quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Brasil é o quarto país em que energia eólica mais cresce no mundo

O Brasil já está na lista de maiores produtores de energia eólica do mundo. O levantamento “Energia Eólica no Brasil e Mundo”, do Ministério de Minas e Energia, aponta que o país foi o quarto colocado no ranking mundial de expansão de potência eólica em 2014. As nações que realizaram um avanço superior ao Brasil em 2014 foram a China (23.149 megawatts), Alemanha (6.184 megawatts) e Estados Unidos (4.854 megawatts). No mesmo período, o Brasil teve uma expansão de potência instalada de 2.686 megawatts (MW).

O Brasil já contratou cerca de 16,6 mil MW de energia eólica em leilões, sendo que aproximadamente 1,4 mil MW foram assegurados por meio do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas (Proinfa). Do total contratado, 7,8 mil MW já estão em operação. O total contratado equivale à energia gerada pela usina hidrelétrica de Itaipu.

A estimativa do governo, presente no Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2024), é de que a capacidade instalada eólica do Brasil chegue a algo em torno de 24 mil MW. Desse total, 21 mil MW deverão ser gerados na região Nordeste, o que vai representar 45% do total produzido na região. 

Uma das grandes vantagens da matriz energética brasileira é a disponibilidade de várias fontes limpas e renováveis para geração de energia elétrica. Diversos outros países não possuem recursos naturais e precisam recorrer a termelétricas para garantir o suprimento. O avanço do setor eólico, segundo especialistas, vai representar uma energia complementar interessante para o Brasil, que hoje tem sua base de geração de energia no sistema hidráulico.
Créditos: Portal Brasil

Ministério nega corte do Bolsa Família para quem não fizer cadastramento biométrico

O Ministério do Desenvolvimento Social negou, por meio de nota, que os beneficiários do Bolsa Família que não fizerem o cadastramento biométrico serão punidos com o corte do benefício. o coordenador do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), Fábio Falcão, informa que os eleitores que não realizarem o recadastramento não poderão votar.
Por esse motivo, segundo ele, esses eleitores não receberão o documento de quitação eleitoral e, consequentemente, não estarão aptos a receber programas de auxílio, como o Bolsa Família, nem participar de concursos públicos. Porém, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento “são improcedentes as informações de que beneficiários do Programa Bolsa Família podem vir a ter o benefício cancelado caso deixem de fazer o recadastramento biométrico da Justiça Eleitoral. O governo federal reitera que não há esse risco. Beneficiários do Bolsa Família não estão sujeitos a perder benefício em função dessa situação”.
Créditos: Focando a Notícia

Dilma chama Temer para conversar

A presidenta Dilma Rousseff reúne-se hoje (20), pela primeira vez neste ano, com o vice-presidente Michel Temer. O convite para o encontro, que era aguardado há mais de uma semana, foi feito pelo Palácio do Planalto ao vice, por intermédio do ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner.
Desde o dia 9 de dezembro, Dilma não se encontra com Temer. Por ocasião do Natal, a presidenta telefonou ao vice-presidente, e, no réveillon, ele retribuiu o gesto. O assunto da conversa não foi divulgado pelas assessorias da Presidência da República, nem da Vice-Presidência.
O encontro entre os dois, marcado para as 10h, no Palácio do Planalto, será o terceiro desde que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acatou o pedido de abertura do processo de impeachment contra Dilma, no início de dezembro. Poucos dias após o pedido, os dois se encontraram rapidamente e, depois, Temer enviou uma carta em que reclamava do tratamento recebido e dizia ter passado os primeiros quatro anos de governo como "vice decorativo". Posteriormente, ambos se reuniram novamente e disseram que pretendiam manter uma relação profícua, fértil e institucional.
Ao voltar para Brasília em janeiro, o vice-presidente defendeu harmonia interna no PMDB, partido do qual é presidente, e em sua relação com Dilma. Na semana passada, durante café da manhã com jornalistas, a presidenta disse que o governo têm "toda consideração" por Temer e que é importante uma relação "fraterna e de proximidade" entre os dois.
Créditos: Agencia Brasil

Câncer de próstata aumenta risco de demência

Homens submetidos à terapia de redução de testosterona devido a um câncer de próstata são duas vezes mais propensos a desenvolverem a doença de Alzheimer, segundo dados de um novo estudo.
Os andrógenos são hormônios masculinos que desempenham um papel essencial para estimular o crescimento das células da próstata. Como resultado, as terapias que suprimem a atividade de andrógeno são formas de tratamento comuns para combater esta forma de câncer. Apenas nos EUA, quase meio milhão de homens recebem a terapia de privação de andrógeno, em algum momento de suas vidas.
No entanto, os baixos níveis de testosterona podem enfraquecer a resistência ao envelhecimento do cérebro e à doença de Alzheimer, advertiram os especialistas. Homens que fazem terapia de privação de andrógeno (ADT) são duas vezes mais propensos a serem diagnosticados com a doença de Alzheimer nos anos seguintes ao tratamento, em relação àqueles que não se submetem à terapia, descobriram os pesquisadores.
Testes adicionais devem ser realizados para determinar o montante exato do aumento do risco, antes que quaisquer alterações sejam feitas para o tratamento do câncer de próstata, disse o principal autor da pesquisa, Dr. Kevin Nead, da Universidade da Pensilvânia, nos EUA. “Considerando a já elevada prevalência da doença de Alzheimer em homens mais velhos, qualquer risco aumentado teria implicações importantes para a saúde pública”, completou.
Era sabido que reduzir drasticamente a atividade de andrógeno pode ter efeitos colaterais adversos. Estudos descobriram associações entre baixos níveis de testosterona e impotência, hipertensão arterial, obesidade, diabetes e depressão. Nos últimos anos, os estudos também ligaram a baixa testosterona a defeitos cognitivos. Os homens com a doença de Alzheimer teriam níveis de testosterona mais baixos do que os homens da mesma idade sem a doença.

Os pesquisadores da Universidade da Pensilvânia e da Universidade de Stanford analisaram os registros médicos de milhões de pacientes, identificando 18.000 com câncer de próstata, sendo que 16.888 tinham câncer da próstata não metastático. No total, 2.397 pacientes de câncer de próstata tinham sido tratados com terapia de privação de andrógeno. As análises e conclusões foram publicadas na Journal of Clinical Oncology.
Comparando os grupos de tratamento, aqueles que passavam pela forma comum de combate apresentaram mais diagnósticos de Alzheimer nos anos seguintes da terapia de redução de andrógeno. Os pesquisadores determinaram que os que passavam pelo tratamento tinham probabilidade 88% maior de desenvolver a forma de demência. O tempo de tratamento também teve influência progressiva.
Os cientistas ainda não sabem exatamente como os baixos níveis de testosterona levariam a um aumento do risco de Alzheimer. No entanto, acredita-se que a testosterona tenha um “efeito protetor geral” nas células do cérebro. Como tal, a redução da testosterona pode causar uma queda de resistência cerebral aos processos que conduzem à demência.
 “Além disso, baixos níveis de testosterona podem aumentar o risco de Alzheimer indiretamente, através da promoção de condições como diabetes e aterosclerose, que são conhecidos por predispor à doença”, concluíram os pesquisadores.
Daily Mail / Journal of Clinical Oncology ] [ Foto: AFP ]
Créditos: Jornal Ciência

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Tarifa zero no transporte público é realidade em 12 cidades brasileiras

Nestas primeiras semanas de 2016, algumas cidades brasileiras têm sido palco de protestos contra o aumento das tarifas de ônibus trens e Metrô, e em defesa do transporte público gratuito. Em São Paulo, após as manifestações marcadas por intensa repressão policial na semana passada, o Movimento Passe Livre convoca mais uma mobilização amanhã (19), no cruzamento das avenida Faria Lima Rebouças Rebouças, na zona sul da capital.
Em meio aos protestos, a pergunta que fica é se realmente é possível uma cidade oferecer transporte de graça para toda a população ou trata-se de uma utopia, afinal o dinheiro tem que sair de algum lugar para manter a estrutura e os serviços.
Reportagem de Vanessa Nakasato, do Seu Jornal, da TVT, mostra exemplos de cidades em que a tarifa zero é possível. Sobre o assunto, a jornalista conversa com o coordenador da Rede Nossa São Paulo e do projeto Cidades Sustentáveis, Oded Grajew. Ele aponta caminhos na busca de uma solução para os problemas do transporte público, sobretudo na capital paulista.
Em todo o mundo, são 86 cidades, em 24 países, que não cobram tarifa para que a população acesse o transporte público. No Brasil, 12 cidades também já adotam o modelo. Maricá, no litoral do Rio é uma delas. Desde dezembro de 2013 os habitantes podem andar de ônibus gratuitamente na rede municipal.
"É uma cidade de 150 mil habitantes e tem transporte gratuito para a população. O governo aloca recursos no orçamento para viabilizar o transporte público de graça para toda a população", assinala Grajew sobre a experiência maricaense.
Outra cidade que também caminha no mesmo sentido é Agudos, no interior de São Paulo. Os 40 mil habitantes, desde 2003, não pagam tarifa para acessar o transporte coletivo. Os ônibus são operados pela prefeitura e os motoristas são funcionários concursados.
Para que o transporte coletivo pudesse ser gratuito, cada uma das cidades recorreu a uma solução diferente, aponta o coordenador da Rede Nossa São Paulo. O mais comum e viável, segundo ele, é elevar o imposto territorial que atinja as pessoas de maior renda. "Outras cidades cobram uma taxa de todos os habitantes. Nos EUA, por exemplo, é por volta de 5 dólares por ano para cada habitante", comenta Grajew. "É uma decisão política que envolve uma decisão econômica, sobre o que vai se priorizar no orçamento e de onde que se vai buscar recursos para viabilizar o serviço para a população."
Na capital paulista, 2,2 milhões de pessoas, dentre aposentados, pessoas com mais de 60 anos, deficientes, estudantes de baixa renda e trabalhadores desempregados já contam com a isenção da tarifa – juntos, eles representam 22% dos passageiros.
O coordenador da Rede Nossa São Paulo afirma que os primeiros passos a serem dados é tratar o tema com transparência e discutir alternativas com a sociedade. "O que pode se fazer, de imediato, é abrir a discussão. Abrir as contas para a população, olhar todos os números, o quanto que a prefeitura gasta em cada coisa, quanto é o lucro das empresas, os impostos que são cobrados, e envolver a sociedade na discussão."
Créditos: Rede Brasil Atuual

Fórum Social Temático começa hoje em Porto Alegre

Começa hoje (19) em Porto Alegre a edição brasileira que celebra os 15 anos do Fórum Social Mundial (FSM). Com o tema Paz, Democracia, Direito dos Povos e do Planeta, o encontro segue até sábado (23) e reúne participantes de organizações sociais e movimentos populares para debater a conjuntura mundial, com a perspectiva de construir um novo modelo de desenvolvimento. O fórum temático no Brasil é preparatório à edição mundial do evento que ocorrerá em Montreal, no Canadá, entre os dias 9 e 14 de agosto, o primeiro a ser realizado no Hemisfério Norte. 

Desde 2001, o FSM reúne militantes de diferentes países no mesmo período em que ocorre, em Davos, na Suíça, o Fórum Econômico Mundial. “[Este evento] pregava o neoliberalismo como fim da história e como o caminho que ia levar o mundo ao bem-estar e à felicidade. A expectativa [do FSM] era de criar esse contraponto e não só mostrar os problemas do neoliberalismo, mas também de apontar propostas e alternativas”, explicou Oded Grajew, coordenador-geral da organização não governamental Rede Nossa São Paulo e idealizador do fórum.

Para Grajew, democracia será o tema central deste Fórum Social Temático em Porto Alegre. “Existe hoje uma grande perplexidade em relação aos atuais modelos políticos, não só no Brasil, mas no mundo. Há uma desconfiança de que os políticos e os governantes atuam mais em benefício de uma elite econômica do que em relação à maioria da população. Há desconfiança em relação à eficiência de gestão dos políticos, às vezes são bons políticos, mas não bons gestores”, disse à Agência Brasil. Ele destacou que há a expectativa de que este espaço sirva para discutir propostas e conhecer exemplos que “possam inspirar outros”.

Após 15 anos do surgimento da proposta do FSM, Grajew avalia que muitos problemas persistem. Ele cita como o mais simbólico a questão da desigualdade. “Não só é grande e aviltante, mas continua crescendo, então o problema persiste. É importante fazer uma crítica, porque nós não conseguimos reverter essa curva. Embora, por outro lado, haja uma diminuição da pobreza absoluta, a desigualdade permanece”, disse, destacando o dado da organização não governamental (ONG) Oxfam, divulgado nessa segunda-feira, que revela que a riqueza acumulada por 1% da população mundial, os mais ricos, superou a dos 99% restantes em 2015.

O início oficial do Fórum Social Temático ocorre a partir das 15h com a concentração para a Marcha de Abertura, no Largo Glênio Peres, Avenida Borges de Medeiros, na Alça Ponte de Pedra. A programação divide-se em mesas de convergência e atividades autogestionadas. Os debates contarão com a presença de nomes como o sociólogo português Boaventura de Souza Santos; de senadores, como Roberto Requião; de deputados, como Maria do Rosário; além de ministros, como Miguel Rosseto, do Trabalho e Previdência Social, e Nilma Gomes, das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos.
As atividades autogestionadas debatem temas atuais, como o desastre ambiental em Mariana, com o rompimento da Barragem de Fundão, da Mineradora Samarco, e também assuntos relacionados às lutas populares, como as mobilizações dos movimentos de mulheres, de juventude, da população negra e dos trabalhadores, entre outros.
A programação completa pode ser conferida no site do fórum.
Créditos: Agencia Brasil

Carnaval poderá espalhar zika, alertam infectologistas

Para os especialistas, o Carnaval reúne fatores de risco preocupantes para o aumento da transmissão do zika, num momento em que a epidemia ainda se encontra em curva de ascensão no Brasil. 

O alerta se soma a um comunicado da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS, escritório regional nas Américas da Organização Mundial da Saúde), que nesta segunda-feira relatou aumento de casos da síndrome de Guillain Barré em países com epidemias de zika. Em julho de 2015, 42 pessoas foram confirmadas com a doença, que causa problemas neurológicos, na Bahia.
O "coquetel explosivo" do Carnaval inclui, segundo os infectologistas, as grandes aglomerações de pessoas, em geral com poucas roupas e mais vulneráveis às picadas do Aedes aegypti (mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika), possibilidade de chuvas, maior quantidade de lixo nas ruas e por consequência mais chance de potenciais criadouros do mosquito.
Isso se soma ao maior numero de relações sexuais sem proteção e risco de gestações indesejadas justamente nos locais de maior incidência do vírus relacionado à má formação fetal, dentre outras consequências ainda pouco conhecidas.
Segundo o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, dos 3.530 casos de microcefalia relacionados ao zika em todo o país, 1.236 estão em Pernambuco, primeiro Estado a identificar o aumento do problema, onde foi decretado o estado de emergência desde novembro. Em segundo está a Paraíba, com 569 casos, e em terceiro a Bahia, com 450 ocorrências. O Rio de Janeiro fica em 9º lugar, com 122 casos.
A BBC Brasil ouviu infectologistas sobre os alertas e a preocupação com o potencial de aumento da epidemia, e questionou como estão os esforços de prevenção e contenção do problema junto ao Ministério da Saúde e às prefeituras de Recife, João Pessoa, Salvador e Rio de Janeiro - capitais com expressivos carnavais de rua que atraem milhares todos os anos e onde há forte presença doAedes aegypti e de casos de microcefalia.
Nancy Bellei, coordenadora de virologia clínica da SBI, cita a preocupação com a transmissão sexual devido a um estudo de 2011 que teria documentado como um cientista americano vindo do Senegal, que passava por um surto de zika, teria transmitido a doença para a mulher, nos Estados Unidos, através do sêmen.
"Ainda precisamos de mais estudos sobre a relevância epidemiológica dessa forma de transmissão, mas até pouco tempo também não sabíamos da ligação entre o zika e a microcefalia. É uma doença nova, sobre a qual ainda não se sabe muito. Não precisamos esperar para nos protegermos. Não se pode descartar a chance de termos até um aumento de casos de zika após o Carnaval justamente pelo contato sexual", diz. Foto: R7.
Créditos: BBC Brasil