segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Corrupção no Brasil é cultural e está enraizada no cotidiano das pessoas

 O Data Popular divulgou esta semana uma pesquisa reveladora sobre o aspecto mais nocivo do “jeitinho brasileiro”. De acordo com o levantamento, sete em cada dez brasileiros afirmaram já ter cometido pelo menos uma atitude que pode ser considerada corrupção. Mas os entrevistados não se assumem: somente 3% deles, questionados se se consideram corruptos, reconheceram que sim.
O estudo aponta que 67% das pessoas já compraram algum produto pirata e 75% declararam conhecer quem já tenha cometido tal atitude, enquanto 15% das pessoas conhecem alguém que já usou estratégias fraudulentas contra o fisco para aumentar o valor da restituição do Imposto de Renda, mas apenas 1% admitiu tal atitude.
Segundo o presidente do instituto Data Popular, Renato Meirelles, não se pode fazer uma gradação entre atitudes mais ou menos corruptas, como, por exemplo, dizer que um sonegador de imposto é mais corrupto do que uma pessoa que pratica um ato aparentemente inofensivo como comprar um CD pirata.
“Depende do conceito de cada um. Eu acredito que não existe uma escala do que é corrupção ou não. Pode-se discutir as circunstâncias, o que leva à prática, mas efetivamente não existe meio ladrão”, diz.
“Entendo corrupção como alguém receber alguma vantagem pessoal ou oferecer vantagem a um agente, para ter uma condição privilegiada sobre algo, independentemente de ser ativo ou passivo. Oferecer algum benefício a outrem ou receber algum benefício de outrem para conseguir vantagem ou privilégio”, explica. Meirelles lembra que, ao contrário do que muitas vezes é implícito nos discursos, a corrupção não é só pública ou ligada a assuntos de Estado.
De acordo com a pesquisa, a tendência à corrupção se revela em atitudes consideradas comuns no dia a dia das pessoas: 15% dos entrevistados disseram ter comprado meia-entrada usando uma carteirinha de estudante de outra pessoa ou falsa. Mais de 31 milhões de brasileiros (21%) receberam troco a mais em uma compra e não devolveram a diferença. Mais de 47 milhões (32%) afirmaram conhecer alguém que faz "gato" na TV por assinatura, contra 11% que disseram já terem cometido a ilegalidade.
Para Meirelles, a superação do problema, enraizado na sociedade brasileira historicamente, não é fácil. “É um problema cultural, que tem de ser enfrentado como problema cultural. A superação começa com um amplo debate, é preciso explicitar claramente o que são atos corruptos ou não, e desnaturalizar a corrupção cotidiana. Isso começa na escola. Vai ser uma mudança geracional”, avalia.

Política

Renato Meirelles não comenta a guerra política em torno de práticas eleitorais. “Para mim, corrupção é corrupção, seja para um, seja para outro. Não podem existir duas réguas: o que vale para um, tem que valer para o outro. Mas o erro de um não justifica o do outro.”
Segundo ele, corrupção não pode ser confundida com preconceito de classe. “Não quero dizer que não exista preconceito de classe. Mas é necessário discutir o mérito da corrupção, suas origens e as causas históricas. Tem a ver com as raízes, com o tipo de educação que se oferece nas escolas, com o pior lado do jeitinho brasileiro, e não com o melhor lado. 
Com certeza não é encobrindo o debate sobre corrupção que vai se resolver o problema. O debate tem que ser exposto, explícito.” A pesquisa foi realizada na primeira quinzena de janeiro, com 3.500 pessoas,  em 146 cidades do país.
Créditos: Rede Brasil Atual

Sem ajuda, mais de 58 mil crianças podem morrer de fome na Somália

Mais de 58 mil crianças podem morrer de fome na Somália se não receberem ajuda de emergência devido à enorme seca no país associada às consequências da guerra civil, alertou hoje (8) a Organização das Nações Unidas (ONU).
“O nível de desnutrição, principalmente das crianças, é muito preocupante, aproximadamente 350 mil menores de cinco anos sofrem de desnutrição aguda”, declarou o coordenador da ajuda humanitária da ONU na Somália, Peter de Clercq, em nota.

A situação faz lembrar que há quatro anos, quando a combinação de uma seca de grande amplitude com a guerra civil provocou a morte devido à fome de mais de 250 mil pessoas.
Atualmente, cerca de 950 mil pessoas “lutam diariamente para se alimentarem” e 4,7 milhões de somalis, perto de 40% da população, necessitam de ajuda humanitária, segundo os dados recolhidos pela Unidade de Análise da Segurança Alimentar e da Nutrição da ONU e a Rede de Alerta Precoce da Fome.

O fenômeno meteorológico El Niño é este ano mais intenso, tendo provocado no Chifre da África inundações desastrosas para a agricultura no sul da Somália e uma enorme seca no norte.
A ONU pediu um financiamento de US$ 885 milhões para enfrentar a crise que pode piorar nas regiões da Puntlândia e da Somalilândia.

A situação humanitária na vizinha Etiópia também é preocupante, segundo a ONU. Pelo menos 10,2 milhões de habitantes precisam de ajuda alimentar, número que poderá duplicar nos próximos meses se não forem tomadas medidas adequadas. Foto: Feisal Omar/Reuters
Créditos: Agencia Brasil

79% das brasileiras já sofreram assédio

Pesquisa sobre o relacionamento entre os jovens e a violência doméstica (Violência contra as mulheres: os jovens estão ligados?), mostra que 79% das jovens brasileiras já foram assediadas, receberam cantadas ofensivas, violentas e desrespeitosas ou foram abordadas de maneira agressiva em festas ou em locais públicos.
O estudo do Instituto Avon em parceria com o instituto de pesquisa Data Popular foi realizado em 2014 com 2.000 mulheres e homens de 16 a 24 anos, nas cinco regiões do país, também revela que 44% das entrevistadas já foram assediadas ou tiveram o corpo tocado por um homem sem consentimento em festas. Além disso, 30% alegaram já terem sido beijadas à força.
A pesquisa também mostra que a maioria dos entrevistados ainda possuem uma mentalidade machista, já que consideram erradas diversas atitudes que podem tomadas por homens. “Para 80% dos entrevistados, uma mulher ficar bêbada em uma festa é considerada uma atitude incorreta. Já para 68%, é errado que ela tenha relações sexuais no primeiro encontro”, disse Lírio Cipriani, diretor executivo do Instituto Avon.
Outro dado preocupante que a pesquisa revela é que 58% dos jovens que já transaram não usam preservativo em todas as relações sexuais e 37% das mulheres já deixaram de usar camisinha por insistência do parceiro. A maioria considera correto que mulheres (88%) e sobretudo homens (91%) carreguem preservativo no bolso. (MaisPB).
Créditos: Focando a Notícia

domingo, 7 de fevereiro de 2016

Zika na saliva é insuficiente para dizer que pode haver contágio

O Ministério da Saúde informou  que a detecção do zika vírus em amostras de saliva de pacientes não é suficiente para afirmar que a presença do agente nesse tipo de fluido pode infectar outras pessoas. "Serão necessários outros estudos". 

A informação foi divulgada pela pasta por meio das redes sociais. 
A recomendação é que, neste momento, sejam tomadas atitudes de cautela e prevenção. 

"É importante seguir as orientações conhecidas para outras doenças, como evitar compartilhar objetos de uso pessoal [escova de dentes e copos, por exemplo] e lavar as mãos". Grávidas, segundo a pasta, devem tomar especial cuidado.

Mais cedo, a Fundação Oswaldo Cruz, órgão vinculado ao ministério, divulgou, por meio de coletiva de imprensa, a constatação da presença do vírus zika ativo (com potencial de provocar infecção) em amostras de urina e saliva de pacientes.Fonte: Agência Brasil
Créditos: Portal Brasil

Cientistas criam bateria ecológica usando sódio e folha de carvalho queimada

Especialistas do Departamento de Ciência e Engenharia de Materiais da Universidade de Maryland, nos EUA, criaram uma bateria usando apenas uma folha de carvalho carbonizada com sódio, altamente reativo. A receita envolve o cozimento da folha a temperaturas de 1.000 °C, demonstrou que a combinação poderia ser usada como um terminal negativo de uma bateria, chamado de ânodo.
 “As folhas são abundantes, tudo o que tinha que fazer era escolher uma caída aqui no chão do campus”, disse o pesquisador Li Hongbian, que também é membro do corpo docente do Centro Nacional de Nanociência e Tecnologia de Pequim, na China. Outros estudos têm demonstrado que a casca do melão, a casca da banana e musgo de turfa podem ser utilizados da mesma forma, mas a folha facilitaria o processo, pois precisa de menos preparação. 
A maioria das baterias recarregáveis ​​atuais são de lítio, mas o objetivo é que baterias possam ser feitas utilizando sódio, que é capaz de armazenar mais carga. Até agora, porém, os especialistas lutam para encontrar um material ânodo compatível com o sódio. Embora o grafeno com vários materiais possa atrair e reter sódio, tais ânodos são demorados e caros de produzir. Em comparação, as folhas são uma opção muito mais rápida e barata.
 A equipe aquecia uma folha durante uma hora a 1.000 °C para queimar toda a estrutura de carbono subjacente. O lado inferior da folha permaneceu cravejado com poros para absorver água, o que os peritos utilizaram para absorver o eletrólito de sódio que pode transportar uma carga elétrica. As camadas superiores de carbono viraram folhas de carbono “nanoestruturadas” para absorver o sódio que transporta a carga.
 A forma natural de uma folha já corresponde às necessidades de uma bateria. Ela possui a área de superfície de baixo, que diminui os defeitos; um monte de pequenas estruturas juntas, que maximiza o espaço, e estruturas internas do tamanho certo para ser usada com eletrólito de sódio”, disse Fei Shen, um estudante visitante no Departamento de Ciência e Engenharia de Materiais.
Liangbing Hu, professor assistente, acrescentou: “Temos tentado outros materiais naturais, como a fibra de madeira, para fazer uma bateria. Mas a folha já é projetada pela natureza para armazenar energia para uso posterior, e usando-as desta forma podemos criar um armazenamento sustentável em larga escala”. De acordo com Hu, o próximo passo é investigar diferentes tipos de folhas para encontrar a melhor espessura, estrutura e flexibilidade para o armazenamento de energia elétrica.
Segundo o artigo, publicado no jornal Applied Materials Interfaces (ACS), os pesquisadores ainda não têm planos para comercializar o produto no momento, o que significa que ainda podem levar anos até que folhas sejam utilizadas na fabricação das baterias convencionais. (Foto: www.redusers.com)
Créditos: Jornal Ciência

Conta de luz ficará 7% mais barata

Um grupo de sete usinas termelétricas com capacidade de geração de cerca de 2 mil megawatts (MW), cujo custo de produção é superior a R$ 420 por megawatt-hora (MWh), serão desligadas, anunciou, nesta quarta-feira (3), o Ministério de Minas e Energia (MME). A medida vai representar uma conta de luz mais barata para os brasileiros. "Haverá redução do custo de energia para o consumidor no ano de 2016”, afirmou o ministro Eduardo Braga. 

Ele estimou redução de até 7% no valor final das contas de energia elétrica residenciais a partir de março. O sistema de bandeiras tarifárias aplica uma cobrança extra nas contas de luz quando fica mais caro produzir energia. Desde que o sistema foi implantado, em janeiro de 2015, vigora a bandeira vermelha, que significa conta de luz mais cara para o consumidor. O desligamento das térmicas, conforme anunciado hoje, permitirá migrar para a bandeira amarela a partir de 1º de março, de R$ 1,50 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

“Isso representa um custo menor na tarifa do consumidor e que o setor elétrico entra, definitivamente, em um viés de queda de tarifa de energia”, disse Braga. Para as contas de luz deste mês, já houve uma redução da bandeira vermelha, de R$ 4,50 para R$ 3,00  a cada 100 kWh. O anúncio ocorreu após reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), formado pelo MME, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A medida vai permitir uma redução do custo de geração do setor elétrico de R$ 720 milhões por mês em 2016.

Esse será o segundo desligamento seguido de térmicas visando à redução da conta de luz. Em agosto de 2015, o comitê já havia decidido desligar usinas com custo de geração superior a R$ 600 por MWh. Com a decisão desta quarta-feira, o CMSE já autorizou o desligamento de cerca de 40% das térmicas acionadas para compensar o baixo nível de água nos reservatórios, em ação iniciada há três anos.

A estimativa de redução de 7% no preço da conta de luz a partir do mês que vem, segundo o ministro, não considera somente a mudança da bandeira tarifária, mas também o corte de R$ 7 bilhões no repasse anual para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), conforme decidido no final do ano passado pela Aneel. “Nós já temos garantido uma redução não inferior a 7%”, indicou Braga.
Créditos: Portal Brasil

BNDES bate recorde com R$ 7,4 bi destinados a parques eólicos em 2015

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é o principal financiador do setor eólico brasileiro e encerrou o ano passado com R$ 7,42 bilhões em aprovações para 82 novos projetos do setor. Os projetos somam 2.102 megawatts (MW) de potência instalada. O valor representa um aumento de 12,7% em relação ao montante aprovado no ano anterior, de R$ 6,58 bilhões.


A quantidade de projetos aprovados mais que dobrou, passando de 40 para 82 — crescimento de 105%. Desde 2003, o apoio do banco à geração eólica somou R$ 27,5 bilhões, para 264 projetos, com potência instalada total de 4.975 MW. Além de ampliar a participação da energia limpa na matriz energética brasileira, os projetos contribuem para reduzir as emissões e dinamizar a economia de seus entornos, gerando emprego e renda.
Créditos: Portal Brasil