sábado, 14 de maio de 2016

Temer começa governo com extinção de pastas sociais

Um dos primeiros atos do governo de Michel Temer foi extinguir diversos ministérios ligados a áreas sociais como Cultura, Mulheres, Direitos Humanos, Igualdade Racial e Desenvolvimento Agrário. Na manhã de ontem (13), o prédio do Ministério de Desenvolvimento Agrário recebeu um abraçaço no último dia de existência da pasta. 

O ato foi em protesto pela extinção do Ministério, que foi fundido com o do Desenvolvimento Social. Em sua página oficial no Facebook, o ex-ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, afirmou que acabar com esse ministério é matar a perspectiva da reforma agrária e atinge quadro milhões de famílias.

Temer também resolveu desmembrar o Ministério do Trabalho, colocando a Previdência dentro do Ministério da Fazenda. Para as centrais sindicais, essa mudança prejudicará os trabalhadores.“É como deixar a raposa cuidar dos ovos no galinheiro”, disse o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, ao jornal “Folha de S. Paulo”.O sentimento é compartilhado pelo presidente da Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (CUT-SP), Douglas Izzo. Para ele, a nomeação de Henrique Meirelles para a Fazenda reforça essa expectativa, pois “ele não tem visão de bem-estar social. Sabemos o que vai prevalecer”.

O Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) repudiou a extinção do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial, da Juventude e dos Direitos Humanos. Na opinião do Conselho, a existência de pasta específica para tratar dos direitos humanos é fundamental para o fortalecimento das ações de reparação, promoção e defesa desses direitos, com as quais o Estado brasileiro está comprometido, tanto por força da legislação nacional quanto dos tratados internacionais ratificados pelo País, bem como em atendimento ao princípio do não retrocesso em Direitos Humanos.A presidente da Sociedade Brasileira Para o Progresso da Ciência (SBPC), Helena Nader, criticou a fusão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação com o das Comunicações. “Ninguém foi procurado. É um mau sinal”.
Créditos: Agencia PT

Cientistas descobriram nova forma de separar o sal da água do mar

agua-salgada
Pesquisadores desenvolveram um sistema que utiliza uma onda de choque elétrico para extrair sal e outras impurezas da água salgada ou contaminada. Conhecida como “eletrodiálise de choque”, a técnica aplica uma onda de choque elétrico em um fluxo constante de água corrente. A interação com as partículas de sal carregadas faz com que um fluxo de sal da água seja deixado de lado, separando uma corrente de água fresca. Então, os dois fluxos são canalizados para tubos separados.
Um processo de dessalinização barato e eficiente, capaz de converter água salgada, salobra ou contaminada em água limpa e fresca, poderia mudar o mundo. Uma das técnicas mais populares é a osmose reversa. Ela separa as moléculas de água de partículas maiores – por exemplo, sal e impurezas -, mas os filtros utilizados ficam facilmente entupidos, o que limita a capacidade do sistema. Ferver a água para limpar as impurezas parece simples, mas requer muita energia, e os cientistas ainda não sabem como tornar o processo rentável.
 Assim, os engenheiros do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos EUA, decidiram usar uma abordagem totalmente nova, utilizando eletricidade. A água salgada ou contaminada é alimentada com um material barato, chamado de “frita porosa”, feito a partir de partículas minúsculas de vidro, membranas flexíveis, e eletrodos. À medida que flui, uma corrente elétrica é aplicada à água, interagindo com o teor de sal. 
“Quando uma corrente elétrica flui através do sistema, a água salgada se divide em regiões onde a concentração de sal é ou empobrecida ou enriquecida. Quando a corrente é aumentada até um determinado ponto, ela gera uma onda de choque entre estas duas zonas, dividindo acentuadamente os fluxos, permitindo que as regiões doce e salgada sejam separadas por uma barreira física simples no centro do fluxo”, explicou David L. Chandler, para o MIT News.
O sistema é baseado no mesmo conceito de outras técnicas de dessalinização ou purificação de água, mas tem uma diferença fundamental. Nos sistemas baseados em osmose reversa, a água suja ou salgada passa através de membranas especiais que separam as partículas de sal e outras impurezas. No sistema desenvolvido pelo MIT, membranas também são usadas como barreiras para os contaminantes, mas em vez de fluir através das membranas, a água flui através dos próprios contaminantes. Isso acaba com o enorme problema de acúmulo de material filtrado, que bloqueia o sistema e provoca muita pressão.
Descrevendo o novo sistema na revista Environmental Science and Technology Letters, a equipe diz que ele pode funcionar com um fluxo contínuo de água contaminada, e acreditam que, caso funcione em grande escala, poderia ser facilmente usado por empreendimentos comerciais, pois exige pouca infraestrutura. Isso também pode significar que o método seria aplicado em sistemas portáteis para áreas remotas.
Os campos elétricos aplicados à água são relativamente de alta tensão, o que significa que o processo poderia não só filtrar a sujeira e o sal, como também as bactérias nocivas. Portanto, há a possibilidade do sistema ser usado para esterilizar água contaminada, tornando-a potável.
Mas esta não é a única técnica nova de dessalinização promissora sendo desenvolvida no momento. Pesquisadores no Egito estão criando um sistema baseado no processo de pervaporação em grande escala. Enquanto isso, engenheiros da Universidade de Illinois, nos EUA, anunciaram no início deste mês, um novo material que permite a passagem de grandes volumes de água através de minúsculos “nanoporos”, bloqueando o sal e outros contaminantes. (Science Alert / Foto: Reprodução / Wikipédia ).
Créditos: Jornal Ciência

Temer foi informante do governo dos EUA, revela Wikileaks

Temer
 O Wikileaks revelou, via Twitter, que o presidente interino Michel Temer atuou como informante do governo dos EUA. A correspondência diplomática vazada pela organização demonstra que, em meados de 2006, Temer mantinha a embaixada norte-americana a par da conjuntura política nacional, em especial sobre o panorama eleitoral de 2006 – ano da eleição presidencial que conferiu ao ex-presidente Lula o segundo mandato.A veracidade e a origem dos documentos foram comprovadas por analistas de informática.
As correspondências, classificadas como "sensível" e "para uso apenas oficial", foram transmitidas a Washington entre 11 de janeiro e 21 de junho daquele ano. Segundo a avaliação do então deputado e presidente do PMDB, a disputa eleitoral entre Lula e Geraldo Alckmin permanecia em aberto, sem desfecho previsível.
Temer apontava que o seu partido não apoiaria nenhum dos candidatos no primeiro turno e afirmava também que o PMDB elegeria entre 10 e 15 governadores e as maiores bancadas na Câmara e no Senado, o que reafirmaria o poder de seu partido, independentemente do resultado das eleições para a presidência. "Quem quer que vença a eleição presidencial terá que vir até nós para fazer qualquer coisa", teria dito o atual presidente interino.
O agora presidente interino reportava aos norte-americanos o racha interno no PSDB, com a disputa entre Geraldo Alckmin e José Serra, que ocupava a prefeitura de São Paulo, naquele momento. Temer também faz comparação entre o então presidente Lula e o antecessor Fernando Henrique Cardoso. Para o atual ocupante do Planalto, "as classes C, D e E acreditam que Fernando Henrique roubou dos pobres e deu para os ricos. Já Lula roubou dos ricos para dar aos pobres". Os ditos bilhetes com a correspondência diplomática podem ser acessados aqui e aqui.
Créditos: Rede Brasil Atual

Dilma diz que sofreu "toda sorte de sabotagem

Em entrevista coletiva à imprensa internacional nessa sexta-feira, 13, a presidente afastada Dilma Rousseff disse que seu governo sofreu "toda sorte de sabotagem" como forma de viabilizar sua queda.

Dilma disse que as elites do país usaram o impeachment como meio de implementar um programa de governo que não teria apoio das urnas, liberal na economia e conservador em outras áreas, como cultural e social.
"Nós, há 15 meses aproximadamente, sofremos toda sorte de sabotagem na tentativa de governar", afirmou. "Estávamos enfrentando uma crise e precisávamos de tomar medidas que deviam ser aprovadas pelo Congresso. Sistematicamente, todas as saídas propostas no sentido de sair da crise foram ou invalidadas, bloqueadas, ou aceitas só parcialmente."
A presidente voltou a afirmar que o governo interino de Michel Temer não tem legitimidade. "Tentam e querem utilizar agora da prerrogativa do impeachment fraudulento, portanto do golpe, para poder executar seu programa de governo que não foi aprovado nas urnas. Porque o programa que eu defendi, a que dei suporte, é de continuidade dos programas sociais, da inclusão social, da retomada do crescimento econômico", afirmou.
Dilma também criticou a formação 100% masculina e branca do gabinete de Temer, anunciada na quinta-feira, quando o peemedebista tomou posse como presidente interino. "Eu lamento que depois de muito tempo não haja mulheres e negros no ministério. Negro e mulher (no governo) é fundamental se você quer construir um país inclusivo, não só do ponto de vista social, mas cultural e dos direitos humanos", criticou.
"Acho que é um governo (...) que vai ser liberal na economia e extremamente conservador na área de cultura, na área social, está mostrando isso na sua formação."
Créditos: Brasil 247

sexta-feira, 13 de maio de 2016

“Não existe injustiça maior que condenar um inocente”, afirma Dilma

“Não existe injustiça maior que condenar um inocente”, afirma Dilma
A presidenta eleita Dilma Rousseff   afirmou ontem, que não vai desistir da luta. Primeira mulher eleita presidenta no país, Dilma afirmou que sente a dor da injustiça, pois está sendo punida por um crime que não cometeu, mas que não vai esmorecer. A presidenta também convocou a população a permanecer lutando pela democracia. 
Dilma Rousseff saiu do Palácio do Planalto apoiada pela população. Milhares de pessoas demonstraram o apoio à Dilma na frente do Palácio do Planalto. A presidenta eleita foi afastada temporariamente após a decisão do Senado Federal, que admitiu o processo de impeachment contra a presidenta eleita, mesmo sem crime de responsabilidade demonstrado. “Eu já sofri a dor da tortura, da doença, e agora eu sofro mais uma vez a dor inominável da injustiça. Sou vitima de uma farsa jurídica e política. Mas não esmoreço”, afirmou ela. Para a presidenta, punir alguém inocente é uma das maiores brutalidades que pode ser feita contra uma pessoa.
“O maior risco para o Brasil é ser dirigido pelo governo dos sem voto. Que não terá legitimidade para propor e implementar soluções para o desafio do Brasil”, afirmou. Para ela, o governo interino de Michel Temer (PMDB) nasce de um impeachment fraudulento, uma espécie de eleição indireta.Dilma convocou o povo brasileiro à luta pela democracia. “É uma luta que pode ser vencida e nós vamos vencer”, disse a presidenta. “Eu lutei a minha vida inteira pela democracia. Aprendi a confiar na capacidade de luta do nosso povo. Já vivi muitas derrotas e grandes vitórias. Nunca imaginei que seria necessário lutar de novo contra um golpe no meu pais”, disse ela.
Dilma reafirmou que não cometeu nenhum crime, e que sequer assinou os atos das chamadas pedaladas fiscais pelas quais está sendo suspensa do cargo. “Não tenho contas no exterior, não recebi propina, não compactuei com a corrupção”, lembrou. A presidenta disse que honrou os votos que recebeu e, em nome desse votos, vai lutar com todos os instrumentos legais que dispõe para exercer seu mandato até o fim, no dia 31 de dezembro de 2018.
Dilma afirmou ter sido alvo de boicote por parte da oposição, que afundou o Brasil em uma recessão com o intuito de desestabilizar seu governo eleito. “Meu governo tem sido alvo de sabotagem. Me impediram de governar e forjaram o ambiente propício ao golpe”, disse ela. De acordo com o anunciado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Dilma manterá prerrogativas da presidência. Continuará morando no Palácio da Alvorada, e terá direito a transporte (carro e avião) e equipe a serviço do gabinete pessoal da Presidência.
A partir de agora, a presidenta ficará 180 dias fora do cargo e o presidente interino Michel Temer (PMDB) assumirá temporariamente. Nesse meio tempo, ocorrerá a fase de julgamento no Senado, presidida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski. Nessa fase, acusação e defesa serão ouvidas, provas apresentadas e o Senado funcionará como um tribunal que decidirá se a presidenta volta ou não ao exercício da função.
Em uma primeira fase, a Comissão do Impeachment deve elaborar um novo parecer discutindo se a Dilma cometeu ou não crime de responsabilidade. Se aprovado por maioria simples, Dilma vai ser julgada em sessão plenária e destituição só será ser aprovada caso tenha dois terços da casa. Como reafirmou o Advogado-Geral da União, José Eduardo Cardoso  na defesa de Dilma no Senado Federal, não existe crime de responsabilidade no processo de impeachment, e a Constituição Federal está sendo rasgada com abertura do processo. “Está nesse momento condenando uma mulher honesta e inocente. Se está cometendo uma injustiça histórica. A história escreverá o que aconteceu”, afirmou ele.
Com informação da Agência PT de Notícias

Cientistas desenvolvem 'segunda pele

Cientistas nos Estados Unidos desenvolveram uma película elástica e invisível que pode ser aplicada à pele para diminuir a aparência de rugas e pele flácida abaixo dos olhos e olheiras. Depois de uma série de pequenos testes, a revista especializada Nature Materials informou que essa "segunda pele" é aplicada sobre a pele da pessoa e, quando ela seca, forma uma película que "imita as propriedades da pele jovem".
Por enquanto a película está sendo usada em testes apenas como um produto cosmético. Mas os cientistas da Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) afirmam que essa "segunda pele" poderá ser usada no futuro como protetor solar ou como uma forma de ministrar medicamentos a pacientes através da pele.
Protótipo
A equipe de cientistas americanos testou o protótipo em alguns voluntários aplicando a fórmula da região abaixo dos olhos, nos antebraços e pernas.
O polímero polissiloxano foi sintetizado usando moléculas de silicone e oxigênio. O composto foi criado para imitar a pele humana e fornecer uma camada protetora e permeável.
Segundo os pesquisadores, a película temporária mantém a hidratação da pele e ajuda a aumentar sua elasticidade.
Em um dos testes, a pele foi beliscada por um tempo e depois solta, para verificar-se o quanto tempo ela demorava para voltar a sua posição normal.
Com o envelhecimento, a pele perde firmeza e elasticidade e, com isso, o desempenho nesse tipo de teste fica pior.
A parte da pele que foi coberta com o polímero ficou mais elástica do que a pele sem a película. E, a olho nu, a parte com a película parecia mais macia, firme e menos enrugada. "Há muitos desafios em desenvolver uma segunda pele que seja invisível, confortável e eficaz para manter a hidratação", afirmou Robert Langer, que liderou o trabalho no MIT.
"Ela precisa ter as propriedades óticas certas, ou não vai ter uma boa aparência, e precisa ter as propriedades mecânicas certas, ou não vai ter a força certa e não vai desempenhar seu papel corretamente."
"Estamos muito animados com as oportunidades que são apresentadas como resultado deste trabalho e ansiosos para desenvolver mais esses materiais, para melhorar o tratamento a pacientes que sofrem de várias doenças de pele", acrescentou.
Segundo os pesquisadores, a película pode ser usada o dia todo sem causar irritação e resiste ao suor e à chuva.
Por enquanto ainda são necessários mais estudos para determinar a eficácia desta segunda pele, e o polímero aguarda aprovação de órgãos reguladores.
Tamara Griffiths, da Associação Britânica de Dermatologistas, afirmou que, apesar dos resultados promissores, ainda é preciso fazer mais testes.
"Os resultados (com o) polímero parecem ser comparáveis aos de uma cirurgia, mas sem os riscos. É preciso fazer mais pesquisas, mas esta é uma abordagem nova e promissora para um problema comum. Vou acompanhar o desenvolvimento (da película) com interesse", afirmou.
Créditos: WSCOM

Nasa descobriu mais de cem planetas do tamanho da Terra

Uma representação artística mostra um exoplaneta que pode ser habitável
A Nasa anunciou uma grande descoberta na última terça-feira (10): 100 novos planetas fora do sistema solar foram descobertos, pelo telescópio espacial Kepler. As descobertas fazem parte de uma lista de 1.284 novos planetas detectados com o Kepler. Eles são chamados exoplanetas, ou seja, planetas que têm sua órbita em estrelas fora do sistema solar.
Ellen Stofan, que é a cientista-chefe da agência espacial americana, disse que isso mais que duplica o número de exoplanetas que foram descobertos pelo Kepler. “Isso nos dá esperança de que em algum lugar lá fora, em torno de uma estrela muito parecida com a nossa, poderemos, eventualmente, descobrir um planeta parecido com a Terra”, disse a cientista.
O observatório espacial já monitorou, desde que foi lançado, em 2009, 15.000 estrelas, buscando sinais de corpos em órbita, principalmente dos que possam dar mostrar a possibilidade de serem capazes de sustentar a vida. Até o momento, já foram encontrados cerca de 5.000 candidatos a planetas – desses, 3.200 já foram verificados e 2.325 foram descobertos pelo telescópio.
Há nessa nova descoberta, aproximadamente 550 corpos que podem ser rochosos como a Terra, diz a Nasa, que complementou dizendo que dos novos planetas, nove orbitam zonas habitáveis de seu sol, ou seja, a distância de uma estrela que se pode registrar temperaturas que permitem que exista água na sua forma líquida. Os novos exoplanetas possivelmente habitáveis somam-se a outros 21 exoplanetas já identificados por orbitarem a zona habitável de suas estrelas.
Pelas análises das estatísticas do Kepler, os astrônomos conseguem compreender melhor como podem ser esses novos planetas. Uma das cientistas da Missão Kepler, Natalie Batalha, conta que cálculos apontam para a possível existência de mais de 10 bilhões de planetas potencialmente habitáveis somente na Via Láctea. Batalha acrescentou: “Se você se perguntar onde pode estar o planeta habitável mais próximo, está a cerca de 11 anos-luz, o que é muito perto”, acrescentou.
Créditos: Terra