A produção nacional de grãos da safra 2015/2016 deve chegar a 210,3 milhões de toneladas, segundo o 6º levantamento de safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado esta semana. O equivalente a 1,3% ou a 2,6 milhões de toneladas a mais que a safra 2014/2015, que foi de 207,7 milhões. O destaque é a produção de soja, que deverá atingir 101,2 milhões de toneladas, 5 milhões a mais do que na safra anterior, graças aos ganhos de área de 3,6% e de produtividade de 1,5%.
O milho, estimado em 83,5 milhões de toneladas, sofreu uma redução de 1,4% ou 1,2 milhão de toneladas na comparação com a safra 2014/2015. O crescimento de área plantada do milho segunda safra não foi suficiente para recuperar a redução de 6,1% da produção da primeira, que chegou a 28,2 milhões de toneladas.
A recuperação da produtividade do feijão primeira safra refletiu em um aumento de 114 mil toneladas, chegando ao total de 1,2 milhão de toneladas, apesar da queda na área plantada. Já o algodão em caroço tem previsão de queda de 4,3% na produção, chegando a 2,25 milhões de toneladas, devido à redução de área, sobretudo no Nordeste. Esse volume corresponde a 1,5 milhão de toneladas de pluma.
Créditos: Portal Brasil
domingo, 13 de março de 2016
Delcídio desmente reportagem do Estadão sobre delação contra Dilma
O senador Delcídio Amaral (PT-MS) divulgou nota no início da noite de ontem (12) em que nega enfaticamente ter delatado um esquema de propinas em Belo Monte para a campanha presidencial de Dilma Rousseff, em 2014. O tema foi manchete da edição de ontem do jornal Estado de S. Paulo.
Leia abaixo:
NOTA DE ESCLARECIMENTO
Sobre os fatos e documentos divulgados pela revista “Isto é”, em data de 11/03/2016, versando sobre suposta colaboração processual do Senador Delcidio do Amaral Gomez, temos a esclarecer o seguinte:
O conteúdo da matéria não é verdadeiro e os documentos que a ilustram não são autênticos, pois não tem conexão com depoimentos ou manifestações do Senador Delcidio. Portanto, não podem, e não devem, ser considerados como idôneos à configurar provas ou indícios contra qualquer pessoa;
Repudiamos a espetacularização criminosa e indecente da investigação federal, em matéria que mescla mentiras e maledicências, com a finalidade deliberada de envenenar consciências e estimular na sociedade um ambiente de apreensão. Fomentando, ainda, o descrédito das Instituições, atingindo a honra e a imagem das pessoas;
Divulgar fatos e expor pessoas, de forma tão irresponsável, não contribui em nada para o esclarecimento da verdade.
Deste modo, tomaremos as medidas judiciais e legais, para restaurar a verdade.
ANTONIO AUGUSTO FIGUEIREDO BASTO
Advogado do Senador Delcídio do Amaral Gomez
Créditos: Rede Brasil Atual
Dilma pede paz e respeito às manifestações deste domingo
A presidenta da República, Dilma Rousseff, disse que as manifestações contra seu governo, marcadas para hoje (13) em várias cidades do país, devem ser tratadas “com todo respeito”. Durante visita ao município de Franco da Rocha (SP), Dilma aproveitou para defender a liberdade de expressão e a democracia. “Para mim é muito importante a democracia no nosso país, então eu acredito que o ato de amanhã deve ser tratado com todo respeito", disse. "Então, eu faço um apelo pela paz e pela democracia", afirmou. "Nós vivemos um momento em que as pessoas podem se manifestar, podem externar o que pensam, e isso é algo que nós temos de preservar”.
Dilma também pediu para que as manifestações ocorram em paz, sem violência ou vandalismo. “Não acho que seja cabível, e acho que é um desserviço para o Brasil, qualquer ação que constitua provocação, violência e atos de vandalismo de qualquer espécie. Então, eu faço um apelo pela paz e pela democracia”.
A última grande manifestação contra o governo Dilma Rousseff, em março de 2015, levou muitas pessoas às ruas em todo o Brasil. Não houve, no entanto, registros de violência pelas polícias locais.
As manifestações de amanhã ocorrem após três episódios negativos para o PT e o governo nas últimas duas semanas. O primeiro deles foi uma suposta delação premiada feita pelo senador Delcídio do Amaral (PT-MS). O teor da delação, não confirmada por Delcídio envolve tanto o ex-presidente Lula quanto Dilma em atos para interferir nas investigações da Operação Lava Jato.
Já no último dia 4, o ex-presidente foi levado pela Polícia Federal (PF), em cumprimento de mandado de condução coercitiva. A ação da PF, ocorrida no âmbito da Operação Lava Jato, foi considerada um “ultraje” por Lula, além de muito criticada por membros do governo e pela própria presidenta Dilma.
O último episódio, também envolvendo Lula, foi igualmente criticado pelo governo federal. O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) pediu sua prisão preventiva, causando revolta nos aliados do ex-presidente.
Membros da oposição no Congresso Nacional viram o episódio com cautela.
O líder do PSDB na Casa, Cássio Cunha Lima (PB), por exemplo, disse que é preciso ter prudência e criticou o pedido de prisão preventiva. “Não estão presentes os fundamentos que autorizam o pedido de prisão preventiva, até porque o Ministério Público Federal e a Polícia Federal fizeram buscas e apreensões muito recentemente, à procura de provas. Vivemos um momento incomum na vida nacional. É preciso ter prudência”, afirmou o líder tucano, em nota à imprensa.
Mais enfática, Dilma considerou o pedido do MP-SP “um absurdo”, “sem base legal”, “É um absurdo, não tem base legal. O governo repudia em gênero, número e grau este ato contra o presidente Lula. Este é um momento de diálogo, calma e pacificação”, disse a presidenta ontem (11), em entrevista à imprensa.
Créditos: Agencia Brasil
Como proteger seu celular de quase 900 mil vírus
Foram detectados em 2015 um total de 884.774 novos malwares, segundo a empresa de segurança Kaspersky Lab os softwares maliciosos que complicam a vida dos usuários de dispositivos móveis.O número é três vezes o registrado pela empresa em 2014: 295.539.
E, entre as novas ameaças, a empresa citou um trojan - nome dado a programas maliciosos disfarçados de legítimos - chamado Triada, cujo alvo são os dispositivos que usam o sistema operacional Android.
Dada a sua complexidade, os especialistas o comparam a malwares criados para atacar o Windows. "É sigiloso, modular, persistente e foi criado por cibercriminosos muito profissionais", disse a Kaspersky Lab em seu site.
"Os dispositivos que usam as versões 4.4.4 e anteriores de Android OS estão em risco", disse. De acordo com o informe da empresa, cerca da metade dos 20 principais trojans em 2015 eram programas maliciosos "com habilidade de conseguir direitos de acesso de superusuário".
Esses direitos dão aos hackers o privilégio de instalar aplicativos e programas em smartphones de uma pessoa sem que ela saiba. Existem 11 "famílias de trojan móveis" que usam esses privilégios. "Três deles - Ztorg, Gorpo e Leech - atuam em cooperação mútua."
Em 2015, 94.344 usuários únicos foram atacados por um vírus ransomware, um programa que se instala rapidamente em seu celular e bloqueia o acesso ao usuário como se sequestrasse seus arquivos. Para recuperar o acesso, é preciso pagar um resgate.
O número é cinco vezes o de 2014, quando foram reportados 18.478 casos, informou a empresa. O que fazer?
A BBC Mundo, serviço em espanhol da BBC, consultou vários especialistas sobre o que pode ser feito para proteger nossos telefones de ataque cibernéticos. Apresentamos aqui seis recomendações:
1) Não seja um 'hacker' do próprio telefone
O especialista em segurança informática Luis Enrique Corredera recomenda não rotear (ou fazer root) seu celular. Esse termo éconhecido dos usuários de Android e consiste em conseguir acessar o sistema do telefone para fazer mudanças profundas.
O especialista em segurança informática Luis Enrique Corredera recomenda não rotear (ou fazer root) seu celular. Esse termo é
A palavra faz alusão a root, que em inglês significa raiz. Para os usuários de iOS, a mesma atividade é conhecida como jailbreaking, que em inglês significa fuga.
E é precisamente esse o primeiro conselho que a Kaspersky Lab deu quando perguntada sobre formas de cuidar dos dispositivos móveis. "Evite o 'jailbreaking' do telefone", disse Fabio Assolini, analista de segurança da empresa.
"Seu smartphone passa a ser um objetivo maior para agentes maliciosos quando você o 'hackeia' para baixar aplicativos de outros sistemas operacionais ou mudar a operadora de telefonia", acrescentou.
2) Pense no pior
Há uma medida com a qual todos os especialistas parecem concordar: use o senso comum. Ou ainda: pense no pior que pode acontecer. Segure o dedo antes de clicar em uma janela que, por exemplo, pede acesso à configuração de seu celular ou convida a instalar um programa.
Há uma medida com a qual todos os especialistas parecem concordar: use o senso comum. Ou ainda: pense no pior que pode acontecer. Segure o dedo antes de clicar em uma janela que, por exemplo, pede acesso à configuração de seu celular ou convida a instalar um programa.
Para Corredera, é importante "evitar aplicativos que não sejam de lojas oficiais ou de fontes confiáveis, nem reagir apressadamente a mensagens que simulam anúncios de antivírus que supostamente detectaram um problema e nos pedem para fazer uma análise".
O fundador da empresa de segurança digital Flag Solutions aconselha os usuários a não desativar uma opção no Android conhecida como "verificar aplicativos", função que analisa todos os aplicativos antes e depois de instalá-las para evitar que um software malicioso se instale.
"Supõe-se que os aplicativos passem por controles rígidos de segurança. Se o aplicativo for suspeito, essa função a detectará", disse Corredera.
O Kaspersky Lab também recomenda não abrir arquivos anexados a e-mails em seu telefone. "Assim como um malware para computadores, arquivos anexos em celulares podem conter programa maliciosos", diz a empresa. Eles também não aconselham clicar em links de mensagens de texto que possam ser spams, porque elas podem te levar a sites maliciosos.
3) Instale um 'doberman'
Assim como muitas pessoas gostariam de instalar três fechaduras, duas grades, alarme e ter um cão de raça doberman na porta de nossas casas, o mesmo deve ser feito com o celular.
Assim como muitas pessoas gostariam de instalar três fechaduras, duas grades, alarme e ter um cão de raça doberman na porta de nossas casas, o mesmo deve ser feito com o celular.
"Bloqueie o acesso a seu dispositivo móvel com uma senha forte para evitar que pessoas não autorizadas tenham acesso a sua lista de contatos, fotos pessoais, aplicativos e e-mails", indica Kaspersky Lab. Instalar um programa antimalware também é importante.
4) Veja o que os outros fazem
Não se trata de ser "maria vai com as outras", mas não custa nada ler a opinião de outros internautas.
Não se trata de ser "maria vai com as outras", mas não custa nada ler a opinião de outros internautas.
O engenheiro de sistemas Antonio Navas, que tem ampla experiência em desenvolvimento de aplicativos móveis, acredita que na hora de baixar é preciso se certificar de que sejam apps conhecidos.
"Devem ser aplicativos que tenham muitas resenhas e que sejam usadas por muitos usuários. É preciso ter cuidado principalmente com jogos ou apps que prometem bloquear, por exemplo, anúncios", disse.
"Se você realmente quer instalar apps que não são muitos conhecidos, é imprescindível checar as autorizações que o app necessita e se alguma delas soar estranha é melhor não instalar", disse ele, que é diretor de engenharia do Duolingo (app de ensino de idiomas).
5) Imagine que você está em frente ao seu computador
Há muitas medidas de segurança que implementamos para proteger nossos computadores pessoais. De fato, várias delas podem ser usadas para proteger nossos celulares.
Há muitas medidas de segurança que implementamos para proteger nossos computadores pessoais. De fato, várias delas podem ser usadas para proteger nossos celulares.
"Tenha muito cuidado com possíveis sites de phishing (termo que vem do inglês fish, pescar, usados para "fisgar" o usuário convencendo-o a passar informações como senhas e número de contas) durante o uso de seu celular", diz Assolini.
Se puder, digite diretamente o endereço do site que você procura. "Se você clica num link para uma nova página, cheque a URL para ter certeza de que você não está sendo redirecionado para um site desconhecido."
Outro conselho é fazer backups de segurança e ter cópias do que você tem no celular. Por exemplo, salve com regularidade suas fotos, vídeos e outros conteúdos que são muito importantes para você em HDs externos.
A Kaspersky Lab também sugere ativar a opção de apagar conteúdo remotamente. "O problema mais comum que afeta os usuários de celular é a perda física de seus telefones. Eles podem ser esquecidos no táxi ou roubados", diz Assolini. "Limpar a memória irá impedir que ladrões acessem a informação pessoal em seu telefone."
6) Cuidado com quem te segue
Ainda que fisicamente ninguém esteja atrás de você, na internet muitas pessoas podem ver o que você faz com seu celular. Por isso, a empresa recomenda desligar a função bluetooth quando ela não estiver sendo utilizada.
Ainda que fisicamente ninguém esteja atrás de você, na internet muitas pessoas podem ver o que você faz com seu celular. Por isso, a empresa recomenda desligar a função bluetooth quando ela não estiver sendo utilizada.
"Qualquer pessoa com um telefone com bluetooth pode espiar facilmente sua atividade no telefone, suas ligações e as mensagens de texto que você envia. Além disso, não aceite mensagens enviadas via bluetooth de números de telefone desconhecidos", diz a Kaspersky Lab.
E evite redes wi-fi públicas, pois "a informação que se transmite através dessas redes não seguras pode ser interceptada por criminosos. Isso pode incluir seu número de conta bancária ou cartão de crédito", disse a empresa dedicada à segurança informática.Com informações do G1.
Créditos : 180 Graus
sábado, 12 de março de 2016
Governo anuncia R$ 10 milhões para pesquisas contra o zika vírus
O ministro da Saúde, Marcelo Castro, anunciou esta semana o investimento de R$ 10,4 milhões para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para o desenvolvimento de estudos no combate ao mosquito Aedes aegypti. Desse total, R$ 4,4 milhões serão para o financiamento da vacina contra o zika vírus.
O restante, cerca de R$ 6 milhões (US$ 1,5 milhão), será destinado para projetos de cooperação bilateral para pesquisas de zika e microcefalia entre a Fiocruz e o National Institutes of Helth (NIH) – agência de saúde do governo norte-americano. O repasse do recurso será feito por descentralização de crédito orçamentário.
Diante da situação de emergência em saúde, o investimento do Ministério da Saúde em estudos científicos já ultrapassa R$ 125 milhões para o desenvolvimento de vacinas e soros para as doenças causadas pelo Aedes aegypti. “O Brasil tem sido protagonista nesta área, e o Ministério da Saúde desde o início está dialogando com cientistas nacionais e internacionais e não poupará recursos para que seja possível desvendar a atuação do vírus zika e combater, de forma efetiva, seu alcance”, ressalta o ministro.
O investimento em novas tecnologias é um dos eixos do Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes aegypti e à Microcefalia que está sendo executado pelo governo federal, além da parceria com os governos estaduais e municipais. O anúncio dos acordos foi feito durante a visita as instalações da Fiocruz, no Rio de Janeiro, onde o ministro Marcelo Castro, juntamente com a presidenta Dilma Rousseff, conheceram os projetos em andamento na instituição.
Créditos: Portal Brasil
O restante, cerca de R$ 6 milhões (US$ 1,5 milhão), será destinado para projetos de cooperação bilateral para pesquisas de zika e microcefalia entre a Fiocruz e o National Institutes of Helth (NIH) – agência de saúde do governo norte-americano. O repasse do recurso será feito por descentralização de crédito orçamentário.
Diante da situação de emergência em saúde, o investimento do Ministério da Saúde em estudos científicos já ultrapassa R$ 125 milhões para o desenvolvimento de vacinas e soros para as doenças causadas pelo Aedes aegypti. “O Brasil tem sido protagonista nesta área, e o Ministério da Saúde desde o início está dialogando com cientistas nacionais e internacionais e não poupará recursos para que seja possível desvendar a atuação do vírus zika e combater, de forma efetiva, seu alcance”, ressalta o ministro.
O investimento em novas tecnologias é um dos eixos do Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes aegypti e à Microcefalia que está sendo executado pelo governo federal, além da parceria com os governos estaduais e municipais. O anúncio dos acordos foi feito durante a visita as instalações da Fiocruz, no Rio de Janeiro, onde o ministro Marcelo Castro, juntamente com a presidenta Dilma Rousseff, conheceram os projetos em andamento na instituição.
Créditos: Portal Brasil
Nova técnica reduz câncer de mama ‘dramaticamente’
Uma combinação de dois medicamentos pode diminuir muito ou eliminar alguns tipos de câncer de mama em apenas 11 dias, de acordo com médicos britânicos. Eles dizem que a descoberta "surpreendente", apresentada na Conferência Europeia de Câncer de Mama, pode significar que algumas mulheres não irão precisar de quimioterapia.
As drogas, testadas em 257 mulheres, atacam uma fraqueza específica encontrada em 1 a cada 10 casos de câncer. Segundo especialistas, a descoberta é um passo importante para cuidados sob medida para o câncer. Os médicos que coordenaram os testes não esperavam - nem sequer pretendiam - alcançar resultados tão significativos.
Eles estavam pesquisando como as drogas mudavam o câncer na breve janela entre o diagnóstico de um tumor e a operação para removê-lo. Mas no momento da operação, não havia mais sinais de câncer em algumas pacientes. Judith Bliss, do Instituto de Pesquisa do Câncer de Londres, disse que o impacto da descoberta seria "dramático".
"Ficamos especialmente surpresos com essas descobertas já que foi um teste de curto prazo. Ficou claro que alguns tiveram uma resposta completa. É muito intrigante, é muito rápido", disse à BBC.
As drogas usadas foram lapatinib e trastuzumab, essa última mais conhecida como Herceptin.
As duas têm como alvo a HER2, proteína que acelera o crescimento de alguns cânceres de mama em mulheres. O Herceptin age na superfície de células cangerígenas, enquanto o lapatinib consegue penetrar dentro da célula para 'desligar' a HER2.
O estudo, que também ocorreu em hospitais do NHS (o SUS britânico) em Manchester, deu o tratamento a mulheres com tumores medindo entre 1 e 3 cm. Em menos de duas semanas de tratamento, o câncer desapareceu completamente em 11% dos casos, e em outros 17% ele ficou menor que 5mm. Atualmente, quem tem câncer de mama HER2 positivo tem mais chances de reincidência. Foto: EBC.
Créditos: G1
As drogas, testadas em 257 mulheres, atacam uma fraqueza específica encontrada em 1 a cada 10 casos de câncer. Segundo especialistas, a descoberta é um passo importante para cuidados sob medida para o câncer. Os médicos que coordenaram os testes não esperavam - nem sequer pretendiam - alcançar resultados tão significativos.
Eles estavam pesquisando como as drogas mudavam o câncer na breve janela entre o diagnóstico de um tumor e a operação para removê-lo. Mas no momento da operação, não havia mais sinais de câncer em algumas pacientes. Judith Bliss, do Instituto de Pesquisa do Câncer de Londres, disse que o impacto da descoberta seria "dramático".
"Ficamos especialmente surpresos com essas descobertas já que foi um teste de curto prazo. Ficou claro que alguns tiveram uma resposta completa. É muito intrigante, é muito rápido", disse à BBC.
As drogas usadas foram lapatinib e trastuzumab, essa última mais conhecida como Herceptin.
As duas têm como alvo a HER2, proteína que acelera o crescimento de alguns cânceres de mama em mulheres. O Herceptin age na superfície de células cangerígenas, enquanto o lapatinib consegue penetrar dentro da célula para 'desligar' a HER2.
O estudo, que também ocorreu em hospitais do NHS (o SUS britânico) em Manchester, deu o tratamento a mulheres com tumores medindo entre 1 e 3 cm. Em menos de duas semanas de tratamento, o câncer desapareceu completamente em 11% dos casos, e em outros 17% ele ficou menor que 5mm. Atualmente, quem tem câncer de mama HER2 positivo tem mais chances de reincidência. Foto: EBC.
Créditos: G1
Governo sudanês autoriza militares a “violentar mulheres como forma de pagamento”
Num relatório publicado ontem sobre a guerra civil do Sudão do Sul, a agência da ONU para os Direitos Humanos assegura que, “de acordo com fontes credíveis, os grupos aliados do Governo são autorizados a violentar as mulheres como salário”, segundo o princípio “façam o que puderem e tomem o que quiserem.”
“É uma das situações de Direitos Humanos entre as mais horríveis no mundo, com uma utilização massiva da violação como instrumento de terror e como arma de guerra,” lamentou o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, o saudita Zeid Ra’ad Al Hussein.
“A escala e o tipo de violências sexuais – que são principalmente praticadas pelas forças governamentais SPLA (Exército Popular de Libertação do Sudão) e das milícias que lhe são afiliadas – são descritas com detalhes medonhos e devastadores, assim como a atitude – quase desenvolta mas calculada – dos que massacraram civis e destruíram bens e meios de subsistência”, acrescentou.
Segundo Hussein, “dada a amplitude, a profundidade e a gravidade das alegações, a sua coerência, a sua repetição e similitudes observadas no modus operandi, o relatório conclui que existem motivos razoáveis de pensar que estas violações podem constituir crimes de guerra e/ou crimes contra a humanidade”.
O relatório inclui ainda “testemunhos chocantes sobre civis suspeitos de apoiar a oposição, incluindo crianças e deficientes, que foram queimados vivos, sufocados dentro de contentores, abatidos a tiro, enforcados de árvores ou cortados aos pedaços”, afirma a declaração da agência da ONU, citada pela agência France Presse.
As Nações Unidas avançam ainda que “a imensa maioria das vítimas civis não parece resultar de operações de combate mas de ataques deliberados contra os civis” e que “de cada vez que uma zona muda de mãos, as pessoas responsáveis matam ou deslocam o maior número de civis possível, com base na sua pertença étnica”.
Zeid Ra’ad Al Hussein recomenda que o Conselho de Segurança da ONU considere uma ampliação das sanções já impostas ao país com um “embargo abrangente a armas” e pondere encaminhar o caso para o Tribunal Criminal Internacional. Foto de capa: United to End Genocide/Flickr.
Créditos: Revista Forum
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