segunda-feira, 16 de maio de 2016

Temer desfaz medidas de Dilma

O ministro da Casa Civil do governo Michel Temer (PMDB), Eliseu Padilha, já começou a reavaliar todas as ações da presidente afastada, Dilma Rousseff, de 1º de abril a 12 de maio, quando deixou o Planalto.
O foco principal, segundo reportagem do Globo, são desapropriações de terra, reconhecimento de comunidades quilombolas e criação de reservas indígenas. Só no dia 1º de abril, Dilma assinou 21 atos para desapropriar 56 mil hectares de terra. O MST diz que conflitos rurais devem aumentar.
Também será reavaliado o Marco Civil da Internet, regulamentado na última semana. A lei aprovada há dois anos é elogiada pelos movimentos sociais, mas criticado pelas operadoras de telefonia. Uma decisão já tomada foi a demissão do presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Ricardo Mello. Ele tomou posse dois dias antes do afastamento de Dilma. (247).
Créditos: WSCOM

Temer pretende cortar reajuste salarial para aposentado


A equipe de governo de Michel Temer estuda proposta para desvincular benefícios — incluindo os da Previdência — dos reajustes concedidos ao salário mínimo. Hoje, a maior parte das aposentadorias tem o aumento vinculado ao do mínimo. A ideia é reduzir as despesas com esses pagamentos e evitar a elevação de impostos.

Os conselheiros de Temer reconhecem que a medida é impopular, porém necessária, e afirmam que o melhor momento para executá-la é no início da gestão, quando o apoio ao governo tende a ser maior. Outro projeto estudado é eliminar as vinculações constitucionais, como gastos obrigatórios com saúde e educação, que engessam o Orçamento federal. Temer promete ainda fazer um corte grande nos ministérios.

Vice-presidente Michel Temer afirmou que ficou muito “bem impressionado” com Henrique Meirelles
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Nesta terça-feira, o vice-presidente confirmou que seu nome preferido para ocupar o Ministério da Fazenda é Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central no governo Lula. “Das conversas que tive, Meirelles é de fato o mais cotado”, afirmou Temer, a um dos políticos que o visitou ontem em Brasília.
OUTRO LADO
As ideias da equipe de Temer geraram reações positivas na Bolsa de Valores — que subiu mais de 2% ontem — e negativas no governo Dilma. O ministro Miguel Rossetto (Trabalho e Previdência Social) reagiu com indignação à notícia de que Temer vai insistir na proposta de desvincular benefícios - incluindo os da Previdência — dos reajustes ao mínimo. Na avaliação de Rossetto, essa desvinculação é criminosa. “Essa proposta é um crime contra 22 milhões de aposentados urbanos e rurais que conquistaram dignidade a partir dessa vinculação”, analisou Rosseto.
“A vinculação dos pagamentos previdenciários ao reajuste do mínimo é um dos grandes responsáveis pela retirada de famílias da linha da pobreza”, afirmou. A avaliação da equipe de Temer, no entanto, é de que esse caminho é mais viável do que a elevação de tributos nesse momento de recessão. Segundo os assessores do vice-presidente, agora é hora de investir no emprego. “É preciso ter uma política econômica que, daqui seis a oito meses, comece a gerar emprego. É preciso começar a reempregar”, explicou o vice. Fonte:O Dia.
Créditos: Plantão Brasil

Estudo revela mais um efeito colateral do paracetamol

Poucas semanas depois de um estudo realizado pela Universidade de Toronto, no Canadá, apontar que o paracetamol – princípio ativo de medicamentos como o Tylenol – pode prejudicar a concentração de pacientes, uma pesquisa conduzida por outro grupo de pesquisadores promete fazer você pensar ainda mais antes de ingerir a substância.
Isso porque cientistas da Universidade Estadual de Ohio, nos EUA, concluíram que a droga também pode comprometer a sua capacidade de sentir empatia pela dor de outras pessoas – seja esta de natureza física ou emocional. Os experimentos foram feitos com mais de 200 estudantes.
Segundo os responsáveis pela pesquisa, a descoberta preocupa pois a aptidão de reconhecer o sofrimento do outro é fundamental em diversos momentos de nossa vida, tanto pessoal, quanto profissional.
A apreensão aumenta por conta da popularidade da substância e a frequência com que seus consumidores a tomam. De acordo com a Associação de Cuidados com a Saúde do Consumidor dos Estados Unidos, o paracetamol é um ingrediente presente em mais de 600 medicamentos.
Experimento
A nova pesquisa, publicada no periódico científico Social Cognitive and Affective Neuroscience, partiu da análise de grupos de controle feita em três etapas. Em um primeiro momento, os voluntários foram intimados a beber um líquido incolor. Enquanto metade deles ingeriu um copo com 1.000 mg de paracetamol, a outra metade tomou um placebo.
Em seguida, todos os participantes tiveram que avaliar o nível de dor sofrido por personagens em vários cenários ficcionais. Em alguns momentos, a dor era física; em outros, emocional.
De forma geral, os voluntários que tomaram o medicamento consideraram a dor dos personagens menos intensa do que aqueles que não haviam ingerido a substância.
Um segundo experimento fez com dois outros grupos ouvissem um ruído bastante incômodo. Em seguida, os participantes deveriam avaliar o desconforto dos outros. Mesmo sentindo na própria pele a intensidade do barulho, aqueles que haviam tomado a substância avaliaram a dor dos colegas como diminuta.
Em um último cenário, os participantes deveriam julgar casos em que outras pessoas passassem por algum tipo de rejeição social. Mais uma vez, aqueles que tomaram o remédio demonstraram níveis de empatia baixos.
Apesar dos resultados reveladores do laboratório, os cientistas não sabem ainda a forma exata como a droga atua em nosso organismo. A hipótese mais plausível é que ela afete uma região do cérebro chamada ínsula anterior, fundamental para a resposta empática.
Assumindo que a empatia é a capacidade de reconhecer a situação do outro mesmo quando estamos em momentos opostos, fica claro por que, sob o efeito de um medicamento analgésico que compromete esta aptidão, a dor de outras pessoas nos pareça menor. Sem a empatia, o quanto menos a pessoa sentir dor, menos identificará a dor do outro.
Créditos: Paraíba Total

domingo, 15 de maio de 2016

Novo Ministro defende PEC que tira R$ 35 bilhões da saúde

A proposta de emenda à Constituição (PEC) nº 134 de 2015, conhecida como “DRU dos Estados'', pode tirar R$ 35 bilhões da saúde pública em 2017. A estimativa é oficial e foi feita pelo Departamento de Economia da Saúde do Ministério da Saúde. A PEC foi relatada pelo atual ministro do Planejamento, senador Romero Jucá (PMDB-RR), que deu parecer favorável ao projeto.
O texto deve ser votado em 2º turno no Senado na 3ª feira (17.mai) da próxima semana. Estados poderão reduzir em até R$ 14 bilhões os gastos na área. Os municípios poderão deixar de investir até R$ 21 bilhões. O autor da proposta é o senador Dalirio Beber (PSDB-SC).
As informações são dos repórteres do UOL André Shalders e Gabriel Hirabahasi.

Se a PEC relatada por Jucá não passar, os Estados continuarão obrigados a gastar R$ 58,3 bilhões em 2017. Caso a proposta seja aprovada, a verba poderá cair para até R$ 43,7 bilhões. A queda nos municípios pode ser de R$ 84 bilhões para R$ 63 bilhões. Se aprovada, a nova regra valerá até 31.dez.2023.

É importante dizer que os Estados e as cidades não estarão obrigados a gastar menos com saúde. O que acontece é que ficam desobrigados de investir parte do dinheiro que hoje é destinado obrigatoriamente para a área. Os números foram compilados pelo Ministério da Saúde a partir de informações do Sistema de Informações Sobre Orçamentos Públicos em Saúde (SIOPS), mantido pela pasta.

O mecanismo é semelhante ao que o governo federal utiliza por meio da Desvinculação de Receitas da União (DRU). Certos recursos que chegam a Estados e municípios, tanto por meio da arrecadação de impostos quanto de transferências do governo federal, devem ser obrigatoriamente aplicados em algumas áreas (entre elas a saúde). São chamadas de “receitas vinculadas''.

A PEC estipula que 25% desse dinheiro possa ser usado livremente. É daí que virá a diferença. Hoje, municípios são obrigados a gastar 15% de tudo que arrecadam com a saúde. Os Estados devem aplicar 12%. O Departamento de Economia da Saúde do Ministério da Saúde verificou quanto é aplicado no momento e fez as contas para subtrair o que poderá deixar de ser investido na área.(Fonte Uol).

Créditos: Plantão Brasil

Ministro de Temer quer aposentadoria aos 75 anos para servidores

Agência Senado - O senador José Serra (PSDB-SP) apresentou em Plenário, nesta quarta-feira (6), projeto que estende para toda a esfera do funcionalismo público federal, estadual e municipal, nos três Poderes, as mesmas condições da aposentadoria compulsória aprovadas esta semana na Câmara dos Deputados.

A proposta (PLS 274/2015) faz parte da regulamentação da chamada PEC da Bengala, apresentada há dez anos pelo ex-senador Pedro Simon, que altera de 70 para 75 anos de idade a aposentadoria compulsória dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), do Tribunal de Contas da União (TCU) e de outros tribunais superiores.

O projeto beneficiaria também servidores titulares de cargos efetivos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios - incluídas suas autarquias e fundações -, além dos membros do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos Tribunais de Contas e dos Conselhos de Contas.

José Serra ressaltou que muitos servidores estão se aposentando aos 70 anos sem receber o benefício integral, em virtude das mudanças constitucionais promovidas na década passada. Nos últimos cinco anos, revelou, 2.600 servidores federais foram aposentados por idade.

— Essa aposentadoria obrigatória aos 70 anos para pessoas com condições de trabalhar não faz sentido — afirmou.

O senador destacou ainda que, se for aprovada, a proposta significará uma economia aproximada de R$ 800 milhões a R$ 1,4 bilhão por ano no próximo meio século.

— Portanto teremos oportunidade aqui no Senado de examinar este projeto, ter um debate livre e democrático a respeito. E, se Deus quiser, rápido. Para poder ajustar o padrão de mudanças que foi inaugurado pela Câmara a partir de iniciativa do Senado — disse Serra.

PEC da Bengala

A aprovação da PEC da Bengala adia a aposentadoria de mais de 20 ministros de tribunais superiores e do STF, que completam 70 anos até 2018 - final do segundo mandato do governo de Dilma Rousseff. O presidente Renan Calheiros afirmou que a emenda constitucional “não é contra ninguém”, apesar de impedir a presidente da República de nomear novos ministros para substituir os que sairiam.

Para Renan a proposta é apoiada por toda a sociedade brasileira e não incomoda tanto a presidente, porque ela demorou quase um ano para indicar o novo ministro do Supremo Tribunal Federal no lugar de Joaquim Barbosa.

— Então essa decisão da Câmara é consequência de muita coisa, dos argumentos defendidos pelo senador José Serra, mas é consequência também da dificuldade que a presidente teve para indicar o novo nome para o STF — disse Renan.
Créditos: Plantão brasil

Uruguai, Chile, Bolívia, Venezuela, Equador, El Salvador, Nicarágua não reconhecem governo Temer

O ministro das Relações Exteriores e chanceler do Uruguai, Rodolfo Nin Novoa, fez questão de se posicionar mais uma vez em relação ao impeachment de Dilma Rousseff (PT) e garantiu que o governo do país cisplatino não tem intenções de reconhecer Michel Temer (PMDB) como presidente do país.

“O Uruguai se manifestou politicamente, já disse o que tinha que dizer. (...) A posição do nosso governo está clara, pois nós já nos posicionamos a respeito disso”, disse Nin Novoa em entrevista a jornalistas na última quinta (12), data do primeiro dia de mandato do presidente em exercício.

Perguntado se irá entrar em contato com Temer ou com alguém de seu gabinete, o chanceler foi direto: “Não [haverá nenhum tipo de comunicação]. Já dissemos o que deveríamos ter dito, de maneira que não temos mais nada a agregar.”

Bolívia
O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou mais cedo que a direita brasileira quer dar um golpe na presidente Dilma Rousseff e "castigar" o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que não volte à presidência.

Equador
O presidente do Equador, Rafael Correa, garantiu nesta sexta-feira que a crise política do Brasil faz parte de um "novo plano Condor" contra os governos progressistas da região.

Venezuela
Na quinta-feira, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, já havia manifestado apoio a Dilma e Lula, chamando a crise política no Brasil de "golpe de estado midiático e judicial".

"Você acha que isso é casualidade? É o novo plano Condor (aplicado na década dos 70 pelas ditaduras militares do Cone Sul para coordenar o extermínio de opositores) contra os governos progressistas", declarou o mandatário em uma entrevista na rede televisão oficial. A Venezuela fechou sua embaixada no Brasil.

Nicarágua e El Salvador
O presidente de El Salvador, Sánchez Cerén, declarou que há um golpe acontecendo no Brasil e que o próximo passo será chamar a embaixadora de volta ao país e fechar a embaixada no Brasil.

Rússia e China
A Ministra das Relações Exteriores da Rússia, María Zajárova, afirmou que “é inaceitável a interferência externa na atual situação política do Brasil” e que Moscou espera um país “estável e democrático”. A China tem a mesma posição. Ambos fazem parte dos BRICS, ao lado de Brasil, Índia e África do Sul.

Chile
De acordo com o portal da TeleSur, o governo do Chile também manifestou sua preocupação com as circunstâncias em que Dilma foi afastada. “Nos preocupamos com a nossa nação irmã, que tem gerado incerteza em nível internacional”, alegou institucionalmente em comunicado. O país não pretende manter contato com o governo Temer.

Outras legendas e órgãos, como o Die Linke, da Alemanha, e o PSUV, da Venezuela, bem como a Unasur (União das Nações Sul-Americanas), também criticaram duramente o processo. Fonte:Conexão.
Créditos: Plantão Brasil

Nordeste terá grande volume de chuvas

De acordo com pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), ao Correio Online, chuvas torrenciais trarão um volume de água tão grande, a ponto de modificar a geografia nordestina, eliminando espécies e fazendo surgir novas fauna e flora.

"O Sertão vai virar mar... Dá no coração, o medo que algum dia o mar também vire Sertão". A segunda parte do refrão já aconteceu em várias localidades do Nordeste, onde rios viraram poeira. A primeira e mais improvável, pode não ser tão improvável assim e se tornar realidade nas próximas décadas, de acordo com a previsão de estudiosos sobre prognósticos do clima a médio e longo prazo. Após sofrer por várias décadas com a seca, o Nordeste brasileiro pode ir para o outro extremo e sofrer com excesso de chuvas, que começariam em 30 anos, de acordo com as previsões.

De acordo com pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), ao Correio Online, chuvas torrenciais trarão um volume de água tão grande, a ponto de modificar a geografia nordestina, eliminando espécies e fazendo surgir novas fauna e flora. O desastre ambiental será provocado pela ação do homem, que resulta em emissão de gases do efeito estufa em atlas concentrações e desequilibram o clima no planeta. O resultado disso é que as correntes marinhas irão reduzir em até 44% sua intensidade, provocando super aquecimento das águas do Atlântico, nas imediações da região Nordeste, produzindo maior evaporação e formação de chuvas em excesso.

“O aquecimento global vai arrefecer as correntes marinhas de duas formas. Uma delas é intensificando as chuvas nas altas latitudes do Atlântico Norte, onde as águas precisam ser mais densas para afundar e retornar ao Sul, realimentando as correntes. Se chove muito, reduz a salinidade da água e consequentemente sua densidade, dificultado o afundamento. A outra forma é derretendo as calotas de gelo sobre a Groenlândia, liberando água doce e também reduzindo a salinidade da água, exatamente nos sítios de formação das águas profundas, onde as correntes marinhas fazem o retorno”, explicou o professor de Ciências da USP, Cristiano Chiessi, coordenador da pesquisa que estuda os efeitos da redução das correntes marinhas. Foto: Issoésplanea.
Créditos: Portal Correio