sexta-feira, 8 de abril de 2016

Impeachment não tem votos suficientes

Um levantamento feito pelo Datafolha de 21 de março a 7 de abril entre os parlamentares aponta que 60% deles dizem que darão votos favoráveis ao impedimento de Dilma Rousseff. O número, no entanto, não é suficiente para que se aprove o processo: o impeachment da presidente teria hoje 308 votos –34 a menos que os 342 necessários (67% da Câmara) para que a ação seja levada ao Senado. Do outro lado, 21% dos deputados são contra o processo e 18% estão indecisos.
Em relação às pesquisas anteriores houve uma evolução no número de deputados federais a favor do impeachment (de 42% em dezembro para 60% em março e abril). Também se registrou recuo entre os contrários ao processo (eram 31% em dezembro, ante 21% hoje) e entre os indecisos (de 27% para 18%).
Sobre a situação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), 61% dos deputados disseram que defendem sua renúncia (23%, que ele deveria permanecer no cargo). O mesmo percentual declarou que votaria, no plenário, pela cassação de seu mandato. (247) leia
Créditos: WSCOM

Papa pede maior compreensão com famílias não tradicionais

O Papa Francisco pediu mais compreensão com relação às famílias não tradicionais no documento “A Alegria do Amor”, que foi divulgado nesta sexta-feira (8). Ele pediu aos sacerdotes de todo o mundo aceitar gays e lésbicas, divorciados católicos e outras pessoas que vivem em o que a igreja consideradas situações “irregulares”.
O texto, que tem 256 páginas, traz as conclusões de dois sínodos sobre a família e representa uma mudança na doutrina da igreja. O documento reconhece as numerosas razões pelas quais os casais, segundo o contexto social e cultural, decidem conviver.
O pontífice diz que a igreja não deve continuar a fazer julgamentos e “atirar pedras” contra aqueles que não conseguem viver de acordo com ideais de casamento e vida familiar do Evangelho, destacou a Associated Press.
No entanto, o documento rejeita “os projetos de equiparação das uniões entre pessoas homossexuais com o matrimônio”, segundo a France Presse e a Reuters.
O Papa Francisco já tinha dado várias declarações que indicavam uma maior abertura. Em agosto do ano passado, ele já tinha pedido para que os fiéis divorciados fossem acolhidos e não tratados como excomungados.
O líder católico pediu à igreja que “valorize” as “uniões de fato” e reconheça os “sinais de amor” entre estes casais e que sejam “acolhidos e acompanhados com paciência e delicadeza”, afirmou a France Presse.
O pontífice tem insistido em defender que a consciência individual deve ser o princípio orientador para os católicos para negociar as complexidades do casamento, da vida família e do sexo.
O Papa Francisco estende a mão aos divorciados que voltam a se casar na exortação apostólica e convida a igreja a “fazê-los sentir que são parte da Igreja” e recorda que “não estão excomungados”, segundo a France Presse.
“Estas situações exigem um atento discernimento e um acompanhamento com grande respeito, evitando qualquer linguagem e atitude que faça com que sintam-se discriminados, promovendo sua participação na vida da comunidade”, escreveu o Papa.
O documento “Amoris Laetitia”, como é chamado em latim, é fruto de dois ciclos de consultas e de dois tensos sínodos realizados em outubro de 2014 e outubro de 2015 sobre a crise vivida pela família moderna.
Créditos: MaisPB

Funcionário fantasma, irmão de Jair Bolsonaro recebia R$ 17 mil por mês da Alesp

R7-O irmão do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), Renato Antônio Bolsonaro, foi exonerado nesta quinta-feira (7) do cargo de assessor especial do deputado estadual André do Prado (PR) após ser considerado funcionário fantasma na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo).
A informação, revelada em reportagem exibida pelo SBT, destaca que Bolsonaro era remunerado com um salário de R$ 17 mil mensais. A apuração mostra ainda que ele trabalhava vendendo móveis na cidade de Miracatu, no interior de São Paulo, enquanto deveria estar na Alesp.
Em 2012, Bolsonaro concorreu ao cargo de prefeito da cidade de Miracatu, a mesma na qual foi localizado pela reportagem. Na ocasião, ele obteve 25,08% dos votos válidos e não conseguiu se eleger. Procurado pela rede de televisão, o deputado Jair Bolsonaro disse desconhecer a situação e ainda deu uma bronca no irmão.— Se meu irmão praticar algum crime, fizer alguma besteira, é problema dele. Não vai ter nenhum apoio. Ele que se exploda. (R7).
Créditos: Focando a Notícia

Dilma prevê vazamentos seletivos como parte de "trama golpista" para atacar o governo


A presidenta Dilma Rousseff voltou a criticar a tentativa de afastá-la do poder, nesta quinta-feira (7), explicando que as pressões estão baseadas na ilegalidade, uma vez que ela não cometeu crime de responsabilidade. Dilma destacou saber que nos próximos dias as pressões serão reforçadas, com novos vazamentos de informações à imprensa de forma seletiva, premeditada e direcionada, com o claro objetivo de atacar o seu governo, dentro de uma trama golpista.


“São vazamentos seletivos e oportunistas. Eu já determinei ao senhor ministro da Justiça [Eugênio Aragão] a apuração e responsabilidade por vazamentos recentes. Passou de todos os limites” disse a presidenta no Encontro com Mulheres em Defesa da Democracia, realizados hoje no Palácio do Planalto. “Dilma fica, Cunha sai”, bradavam os presentes.

As destacar que ocorrem vazamentos de dados com o “claro objetivo de criar um ambiente propício ao golpe”, a presidenta ressaltou os argumentos citados como motivo para interromper o seu mandato são ilegais, como já demonstrou a Advocacia-Geral da União (AGU). Na última segunda-feira (4), o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, foi à Câmara e desmontou, uma a uma, as acusações, demonstrando que o processo atual não tem base legal, mas política. “Não está escrito que presidente pode sofrer impeachment porque o País passa por dificuldades na economia”, lembrou hoje a presidenta.

Ao defender a legalidade de seu mandato, a presidenta também citou os avanços na igualdade de oportunidades e de gênero para o Brasil conquistados desde o primeiro governo Lula, em 2003.
Segundo a presidenta, neste momento, o primeiro passo necessário é acabar com as “pautas-bomba” no Congresso Nacional, prática que vem sendo adotada desde que atual presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), assumiu o posto, em fevereiro de 2015. Dilma acredita que é preciso haver unidade pela aprovação das reformas e a retomada do crescimento do País. Defendeu, ainda, urgente reforma política.
Créditos: Portal Brasil

Energia de Belo Monte já chega às casas dos consumidores

A energia elétrica da Usina Hidrelétrica Belo Monte está chegando às casas de milhões de consumidores brasileiros desde o último domingo (3), informa a empresa Norte Energia, concessionária do empreendimento. A primeira turbina a entrar em operação, na Casa de Força Principal (sítio Belo Monte), iniciou a sincronização com o Sistema Interligado Nacional (SIN) no domingo (3), com capacidade de gerar até 611,1 Megawatts (MW). Uma outra turbina menor, de 38,9 MW, foi sincronizada na Casa de Força Complementar (Sítio Pimental) na última segunda-feira (4).


As duas unidades geradoras estão na fase de pré-operação comercial. Na próxima etapa, elas receberão a autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para começar a operação comercial. Nessa fase de testes, a energia já é remunerada pelo sistema elétrico, mas os contratos de venda firmados em 2010, data do leilão da usina, com 27 empresas distribuidoras de 17 Estados, só começam a vigorar na fase de operação comercial, o que deve ocorrer nos próximos dias.

Belo Monte é formada por duas casas de força, sendo a principal dotada de 18 turbinas tipo Francis, com capacidade de 611,1 MW cada uma, totalizando 11 mil MW. Quando concluída, essa casa de força responderá por 97% da energia do empreendimento. 

A casa de força complementar terá seis turbinas do tipo bulbo, com 38,9 MW, e capacidade total de 233 MW. Ou seja, toda a energia que será gerada na casa de força complementar corresponderá a apenas 38% da capacidade de uma única turbina da casa de força principal. Quando se fala em atraso no fornecimento de energia da Usina de Belo Monte, a referência é apenas a essas seis turbinas, ou 3% da energia a ser gerada, destaca a Norte Energia.
Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério de Minas e Energia
Créditos: Portal Brasil

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Delação premiada da Andrade Gutierrez ataca PT e ignora doações a Aécio

Às vésperas da votação do impeachment, a delação premiada do ex-presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, deu foco às doações da empreiteira às campanhas eleitorais do PT, mas ignorou os valores destinados às campanhas do PSDB, cujo último candidato à presidência, Aécio Neves, contava com a torcida comprovada da cúpula da empresa.

Segundo o delator, que prestou depoimentos à Operação Lava-Jato em fevereiro, após ficar 9 meses preso, a Andrade Gutierrez fez doações legais às campanhas da presidenta Dilma Rousseff e de seus aliados em 2010 e 2014 usando propinas oriundas de contratos superfaturados da Petrobras e do sistema elétrico. A delação premiada ainda não foi homologada pelo STF.
De acordo com reportagem da Folha, cerca de R$10 milhões doados pela empresa às campanhas do PT em 2010, 2012 e 2014 “estão vinculados à participação da empreiteira em contratos de obras públicas”.
Nas últimas eleições, segundo Azevedo, a doação de RS$20 milhões da Andrade Gutierrez à campanha de reeleição de Dilma implicou o favorecimento da companhia em obras como o Complexo Petroquímico do Rio, a usina nuclear de Angra 3 e a hidrelétrica de Belo Monte.
A campanha de Dilma negou qualquer irregularidade e ressaltou que, “aliás, a empresa fez doações legais e voluntárias para a campanha de 2014 em valores inferiores à quantia doada ao candidato adversário [isto é, Aécio Neves]”.
A nota, citada pela Folha, diz ainda que “em nenhum momento, nos diálogos mantidos com o tesoureiro da campanha sobre doações eleitorais, o representante da Andrade Gutierrez mencionou obras ou contratos da referida empresa com o governo federal”.
“Não há citação à campanha dos adversários tucanos de Dilma” na delação de Azevedo, segundo assinala o jornal.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, fala à imprensa no Congresso Nacional, sobre o encontro com a presidenta Dilma Rousseff no Palácio do Planalto.
Valter Campanato/ Agência Brasil
Opinião: Eduardo Cunha e Panama Papers – ‘Nada mais surpreende’
Às vésperas de uma votação sobre o pedido de impeachment da presidenta no plenário da Câmara dos Deputados – processo amplamente apoiado pelo PSDB –, o fato de o partido de Aécio Neves não ter sido mencionado na delação de Azevedo pode ser visto como mais uma cartada no jogo midiático para derrubar a petista.
A Andrade Gutierrez foi a maior doadora da campanha de Aécio à presidência da República em 2014. Segundo dados do TSE, a empreiteira fez 322 doações para o tucano, somando mais de R$ 20 milhões — mais do que o valor destinado a Dilma, segundo relata o blog do Rovai, qualificando a delação de Azevedo como "menos crível do que a fábula do Papai Noel". 
Além disso, em outubro do ano passado, a imprensa publicou as mensagens de um grupo de Whatsapp formado entre executivos da alta cúpula da Andrade Gutierrez. A troca de mensagens deixou clara a torcida pela vitória de Aécio, a decepção diante de sua derrota e, acima de tudo, aj hostilidade contra Dilma, alvo de xingamentos no calibre de “sapa”, “cara de satanás”, “vaca velha”, “gorda de capacete” etc.
Créditos: Sputnik

Inflação recua para 0,43% em março

A inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) ficou em 0,43% em março deste ano, taxa inferior às observadas em fevereiro (0,79%) e em março de 2015 (1,21%). O indicador acumula taxas de 2,78% no ano e de 11,07% em 12 meses, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV).
A queda do IGP-DI na passagem de fevereiro para março foi resultado de inflações mais moderadas no varejo e no atacado. O Índice de Preços ao 
Produtor Amplo, que mede o atacado, caiu de 0,84% em fevereiro para 0,37% em março.O Índice de Preços ao Consumidor, que mede a variação de preços no varejo, caiu de 0,76% em fevereiro para 0,5% em março deste ano.
O Índice Nacional de Custo da Construção, subíndice do IGP-DI responsável por medir o aumento do custo da construção civil, teve aumento ao passar de 0,54% em fevereiro para 0,64% em março. O IGP-DI de março foi medido com base em preços coletados entre os dias 1º e 31 de março. (Agencia Brasil)