quarta-feira, 2 de março de 2016

Mulher cega recupera a visão após tratamento com células-tronco

olho
Ela possuía deficiência visual total há mais de 5 anos. Após passar por uma cirurgia pela qual células-tronco extraídas de sua medula óssea foram injetadas na retina de seu olho direito e no nervo óptico do olho esquerdo, ela Vanna Belton, de,Baltimore-EUA, recuperou parcialmente sua visão.
Embora a recuperação de Belton seja notável, o tratamento causou muita discussão. O médico que realizou o procedimento com células-tronco, o oftalmologista Jeffrey N. Weiss, pulou muitas etapas para realizar o tratamento em outras 227 pessoas. Mesmo ele não pode explicar porque a prática funciona, além de estar ignorando os passos básicos de teste clínico – como testar em animais ou em grupos controlados. 
 A justificativa de Weiss é que esses testes demoram muito, e ele descobriu como burlar o sistema e começar a testar seu novo tratamento dentro de seus próprios termos. Tudo o que ele tinha a fazer era registrar seus testes em humanos nos Institutos Nacionais de Saúde, que geralmente pedem a aprovação da Food and Drug Administration dos EUA (FDA) antes de quaisquer medicamentos – novos ou estabelecidos – poderem ser testados em humanos.
O problema é que as células-tronco não são classificadas como uma droga – elas são extraídas do corpo do paciente, passando por muito pouco processamento. Assim, Weiss foi capaz de contornar a aprovação da FDA para registrar seus ensaios, com a aprovação da Sociedade Internacional de Medicina Celular, um grupo independente que apoia a terapia celular, com sede em Nevada.
 Assim, sem estar ligado a uma universidade ou instituto de pesquisa, Weiss, cobra cerca de 20 mil dólares por paciente para realizar o seu tratamento com células-tronco e não oferece nenhuma promessa de cura. Mas ele garante que 60% de seus 278 pacientes – que ficaram cegos por conta de doenças como degeneração macular e glaucoma – recuperaram alguma visão após o procedimento, segundo estudo de caso publicado na revista Neural Regeneration Research.
 Vanna Belton perdeu a visão em questão de semanas, em 2009, devido a um grave caso de neurite óptica – uma inflamação de um nervo óptico que causa visão progressivamente borrada, pois o nervo já não pode se comunicar com o cérebro. Até recentemente, sombras escuras eram a única coisa que ela podia ver, e usava uma bengala – além de vários dispositivos tecnológicos – para se locomover. Depois de passar pelo procedimento cirúrgico de 4,5 horas de Weiss, ela gradualmente recuperou um pouco de sua visão. Agora ela pode ler menus, placas de rua e locomover-se sem a bengala. Além disso, viu o rosto do seu parceiro pela primeira vez em cinco anos.
 Porém, o procedimento não é uma cura, e Belton ainda é considerada legalmente cega. Apesar de algumas pessoas pagarem o alto valor desavisadas se poderão enxergar um pouco novamente, o maior problema é que ninguém pode explicar como o tratamento realmente funciona. Por exemplo, como explicar o fato de que Vanna recuperou a visão em ambos os olhos, apesar de as células-tronco terem sido injetadas na retina de seu olho direito e no nervo óptico do olho esquerdo? Isso significa que não importa onde as células-tronco sejam injetadas no olho? Se esse for o caso, como é que o tratamento funciona?
Weiss diz que ele – ou alguém – vai descobrir isso eventualmente, mas pesquisas anteriores apontam para duas possibilidades: as células-tronco injetadas reanimam as células-tronco com defeito no olho, ou as substituem. “Nós não soubemos como a penicilina trabalha por muitos anos, mas ela salvou muitas vidas nesse meio tempo. É uma arrogância pensar que algo não pode ser aplicado até que se entenda como e o porquê. É mais importante que o paciente enxergue, não que eu descubra algo”, disse Weiss em entrevista ao Baltimore Sun.
Atualmente existe uma série de estudos clínicos em curso nos EUA, sobre o potencial dos tratamentos com células-tronco. No final do ano passado, houve a primeira pessoa no Reino Unido a receber tratamento com células-tronco para cegueira (os resultados ainda não foram anunciados), por isso, provavelmente, o tratamento ainda será muito falado. O que outros pesquisadores da área estão realmente esperando é um relatório adequado dos 278 pacientes de Weiss, sendo revisado por pares e vasculhando pistas que expliquem o mecanismo que está restaurando a visão de alguns, mas não de outros.
Outra desvantagem de buscar resultados antes de compreender plenamente a Ciência é que não está claro se o tratamento adicional irá prejudicar ou impedir o progresso de Vanna e outros pacientes. A mulher está agendada para receber mais injeções celulares, mas foi avisada de que, embora ela possa enxergar ainda mais, ela também pode perder a visão parcialmente restaurada. “Estou feliz por ser uma cobaia”, concluiu ela.
Baltimore Sun ] [ Foto: Reprodução / Pixabay ].
Créditos: Jornal Ciência

Cunha sofre derrota e Conselho de Ética abre processo de cassação

O presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha ao chegar para encontro com o presidente do STF ministro Ricardo Lewandowsk
Após quase cinco meses do protocolo da representação do PSOL e da Rede, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados finalmente aprovou o parecer prévio pela continuidade do processo por quebra de decoro parlamentar contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O relatório do deputado Marcos Rogério foi aprovado por 11 votos a 10 contra.
O voto de desempate veio do presidente do conselho, José Carlos Araújo (PSD-BA). “Não posso de forma alguma votar de forma diferente. Minha intenção é investigar”, justificou.
A sessão foi retomada as 23h17 minutos, após Cunha segurar a sessão do plenário principal até o final da noite. Mesmo tendo concluído a votação de uma Medida Provisória, o peemedebista manteve o plenário praticamente vazio, com apenas 10 parlamentares, se revezando em discurso no tribuna. Ele chegou a prorrogar a sessão por mais uma hora sob a alegação de que havia inscritos para discursar. O objetivo era fazer com que os trabalhos no colegiado não fossem retomados até as 23h59, como prevê o regimento, e ganhar algumas horas para reverter o placar.
O presidente do conselho manteve a sessão da noite de terça para quarta-feira para concluir a votação do parecer do relator Marcos Rogério (PDT-RO). À tarde, a sessão foi suspensa devido ao início da ordem do dia no plenário. Pelo regimento, o início das votações no plenário principal impede a deliberação nas comissões.
O parecer só pode ser votado nesta noite porque os deputados retiraram os três pedidos de adiamento da votação, mas a sessão foi marcada por gritos e discussões para que os trabalhos fossem concluídos. Os aliados de Cunha passaram as últimas semanas manobrando para impedir as votações no colegiado.
Esse é o segundo parecer submetido à votação. O primeiro aprovado acabou sendo anulado após recurso concedido pelo vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA). A partir da notificação, Cunha terá 10 dias úteis para apresentar a defesa. A fase de instrução deve durar até 45 dias úteis e a apresentação do relatório final mais 10 dias úteis. “Acho que acaba no primeiro semestre, mas nesta Casa tudo pode acontecer”, comentou o presidente do Conselho, José Carlos Araújo (PSD-BA).
Para aprovar o parecer, o relator teve de aceitar mudanças em seu parecer prévio. À pedido do deputado Paulo Azi (DEM-BA), que poderia mudar sua posição e votar à favor de Cunha, Rogério aceitou retirar o trecho de relatório que citava a possibilidade de perda de mandato por recebimento de vantagens indevidas e manteve apenas o trecho que mencionava a omissão de informações relevantes aos parlamentares.
O relator disse que a mudança não enfraquece a ação, uma vez que o trecho retirado poderá voltar ao relatório final se forem anexadas novas provas contra o peemedebista no decorrer do processo. Assim, a parte retirada poderá voltar ao texto no momento de julgar a cassação do mandato. “Não vejo prejuízo ao processo. Havendo circunstâncias novas, mudanças podem haver também”, disse Rogério.
O grupo contrário a Cunha acreditava ter pelo menos 11 votos dos 21 votantes para aprovar a admissibilidade do processo. Temendo uma derrota, os aliados de Cunha fizeram uma nova manobra, substituindo um parlamentar titular que faltou à sessão, cujo suplente poderia votar contra o peemedebista. Coube ao líder do PR, Maurício Quintella Lessa (AL), substituir Vinícius Gurgel (PR-AP). Segundo Quintella, o deputado alegou doença e pediu para que ele fosse substituído para fazer valer seu voto em favor de Cunha.
O colegiado vem sofrendo trocas constantes de seus titulares. Mais cedo foi anunciada a entrada do deputado Silas Câmara (PSD-AM) como suplente. Já o PTB mudou a deputada Jozi Araújo (AP) da titularidade para suplência e transferiu o deputado Sérgio Moraes (RS) de suplente para titular no bloco.
Créditos: Estadão

MP-SP denuncia funcionários da Alstom e CAF por cartel em licitação de trens

O Ministério Público de São Paulo denunciou à Justiça funcionários das empresas Alstom e CAF por formação de cartel em licitação para aquisição e manutenção de trens para a Companhia de Trens Metropolitanos (CPTM).
Segundo a denúncia do promotor Marcelo Mendroni, a partir do mês de setembro de 2009, os denunciados passaram a conversar e discutir a divisão do escopo do projeto aquisição e manutenção dos trens. “Os denunciados formaram conluios para evitar a efetiva concorrência, por consórcio, ou individualmente, mas sempre com divisões pré-determinadas do objeto do contrato”, diz o promotor.
O grupo teria feito ainda acordos, convênios, ajustes e alianças, como ofertantes, mediante fixação artificial de preços para fornecimento e instalação de sistemas para transporte sobre trilhos.
Da Alstom, os denunciados são Antonio Oporto, Cesar Ponce de León, Isidro Ramon Fondevila Quinonero, Luiz Fernando Ferrari e Wagner Tadeu Ribeiro, por crime contra a ordem econômica. Da CAF, foram denunciados por crime contra a ordem econômica e contra a administração pública Agenor Marinho Contente Filho e Guzmán Martín Díaz.
De acordo com o MPSP, os denunciados, representando suas empresas, violaram as leis naturais da economia, especialmente a da livre concorrência, já que, por meio de acordos fraudulentos, pretendiam estabelecer e direcionar consórcios e concorrentes individuais em vencedores e perdedores.
Estavam interessados inicialmente na licitação o grupo formado pelas empresas Bombardier, Siemens, Tejofran e Mitsui; a empresa CAF e o grupo formado pela Alstom e pela MGE. Ao final, no entanto, somente a CAF apresentou proposta.
Os denunciados direcionavam a licitação para saber previamente qual concorrente seria a vencedora, “o que fazia com que as outras empresas que participavam do cartel ofertassem suas propostas a preços superiores ou simplesmente não participassem da concorrência na referida licitação, deixando de oferecer proposta”, disse o MPSP. Segundo a promotoria, uma das consequências foi o superfaturamento do preço final contratado.
Em nota, a Alstom diz que colabora com as autoridades sempre que solicitada e reafirma que opera de acordo com o código de ética e com todas as leis e regulamentos dos países onde atua. A empresa acrescenta que não teve acesso a essa denúncia e que, por isso, não fará comentários sobre ela. Procurada pela reportagem da Agência Brasil, a assessoria da CAF não foi encontrada.
Créditos: Rede Brasil Atual

Inflação cai em sete capitais, indica pesquisa da FGV

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) caiu nas sete cidades pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na passagem de janeiro para fevereiro deste ano. A maior queda deu-se no Rio de Janeiro: 1,41 ponto percentual, já que a taxa recuou de 2,02%, em janeiro, para 0,61%, em fevereiro.
Outras duas capitais tiveram redução da taxa mais acentuada do que a média nacional, de 1,02 ponto percentual (já que a média do IPC-S caiu de 1,78% para 0,76%): Salvador (1,24 ponto percentual, ao passar de 2,06% para 0,82%) e São Paulo (1,04 ponto percentual, indo de 1,64% para 0,6%).

As demais cidades tiveram as seguintes reduções na taxa de inflação: Brasília (0,62 ponto percentual: de 1,55% para 0,93%), Belo Horizonte (0,93 ponto percentual: de 1,84% para 0,91%), Recife (0,47 ponto percentual: de 1,76% para 1,29%) e Porto Alegre (0,86 ponto percentual: de 1,66% para 0,8%).
O IPC-S é calculado com base na variação de preços em oito classes de despesas: alimentação, habitação, vestuário, saúde e cuidados pessoais, educação e recreação, transportes, despesas diversas e comunicação.
Créditos: Agencia Brasil

terça-feira, 1 de março de 2016

Plano Plurianual prevê R$ 8,2 trilhões para ações do governo federal

Verbas serão usadas em programas sociais, obras de infraestrutura e em gastos permanentes como saúde, educação e Previdência Social
Nos próximos quatro anos, R$ 8,2 trilhões serão destinados a obras de infraestrutura, programas sociais e despesas permanentes como saúde, educação, Previdência Social e segurança pública. 

A administração da presidenta Dilma Rousseff está colocando em prática 54 grandes programas que vão orientar a ação do governo entre 2016 e 2019.

No total, as verbas do Orçamento da União, das companhias estatais federais, crédito e gastos tributários vão compor uma elevada cifra que está sendo aplicada em programas, projetos e metas direta ou indiretamente ligadas a quatro eixos: educação, redução de desigualdades, obras de infraestrutura e transparência/combate à corrupção.
Esse raio X das ações do governo faz parte do Plano Plurianual 2016-2019, cuja lei foi publicada no início de janeiro.

“O objetivo é contribuir para o planejamento do Estado e demonstrar para a sociedade e para o setor privado quais são as ações e obras prioritárias para os próximos quatro anos”, diz o secretário de Planejamento e Investimentos Estratégicos do Ministério do Planejamento, Gilson Bittencourt.
Entre as ações, constam a continuidade do Bolsa Família e do Brasil Sem Miséria, os programas educacionais Pronatec, Ciência sem Fronteiras e ProUni. Fonte: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Ministério da Fazenda e bancos públicos como BNDES
Créditos: Portal Brasil

Ministério da Justiça lança concurso para aplicativos de combate à corrupção

O Ministério da Justiça lançou um edital de concurso para a criação de aplicativos que contribuam para o enfrentamento da corrupção. A ideia é que sejam desenvolvidos softwares para dispositivos móveis (notebooks e smartphones) que ampliem a transparência da gestão pública e a participação popular no acompanhamento e fiscalização da execução de políticas públicas.
O concurso é voltado para desenvolvedores, programadores, projetistas, designers e pesquisadores que queiram contribuir com conhecimentos no combate à corrupção. As inscrições vao até o dia 14 de abril e podem ser feitas pela internetCada equipe de desenvolvedores pode ter até 5 pessoas, sendo no mínimo uma integrante do gênero feminino.
De acordo com o Ministério da Justiça (MJ), as três melhores propostas receberão premiação de R$ 10 mil reais e terão a oportunidade de aprimorar seu projeto na sede do ministério em Brasília, onde contarão com a presença de gestores públicos ligados à fiscalização e ao controle de convênios e transferências. O 1º colocado receberá, ainda, prêmio adicional de R$ 30 mil reais para desenvolver o aplicativo.
A iniciativa tem parceria com a Controladoria-Geral da União e o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, além dos demais órgãos componentes da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (ENCCLA).
Créditos: Rede Brasil Atual

Pela 3ª vez, Datafolha aponta Lula como o melhor presidente da história

Fela terceira vez, o ex-presidente Lula é considerado o melhor presidente da história do Brasil. 
56% dos entrevistados acreditam que o ex-metalúrgico fez um governo melhor que qualquer outro mandatário do país. Em segundo lugar, com distantes 13%, ficou Fernando Henrique Cardoso. Getúlio Vargas foi o melhor presidente para 6% dos entrevistados e Dilma somente para 5%.
A preferência por Lula já vem desde o final de seu primeiro mandato. Em 2006, pesquisa divulgada pelo mesmo instituto apontou que o ex-presidente era o preferido por 35% dos entrevistados, superando seu antecessor, Fernando Henrique, que foi citado por apenas 12% da população.
Após oito anos e uma gestão inteira de Dilma, o petista continuou sendo considerado o melhor presidente. Em dezembro do ano passado o Datafolha realizou a mesma pesquisa e Lula foi apontado como o preferido por 64% dos entrevistados.
Créditos: Revista Forum