sábado, 19 de março de 2016

Governo vai lançar mais 2 milhões de moradias no Minha Casa, Minha Vida

Feira de Santana (BA) - Presidenta Dilma Rousseff durante entrega de unidades habitacionais em Feira de Santana na Bahia e simultaneamente em outros estados (Roberto Stuckert Filho/PR)
A presidenta Dilma Rousseff disse ontem (18) que o governo federal irá lançar, até o final deste mês, mais 2 milhões de moradias a serem contratadas pelo Programa Minha Casa, Minha Vida. “Serão selecionadas e distribuídas para aquelas pessoas que mais precisam. Isso é fruto de uma decisão do governo federal de usar o dinheiro dos impostos para garantir que mais famílias tenham acesso ao Minha Casa, Minha Vida”, disse.
“Muitas pessoas se incomodam com o programa, acham que estamos exagerando. Nós só não vamos cortar, como vamos aumentar para mais dois milhões de famílias”, completou a presidenta. Dilma entregou unidades habitacionais do programa no Residencial Viver Alto do Rosário, Feira de Santana (BA), e em mais quatro estados por meio de transmissão simultânea. No total, foram entregues 5.684 unidades na Bahia, Piauí, São Paulo e Pará, beneficiando cerca de 22 mil pessoas com renda mensal de até R$ 1,6 mil.
Em Teresina (PI), foram entregues 1.368 imóveis (investimento de R$ 83,3 milhões); em Feira de Santana (BA), 1.116 imóveis (R$ 70,3 milhões); em Itabuna (BA), 900 moradias (R$ 54 milhões); em Ananindeua (PA), 784 residências (R$ 48,5 milhões); em Itapeva (SP), 416 unidades (R$ 33,2 milhões); em Suzano (SP), 300 apartamentos (R$ 28,1 milhões); e em Votorantim (SP), 260 residências (R$ 17,5 milhões). Também foram entregues, financiadas pelo Banco do Brasil, 540 moradias em Feira de Santana (BA) e 976 apartamentos em Sobral (CE).
Créditos:Agencia Brasil

Com vazamento, equipe da PF será trocada, diz ministro da Justiça

Eugênio Aragão
O novo ministro da Justiça, Eugênio Aragão, 56, garante que o trabalho da Polícia Federal (PF) está sendo supervisionado, e em caso de vazamento de informações, trocará toda uma equipe de investigação.
"Cheirou vazamento de investigação por um agente nosso, a equipe será trocada, toda. Não preciso ter prova. 

A Polícia Federal está sob nossa supervisão", afirmou o ministro, em entrevista à "Folha de S.Paulo", nessa sexta-feira (18), um dia após tomar posse no governo.Aragão nega a intenção de influenciar na operação Lava Jato.
Créditos: O Tempo

Milhares de brasileiros foram às ruas para defender a Democracia

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Os espaços públicos mais conhecidos de todas as capitais e cidades grandes do País receberam, nesta sexta-feira (18), protestos em favor da Democracia, contra o golpe à presidenta Dilma Rousseff e a perseguição judicial e midiática contra o ex-presidente e ministro da Casa Civil Luiz Inácio Lula da Silva. Mais de um milhão e 350 mil pessoas saíram às ruas.
O maior dos atos ocorreu na avenida Paulista, em São Paulo, onde 500 mil manifestantes tomaram toda a extensão do cartão postal paulistano para mostrar solidariedade ao PT neste momento político turbulento da história do Brasil. O ex-presidente discursou em cima de um carro de som e reafirmou seu compromisso pela democracia. “O que vocês estão fazendo hoje na Paulista é uma lição sobre a capacidade do povo brasileiro”, exaltou, recebendo aplausos emocionados como resposta.
Em Porto Alegre, Brasília, Fortaleza, Salvador em diversas outras capitais também houve grandes protestos contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, e a perseguição inconstitucional do juiz Sérgio Moro. No Recife, 200 mil pessoas foram às ruas, formando um tapete humano interminável para quem via do alto dos prédios. Na capital da Bahia, 100 mil soteropolitanos mostraram repúdio à tentativa de golpe. No Rio de Janeiro, os manifestantes pediram a saída de Eduardo Cunha e a atriz Letícia Sabatella leu um poema aos presentes. Fora do País, houve manifestações de apoio ao PT em Lisboa, Paris, Londres e Berlim.
Créditos: Agencia PT

A Justiça não pode ser politizada, critica Dilma

A presidenta Dilma Rousseff criticou, ontem (18), durante evento de entrega do Minha Casa Minha Vida em Feira de Santana (BA), a politização do Judiciário e da polícia no Brasil. Dilma lembrou de sua conversa com o ex-presidente Lula, e novo ministro-chefe da Casa Civil, que foi grampeada e divulgada sem autorização do Supremo Tribunal Federal, para alertar sobre o risco de retrocesso no País.

“A Justiça não pode ser politizada, nem tampouco pode ser politizada a polícia. O meu governo garantiu autonomia para a Polícia Federal investigar quem fosse necessário. O meu governo respeita o Ministério Público e respeita o judiciário. Agora, nós consideramos uma volta atrás na roda da história, a politização de qualquer um desses órgãos. Nada nem ninguém pode defender uma Justiça ou uma polícia que seja a favor de alguém por critério político”, disse.

Ainda sobre o assunto, Dilma lembrou que divulgar grampos do presidente sem autorização é um ato ilícito não apenas no Brasil, mas em qualquer país democrático. “Em muitos lugares do mundo, quem grampear um presidente vai preso se não tiver autorização judicial da suprema corte. Vou dar um exemplo: grampeia o presidente da República nos Estados Unidos e veja o que acontece com quem grampear. É por isso que eu vou tomar todas as providências cabíveis neste caso”, afirmou antes de explicar os riscos. “Se eu não tomar providências, se alguém pode me grampear sem autorização da Suprema corte, o que vai acontecer com o cidadão comum? Aí ninguém vai ter direitos e cidadania no nosso País”.

Dilma enfatizou, mais uma vez, o comprometimento do governo com o combate à corrupção, mas sem isso que isso comprometa as conquistas democráticas. “Eu sou a favor que todos os corruptos que tenham crime sejam presos. Corrupto: cadeia. Perfeitamente. A única coisa que eu não sou a favor é que alguém justifique que para combater a corrupção a democracia tenha que ir junto. É possível combater a corrupção e manter a democracia. Não é só possível, é absolutamente necessário que a democracia, que o direito seja respeitado”.(Fonte: Blog do Planalto).
Créditos: Portal Brasil

sexta-feira, 18 de março de 2016

CNI defende governabilidade e cobra fim do impasse

Com a federação paulista do setor (Fiesp) no epicentro dos atos contra o governo, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou nota em defesa da governabilidade e pedindo fim do impasse político, que agrava a situação econômica. "Os empresários, assim como todos os brasileiros, estão perplexos diante da grave deterioração do cenário político, que submete o país a uma situação sem precedentes em sua história recente", diz a nota, assinada pelo presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, em nome da entidade e das federações estaduais.
"A indústria nacional não pode aceitar que disputas e desavenças políticas se sobreponham aos interesses maiores da nação", afirmam os empresários, para quem o "caos" na política piora as perspectivas da economia. "O país vem sendo duramente prejudicado pela paralisa decisória que o afastou do caminho do crescimento, provocando o aumento do desemprego, a elevação da inflação e o fechamento de empresas."
"Ninguém aguenta mais assistir ao espetáculo deprimente em que se transformou a política brasileira", diz a CNI. "Já passou da hora de, com respeito aos ditames da lei e da Constituição, darmos um basta a esse impasse para que o país possa retomar o seu futuro." As entidades afirmam que é "fundamental restaurar a moralidade no trato dos assuntos públicos, adotar melhores práticas administrativas e implantar medidas favoráveis à estabilidade social, ao emprego e ao desenvolvimento".
No documento, não há referência ao posicionamento da Fiesp, cujo presidente, Paulo Skaf, passou a defender abertamente a renúncia da presidenta Dilma Rousseff. À frente da sede da entidade, na Avenida Paulista, região central da capital paulista, desde ontem (16) concentram-se manifestantes contra o governo. Ontem, a federação paulista exibiu luminoso com os dizeres "Renúncia já", e hoje publicou anúncios de página inteira com o mesmo teor. Skaf também é o 1º vice da CNI.
"O setor empresarial espera que as instituições brasileiras, principalmente o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF), com o apoio e a participação da sociedade, possam encontrar, com urgência, soluções para tirar o país da crise política e econômica", afirma a nota. "Neste momento turbulento da vida nacional, a indústria brasileira exige grandeza, serenidade e espírito público dos homens e das mulheres que ocupam os Três Poderes da República, para que o Brasil possa superar o cenário adverso, voltar a crescer e ter confiança no futuro."
Na tarde desta quinta, a Fiep (federação do Paraná) também se manifestou contra Dilma. "Que a presidente Dilma ou tome a iniciativa de uma demissão voluntária, ou então estaremos apoiando, dentro do Congresso Nacional, sua saída devido a esses últimos acontecimentos", afirmou o presidente da entidade, Edson Campagnolo.
Créditos: Rede Brasil Atual

Lula pede 'simplesmente justiça' em carta aberta

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgou, por meio do Instituto Lula, na noite de ontem (17), carta aberta em que defende tratamento igual a ele e sua família por parte da Justiça: "Justiça, simplesmente justiça, é o que espero, para mim e para todos, na vigência plena do Estado de direito democrático."
Lula reage à divulgação de conversas grampeadas pelo juiz Sérgio Moro, na Operação Lava Jato, e divulgadas ontem à Rede Globo, medida que suscitou críticas dos mais variados juristas do país. Uma das gravações revela conversa do ex-presidente com a presidenta Dilma Rousseff referente à sua posse como ministro-chefe da Casa Civil. Nesta quinta-feira, Moro divulgou novas conversas.
Apesar de todos os fatos ocorridos desde o último dia 4, quando foi conduzido coercitivamente para prestar depoimento à Polícia Federal, o ex-presidente diz que reforça sua confiança no Judiciário: "Creio também nos critérios da impessoalidade, imparcialidade e equilíbrio que norteiam os magistrados incumbidos desta nobre missão".
 Leia a íntegra da nota
"Creio nas instituições democráticas, na relação independente e harmônica entre os Poderes da República, conforme estabelecido na Constituição Federal.
Dos membros do Poder Judiciário espero, como todos os brasileiros, isenção e firmeza para distribuir a Justiça e garantir o cumprimento da lei  e o respeito inarredável ao estado de direito.
Creio também nos critérios da impessoalidade, imparcialidade e equilíbrio que norteiam os magistrados incumbidos desta nobre missão.
Por acreditar nas instituições e nas pessoas que as encarnam, recorri ao Supremo Tribunal Federal sempre que necessário, especialmente nestas últimas semanas, para garantir direitos e prerrogativas que não me  alcançam exclusivamente, mas a cada cidadão e a toda a sociedade.
Nos oito anos em que exerci a presidência da República, por decisão soberana do povo – fonte primeira e insubstituível do exercício do poder nas democracias – tive oportunidade de demonstrar apreço e respeito pelo Judiciário.
Não o fiz apenas por palavras, mas mantendo uma relação cotidiana de respeito, diálogo e cooperação; na prática, que é o critério mais justo da verdade.
Em meu governo, quando o Supremo Tribunal Federal considerou-se afrontado pela suspeita de que seu então presidente teria sido vítima de escuta telefônica, não me perdi em considerações sobre a origem ou a veracidade das evidências apresentadas.
Naquela ocasião, apresentei de pleno a resposta que me pareceu adequada para​ preservar a dignidade da Suprema Corte, e para que as suspeitas fossem livremente investigadase se chegasse, assim, à verdade dos fatos​.
Agi daquela forma não apenas ​porque teriam sido expostas a intimidade e as opiniões dos interlocutores.
Agi por respeito à instituição do Judiciário e porque me pareceu também a atitude adequada diante das res​ponsabilidades que me haviam sido confiadas pelo povo brasileiro.
Nas últimas semanas, como todos sabem, é a minha intimidade, de minha esposa e meus filhos, dos meus companheiros de trabalho que tem sido violentada por meio de vazamentos ilegais de informações que deveriam estar sob a guarda da Justiça.
Sob o manto de processos conhecidos primeiro pela imprensa e só depois pelos diretamente e legalmente interessados, foram praticados atos injustificáveis de violência contra minha pessoa e de minha família.
Nesta situação extrema, em que me foram subtraídos direitos fundamentais por agentes do estado, externei minha inconformidade em conversas pessoais, que jamais teriam ultrapassado os limites da confidencialidade, se não fossem expostas publicamente por uma decisão judicial que ofende a lei e o direito.
Não espero que ministros e ministras da Suprema Corte compartilhem minhas posições pessoais e políticas.
Mas não me conformo que, neste episódio, palavras extraídas ilegalmente de conversas pessoais, protegidas pelo Artigo 5o. da Constituição, tornem-se objeto de juízos derrogatórios ​sobre meu caráter.
Não me conformo que se palavras ditas em particular sejam tratadas como ofensa pública, antes de se proceder a um exame imparcial, isento e corajoso do levantamento ilegal do sigilo das informações.
Não me conformo que o juízo personalíssimo de valor​es se sobreponha ao direito.
Não tive acesso a grandes ​estudos formais, como sabem os brasileiros. Não sou doutor, letrado, jurisconsulto. Mas sei, como todo ser humano, distinguir o certo do errado; o justo do injusto.
Os tristes e vergonhosos episódios das últimas semanas não me farão descrer da instituição do Poder Judiciário. Nem me farão perder a esperança no discernimento, no equilíbrio e no senso de proporção de ministros e ministras da Suprema Corte.
Justiça, simplesmente justiça, é o que espero, para mim e para todos, na vigência plena do estado de direito democrático."
Créditos: Rede Brasil Atual

TSE unifica ações que pedem cassação de Dilma e Temer

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Antonio Dias Toffoli, decidiu unificar as quatro ações em que o PSDB pede a cassação do mandato da presidente Dilma Rousseff e do vice Michel Temer. Com a decisão. as ações deixam de ser sigilosas e passam a tramitar mais rapidamente.
O ministro justificou que os processos têm fatos comuns e devem ser reunidos, inclusive, para evitar possíveis decisões divergentes e a insegurança jurídica.

No mês passado, o ministro determinou que a representação do PSDB contra Dilma e Temer, cujo relator era o ministro Luiz Fux, fosse redistribuído para a ministra Maria Thereza de Assis Moura, corregedora-geral do TSE. Assim, Maria Thereza se tornou a única relatora das quatro ações dos tucanos - ela já era a relatora de outros três processos contra Dilma – uma ação de impugnação de mandato eletivo (AIME) e duas ações de investigação judicial eleitoral (AIJEs).
O relator das ações deve ser o ministro que estava à frente do primeiro caso sobre o assunto que foi distribuído no tribunal. O primeiro processo distribuído na corte foi uma das AIJEs – inicialmente ao ex-corregedor-geral João Otávio de Noronha, substituído no cargo pela ministra Maria Thereza. Assim, esse processo “atrai” todos os demais que envolvam os mesmos fatos.
Segundo o ministro Luiz Fux, os três fatos narrados pelo PSDB na representação – realização de gastos de campanha acima do limite informado à Justiça Eleitoral, financiamento eleitoral por meio de doações provenientes de empreiteiras contratadas pela Petrobras como parte da distribuição de propinas e falta de comprovação de parcela significativa das despesas de campanha – “estão abrangidos na AIME, e as duas primeiras condutas também constituem objeto da AIJE.”  Por isso, para o presidente do TSE, “fica ainda mais evidente a necessidade de se reunir os processos que tenham a mesma base fática sob a mesma relatoria”. Foto: NH.
Créditos: Valor Econômico