência (de 18 para 35 leitos), Unidade Intermediária Clínica (criação de 12 leitos), UTI Adulto (de 6 leitos para 10 leitos), UTI Neonatal (de 4 para 10 leitos), Maternidade (de 21 para 30 leitos) e Centro Cirúrgico (de 6 para 10 salas).

O resultado é visto no aumento expressivo de atendimentos. No primeiro semestre de 2015, foram realizados 624 mil atendimentos: crescimento de 30% em relação ao mesmo período em 2014. O aumento foi verificado também em consultas, internações, atendimento em odontologia, partos, cirurgias e exames. Em odontologia, de janeiro a junho, o número de atendimentos saltou de 15 mil para 25 mil entre 2014 e 2015.

O HUB realizou também 495 mil exames, contra 375 mil na primeira metade do ano passado. “Estamos nos referenciando num grande centro de alta complexidade tanto para o Distrito Federal quanto para a região Centro-Oeste”, afirma o superintendente do hospital, Hervaldo Sampaio Carvalho. “Um exemplo disso é que hoje nós somos uma das principais unidades de referência para o tratamento de oncologia”, diz. 

Já o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG) recebeu R$ 16,37 milhões entre 2012 e 2014. Aproximadamente R$ 3,6 milhões foram aplicados em obras já concluídas, com destaque para ampliações das áreas de quimioterapia, endoscopia e clínica cirúrgica. Outros R$ 4 milhões estão sendo destinados a reformas dos núcleos de neurociências e oftalmologia, e do pronto socorro. 

A exemplo do que ocorreu com a cardiologia em Brasília, os recursos do Rehuf estão sendo usados para os hospitais universitários assumirem novas especialidades. É o caso do Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí (HU-UFPI), que recebeu R$ 2,4 milhões para instalar uma Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon). A unidade deve receber R$ 10 milhões a Ebsher até 2016.
Fonte: Portal Brasil, com informações da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh)

Sexo equivale a subir duas escadas e que raramente provoca infartos, diz estudo

Sexo raramente provoca infartos e a maioria das pessoas que sofrem um ataque do coração pode retomar a atividade sexual, segundo um estudo divulgado pelo "Journal of the American College of Cardiology". Muitas das pessoas que sofreram um infarto se perguntam se é seguro praticar sexo novamente, uma incerteza para a qual essa pesquisa dá a resposta: a atividade física que a prática sexual implica é comparável a subir duas escadas de vários degraus ou dar um passeio a bom ritmo.
"Segundo nossos dados, parece muito improvável que a atividade sexual seja relevante na hora de desencadear um ataque cardíaco", considerou em comunicado Dietrich Rothenbacher, o principal pesquisador do estudo e professor do Instituto de Epidemiologia e Biometria Médica da Universidade de Ulm, na Alemanha.
"Menos da metade dos homens e menos de um terço das mulheres recebem informação de seus médicos sobre atividade sexual após um ataque ao coração. É importante garantir aos pacientes que não é preciso se preocupar e que podem retomar a atividade sexual com normalidade", acrescentou.
Para elaborar o estudo, Rothenbacher e sua equipe estudaram as respostas de 536 pessoas, de 30 a 70 anos, que tinham sofrido um infarto. O questionário continha perguntas sobre sua atividade sexual nos 12 meses anteriores ao ataque.
Os cientistas também avaliaram a relação entre o último encontro sexual do paciente e o momento do infarto. Apenas 0,7% fizeram sexo uma hora antes do ataque e 78% teve a última relação sexual mais de um dia antes do incidente. (Por: Fábio Carvalho).
Créditos: 180 Graus

Venezuela e Colômbia chegam a acordo para resolver crise na fronteira

Os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Colômbia, Juan Manuel Santos, se reuniram ontem (21) pela primeira vez desde o início da crise na fronteira entre os dois países. A crise já dura um mês e fez com que cerca de 20 mil colombianos, que viviam em território venezuelano, deixassem o país.
No final do encontro, na capital do Equador, Quito, os dois governos anunciaram a decisão de normalizar imediatamente as relações diplomáticas; de investigar denúncias de ambas partes e de fazer uma reunião ministerial na capital venezuelana, Caracas, na próxima quarta-feira (23), para encontrar formas de combater o contrabando e narcotráfico na região.
Tanto Maduro quanto Santos manifestaram a intenção de se reunir, o que foi possível com a ajuda e a participação dos presidentes do Equador, Rafael Correa, e do Uruguai, Tabaré Vázquez. O Equador exerce a presidência pró-tempore da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e o Uruguai o da União de Nações Sul-americanas (Unasul), daí a iniciativa de Correa e Tabaré Vázquez para que os dois presidentes se encontrassem.
Os quatro presidentes ficaram satisfeitos com o que consideram ser um diálogo “construtivo”. Ficou acertado que os embaixadores da Colômbia, em Caracas, e da Venezuela, em Bogotá, deverão voltar a seus postos, normalizando as relações diplomáticas. A crise foi desencadeada no dia 19 de agosto depois de uma emboscada a três militares venezuelanos, que patrulhavam a fronteira, para impedir o contrabando de alimentos e combustível. Além dos militares, um civil venezuelano foi ferido por homens armados que fugiram de moto.
Maduro atribuiu o ataque a “paramilitares” colombianos que, segundo ele, protegem o milionário negócio do contrabando, e mandou fechar parte da fronteira. Cerca de mil colombianos, vivendo ilegalmente na Venezuela, foram deportados. Desde então, a tensão só aumentou, apesar dos chanceleres dos dois países terem se reunido duas vezes. Colômbia chamou seu embaixador em Caracas “para consultas” e Venezuela fez o mesmo com o seu representante em Bogotá.
Em um mês, Maduro estendeu o “estado de exceção” a 23 municípios fronteiriços e cerca de 20 mil colombianos deixaram a Venezuela, temendo ser expulsos. O Ministério da Defesa colombiano acusou aviões venezuelanos de violarem seu espaço aéreo, o que foi negado pela Venezuela.
Créditos: R7

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Se Dilma cair todos estarão ameaçados, diz Alckmin

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, reuniu empresários no Palácio dos Bandeirantes e condenou um eventual impeachment da presidente Dilma Rousseff provocado por um motivo fútil, como as chamadas pedaladas fiscais. Geraldo Alckmin disse ainda que, se isso ocorrer, "há risco para a democracia, pois nenhum governo terá mais segurança jurídica de que terminará o mandato".
No encontro, que teve representantes de empresas como Bradesco, Brasil Foods e Riachuelo, ele afirmou ainda que há exemplos de "pedaladas" em estados e municípios e também afirmou que qualquer pretexto poderá ser usado para tirar governantes do cargo.
No PSDB, enquanto o senador Aécio Neves (PSDB-MG) sonha com novas eleições, José Serra defende parlamentarismo. O encontro de Alckmin com os empresários foi revelado pela colunista Vera Magalhães, do Painel:
Geraldo Alckmin reuniu na noite de quinta oito grandes empresários para discutir o cenário nacional. O governador paulista mostrou pessimismo com a situação econômica e política e disse não ver saída com Dilma Rousseff no cargo. Mas o tucano ainda acredita que falta um motivo para o impeachment. Ele acha que, se Dilma cair por uma razão frágil, como as pedaladas fiscais, há risco para a democracia, pois nenhum governo terá mais segurança jurídica de que terminará o mandato.
Alckmin disse aos empresários que, nesse caso, qualquer crise poderá ser pretexto para tirar do cargo um presidente ou governadores e prefeitos eleitos. Sobre as pedaladas, afirmou que há precedentes da manobra em Estados e municípios. 
Participaram do jantar no Bandeirantes o presidente da BRF, Pedro Faria, o vice-presidente do Bradesco, Marcelo Noronha, e o presidente da Riachuelo, Flávio Rocha, entre outros. Foto: G1.
Créditos: Portal Brasil 247

Governo vai levar 270 bibliotecas ao campo

Para dar continuidade à ampliação do acesso aos livros à população rural, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), abriu inscrições para receber projetos de incentivo à leitura ou de inclusão produtiva rural.

A medida visa a implantação de 270 bibliotecas Arca das Letras na região do semiárido brasileiro. Espera-se que a iniciativa, prevista no plano Brasil Sem Miséria, atenda 8 mil famílias de 75 municípios presentes em 10 Territórios da Cidadania (de baixo Índice de Desenvolvimento Humano). 

A Embrapa e o Arca das Letras vão doar obras da literatura infantil nacional e internacional e livros sobre produção agrícola, além de bibliografia didática. Após receberem convite de representantes do MDA, as entidades devem elaborar projetos de estímulo à leitura e detalhar a utilização do acervo disponível. Eles precisam ser entregues, diretamente ou via correio, até 30 de outubro, na sede da Embrapa, em Brasília. 
Podem se inscrever associações comunitárias, organizações não governamentais, sindicatos, escolas públicas, institutos federais, associações de agricultores, cooperativas rurais, além de órgãos ou entidades da administração pública direta e indireta. 
Créditos: Portal Brasil