terça-feira, 17 de novembro de 2015

Brasil tem 13,2 milhões de analfabetos

A taxa de analfabetismo entre brasileiros com 15 anos ou mais em 2014 foi estimada em 8,3% (13,2 milhões de pessoas), segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano de 2013, esse indicador havia sido de 8,5% (13,3 milhões). O número de analfabetos é maior do que a população inteira da cidade de São Paulo, cerca de 12 milhões de pessoas, segundo estimativa do IBGE.
“Esse analfabetismo está fortemente na região Nordeste e também concentrado na população de mais de idade”, ressaltou Maria Lucia Vieira, gerente da Pnad. De acordo com a Pnad, a taxa de analfabetismo vem diminuindo ao longo dos últimos anos no país. Entre 2001 e 2014, os pesquisadores observaram uma redução de 4,3 pontos percentuais, o que corresponde a uma redução de 2,5 milhões de analfabetos.
Os resultados da Pnad 2014 foram divulgados nesta sexta-feira (13). O estudo investiga dados sobre população, migração, educação, emprego, família, domicílios e rendimento. De acordo com Ernesto Faria, coordenador de projetos da Fundação Lemann, os dados de analfabetismo podem não ser exatos. "Não temos controle da consistência desses números, já que a pergunta da Pnad é autodeclaratória", diz.
"É possível que a situação seja mais grave. As pessoas que participam da pesquisa podem só ter algum pequeno domínio de leitura, mas não se declarararem analfabetas", completa. Os dados verifcados especificamente no ano passado ainda estão distantes das metas do Plano Nacional de Educação (PNE), que prevê reduzir para 6,5% a taxa de analfabetismo da população maior de 15 anos até 2015 e erradicá-la em até dez anos; e no mesmo período, reduzir a taxa de analfabetismo funcional pela metade.

O maior desafio está nas faixas etárias mais altas. Se consideradas as pessoas com 60 anos ou mais, a taxa foi de 23,1% em 2014, ante 24,3% em 2013. Os números também são mais altos no grupo entre 40 e 59 anos (9,2% em 2014 e 9,4% em 2013).
Para Faria, é mais difícil sanar o problema nas faixas etárias de pessoas mais velhas. A solução seria que instituições incentivassem a alfabetização. "O mercado de trabalho poderia valorizar mais a educação dos funcionários. Além do ponto de vista econômico e social, seria também um benefício no desenvolvimento econômico", afirma o coordenador. "As escolas poderiam engajar as famílias dos alunos e incentivar que estudem, para quebrar esses ciclos de desigualdade."
Alejandra Meraz Velasco, coordenadora-geral do Todos Pela Educação, diz que é preciso investir em programas mais eficazes para a alfabetização de jovens e adultos. "Os programas de EJA estão sofrendo queda de matrículas e não há como mudar a realidade do analfabetismo sem programas específicos para esta faixa etária."
Para Alejandra, mais do que resolver o problema de queda nas matrículas, é necessário investir em "propostas pedagógicas mais atrativas que respondam à realidade dessa população." Entre os adolescentes e jovens (15 a 19 anos), a taxa de analfabetismo verificada foi de 0,9% em 2014 e 1% em 2013.
As disparidades regionais também são outro desafio relevante para os gestores. Com redução de 0,3 ponto percentual, a região Nordeste segue como a que tem a maior taxa, com 16,6%, seguida do Norte (9,5%), Centro-Oeste (6,5%), Sudeste (4,8%) e Sul (4,6%). A taxa era praticamente equivalente entre homens (49,8%) e mulheres (50,2%).
A pesquisa também considerou a taxa de analfabetismo funcional. Ela é definida pelo IBGE como a proporção das pessoas com 15 anos ou mais com menos de 4 anos de estudo em relação ao total de pessoas na população com a mesma faixa etária.
Neste grupo, o analfabetismo funcional passou de 18,1% em 2013 para 17,6% em 2014. A principal redução foi verificada na Região Norte, passando de 21,6% para 20,4%, queda de 1,2 ponto percentual. A Região Nordeste manteve-se com a taxa de analfabetismo funcional mais alta no País, 27,7% em 2013 e 27,1% em 2014. As Regiões Sudeste e Sul também continuam a apresentar os indicadores mais baixos, 12,7% e 13,8%, respectivamente.
A pesquisa verificou que o número médio de anos de estudo para o Brasil era de 7,7 anos em 2014. A Região Sudeste apresentava a maior média, 8,4 anos. As Regiões Nordeste e Norte
registraram as menores médias, 6,6 e 7,2 anos de estudo, respectivamente. Ainda de acordo com a PNAD, em todas as chamadas "Grandes Regiões", as mulheres apresentaram as maiores. Em 2014, as mulheres tinham 8 anos e os homens, 7,5 anos de estudo.
As maiores diferenças são apontadas na Região Norte, com 7,6 anos para as mulheres e 6,8 anos para os homens; e na Região Nordeste, com 7,0 anos para as mulheres e 6,2 anos para os homens. A menor diferença foi encontrada na Região Sudeste, com 8,5 anos para as mulheres e 8,3 anos para os homens. (G1).
Créditos: WSCOM

Mineradora Samarco vai pagar R$ 1 bilhão por desastre ambiental em MG

A mineradora Samarco, controlada pela Vale e pela australiana BHP, terá que pagar R$ 1 bilhão para começar a cobrir os prejuízos causados pelo rompimento de duas barragens de rejeitos da empresa em Mariana, em Minas Gerais, e impedir novos vazamentos . Até agora, é um mistério o real motivo da tragédia que praticamente matou o Rio Doce. 

O termo de compromisso estabelece que a mineradora vai ter que investir na recuperação de danos ambientais causados pelo rompimento da barragem em Mariana, MG. A empresa comandada terá que depositar metade do montante de R$ 1 bilhão em até 10 dias. O Ministério Público vai fiscalizar a aplicação desse recurso. Foto: Ag. Brasil.
Créditos: G1

Jornada Mundial da Juventude já tem 500 mil inscritos

A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de Cracóvia, na Polônia, entre 26 e 31 de julho do ano que vem, vai reunir milhares de peregrinos procedentes de pelo menos 139 países. Quinhentos mil jovens, representando 22 mil grupos, já se inscreveram. A Rádio Vaticano conversou com a voluntária brasileira Thamyres Gonçalves Cordeiro, de Maceió. Ela trabalha no setor de inscrições do encontro e falou sobre a experiência no atendimento aos peregrinos de países de língua espanhola e sobre o fundo de solidariedade.

“Um atendimento que não esqueço é de uma jovem da Venezuela, que gostaria de vir para a Jornada, mas que enfrenta problemas econômicos. Então, indicamos os passos que ela pode dar, levando assim uma esperança ao coração dos peregrinos que, devido a uma determinada realidade econômica, não podem vir".

Thamyres lembrou a importância da ajuda do fundo de solidariedade, um benefício dos países com melhor situação econômica. Os recursos do fundo são repassados diretamente aos peregrinos que mais necessitam para que possam participar da jornada. Com informações da Rádio Vaticano.
Créditos: Agencia Brasil

Relator antecipa parecer contra Cunha

Relator antecipa parecer contra Cunha
Três dias antes do prazo final, o deputado Fausto Pinato (PRB-SP), que relata o processo contra o presidente da Câmara, entregou, ontem, seu parecer ao Conselho de Ética ele opina pela continuidade da ação que pede a cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) por quebra de decoro parlamentar; colegiado pode agora discutir o mérito da representação já nesta terça-feira 17, dando menos tempo para Cunha convencer pelo menos 11 dos 21 membros do Conselho de que não mentiu na CPI da Petrobras quando disse não ter contas no exterior; aliados do presidente da Câmara, entre eles o recém-ingresso no Conselho, Paulinho da Força (SD-SP), devem apresentar um pedido de vista, com prazo de dois dias úteis.
O deputado Fausto Pinato (PRB-SP), relator do processo que pede a cassação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), protocolou na manhã de ontem,16, seu parecer no Conselho de Ética. Ele tinha prazo para apresentar seu parecer até a quinta-feira, 19. Com a antecipação, o processo já pode começar a ser discutido nesta terça-feira, 17.
O relatório apresentado opina pela continuidade da tramitação da representação do PSOL e Rede Sustentabilidade, que acusam Cunha de quebra de decoro parlamentar, por ter dito à CPI da Petrobras que não tinha contas no exterior. Eduardo Cunha terá menos tempo para tentar convencer pelo menos 11 dos 21 membros do Conselho a enterrar, já na semana que vem, a representação contra ele.
Quando for discutido no colegiado, aliados do presidente da Câmara, entre eles o recém-ingresso no Conselho, Paulinho da Força (SD-SP), devem apresentar um pedido de vista, co prazo de dois dias úteis. Só então o Conselho deve julgar a continuidade ou não do processo contra Eduardo Cunha.
Créditos: Nossa Política

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Dilma defende ação internacional contra o terrorismo

A presidenta Dilma Rousseff reiterou seu repúdio aos ataques terroristas ocorridos em Paris, na sexta-feira (13). A presidenta discursou na abertura da reunião de líderes do Brics, que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
“Expresso o meu mais veemente repúdio, que é também o de todo povo brasileiro, aos atos de barbárie praticados pela organização terrorista Estado Islâmico, que levaram morte e sofrimento a centenas de pessoas de várias nacionalidades em Paris na sexta-feira. Essas atrocidades tornam ainda mais urgente uma ação conjunta de toda comunidade internacional no combate sem tréguas ao terrorismo”, disse a presidenta em Antália, na Turquia.
Dilma participou do encontro do Brics que precedeu o início da décima Cúpula do G20, que reúne as principais economias avançadas e emergentes do mundo.
Dilma enviou uma carta ao presidente francês, François Hollande, em que expressou a solidariedade do governo brasileiro ao povo e ao governo da França e condenou os atentados de forma veemente. “Estou certa de que a nação francesa saberá enfrentar com altivez e determinação esse momento difícil, e dele sairá mais forte e coesa. Hoje, somos todos franceses”, disse, na carta.
O Estado Islâmico reivindicou, em comunicado, os atentados de sexta-feira em Paris, que causaram pelo menos 129 mortes e deixaram 352 feridos, 99 em estado grave. Oito terroristas, sete deles suicidas, que usaram cintos com explosivos para finalizar os atentados, morreram, segundo fontes policiais francesas.
Os ataques ocorreram em pelo menos seis locais diferentes da cidade, entre eles uma sala de espetáculos e o Stade de France, onde ocorria uma partida de futebol entre as seleções da França e da Alemanha. A França decretou estado de emergência e restabeleceu o controle de fronteiras após os episódios que foram classificados por Hollande, como “ataques terroristas sem precedentes no país”.
Dilma Rousseff defendeu também o compromisso do grupo do Brics de trabalhar pela redução dos riscos “que a economia global continua a enfrentar”.
A presidenta ressaltou que, no âmbito do G20, o Brics deve trabalhar para que os países priorizem os investimentos em infraestrutura, a redução da volatilidade dos mercados globais, a necessidade de reforma das instituições financeiras e o combate à pobreza e às desigualdades como temas importante para os países em desenvolvimento.
Dilma destacou que o grupo do Brics teve resultados “muito expressivos” em 2015 com a concretização do Novo Banco de Desenvolvimento e do Arranjo Contingente de Reservas, que, segundo ela, deve impulsionar a ampliação da agenda de cooperação e a consolidação da parceria econômica do bloco.
A presidenta ressaltou ainda que o Brics “continuará a ser uma força positiva para a retomada do crescimento global nos próximos anos” e reiterou o empenho de tornar realidade os compromissos da reforma do Fundo Monetário Internacional (FMI), assumidos em 2010, “em prol de uma governança econômico-financeira global mais equilibrada e representativa, com maior participação dos países emergentes e em desenvolvimento”.
Créditos: Rede Brasil Atual

Aumento da resistência aos antibióticos é perigo para a saúde mundial

O aumento da resistência aos antibióticos representa “um imenso perigo para a saúde mundial”, disse hoje (16) a diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, na apresentação da primeira pesquisa sobre o tema. A OMS inicia a Semana Mundial para o Bom Uso dos Antibióticos.
A resistência, acrescentou Margaret Chan, “atinge níveis perigosamente elevados em todas as partes do mundo”.

A pesquisa, publicada hoje em Genebra, revela que todas as pessoas podem um dia ser afetadas por uma infecção resistente a esses medicamentos. O problema ocorre quando as bactérias evoluem e se tornam resistentes aos remédios usados para combater as infecções. Entre as causas estão o consumo excessivo de antibióticos e a sua má utilização.

Perto de metade (44%) das pessoas que participaram do levantamento, realizado pela organização em 12 países, acha que a resistência é um problema das pessoas que abusam desses remédios.
Dois terços dos entrevistados consideram que não existe qualquer risco de resistência aos antibióticos nas pessoas que utilizam corretamente o tratamento prescrito. “Na verdade, qualquer pessoa pode, a qualquer momento e em qualquer país, sofrer uma infecção resistente aos antibióticos”, lembrou a organização.
Créditos: Agencia Brasil

Consumo de pornografia pode levar a comportamentos de risco

Consumir pornografia com muita frequência pode levar a comportamentos sexuais de risco? Pesquisadores da Universidade de Sydney e de Curtin, na Austrália, decidiram responder a essa pergunta. Para isso, eles fizeram uma revisão de todos os estudos científicos existentes sobre o tema. E a conclusão deles é que, sim, existe essa tendência. A equipe encontrou 17 trabalhos, dos quais apenas dois eram específicos sobre o consumo de pornografia na internet. A maioria dos trabalhos contava com mais de 1.000 participantes, todos com 18 anos ou mais. 
Do total, sete estudos mostraram ligação entre o consumo de pornografia e a prática mais frequente de sexo desprotegido, em especial o sexo anal no grupo de homens que fazem sexo com outros homens (HSH). A maioria dos trabalhos também uma relação entre o uso de pornografia e o aumento do número de parceiros e da frequência do sexo casual, tanto em homens quanto em mulheres. Os resultados foram publicados na revista Cyberpsychology, Behavior, and Social Networking.
Os pesquisadores explicam que muitos dos estudos analisados não tinham metodologia adequada, já que essa é uma área de pesquisa muito recente. Eles sugerem que os programas de prevenção e saúde sexual levem esse público em consideração e que se pense em formas de aproveitar a própria pornografia para incentivar o uso da camisinha. (Doutorjairo.blogosfera).
Créditos: Focando a Notícia