terça-feira, 17 de maio de 2016

Ministro da Saúde fala em encolher o SUS

Deputado Ricardo Barros, que assumiu interinamente o ministério da Saúde, propõe rever o tamanho do Sistema Único de Saúde, que atende a população mais pobre.“Vamos ter que repactuar, como aconteceu na Grécia, que cortou as aposentadorias, e em outros países que tiveram que repactuar as obrigações do Estado porque ele não tinha mais capacidade de sustentá-las”, afirmou, em entrevista à ‘Folha de S. Paulo’. Ele sugere a existência de fraudes no uso do cartão e no acesso a remédios.

Segundo ele, que foi relator do Orçamento de 2016 na Câmara, não há capacidade financeira suficiente que permita suprir todas as garantias constitucionais. “Nós não vamos conseguir sustentar o nível de direitos que a Constituição determina”.“Não estamos em um nível de desenvolvimento econômico que nos permita garantir esses direitos por conta do Estado. Só para lembrar, a Previdência responde por 50% das despesas do Orçamento da União. O Estado acaba sendo um fim em si mesmo, e não um meio. 
O que adianta o médico sem remédio, o pedreiro sem o tijolo, o motorista sem o combustível. Nada. Não presta serviço para a comunidade”, acrescentou. Antes, ele já havia criticado o Mais Médicos e dito que a pílula do câncer poderia ser aprovada mesmo sem comprovação científica, em razão do “efeito placebo”.
Créditos: Nossa Política

Ministro fala em cortar 10% dos beneficiários do Bolsa Família

O Ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra, afirma que o pente-fino no Bolsa Família poderá levar ao desligamento de até 10% dos beneficiários. Estudos feitos pelo programa de governo do presidente interino Michel Temer projetam que 10% dos atendidos estão fora dos critérios.
“Se for cruzar todos os dados, pode dar mais, de 20% a 30%, mas estamos falando de uma população flutuante, que melhora de vida e piora rapidamente. O importante é dizer que será um processo gradual, que não prejudicará a população que realmente precisa. Inclusive a família que eventualmente sair do programa terá as portas abertas para voltar, em caso de necessidade”, disse ele, em entrevista ao Globo.
Ele disse que Temer vai garantir o reajuste de 10% no Bolsa Família anunciado pela presidente afastada Dilma Rousseff em 1º de maio. “Foi um gesto político de Dilma. Completaremos o serviço que ela não fez. Vamos garantir porque (o benefício) está defasado com a alta da inflação, que é acima da média no caso dos produtos que são consumidos com o recurso do Bolsa Família”, afirmou.
Créditos: Brasil 247

Governos latino-americanos e europeus não reconhecem governo Temer

Governos da América Latina, especialmente do Cone Sul, têm se manifestado contra o processo de impeachment de Dilma Rouseff (PT) e dizem não reconhecer Michel Temer (PMDB) enquanto ocupante da Presidência. O governo interino do peemedebista também tem sofrido críticas da imprensa estrangeira e de partidos europeus atualmente no poder.


No contexto regional, Equador, Cuba, Nicarágua, Chile, Bolívia, Uruguai, El Salvador e Venezuela criticaram a votação do impeachment realizada pelo Senado na última semana e manifestaram apoio a Dilma. Os dois últimos convocaram seus embaixadores a voltarem a seus países. Na tradição diplomática, a medida não significa ruptura nas relações internacionais, mas profundo desacordo com a situação interna do país onde se localiza a embaixada.
Além de governos, a União das Nações Sul-Americanas (Unasul) e a Organização dos Estados Americanos (OEA) também manifestaram preocupação. Ernesto Samper, secretário geral da Unasul, afirmou que, caso a deposição da petista se confirme, os outros onze membros da entidade devem analisar a ocorrência da violação da cláusula democrática e possíveis sanções.
O secretário-geral da OEA, Luis Almagro, disse que pode levar oimpeachment brasileiro à Corte Interamericana de Direitos Humanos, já que o processo estaria marcado por uma “incerteza jurídica”, por conta dos argumentos usados contra Dilma.
Críticas
Rodolfo Novoa, chanceler do Uruguai, posicionou-se contra o impeachmente garantiu que o governo uruguaio não tem intenções de reconhecer Temer: “Com certeza estamos muito preocupados com esta situação”.
A representação diplomática chilena emitiu nota na qual afirma que “o governo do Chile expressa sua preocupação pelos acontecimentos dos últimos tempos nessa nação irmã, que tem gerado incerteza em nível internacional”. O Partido Socialista, legenda da presidenta Michelle Bachelet, também se solidarizou a Dilma.
A embaixada equatoriana, em comunicado com tom mais duro, afirmou que Dilma é “a legítima depositária do mandato popular expressado nas últimas eleições democráticas”. O texto também afirma que contra a petista “não pesa, até o momento, nenhuma imputação que a vincule a qualquer delito”.
Salvador Sánchez Cerén, presidente de El Salvador, anunciou que não reconhecerá a gestão Temer, chamando a embaixadora no Brasil, Diana Vanegas, de volta ao país. Para o partido de Sánchez, a FMLN, o afastamento de Dilma “é um golpe de Estado parlamentar”.
“A presidenta legítima, Dilma Rousseff, primeira mulher eleita como chefe de Estado no Brasil, enfrenta uma ofensiva motivada por vingança daqueles que perderam as eleições e são incapazes de chegar ao poder político por outra via que não a força”, afirmou em comunicado o governo venezuelano.
O presidente Nicolas Maduro informou que pediu a volta do embaixador a Caracas.“Pedi ao nosso embaixador no Brasil, Alberto Castelar, que voltasse. Me reuni com ele para avaliar essa dolorosa página da história do Brasil”.
O governo cubano qualificou o afastamento de Dilma como “golpe de estado parlamentar e judicial, disfarçado de legalidade”. Para Havana, o que ocorre no Brasil é parte de uma “contraofensiva reacionária do imperialismo e da oligarquia contra os governos revolucionários e progressistas da América Latina e do Caribe”.
Evo Morales, presidente da Bolívia, classificou o impeachment como “golpe congressista e judicial”. Daniel Ortega, chefe do governo nicaraguense, afirmou estar “indignado” e definiu a situação no Brasil como “um drama, uma comédia, uma tragédia, uma armação jurídica e política".
Europa
O Partido Social Democrata (SPD) alemão, agremiação que compõe o governo da chanceler Ângela Merkel, afirmou que a "oposição brasileira abusou do instrumento do impeachment", declarando que "a medida é um precedente perigoso para a democracia no país".
Massimo D'Alema, ex-primeiro-ministro da Itália, do Partido Democrático (PD) – mesma legenda do primeiro-ministro Matteo Renzi–, disse à agência de notícias Ansa que no Brasil ocorre uma "perseguição política da parte de um grupo de personagens indecentes".
O Partido Socialista francês, agremiação do presidente François Hollande, publicou em seu site um artigo de Maurice Braud, um dos secretários da legenda, acusando a direita brasileira de querer desestabilizar a democracia brasileira.
Imprensa
Os dois jornais em língua inglesa de maior circulação, o norte-americanoNew York Times e o britânico Guardian, teceram críticas à gestão provisória de Temer. A publicação de Nova Iorque afirmou que, golpe ou não, umimpeachment contra Dilma seria desproporcional em relação aos argumentos contra ela utilizados, enquanto seus julgadores cometeram atos notoriamente mais graves. Além disso, afirma que o afastamento piora a situação política no Brasil e defende que os brasileiros deveriam ter a possibilidade de participar de novas eleições.
Guardian, por sua vez, afirmou que a deposição da petista não resolve os problemas do país, qualificando o sistema político brasileiro como “disfuncional”, aberto à corrupção, e sugerindo que uma reforma política profunda deveria ser realizada. O jornal também criticou a composição ministerial da gestão Temer: “muita testosterona e pouca melanina”.
Passado e Futuro
Pedro Bocca, mestre em Ciência Política e membro do Grupo de Reflexão sobre Relações Internacionais (que reúne representantes de movimentos sociais e sindicais, partidos, fundações, pesquisadores e ONGs) concorda com as avaliações em relação ao avanço dos interesses internacionais na América Latina.
Ele menciona os processos de retorno ao neoliberalismo em Honduras, no Paraguai e na Argentina, marcando uma maior atuação dos EUA sobre as maiores economias da região. Em sua opinião, por conta deste contexto político latino-americano, a Venezuela deve ser o próximo alvo.
“O golpe no Brasil não era a primeira opção do imperialismo, mas eles tiveram a oportunidade perfeita de não precisar confiar em um governo que não era deles e colocar uma gestão 'puro sangue'”, constata Bocca. O analista avalia que o impeachment de Dilma guarda grandes semelhanças com o ocorrido em Honduras e no Paraguai, inaugurando um novo tipo de golpe, sem a presença de militares. “São golpes fundamentados na perda de maioria no Congresso. A partir do discurso da legalidade, tiram o presidente democraticamente eleito”.
De acordo com ele, a presença Liliana Ayalde, embaixadora americana que também estava no Paraguai no momento da deposição de Lugo, e o financiamento de novos grupos de direita que realizam manifestações de rua são outras semelhanças.
A nova orientação que a gestão Temer deve dar às relações internacionais, segundo Bocca, deve intensificar os laços de dependência com as grandes economias mundiais e a posição do Brasil como país exportador de matéria-prima. “Vamos aprofundar as relações econômicas e políticas com os europeus e os EUA e deixar de ter um política externa que se baseava na ideia de posicionar o Brasil como sujeito internacional. O ministério [de Relações Exteriores] será praticamente um adido [encarregado] comercial”, lamenta. Neste sentido, as próprias experiências de construção de entidades internacionais alternativas, como a Unasul, devem ser esvaziadas pela governo interino de Temer.
Resposta
José Serra (PSDB-SP), ministro interino das Relações Exteriores, respondeu em nota às declarações da Unasul e dos governos da Venezuela, Cuba, Bolívia, Equador e Nicarágua. Ele afirma que tais posições se baseiam em interpretações “falsas”.O tucano não se manifestou sobre as declarações de outros países, dos partidos europeus ou da imprensa estrangeira. (Edição: Camila Rodrigues da Silva).
Créditos: Brasil de Fato

Cientistas americanos produzem clone do Zika vírus e avançam na busca por vacina

Cientistas americanos anunciaram que conseguiram clonar o Zika vírus numa tentativa de acelerar a busca por uma vacina. O clone produzido pelos pesquisadores é uma réplica do tipo do vírus que está se espalhando pelas Américas e que tem sido associado a um boom nos casos de microcefalia e demais malformações cerebrais em bebês.
Em testes realizados na Universidade do Texas, o clone conseguiu infectar mosquitosAedes aegypti , que carregam o Zika, e provocou a doença em ratos de laboratório. O estudo foi publicado na revista científica Cell Host & Microbe . Especialistas afirmam que esse experimento pode ser usado para ajudar no desenvolvimento de uma vacina eficaz contra a doença – a esperança é que uma possa estar pronta para testes já nos próximos meses.
Apesar dos avanços, a criação de uma vacina eficaz e segura o suficiente para ser oferecida para o público geral pode levar anos. O Zika vírus pode causar sérios problemas aos fetos, embora normalmente a mãe não apresente nenhum sintoma visível. Segundo pesquisadores, uma vacina que proteja gestantes e outras pessoas com riscos maiores de infecção é uma das formas mais eficazes de combater a doença. Muitos grupos de pesquisa ao redor do mundo trabalham para tentar desenvolvê-la.
O Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos espera dar início aos testes clínicos em humanos em setembro. Ainda é necessário encontrar uma versão mais “segura” do Zika vírus, ou seja, que seja capaz de reagir à infecção sem que a doença seja causada. A equipe da Universidade do Texas afirma que a clonagem do vírus pode ajudar os cientistas a atingir esse objetivo.
Créditos: G1

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Temer desfaz medidas de Dilma

O ministro da Casa Civil do governo Michel Temer (PMDB), Eliseu Padilha, já começou a reavaliar todas as ações da presidente afastada, Dilma Rousseff, de 1º de abril a 12 de maio, quando deixou o Planalto.
O foco principal, segundo reportagem do Globo, são desapropriações de terra, reconhecimento de comunidades quilombolas e criação de reservas indígenas. Só no dia 1º de abril, Dilma assinou 21 atos para desapropriar 56 mil hectares de terra. O MST diz que conflitos rurais devem aumentar.
Também será reavaliado o Marco Civil da Internet, regulamentado na última semana. A lei aprovada há dois anos é elogiada pelos movimentos sociais, mas criticado pelas operadoras de telefonia. Uma decisão já tomada foi a demissão do presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Ricardo Mello. Ele tomou posse dois dias antes do afastamento de Dilma. (247).
Créditos: WSCOM

Temer pretende cortar reajuste salarial para aposentado


A equipe de governo de Michel Temer estuda proposta para desvincular benefícios — incluindo os da Previdência — dos reajustes concedidos ao salário mínimo. Hoje, a maior parte das aposentadorias tem o aumento vinculado ao do mínimo. A ideia é reduzir as despesas com esses pagamentos e evitar a elevação de impostos.

Os conselheiros de Temer reconhecem que a medida é impopular, porém necessária, e afirmam que o melhor momento para executá-la é no início da gestão, quando o apoio ao governo tende a ser maior. Outro projeto estudado é eliminar as vinculações constitucionais, como gastos obrigatórios com saúde e educação, que engessam o Orçamento federal. Temer promete ainda fazer um corte grande nos ministérios.

Vice-presidente Michel Temer afirmou que ficou muito “bem impressionado” com Henrique Meirelles
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Nesta terça-feira, o vice-presidente confirmou que seu nome preferido para ocupar o Ministério da Fazenda é Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central no governo Lula. “Das conversas que tive, Meirelles é de fato o mais cotado”, afirmou Temer, a um dos políticos que o visitou ontem em Brasília.
OUTRO LADO
As ideias da equipe de Temer geraram reações positivas na Bolsa de Valores — que subiu mais de 2% ontem — e negativas no governo Dilma. O ministro Miguel Rossetto (Trabalho e Previdência Social) reagiu com indignação à notícia de que Temer vai insistir na proposta de desvincular benefícios - incluindo os da Previdência — dos reajustes ao mínimo. Na avaliação de Rossetto, essa desvinculação é criminosa. “Essa proposta é um crime contra 22 milhões de aposentados urbanos e rurais que conquistaram dignidade a partir dessa vinculação”, analisou Rosseto.
“A vinculação dos pagamentos previdenciários ao reajuste do mínimo é um dos grandes responsáveis pela retirada de famílias da linha da pobreza”, afirmou. A avaliação da equipe de Temer, no entanto, é de que esse caminho é mais viável do que a elevação de tributos nesse momento de recessão. Segundo os assessores do vice-presidente, agora é hora de investir no emprego. “É preciso ter uma política econômica que, daqui seis a oito meses, comece a gerar emprego. É preciso começar a reempregar”, explicou o vice. Fonte:O Dia.
Créditos: Plantão Brasil

Estudo revela mais um efeito colateral do paracetamol

Poucas semanas depois de um estudo realizado pela Universidade de Toronto, no Canadá, apontar que o paracetamol – princípio ativo de medicamentos como o Tylenol – pode prejudicar a concentração de pacientes, uma pesquisa conduzida por outro grupo de pesquisadores promete fazer você pensar ainda mais antes de ingerir a substância.
Isso porque cientistas da Universidade Estadual de Ohio, nos EUA, concluíram que a droga também pode comprometer a sua capacidade de sentir empatia pela dor de outras pessoas – seja esta de natureza física ou emocional. Os experimentos foram feitos com mais de 200 estudantes.
Segundo os responsáveis pela pesquisa, a descoberta preocupa pois a aptidão de reconhecer o sofrimento do outro é fundamental em diversos momentos de nossa vida, tanto pessoal, quanto profissional.
A apreensão aumenta por conta da popularidade da substância e a frequência com que seus consumidores a tomam. De acordo com a Associação de Cuidados com a Saúde do Consumidor dos Estados Unidos, o paracetamol é um ingrediente presente em mais de 600 medicamentos.
Experimento
A nova pesquisa, publicada no periódico científico Social Cognitive and Affective Neuroscience, partiu da análise de grupos de controle feita em três etapas. Em um primeiro momento, os voluntários foram intimados a beber um líquido incolor. Enquanto metade deles ingeriu um copo com 1.000 mg de paracetamol, a outra metade tomou um placebo.
Em seguida, todos os participantes tiveram que avaliar o nível de dor sofrido por personagens em vários cenários ficcionais. Em alguns momentos, a dor era física; em outros, emocional.
De forma geral, os voluntários que tomaram o medicamento consideraram a dor dos personagens menos intensa do que aqueles que não haviam ingerido a substância.
Um segundo experimento fez com dois outros grupos ouvissem um ruído bastante incômodo. Em seguida, os participantes deveriam avaliar o desconforto dos outros. Mesmo sentindo na própria pele a intensidade do barulho, aqueles que haviam tomado a substância avaliaram a dor dos colegas como diminuta.
Em um último cenário, os participantes deveriam julgar casos em que outras pessoas passassem por algum tipo de rejeição social. Mais uma vez, aqueles que tomaram o remédio demonstraram níveis de empatia baixos.
Apesar dos resultados reveladores do laboratório, os cientistas não sabem ainda a forma exata como a droga atua em nosso organismo. A hipótese mais plausível é que ela afete uma região do cérebro chamada ínsula anterior, fundamental para a resposta empática.
Assumindo que a empatia é a capacidade de reconhecer a situação do outro mesmo quando estamos em momentos opostos, fica claro por que, sob o efeito de um medicamento analgésico que compromete esta aptidão, a dor de outras pessoas nos pareça menor. Sem a empatia, o quanto menos a pessoa sentir dor, menos identificará a dor do outro.
Créditos: Paraíba Total